sábado, 18 de maio de 2013

Descubra os principais usos dos temperos....




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Alimentos Funcionais

Alimentar-se bem é uma necessidade desde os tempos mais primórdios da humanidade, mas apenas agora é que vem acentuando e ficando mais evidente essa necessidade; há várias ações terapêuticas específicas dos alimentos funcionais. No caso das doenças cardiovasculares, por exemplo, destacam-se a soja, a aveia, os fitoesteróis, os antioxidantes e o ômega 3. Precisamos ficar atentos ao excesso de propaganda, em relação aos alimentos industrializados. O PROCON já distribuiu várias orientações a respeito, e os especialistas garantem que é muito melhor buscar as propriedades benéficas dos compostos bioativos nos produtos in natura. Eles lembram alguns cuidados que passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento:

• Hábitos alimentares adequados, em termos calóricos e qualitativos, como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais; 

• Adoção de um estilo de vida saudável (atividade física regular, ausência de fumo e moderação no álcool);

• Orientação médica adequada.

Soja - Possui fitoestrógenos, como as isoflavonas, que reduzem o mau colesterol (LDL) e as triglicérides, e aumentam o HDL. Podem ter ação preventiva contra vários cânceres, como os de mama, colo do útero, estômago, reto e próstata, e controlar os sintomas da menopausa. O óleo de soja não contém isoflavonas, porém, é rico em ácidos graxos poliinsaturados. Lembre-se que este e outros óleos vegetais, quando submetidos a altas temperaturas, como ocorrem nas frituras, aumenta seu teor de gorduras saturadas, prejudiciais à saúde. 

Alho - Possui vários fitoquímicos, como alicina, compostos sulfurados e outros. Tem ação antiinflamatória e ajuda no controle de colesterol, além de possuir atividades antivirais, antiparasitárias, antibacterianas e antifúngicas. Muitos estudos também têm demonstrado a ação hipotensora, antiplaquetária e hipoglicemiante do alho. Os compostos ativos do alho são sensíveis ao calor; portanto, a fritura ou os processos de secagem, mesmo preservando o sabor, reduzem sua ação de alimento funcional.

Cebola - Além de alguns compostos comuns ao alho, como a alicina, a cebola possui flavonoides, presentes também em vegetais de modo geral, e que podem auxiliar na redução de doenças cardiovasculares. É rica em vitaminas do complexo B, principalmente B1 e B2, vitamina C e quercetina (especialmente as roxas), um poderoso antioxidante.

Tomate - É rico em licopeno, um antioxidante com propriedades anticancerígenas, responsável pela cor vermelha. Assim como o tomate, a goiaba vermelha, a melancia e a pitanga também possuem licopeno. Cozido, o tomate tem potência ainda maior. É fonte importante de vitaminas A e C, de sais minerais, de fósforo e potássio. 

Brócolis, repolho, couve, couve-flor, couve de Bruxelas e nabo - Alimentos que pertencem à família das crucíferas, além de terem altos valores nutricionais, têm propriedades funcionais anticancerígenas, devido à presença dos fitoquímicos glicosinolatos. 

Peixes – Possui um tipo de gordura, o ácido graxo ômega-3, que atua tanto na prevenção da trombose coronária, quanto na cerebral. É comumente encontrado em peixes de águas frias (atum, salmão, arenque, sardinha, bacalhau). Além dos peixes, está presente também, em menor quantidade, no óleo de canola, de soja e em castanhas. 

Chá verde - Além de ser rico em vitamina K, possui compostos polifenólicos antioxidantes, como catequinas e flavóides, que ajudam na prevenção do câncer de estômago e do câncer em geral. 

Uva, suco e vinho - Possui um composto fenólico chamado resveratrol. Esta substância é produzida pelas videiras, para proteger as uvas contra infecção por fungos, sendo que a maior quantidade de resveratrol é encontrada nas uvas vermelho-roxas escuras, consequentemente nos vinhos tintos. Há ainda substâncias, como a luteonina e a quercitina, que também têm grande ação antioxidante, e protegem o coração. Estudos realizados no Instituto do Coração (Incor) têm demonstrado o efeito benéfico do suco de uva para a circulação.

