sexta-feira, 13 de abril de 2012

Como os fitoterápicos atuam contra a depressão e a ansiedade


Como alternativa ao uso de ansiolíticos e antidepressivos, que podem causar efeitos colaterais e até dependência, alguns especialistas apontam para os fitoterápicos, que são feitos com plantas e agem de forma semelhante às drogas sintéticas.

No entanto, vale esclarecer uma confusão corriqueira. “Os fitoterápicos, como todo medicamento, passam por uma série de pesquisas para comprovar sua eficácia. Já as plantas medicinais podem ser usadas de outras maneiras, no preparo de chás“, diferencia o professor de farmacologia Hudson Canabrava, da Universidade Federal de Uberlândia.

E nem todos os remédios naturais já caíram nas graças dos cientistas. É preciso conhecê-los bem antes de correr até a farmácia fitoterápica mais próxima.

Na hora de comprar fitoterápicos, procure ficar atento ao rótulo do produto. Nele, há o número de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. “Para ser registrado, o remédio deve passar por testes que comprovam sua eficácia, segurança e qualidade”, esclarece Mônica Soares, especialista em regulação de fitoterápicos da Anvisa.

Se as crises não são graves, os chás podem ser uma aposta certeira. “Os princípios ativos estão presentes de maneira mais branda, o que reduz a probabilidade de complicações”, atesta o psicobiólogo Ricardo Tabach, da Universidade Federal de São Paulo. Busque comprá-los em farmácias de confiança e conferir no rótulo o nome científico da planta.

E, mesmo sendo de origem natural, os fitoterápicos devem ser consumidos com cautela. “As plantas possuem milhares de substâncias químicas capazes de reagir de maneira indesejada com medicamentos alopáticos comuns. A passiflora, por exemplo, que é um calmante suave, causa sonolência excessiva se combinada com outros remédios”, adverte Hudson. Não caia no engano de pensar que as plantas são inofensivas. A orientação médica é indispensável.
Confira abaixo cinco plantas que tranquilizam e têm o aval da ciência:

Fitoterápicos aprovados pela ciência

Melissa, ou Melissa officinalis - Também conhecida como erva-cidreira, tem óleos essenciais que acalmam levemente. Formas de consumo: seu chá é a mais popular.
Camomila, ou Matricaria recutita - Esse tipo de camomila tem efeito calmante. Formas de consumo: suas folhas e flores são empregadas em infusões.
Erva-de-são-joão, ou Hypericum perforatum - É a mais eficiente para combater a depressão. Formas de consumo: usada na produção de medicamentos, ela só pode ser comprada com receita médica.
Passiflora, ou Passiflora incarnata - Essa espécie de maracujá ajuda a controlar crises de ansiedade e depressão. Formas de consumo: além de chás, seu princípio ativo entra na fórmula de alguns medicamentos.
Valeriana, ou Valeriana officinalis - Suas propriedades são extraídas da raiz. Melhora o sono. Formas de consumo: é usada na produção de fitoterápicos e em chás e infusões, apesar do gosto amargo. 

Link do artigo completo:

Plantas que trazem alívio para a sua dor: Ministério da Saúde avalia 71 espécies para uso fitoterápico


Daniella Zanotti
dzanotti@redegazeta.com.br

Não é raro ouvir que determinado chá ajuda na digestão, no resfriado e até mesmo para dormir melhor. As receitas de família, que são repassadas por gerações para combater diversos males estão em alta e são alvos da ciência, que investiga plantas e raízes para serem utilizadas no cuidado com a saúde. 

O interesse sobre os recursos naturais tem aumentado no Brasil. Desde 2007, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza fitoterápicos - ervas transformadas em medicamentos pela indústria. Os postos de saúde oferecem hoje oito fármacos produzidos à base de alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, isoflavona da soja, unha de gato, espinheira santa e guaco, indicados para o tratamento de problemas como prisão de ventre, inflamações, gastrites, úlceras, tosses e gripes. E mais medicamentos estão a caminho.


O Ministério da Saúde – em parceria com serviços estaduais e municipais de saúde e institutos de pesquisa – está analisando 71 espécies vegetais utilizadas pela população. O estudo começou há três anos e a ideia é que os cientistas proponham novas fórmulas medicinais. 

O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do órgão, José Miguel do Nascimento Júnior, revela que três espécies da lista - babosa, hortelã e plantago major (tancha) - foram aprovadas recentemente e vão ampliar o número de fitoterápicos que são financiados com verba federal e ofertados para a população gratuitamente. "A portaria será publicada em breve, mas o governo vai dar um prazo de 90 dias para os municípios se adequarem", afirma. 

José Miguel explica que os estudos são importantes para avaliar qual parte da planta deve ser utilizada para a obtenção do medicamento (caule, folha, semente, fruto, etc.) e o estabelecimento dos parâmetros de toxicidade, já que, como qualquer produto alopático, os fitoterápicos também apresentam efeitos colaterais. 

Uso orientado

A planta medicinal está cheia de substâncias químicas na casca, nas folhas e na raiz. Isso não significa que a população tenha de abandonar as infusões, mas é preciso cautela. Portadores de doenças crônicas - como as cardiovasculares, as renais, as hepáticas, o diabete, o câncer e a epilepsia — não devem ingerir os chás medicinais por conta própria, já que o consumo pode ser tóxico. O aval do médico também é indispensável para as gestantes. 


Ajuda que vem da natureza

DIGESTÃO

Pesquisadores da Unicamp reafirmaram as propriedades medicinais da carqueja para problemas digestivos. Assim como o boldo-do-chile, a carqueja favorece a produção da bile, facilitando a digestão. Também há registros de redução das taxas de açúcar no sangue, além de propriedades antiúlcera e anti-inflamatórias, que auxiliariam no tratamento de artrites. Não há indícios de toxicidade renal ou hepática, mas há risco de queda na pressão arterial, 
o que restringe seu uso a pacientes hipotensos ou com hipertensão. Grávidas não devem utilizar 

Como fazer
Infusão de 2,5 g ou 2 colheres e meia de chá em 150 ml (xícara de chá). Tomar 1 xícara de 2 a 3 vezes ao dia

GRIPES, BRONQUITE, ASMA E TOSSE

As folhas de guaco têm efeito paliativo para casos agudos de doenças respiratórias. A conclusão é de um estudo desenvolvido na Universidade do Extremo Sul Catarinense. Os cientistas prepararam uma solução alcoólica de suas folhas secas. Na sequência, administraram a bebida, durante sete dias, em ratos com inflamação pulmonar induzida pela inalação de carvão. Além de não ocorrerem efeitos tóxicos, houve diminuição do processo inflamatório, dilatação dos vasos e ação antimicrobiana. O guaco já é base de fitoterápico oferecido pelo SUS

Como fazer
Infusão de 1 colher de sopa em 150 ml. Tomar 1 xícara três vezes ao dia

AZIA

O chá de hortelã (pimenta) é indicado para aplacar os sintomas da azia. Bastante estudada atualmente e já aprovada pelo Ministério da Saúde para brevemente ser utilizada como fitoterápico, a hortelã tem efeito anestésico leve, relaxa a musculatura intestinal, facilita a digestão, combate problemas da vesícula biliar e crises de vômito. Estudo da Universidade de Newcastle, Inglaterra, também fez pesquisas com ratos e provou que a hortelã tem propriedades analgésicas equivalentes às de alguns remédios vendidos comercialmente. 

Como fazer
Infusão de 1,5 g (3 colheres de café) em 150ml (xícara de chá). Tomar 1 xícara de duas a quatro vezes ao dia

CÓLICA MENSTRUAL

Um chá forte de capim-limão (ou capim-santo) pode amenizar. No Projeto Farmácias Vivas da Universidade Federal do Ceará, a planta é usada com sucesso no alívio das cólicas menstruais.

Como fazer
Infusão de 1 a 3 colheres de chá) em 150 ml (xícara de chá). Tomar 1 xícara de 2 a 3 vezes ao dia

CONTUSÃO 

Além do gelo nas primeiras 48 horas após o trauma, a arnica também ajuda quando há hematomas, pois acelera a cicatrização. Sua eficiência foi confirmada por uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná e está sendo testada pelo Ministério da Saúde. Se não tiver a pomada da erva, encontrada em muitas farmácias, faça compressa: coloque 30 gramas de folha de arnica picada em meio litro de água fervente. Abafe, espere esfriar e aplique-a, morna, de três a quatro vezes por dia no local da contusão. Nunca use por via oral nem aplique em feridas abertas. A arnica não deve ser usada por mais de sete dias

Como fazer
Infusão de 3g (1 colher de sopa) em 150 ml. Aplicar compressa na área a ser tratada de 2 a 3 vezes ao dia

ANSIEDADE

A passiflora (folha do maracujá) entra na fórmula de fitoterápicos e é receitada para tratar ansiedade. A Universidade Federal de São Paulo administrou, em roedores, um medicamento à base de passiflora para avaliar não só seu impacto no comportamento dos animais, como eventuais efeitos tóxicos. A capacidade da passiflora de diminuir sintomas ansiosos foi confirmada e não houve efeitos adversos