Alcachofra e chicória - Possuem inulina, substância que tem a ação de favorecer o crescimento das boas bactérias no intestino, principalmente as bifidobactérias e lactobacilos, sendo, portanto, chamada de prebiótico. 

Leguminosas - Possuem baixo teor de gordura, e são excelentes fontes de proteínas, fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos como saponinas, isoflavonas e frutooligossacarídeos, com propriedades funcionais de antioxidantes, anticancerígenos e prebióticas.

Diante dos novos conceitos de nutrição, e do crescente interesse da indústria alimentícia no lançamento de produtos, o PROCON faz um alerta à população. Veja alguns itens:

• O consumidor pode beneficiar-se muito mais facilmente das qualidades funcionais das frutas, verduras e cereais integrais, do que dos alimentos industrializados. 

• Tenha cautela diante do marketing ostensivo que acompanha muitos desses produtos industrializados, avaliando os reais benefícios de seu consumo.

• Todo alimento in natura é, por princípio, funcional. Traz em si a essência dos benefícios alegados pelos fabricantes de alimentos funcionais. Sabe-se, por exemplo, que o ômega 3 (ácido graxo que pode reduzir o nível de colesterol) é encontrado em quantidades maiores em seu produto de origem, como atum, salmão, arenque, sardinha e bacalhau.

Yasmeen Chehayeb
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Artigo: Potencialidades do yacon (Smallanthus sonchifolius) no diabetes Mellitus

Erika Natália de Albuquerque, Priscilla Moura Rolim
Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 20(3-4):99-108, maio/ago., 2011

Resumo

O diabetes Mellitus é uma doença crônica que acomete pessoas em todo mundo, necessitando de tratamento intensivo, orientação médica e nutricional adequada. Estudos recentes estão estudando substâncias contidas nos alimentos que apresentem benefícios à saúde, objetivando a prevenção dessa doença e a melhoria na qualidade de vida da população. O yacon (Smallanthus sonchifolius), conhecido pelo seu conteúdo de componentes prebióticos, inulina e Frutoligossacarídeos, é uma raiz tuberosa de origem andina, que nos últimos anos tem sido cultivada no Brasil. Tem como carboidrato de reserva os frutanos, substâncias que atuam como fibras solúveis, além de outras funções fisiológicas, tais como: diminuição da glicemia pós-prandial, redução do índice glicêmico e carga glicêmica. Os frutanos presentes no yacon não necessitam de insulina para seu metabolismo, um dos fatores que justificam o desenvolvimento de novos produtos utilizando o yacon como alternativa de substituição ao açúcar, destinados a pacientes diabéticos. A inulina e os Frutoligossacarídeos presentes no yacon estão sendo cada vez mais estudados e aplicados na tecnologia de alimentos, como substitutos de gordura e açúcar, respectivamente. Nesse sentido, esses compostos bioativos são promissores na aplicação clínica, pois além de melhorar a saúde intestinal, somam benefícios funcionais em indivíduos portadores de diabetes Mellitus.

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

As pinturas de Eugenio de Blaas

Enviado por luisnassif, sex, 17/05/2013 - 13:00

Por antonio francisco

Eugenio de Blaas era pintor, mas parecia fotógrafo, tantos eram os detalhes de suas pinturas!


Link:

Nesta rua - Villa Lobos

Músico Mestre Gamela morre aos 70 anos

Biodiversidad - Ene 2013

Eventos sobre agroecologia ou agricultura orgânica


http://seagroecologia2013.blogspot.com.br/

http://sneagroecologia.blogspot.com.br/
Foto: www.hortaurbana.com.br
http://eia2013.org/eia/

Filmes sobre transgênicos (lista do site http://stopogm.net/)

Abaixo pode escolher de entre mais de duzentos filmes diferentes, entre amadores e profissionais, curtas e longas metragens, animações ou documentários, em diferentes línguas e todos eles para ajudar a reflectir sobre transgénicos e a vasta questão da relação entre o que somos, o que comemos e o que acontece ao planeta. Pode deixar comentários públicos em cada filme, ou dirigir-nos um comentário privado através do nosso email. Idealmente deverá deixar carregar o ficheiro completamente antes de iniciar a visualização, por forma a evitar interrupções.NOTA: A Plataforma Transgénicos Fora detém os direitos legais de exibição não comercial de alguns destes filmes. Se pretende organizar uma visualização pública na sua escola, associação, etc, pode contactar-nos e emprestamos o DVD respectivo. São estes os principais filmes disponíveis neste momento: 2011• O Veneno Está na Mesa 49min (português) 2011• Em busca da terra sem veneno 39min (português) 2005• Quem Alimenta o Mundo 1h35min (português) 2004• O Futuro da Alimentação 1h29min (português) 2005• Transgénicos - A Manipulação dos Campos 23min (português)