INFUSÃO

Além dos produtos fitoterápicos, distribuídos nos postos de saúde, a infusão é uma das formas de utilizar as plantas medicinais. Atenção para o preparo: entorne água fervente sobre as folhas e, em seguida, abafe o recipiente por cerca de cinco minutos. Coe e beba. A recomendação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)


Artigo completo no link:

Araraquara é sede de evento internacional de Fitoterapia


Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp (FCF), Câmpus de Araraquara, recebe até o dia 13 de abril resumos de trabalhos para apresentação na I Semana Internacional de Fitoterapia. O evento, que será realizado de 27 de abril a 1º de maio, terá a participação de pesquisadores de diferentes instituições da Espanha e do Brasil.

A ação é feita em parceria com a Associação Brasileira de Fitoterapia – São Paulo (Abfit - SP). O encontro permitirá o compartilhamento de saberes sobre o valor medicinal de plantas e medicamentos fitoterápicos por meio de palestras, painéis, visita técnica e curso para profissionais da saúde.


Remédios fitoterápicos já são realidade do SUS


O chá da vovó, a folha ou casca de determina da árvore e ainda a raiz já fazem parte do reconhecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) no tratamento de algumas enfermidades. 


No Amapá, esta prática é muito conhecida, garantiu a assessoria de comunicação do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), através do Centro de Plantas Medicinais e Produtos Naturais, Ângela Andrade. São 45 produtos elaborados com matérias-primas nativas da região obtidas através do extrativismo, cultivadas em área própria do IEPA e/ou fornecidas por pessoas das comunidades tradicionais do Estado, com supervisão técnica e controle de qualidade.


“O conhecimento tradicional das comunidades locais do Estado foi a grande fonte de incentivo para que pudéssemos transformar através de tecnologias próprias, os recursos naturais do Estado, em especial as plantas medicinais e os óleos vegetais, em fitoterápicos e fitocosméticos de acordo com as técnicas de boas práticas de fabricação, agregando valor aos mesmos, devolvendo às comunidades produtos de qualidade, baixo custo e eficazes”, esclareceu Ângela.“

Fitoterápicos

O Ministério da Saúde passou a financiar fitoterápicos na rede pública de saúde a partir de 2007. Inicialmente, apenas dois produtos constavam da lista do SUS. Atualmente, são 11 medicamentos. Todos eles são fitoterápicos industrializados, ou seja, registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), portanto, com eficácia e segurança comprovadas. 

Esses produtos, assim com os medicamentos tradicionais, passam por controle de qualidade e as empresas seguem as mesmas regras de boas práticas de fabricação utilizadas pelas fábricas dos alopáticos. O Ministério da Saúde orienta o uso desses produtos apenas na atenção básica. Os profissionais de saúde interessados em prescrever fitoterápicos devem estar capacitados nesta área. A responsabilidade da prescrição é dos profissionais de saúde. (Informações do MS)

http://www.jornalagazeta-ap.com/site/component/content/article/8-noticia-secundaria/529-remedios-fitoterapicos-ja-sao-realidade-do-sus.html

Data: 01.04.2012

Boas notícias de Portugal: três jovens investigadores aliam a agricultura à ciência na produção in vitro de plantas medicinais e aromáticas


João Fernandes é doutorado em Biotecnologia e, em conjunto com David Pereira, e Henrique Nascimento, ambos da área das ciências farmacêuticas, desenvolveu o projeto “InPhytro”

Este tem como objetivo aliar a agricultura à ciência na produção in vitro de plantas medicinais e aromáticas.



A produção in vitro de plantas não é novidade, existe normalmente em estufas para contrariar a sazonalidade das culturas. Contudo, David Pereira salienta o que torna o seu projeto inovador: o recurso à biotecnologia na produção, ou seja, ao conhecimento da composição química e da forma de atuação da planta.

“Agredir” a planta para apurar características

O objetivo é apurar as características medicinais, que, na maior parte dos casos, resultam de uma defesa perante agentes externos. Primeiro, as plantas crescem em laboratório e são identificados os estímulos que desencadeiam essas características. De seguida, controlam-se os estímulos, mudando o meio que envolve a planta. “Agredimo-la um pouquinho mais, ou damos-lhe um ambiente que não é o ideal”, explica David Pereira.

“O resultado são plantas com um teor de moléculas bioativas (com interesse para a saúde) 100, 200, ou 300% superior ao que encontramos nos modelos tradicionais de agricultura”, destaca. Assim, para produzir a mesma quantidade de um dado medicamento, por exemplo, será necessária muito menos matéria-prima.