FILMES

2008• As nossas sementes 57min (português)
2008• Alimentos SA 1h34min (português)
2008• O Mundo Segundo a Monsanto 2h26min (português)
2005• Quem Alimenta o Mundo 1h35min (português)
2005• O Pão Nosso de Cada Dia 1h32min (português)
2004• O Futuro da Alimentação 1h29min (português)
2004• A Vida Fora de Controlo 1h34min (português)
2003• Le Génie Helvétique 1h26min (francês)
1999• De Mão Posta nos Genes 53min (português)

DOCUMENTÁRIOS

2012• Seeds of Freedom 30min (inglês)
2011• O Veneno Está na Mesa 49min (português)
2011• Em busca da terra sem veneno 39min (português)
2011• De Agricultor para Agricultor - A verdade sobre as culturas transgénicas 24min (português)
2011• Farmer to Farmer - The Truth About GM Crops 24min (inglês)
2010• Pig Business 47min (inglês)
2009• Poison on the Platter 30min (inglês)
2009• Percy Schmeiser - David versus Monsanto 1h6min (inglês)
2008• What Rainforest? 36min (inglês)
2008• Tanques Cheios, Pratos Vazios 57min (português)
2008• Carne, uma verdade mais que inconveniente 30min (português)
2008• Milho 54min (português)
2007• King Corn 1h30min (inglês)
2007• TranXgenia - A História da Lagarta e do Milho 36min (português)
2007• A Disaster in Search of Success - Bt Cotton in Global South 50min (inglês)
2007• The Dying Fields 51min (inglês)
2006• Brevet pour le Porc 45min (francês)
2006• Patent For a Pig - The Big Business of Genetics 45min (inglês)
2005• Genetically Modified Food - Panacea or Poison? 53min (inglês)
2005• Transgénicos - A Manipulação dos Campos 23min (português)
2005• A Silent Forest 46min (inglês)
2004• A Guerra das Culturas Transgénicas 46min (português)
2004• La Poderosa Agricultura Europea 59min (castelhano)
2004• Bt Fiasco in India 30min (inglês)
2004• Corporate Agriculture - The Hollow Men 45min (inglês)
2002• Fedup 57min (inglês)
2002• Qué Comemos Hoy? 51min (castelhano)
2001• Harvest of Fear 1h49min (inglês)
2000• Transgénicos - Serão Seguros? 49min (português)

REPORTAGENS

2011• Resistencia a los transgénicos en España 16min (castelhano)
2011• Si te dicen que comí 58min (castelhano)
2011• GM Battle on Spanish and Hungarian Lands 10min (inglês)
2011• GM Soy in animal food 8min (inglês)
2010• Soberanía Transgénica - ¿Un Riesgo Planetario? 22min (castelhano)
2010• El Veneno de las Pampas 26min (castelhano)
2009• Nem um Minuto de Silêncio - Fora Syngenta do Brasil 23min (português)
2009• Los Campos de la Muerte 12min (castelhano)
2009• Killing Fields 12min (inglês)
2009• La Guerra de la Soja 42min (castelhano)
2009• Ingeniería Genética - Demasiada Incertidumbre 9min (castelhano)
2009• Biosfera - Polinizadores em risco 44min (português)
2009• Cocinar sin Transgénicos 13min (castelhano)
2008• Paraguay's Painful Harvest 24min (inglês)
2008• Lanceurs d'Alerte 14min (francês)
2007• La Bombe OGM 14min (francês)
2007• OGM - L'Envahisseur 10min (francês)
2006• The Genetic Conspiracy 26min (inglês)
2005• Bullshit! 1h12min (inglês)
2005• OGM - L'Etude qui Accuse 23min (francês)
2005• Genetically Modified Foods 25min (inglês)
2005• Argentine, le Soja de la Faim 23min (francês)
2004• Fome de Soja 51min (português)
2003• OGM et Moi 35min (francês)
2003• Slice of Life 12min (inglês)
2000• Stop the Crop 18min (inglês)
---• Soja - Em Nome do Progre$o 16min (português)
---• Óleo de Soja não Rotulado no Brasil 10min (português)
---• Hidden Dangers in Kids Meals 28min (inglês)
---• GMO Containment? 10min (inglês)
---• De Trigo y Maiz 4min (castelhano)
---• Genetically Modified Food in Victoria (Australia) 2min (inglês)

ENTREVISTAS & PALESTRAS

2012• How GMO foods alter organ function and pose a very real health threat to humans 14min (inglês)
2012• Patenting of Genes - Peter Eggers 11min (inglês)
2011• Que sont les OGM? Les risques pour la santé et pour l'environnement - Christian Vélot 1h30min (francês)
2011• Analyse des coûts induits sur les filières agricoles par les mises en culture d’organismes génétiquement modifiés: Etude sur le poulet Label Rouge - Julien Milanesi 32min (francês)
2011• Impactos sociales del cultivo de transgénicos en el medio rural - Rosa Binimelis 43min (castelhano)
2011• Impactos agrarios del cultivo de transgénicos en Aragón - Antonio Ruiz 16min (castelhano)
2011• Microorganismos benéficos del suelo y plantas transgénicas - Maria Carmen Jaizme 33min (castelhano)
2011• Argumentos científicos para oponerse a los OMG - Julio César Tello Marquina 26min (castelhano)
2011• GM Crops: A modern genetic perspective - Michael Antoniou 48min (inglês)
2011• Les contaminants chimiques et les OGM dans l'alimentation: effets sur la santé et la détoxification - Gilles-Éric Séralini 1h1min (francês)
2011• Environmental impacts of GMOs and risk assessment in the EU - Angelika Hilbeck 50min (inglês)
2011• Las paradojas normativas en materia de OMG - Ana Carretero 31min (castelhano)
2010• Hans Herren at the 6th European Conference of GMO-Free Regions 11min (inglês)
2010• An 11-year-old schools us on what’s wrong with the current food system 5min (inglês)
2010• Vandana Shiva's Speach at the GMO-Free Conference in Brussels 20min (inglês)
2010• Prof Séralini Interviewed About Organ Damage Linked to GM Maize 10min (inglês)
2009• The World Food Crisis 1h13min (inglês)
2009• Climate Change and Food 1h20min (inglês)
2009• Jeffrey Smith - Everything you HAVE TO KNOW about Dangerous Genetically Modified Foods 1h26min (inglês)
2009• Consumo de transgénicos en España 11min (castelhano)
2009• Michael Pollan - Deep Agriculture 1h26min (inglês)
2009• Conferência de Christian Vélot em Lisboa 1h56min (inglês)
2009• BigPicture interviews Dr. Mae Wan Ho 17min (inglês)
2009• Marion Nestle - What to Eat 1h5min (inglês)
2009• Claire Hope Cummings 25min (inglês)
2008• How to Monopolize Food, Monsanto Style (Interview with James Steele) 18min (inglês)
2008• Vandana Shiva on The New Food Wars - Globalization, GMOs and Biofuels 59min (inglês)
2008• Hugh Grant vs Michael Pollan 36min (inglês)
2008• Interview with Prof Patrick Wall, Former Chair, EFSA 20min (inglês)
2008• Making a Killing from the Food Crisis 4min (inglês)
2007• Anuradha Mittal on The Myths of Genetic Engineering and the New Green Revolution for the World's Poor 21min (inglês)
2007• Los Transgenicos - Conferencia de Jorge Ruli en Buenos Aires 1h20min (castelhano)
2007• RTP 2 - Entre Nós (2007) 27min (português)
2005• The Health Dangers of Genetically Engineered Foods and their Cover-up 60min (inglês)
2005• Conférence de Christian Vélot 46min (francês)
2004• Vandana Shiva: Planting the Seeds for Change 51min (inglês)
2003• A Ameaça dos Transgênicos 22min (português)
2003• Enviro Close-Up with Andrew Kimbrell - Challenging Corporate GLobalization 31min (inglês)