É importante esclarecer que embora estas plantas sejam criadas em ambiente controlado, o que se passa com elas não é modificação genética. “Enquanto que se por algum motivo um organismo geneticamente modificado sair de laboratório acaba por contaminar o meio ambiente, estas plantas retornam as características originais, pois tudo o que fazemos não passa para a próxima geração”, clarifica David.


Inovação científica em tempo de crise


O projeto “InPhytro” foi integrado na UPTEC, Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, estando a ser desenvolvido nas suas instalações. David, João e Henrique planeiam agora rechear um laboratório próprio e começar brevemente a produzir, usando parte do prémio arrecadado no maior concurso de empreendedorismo nacional (“Realize o seu Sonho").

Num projeto como este, iniciado numa época de crise, a falta de financiamento é a primeira grande barreira a ultrapassar, mas estes investigadores não baixaram os braços. Começar em Portugal não é uma missão impossível, “tendo em conta que todas as semanas há um concurso de empreendedorismo”, garante João Fernandes. “Este é o momento certo para os jovens empreendedores apresentarem os seus projetos”, reforça.

Link:

Plantas no controle de doenças em plantas

Os pequenos produtores do município de Alta Floresta, localizado a 780km ao norte de Cuiabá, respondem por 87% da agricultura local. Diante da representatividade das mini e pequenas propriedades na cidade, o pesquisador Luiz Fernando Caldeira Ribeiro, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), doutor em Fitopatologia coordenou o projeto de identificação das principais doenças causadas por bactérias e fungos nas plantas da região para combatê-las com um método alternativo, barato e fácil de ser adotado pelos agricultores.

O antídoto sai do próprio quintal do produtor para ser pulverizado na lavoura. As plantas mais abundantes na região foram escolhidas pela equipe de pesquisadores: pimenta (malagueta, bode-vermelha e bode-salmão), mamona, alho, hortelã, óleo de copaíba, cebola, sementes de mamão, óleo de sucupira, babosa e as ervas medicinais terramicina (Alternanthera dentata), erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides), capim-cidreira (Cymbopogon citratus), boldo (Plectranthus barbatus), e neen (Azadirachta indica). Um extrato aquoso foi preparado a partir de cada uma delas. O grão, ou a folha, foi amassado e misturado com água destilada esterilizada, e posteriormente filtrado. A única ressalva é que a mistura deve ser aplicada imediatamente após a sua obtenção. 

Os resultados mostraram que os extratos tiveram desempenho igual ao de fungicidas e bactericidas sintéticos já existentes, no controle de seis doenças causadas por bactérias e seis doenças causadas por fungos, como murcha e podridão negra em vegetais, com a vantagem de não serem produtos que poluam o ambiente ou deixam resíduos nocivos à vida. “Mesmo que os resíduos permaneçam no campo, eles são naturais e não causam danos”, diz Luiz. Outros benefícios apontados pelo cientista é que o método onera pouco o custo de produção e que, por outro lado, o uso contínuo de agrotóxicos torna fungos e bactérias resistentes, levando ao surgimento de novos tipos de pragas.

Um dos casos expressivos observados na pesquisa foi o da laranja tratada com extratos de pimenta e de própolis. O fruto da planta pulverizado com o extrato, depois de colhido, chega a durar dez dias “na prateleira”, sem apodrecer. 

Os extratos aquosos naturais podem ser usados para a pulverização preventiva e também para a curativa. Como agente protetor, o extrato aplicado induz a planta a desenvolver resistência de forma exógena, ou seja, de fora pra dentro. O resultado é como o de uma vacina em animais. Com objetivo curativo, o extrato tem função de parar o crescimento da colônia de fungos ou bactérias que já se instalaram nas plantas, inibindo a esporulação (reprodução) dos microorganismos.

Além da laranja, eucalipto, palmeira, tomateiro, mamoeiro, mangueira, feijão guandu, plantas de alface, berinjela, batata, pimentão e maracujá foram tratados desta forma durante a pesquisa. Um caso exemplar de aproveitamento das plantas no seu próprio tratamento é o do mamoeiro. As sementes de mamão podem ser usadas em extratos de alta concentração para combater a podridão de frutos do mamoeiro, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides.

O fungo responsável pela antracnose no mamoeiro cresce sem nenhum tratamento.

Já aqui, imerso no extrato aquoso de pimenta o mesmo fungo, tem seu crescimento inibido.

Esquema da avaliação da eficiência do extrato aquoso de pimenta em bactérias do gênero Xanthomonas campestris pv. Passiflorae. Da esquerda para a direta ocorre um aumento de concentração do extrato.

O extrato aquoso é preparado em laboratório.


Leia artigo completo no link: 


Agricultores familiares geram renda com plantas medicinais


Uso de fitoterapia no SUS permite que famílias apostem no cultivo de insumos para farmácias de manipulação e indústrias de medicamentos para aumentar a renda mensal

A produção orgânica de plantas medicinais e aromáticas tem se tornado uma alternativa rentável para a agricultura familiar. O uso da fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) amplia a demanda por tinturas e extratos secos – insumos para farmácias de manipulação e indústrias de medicamentos. 


A alternativa é rentável e sustentável. O casal Sidney e Roseli Eurich, por exemplo, passou de uma renda mensal média de R$ 90 para R$ 1,2 mil em cinco anos de dedicação ao plantio de alcachofra, melissa, alecrim, capim limão, orégano e tomilho. “Nos quatro meses de época da melissa, tiramos até R$ 4 mil”, conta Roseli, que também produz feijão, milho, ovos e legumes.

Com certificação orgânica pela Ecocert, a família preserva mata em 70% de seus 21 hectares, em Arvoredo (PR), uma das cidades cobertas pela assistência técnica do Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoot (IAF). 

Desde 2005, o IAF ajuda a formar sistemas agroflorestais de 160 famílias agricultoras comcertificação de responsabilidade ambiental e social. “As plantas desidratadas são matéria-prima para cosméticos, fármacos e chás”, explica o agrônomo da IAF, Douglas Dias de Almeida.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também são grandes produtores, mas as iniciativas semelhantes estão sendo fomentadas em todo o País. Há três anos, por exemplo, uma associação de mulheres desenvolve cosméticos à base da palmeira gueroba (Syagrus oleracea), em Buriti de Goiás. Além das 13 mulheres da Associação dos Ipês, 120 famílias da região coletam os frutos da gueroba de seus pastos. 

Na mini-agroindústria da Associação, a torta da farinha da amêndoa serve para doces ou ração animal. O óleo das amêndoas vai para a uma fábrica terceirizada que faz sabonete, loção e óleo de massagem corporal. “O cosmético é vendido de porta em porta e em feiras regionais ou nacionais, como a Feira Nacional da Agricultura Familiar”, diz Lourdes Cardozo Laureano, uma das coordenadoras técnicas da Articulação Pacari, rede formada por grupos comunitários que trabalham com plantas medicinais do Cerrado em Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Goiás.


Agricultores exibem a colheita de plantas medicinais

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Babosas


Foto 1
Foto 2
Foto 3
Fotos 1 e 2: Aloe vera http://en.wikipedia.org

Foto 3: Aloe arborescens http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.com.br



Hoje, no bate papo com a jornalista Fátima Andrade, na Rádio Cultura 790 AM da Diocese de Taubaté-SP, surgiu a dúvida sobre qual babosa é usada na fitoterapia.
Aproveito este espaço para colocar a foto da Aloe vera (usada mundialmente na fitoterapia) e a Aloe arborescens (encontrada em muitos jardins, e que é mais usada pela população, apesar de pouco estudada).
Uma observação: Aloe barbadensis é sinônimo de Aloe vera.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Anis ou alfavaca?

Foto: Elizabeth Cristina Carvalho

Não é anis, mesmo com seu aroma que lembra o anis-estrelado, mas qual "alfavaca" é?

Hortelã?

Foto: Elizabeth Cristina Carvalho

Pode ser chamada de hortelã-do-norte, hortelã-da-panela, malva, malvarisco, malvariço, além de outros. No entanto, não pertence ao gênero Mentha.
Seu nome científico é Plectranthus amboinicus e pertence à mesma família Lamiaceae.
Em alguns lugares é chamado de alfavaca, o que gera confusões com os manjericões do gênero Ocimum.

Além do uso como medicinal, é também um condimento, muito apreciado, principalmente no Nordeste. Seu aroma lembra um pouco o do orégano.

O saudoso Prof. Abreu Matos recomendava o malvarisco na forma de lambedor, xarope ou pastilhas, para tratamento de tosses, bronquite e gengivite.

Joan Baez - Bachianas Brasileiras N. 5 - Villa Lobos

http://www.youtube.com/watch?v=xfTtUxyjOaE&feature=related


Do genial Villa Lobos


Para escutar nos quintais, e relaxar.