DEBATE EM PORTUGAL

2008• Luís Fazenda - "Promiscuidade com o negócio" norteou política OGM 2min (português)
2007• SIC - Reportagem Especial 21min (português)
2007• Sociedade Civil 1h10min (português)
2007• RTP N - Fórum do País 1h00min (português)
2007• Biosfera - Ensaios em Rio Maior 43min (português)
2006• Biosfera - João Vieira vs. Pedro Fevereiro 42min (português)
2004• Causas Comuns 24min (português)
1999• Central Urbana 1h11min (português)
1999• Consultório 40min (português)

ANIMAÇÕES

2012• Why Take Action to Stop GM Alfalfa? 3min (inglês)
2011• Back to the Start 2min (inglês)
2011• The missing option... Food Sovereignty 4min (inglês)
2011• What is behind the "responsible" soy label? Detective Pig finds out! 20min (inglês)
2010• La Cesta de Caperucita 20min (castelhano)
2009• Genetic Engineering - The World's Greatest Scam? 4min (inglês)
2009• Copier Coller 3min (francês)
2007• A Revolução das Bocas 6min (português)
2005• A Guerra da Mercearia 6min (português)
2004• The TRUE Cost of Food 15min (inglês)
---• Meatrix 1 4min (português)
---• Meatrix 2 5min (português)
---• Meatrix 2,5 2min (português)
---• O Código Bio di Versidade 5min (português)
---• Cows with Guns 5min (inglês)
---• Backwards Hamburger 3min (inglês)
---• Roundup 2min (inglês)
---• Genetically Modified Foods (Jenna) 1min (inglês)
---• Krafted 1min (inglês)
---• Under the Peel 1min (inglês)

ACTIVISMO

2010• Ceia de Natal com Transgénicos? 3min (português)
2010• Brussels is Decontaminated 5min (inglês)
2010• Monsanto Blockade 5min (inglês)
2009• Cruzada Anti-Transgénicos 2min (português)
2008• This Lawn is Your Lawn 5min (inglês)
2008• Herdade da Lameira 12min (português)
2008• Organizações de Ambiente Protestam Contra Ensaios numa Herdade em Monforte 1min (português)
2007• Rio Maior, Zona Livre de Transgénicos 10min (português)
2007• Corn Martyr Suicide 3min (inglês)
2007• A Dark Day in the History of Vegetables 3min (inglês)
2006• Stop GMO - Voluntary mowing of a GMO field in July 2006 near Berlin 17min (inglês)
2006• Activists Invade Pro-GMO Conference 6min (português)
2006• O Dia da Biodiversidade 10min (português/inglês)
---• La Génétique do Fachisme 8min (francês)

CLIPS

2012• Dos tomates y dos destinos 9min (castelhano)
2012• O crescimento nos Estados Unidos das pragas resistentes ao glifosato (Roundup) 1min (inglês)
2011• In the Dark about GE Food? Just Label It! 1min (inglês)
2010• Seed 16min (inglês)
2010• OGM e Alimentação 3min (português)
2010• Los Alimientos Geneticamente Modificados Tambien Te Modifican a Ti 1min (castelhano)
2010• Just say "No to GMO!" rap song 3min (inglês)
2010• Farmers Speak - Bust Up Big Ag 7min (inglês)
2009• Super Weed Can't Be Killed 2min (inglês)
2009• Arroz Transgênico 1min (português)
2009• Organic Austria Resists GMOs 8min (inglês)
2009• China Rice Tour 2min (inglês)
2008• Red, Green or GE 8min (inglês)
2008• First Documented Case of Pest Resistance to Biotech Cotton 3min (inglês)
2004• Contaminated - The New Science of Food 7min (inglês)
---• Is Genetically Engineered Food Hurting our Children? 2min (inglês)
---• Genetically Modified World 3min (inglês)
---• Bt, Bugs and Evolution 5min (inglês)
---• Genetically Modified Fish 3min (inglês)

ARROZ

2009• Arroz Transgênico 1min (português)
2009• Ministerio del Arroz 2min (castelhano)
2009• China Rice Tour 2min (inglês)