Anita Malfati

Casario com quintais

Nome popular

O nome popular (também denominado nome vulgar ou nome vernáculo) é importante para a comunidade, pois, além da facilidade de memorização (é mais fácil lembrar ou pronunciar barbatimão do que Stryphnodendron adstringens; ou gervão, no lugar de Stachytarpheta cayenensis), em alguns casos possui relação com alguma de suas características.
Quanto a essas relações, podem corresponder com a época em que ocorre (erva-de-são-joão) ou com o uso (erva-de-santa-luzia, erva-lombrigueira); ou até mesmo usando o mesmo nome do remédio alopático, que teria algum uso em comum (terramicina, novalgina, cibalena).
No entanto, alguns problemas podem ocorrer, como, por exemplo:
  •  uma espécie com vários nomes populares, como o capim-limão (Cymbopogon citratus), que é denominado de erva-cidreira, capim-santo, chá-de-estrada, capim-cidreira, cidreira-de-folha, entre vários outros; e
  •  um nome popular ser usado para várias espécies, como arnica, a qual, no Brasil, pode ser referência para mais de 20 espécies.

Incenso ou mirra?

Foto: Elizabeth Cristina Carvalho

Incenso ou mirra: é outro exemplo de um nome que pode gerar uma boa confusão, pois é comum achar que esta planta é a mesma citada na Bíblia.
No entanto, a da foto se refere à Tetradenia riparia, pertencente à família Lamiaceae. 
A mirra, presente dos Reis Magos ao menino Jesus, é do gênero Commiphora, família Burseraceae.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Horta na laje da Faculdade Cantareira, em São Paulo.



Fotos e projeto: Marcos Victorino

Interesse por fitoterápicos cresce na era do bem-estar

Trechos da reportagem


Maior preocupação da população com qualidade de  vida e medicamentos menos ‘agressivos’, aliada à comprovação de eficácia dessa terapêutica, faz com que esse mercado já movimente US$ 1 bilhão no País. O resultado de tais investimentos fez com que o mercado de fitoterápicos crescesse exponencialmente no País nos últimos anos. “O avanço no mercado de fitoterápicos no Brasil se dá, especialmente, devido ao desenvolvimento de regulamentação específica para o setor em várias esferas, como a definição de marcadores e maior clareza na regulamentação para concessão de registros. Outro aspecto positivo é a possibilidade de exposição de fitoterápicos no autosserviço das farmácias”, justifica o diretor executivo de medicamentos da Hypermarcas, Walker Lahmann.

Dados fornecidos pela Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa)* mostram que, em 2011, esse setor movimentou US$ 1 bilhão no País, alta de 25% em relação ao ano anterior, quando totalizou US$ 800 milhões.

O potencial da fitoterapia é tamanho que as indústrias já enxergam o segmento de maneira estratégica, como é o caso do Laboratório Simões, onde os medicamentos dessa classe representam 35% de todo o faturamento da empresa. A diretora deste laboratório, Poliana Silva, justifica que de todos os medicamentos produzidos no mundo atualmente, cerca de 30% são de origem vegetal e que boa parte desses medicamentos tem alto poder curativo e raríssimo – ou quase nenhum – efeito colateral. “A maioria dessas espécies já é de conhecimento popular, sendo largamente utilizada no interior brasileiro, por meio de informações que são passadas de geração para geração. Além disso, a sociedade moderna vem priorizando, cada vez mais, os tratamentos com produtos à base de plantas medicinais por entenderem que, quando utilizados de maneira adequada, os fitoterápicos apresentam efeitos terapêuticos, às vezes, superiores aos de medicamentos convencionais. Aliás, estudos científicos comprovam sua eficácia clínica e melhora no controle de qualidade, além do menor custo para o consumidor”, argumenta a especialista.

Outra indústria que enxerga os fitoterápicos de modo estratégico é a Aspen Pharma, empresa que tem registrado um crescimento bastante significativo com esses produtos. “Crescemos, nos últimos 24 meses, 21% em unidades vendidas, sendo que um dos nossos medicamentos teve alta de 44%. Saímos de 1,9 milhão de unidades vendidas em 2010 para 2,3 milhões em 2011”, comemora o gerente de marketing da companhia, Jackson Figueiredo, salientando que a linha de fitoterápicos da Aspen também cresceu com a aquisição das marcas que possuem as substâncias  Hedera helix e Hypericum perforatum.