ALTERNATIVAS

2012• Biosfera - Natureza Comestível 42min (português)
2011• Colher para Semear: Tesouro Algarvio 37min (português)
2011• Semente é Diamante 12min (português)
2009• Terra! 1h20min (português)
2009• Roger Doiron - Doom and Bloom, How Small Gardens Can Help Feed and Save a Big, Hot and Hungry World 1h (inglês)
2009• Inside the White House - The Garden 8min (inglês)
2009• A Farm for the Future 49min (inglês)
2008• As Nossas Sementes 57min (português)
2008• Harvesting Water the Permaculture Way 1h04min (inglês)
2008• Establishing a Food Forest the Permaculture Way 1h22min (inglês)
2008• Homegrown Revolution 2min (inglês)
2008• Greening the Desert 10min (inglês)
2007• Biosfera - Biodiversidade Agrícola 43min (português)
2007• Gardens of Destiny 75min (inglês)
2007• Planeta Verde - Agricultura Biológica 4min (português)
2006• How to save the world - One man, one cow, one planet 1h39min (inglês)
2006• The Power of Community 53min (inglês)
2006• Guerre et Paix dans le Potager 1h41min (francês)
2005• Pesticides... Non Merci! 47min (francês)
2004• Permaculture and Peak Oil - Beyond Sustainability (Interview with David Holmgren) 25min (inglês)
2004• The Impact of Fresh Healthy Food on Learning and Behavior 15min (inglês)
2004• Alternative Agriculture 45min (inglês)
2001• El Rebelde del Agro 44min (castelhano)
1987• O Homem que Plantava Árvores 30min (português)
1977• Living the Good Life 30min (inglês)
---• Soberanía Alimentaria 5min (castelhano)
---• Sembrar para Comer 19min (castelhano)

EMPRESAS

2011• The Silence of the Pandas 50min (inglês)
2009• Nightmare At Pfizer - Injured Biotech Worker Becky McClain Speaks at 2009 Workers Memorial Day 28min (inglês)
2008• Agricultural Giant Battles Small Farmers 4min (inglês)
2008• Securitas, un Privé qui Vous Surveille 32min (francês)
2004• Sweet Misery 1h30min (inglês)
2004• Lord of the Rings - Fellowship of the Ring of Free Trade 6min (inglês)
2004• Lord of the Rings - The Twin Towers 15min (inglês)
2003• The Corporation 2h57min (inglês)
1976• The World is a Business 5min (inglês)
---• Fox News Kills Monsanto Story 10min (inglês)

ETC

2009• Landliebe Milch, ohne Gentechnik 1min (alemão)
2008• Confidential 2min (inglês)
2008• Your Milk on Drugs 18min (inglês)
2006• The Ghost in Your Genes 48min (inglês)
---• Farm Fresh Food 31min (inglês)
---• Test Tube Food 4min (inglês)
---• How Much Will New Genetically Engineered Giant Crabs Help America? 3min (inglês)
---• Disney's Genetic Engineering 3min (inglês)

PRÓ-OGM - Os filmes abaixo defendem o ponto de vista da indústria dos transgénicos

2011• It's a farmer's choice 2min (inglês)
2011• Events that changed the world - Food security 8min (inglês)
2011• How Europe's choices affect others 3min (inglês)
2008• Jimmy's GM Food Fight 59min (inglês)
2008• Restoring Lost Cover 21min (inglês)
2007• Nurturing the Seeds of Cooperation - The Papaya Network of Southeast Asia 18min (inglês)
2006• Mieux s'Informer 19min (francês)
2005• Fruits of Partnerships 19min (inglês)
2004• Asia's First - The Bt Corn Story in the Philippines 18min (inglês)
---• Silver Fields of Gold - The Story of Bt Cotton in China 20min (inglês)
---• The Story of Bt Cotton in India 21min (inglês)

Pesquisa mapeia uso da internet por crianças e adolescentes

17/05/2013

Agência FAPESP – O Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br) lançou o livro TIC Kids Online Brasil 2012, resultado de uma pesquisa que mapeou oportunidades e riscos associados ao uso da internet por crianças e adolescentes brasileiros.

O levantamento de dados foi realizado durante o ano de 2012 com 1.580 entrevistas de crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos e mostra como eles acessam e utilizam a internet e os riscos que enfrentam on-line. Além disso, a pesquisa investiga as experiências, práticas e preocupações dos pais relacionadas ao uso da internet por parte dos seus filhos.