Na Natulab, o crescimento dos fitoterápicos entre 2010 e 2011 também foi bastante expressivo e bem acima da média de mercado. “Crescemos 67% e esse resultado se deve à ampliação da linha, trabalho com propaganda médica e ações de marketing, como divulgação dos produtos, veiculação em revistas especializadas e direcionadas ao público-alvo. Ações em PDV também contribuíram”, conta o presidente da empresa, Marconi Sampaio. Neste ano, a Natulab também afirma continuar lançando novos fitoterápicos, inclusive em nichos ainda não atendidos ou com pouca atuação na indústria farmacêutica. “Estamos trabalhando em projetos inovadores em parceria com instituições de pesquisa e universidades, em busca de um produto inovador e pertencente à biodiversidade brasileira”, destaca Sampaio, revelando que os fitoterápicos representam, hoje, 13% do faturamento da empresa. O presidente da Natulab também anunciou que está apostando em algumas classes terapêuticas específicas para 2012, como produtos voltados para aparelho respiratório, digestivo e circulatório. Todos esses projetos se encontram em fase de análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O crescimento e o investimento da indústria nesse mercado, somados ao aumento do número de prescrições médicas com fitoterápicos, fazem com que as farmácias também lucrem com esse setor. Na Drogaria Rosário, por exemplo, esses medicamentos já representam 7% do faturamento do grupo e essa fatia tem crescido ao longo dos anos. “Esse resultado também é reflexo do trabalho da indústria, que tem investido em pesquisas, novos produtos e merchandising nas farmácias e drogarias”, explica o gerente de compras do Grupo Rosário Distrital, Edney Gomes. De 2010 para 2011, os fitoterápicos cresceram 21% em vendas nas farmácias do grupo e, para 2012, estima-se alta de 25%.

*Números fornecidos por meio de levantamentos da indústria, uma vez que o setor não é auditado.

Oportunidades e desafios

O País também tem desenvolvido políticas de incentivo que vêm beneficiando todo o setor fitoterapia. Em 2006, foram publicadas duas importantes políticas do Ministério da Saúde: a Portaria Ministerial MS/GM nº. 971/2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), e o Decreto nº 5.813/2006, que aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e dá outras providências. “Essas políticas apresentam, entre suas diretrizes, o incentivo à pesquisa e desenvolvimento relacionados ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos, que devem ser disponibilizados com qualidade, segurança e eficácia à população, priorizando a biodiversidade do País e de modo a promover um maior acesso a tratamentos seguros e eficazes”, explica o especialista em regulação e vigilância sanitária da Anvisa, João Paulo Silvério Perfeito. “A iniciativa do governo em incluir fitomedicamentos no SUS também está contribuindo para um aumento na prescrição deste tipo de medicamento. Esperamos que esta listagem aumente e não fique restrita às plantas atuais”, acrescenta Jackson Figueiredo, da Aspen Pharma.

Vale ponderar que o mercado brasileiro de fitoterápicos é crescente, mas ainda muito pequeno quando comparado ao de outros países.  Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), fornecidos pela Aspen Pharma, 80% da população europeia consome medicamentos fitoterápicos, enquanto no Brasil menos de 10% da população consome fitomedicamentos com comprovação de eficácia, industrializados, registrados e regulamentados pela Anvisa.


Data: 06.03.2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

XXII Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil

http://simposioplantasmedicinais.blogspot.com.br/p/apresentacao.html

CPQBA desenvolve 1º cultivar brasileiro de planta medicinal

A notícia não é recente, mas ajuda colegas que possuem dúvidas sobre cultivares.


http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2009/ju430_pag03.php


Macelinha é usada na preparação de chá com
propriedades digestivas e antiespasmódicas






Estudo desenvolvido pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp deu origem ao primeiro cultivar brasileiro de macelinha (Achyrocline satureioides), planta medicinal nativa muito utilizada no país para a preparação de chá com propriedades digestivas e antiespasmódicas, entre outras. De acordo com o coordenador do trabalho, o agrônomo Ílio Montanari Júnior, o objetivo foi iniciar o processo de domesticação da espécie, para que ela pudesse ser cultivada de forma comercial. "O próximo passo será produzir sementes para serem distribuídas aos agricultores interessados", adianta. Atualmente, a macelinha é extraída da natureza, o que traz problemas de ordem ambiental.


A pesquisa em torno da macelinha, também conhecida como marcela, macela e marcela do campo, começou em 1990. O interesse em estudar a espécie, explica Ílio, está associado a três fatores: econômico, social e ecológico. "A macelinha está ligada a tradições populares , principalmente no Sul do Brasil. Além disso, é usada para preparar chás digestivos e encher travesseiros e almofadas. Ocorre, porém, que a planta é objeto de extrativismo, o que acarreta problemas ambientais, notadamente a diminuição de suas populações. Ao criarmos condições para que seja cultivada comercialmente, estamos contribuindo para gerar uma nova opção agrícola, o que favorece a geração de emprego e renda no campo, além de reduzir a agressão à natureza", afirma.


Para dar início ao estudo, Ílio trouxe sementes de vários pontos do país para formar uma coleção no CPQBA. A ação seguinte foi promover o melhoramento e a domesticação da planta. Para isso, o agrônomo selecionou os melhores indivíduos de cada geração, ou seja, os que produziam mais flores, não tinham problemas de germinação e não apresentavam doenças ou outras características indesejadas. Estes forneceram sementes que foram plantadas e geraram novos exemplares. O processo, que teve início no viveiro e foi posteriormente transferido para o campo, foi repetido por dez gerações. "Depois de todo esse tempo, nós conseguimos chegar a uma planta cultivável, cujas sementes possuem pouca dormência, que é mais produtiva e que apresenta crescimento e florescimento mais homogêneos", assegura o pesquisador.


Superadas essas etapas, prossegue Ílio, ainda será preciso produzir sementes do cultivar de macelinha para serem distribuídas aos agricultores interessados em produzir comercialmente a planta medicinal. Como esse trabalho não é realizado pelo CPQBA, a unidade está firmando parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que deverá assumir tal tarefa. "O convênio entre as duas instituições está na fase final de elaboração", informa o pesquisador. De acordo com ele, quem decidir plantar a macelinha para posterior comércio não terá grandes dificuldades em lidar com a espécie. "Como a planta é rústica, o manejo não requer muitos cuidados. Desde que seja cultivada com o espaçamento adequado e que receba os tratos culturais normais, como capina e adubação, a macelinha tenderá a se desenvolver muito bem", prevê.



Ílio considera, ainda, que o desenvolvimento do cultivar da macelinha deverá favorecer as pesquisas em torno da produção de medicamentos fitoterápicos. "Os cientistas envolvidos nesse tipo de projeto poderão contar, por exemplo, com a reprodutibilidade da planta, o que não ocorria anteriormente". O agrônomo informa que a macelinha faz parte da farmacopeia brasileira, e em breve deverá fazer parte da lista de plantas medicinais formulada pelo Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde. Os eventuais remédios gerados a partir das espécies incluídas na relação, que são do interesse do Sistema Único de Saúde (SUS), deverão ter o registro facilitado, visto já haver um vasto conhecimento tradicional relacionado às propriedades das espécies.


Símbolo


A macelinha foi instituída, em 2002, como a planta medicinal símbolo do Estado do Rio Grande do Sul, onde é muito utilizada. Lá, a extração da natureza é cercada de misticismo e religiosidade. Os gaúchos acreditam que as funções terapêuticas da macelinha são potencializadas caso os indivíduos sejam colhidos durante a Semana Santa, de preferência ao alvorecer da Sexta-feira da Paixão. A época de florescimento, entre os meses de março e abril, coincide com o período religioso.


Além de servir ao preparo de chás para o tratamento da má digestão e cólicas, as flores da macelinha também são muito empregadas no enchimento de travesseiros e almofadas. O aroma desprendido, acredita-se, tem uma ação calmante sobre as pessoas, especialmente crianças. A espécie ocorre na América Austral, florescendo naturalmente no Paraguai, Uruguai e Brasil, com maior predominância na Região Sul, nas faixas que contêm solos arenosos e basálticos. Também podem ser encontradas em algumas cidades dos estados de São Paulo e Minas Gerais.


Definição de cultivar na legislação


a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos.
Ou resumidamente:


Cultivar é uma variedade comercial.

Quem é esta?

Esta espécie, nas raras vezes em que a achei, sempre encontrei em poucas quantidades. Uma vez retornei para coletar sementes, e fiquei sabendo que a tinham retirado porque achavam que era tóxica. Talvez seja uma das justificativas de não ser tão comum.
É da mesma família de uma planta muito famosa na medicina.

Quem é esta?

Esta é confundida com uma utilizada em todo o mundo, o que faz com que ela receba o mesmo nome popular.
Agora com uma foto da colega Elizabeth Cristina Carvalho

Quem é esta?

É uma planta encontrada nos quintais, em boa parte do Brasil. No entanto, é pouco conhecida e alguns a confundem a cicuta, espécie venenosa.
Pelo formato da inflorescência, já dá perceber qual a sua família.


Uma outra curiosidade: poucas vezes vi citação de seu uso popular, mas as poucas pessoas que citaram, a indicaram para lavar feridas.

Quem são estas?



O que possuem em comum? Uma, já citada no blog, é uma grande esperança no tratamento de herpes.

Quem são estas?


Uma é medicinal, já vista no blog, e a outra é confundida com ela. Quais são?