O livro também conta com artigos de especialistas de diversas universidades brasileiras na relação entre crianças e internet, que analisam em detalhes alguns indicadores da pesquisa.

Para marcar o lançamento da publicação, o Cetic.br realizou, no dia 7 de maio, um debate com o tema “Crianças e Adolescentes na internet: Riscos e Oportunidades”. O evento contou com a participação de Ellen J. Helsper, da London School of Economics (Inglaterra), Cristina Ponte, da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), e Regina de Assis, consultora em Mídia e Educação no Brasil.

Durante o debate, levantou-se o tema dos riscos aos quais as crianças e adolescentes estão sujeitos com o uso da internet. Sobre essa questão, Ellen Helsper disse entender que “não devemos estimular uma visão amedrontada da rede nem mesmo um encantamento excessivo com esses novos nativos digitais”.

A pesquisadora portuguesa Cristina Ponte também apresentou comparações entre os dados obtidos na Europa e no Brasil. “Brasil e Portugal são semelhantes com relação a pais que saíram cedo da escola e possuem acesso reduzido à educação. Esse quadro é diferente do norte da Europa ou mesmo em países mais próximos de Portugal, como a França”, disse.

Regina de Assis, por sua vez, ressaltou a importância da formação dos professores para educar a nova geração, que já tem a internet envolvida em suas vidas. “As escolas ainda adotam os famosos laboratórios de informática, mas será que essa ideia é boa e isso realmente funciona? Está claro que não. A internet tem que estar dentro da sala de aula. Essa geração sabe muito, mas não sabe tudo”, disse.

TIC Kids Online Brasil 2012 está disponível em: www.cetic.br/publicacoes/2012/tic-kids-online-2012.pdf.

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Agrofloresta, ecologia e sociedade

Pesquisa e Política de Sementes no Semiárido Paraibano - relatório

Estados Unidos pedirão mais estudos sobre sementes resitentes ao 2,4-D

Adaptado de New York Times, 10/05/2013

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) decidiu submeter a estudos mais rigorosos as sementes transgênicas resistentes ao herbicida 2,4-D, de elevada toxicidade. A decisão veio do entendimento de que a liberação dessas sementes “pode afetar significativamente a qualidade do ambiente humano”.

Soja e milho transgênicos resistentes ao 2,4-D foram desenvolvidos pela Dow Chemical e a Monsanto desenvolveu variedades de soja e algodão resistente ao herbicida Dicamba. Essas novas sementes são tidas como alternativas para combater as diferentes espécies de mato que desenvolveram resistência ao glifosato do herbicida Roundup no sistema de cultivo da soja transgênica RR da mesma Monsanto. Dicamba e 2,4-D são muito mais tóxicos do que o Roundup [sobre o qual pesa uma lista crescente de estudos que ele é muito mais prejudicial à saúde e ao meio ambiente do que se imaginava anteriormente].

A Monsanto considerou inesperada a decisão do USDA; já a Dow informou que não espera ver suas sementes no mercado antes de 2015.

Data: 14.05.2013
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Perda de geleiras terrestres contribui em um terço para aumento do nível do mar

Geleira em Devon Island, Canadá. (Foto: Alex Gardner / Clark University)

O derretimento das geleiras terrestres provocado pelo aquecimento global contribuiu em um terço para a elevação do nível dos oceanos entre 2003 e 2009, segundo novas estimativas mais precisas realizadas por um grupo internacional de pesquisadores a partir de imagens de satélites. Matéria da AFP, no UOL Notícias.

“Pela primeira vez, estamos prontos para estimar muito precisamente quanto estas geleiras juntas contribuíram para a elevação dos oceanos”, disse Alex Gardner, professor de geografia da Universidade de Clark em Worcester, em Massachusetts, principal encarregado deste estudo publicado esta quinta-feira.

“Estas massas glaciares muito pequenas, que não representam mais de um 1% do gelo do planeta, perderam tanto gelo quanto as banquisas (nr: gelo marinho) do Ártico e da Antártica combinadas” entre 2003 e 2009, destacou.

As maiores perdas de gelo ocorreram nas geleiras do Ártico canadense, no Alasca, no sul dos Andes e no Himalaia.

As geleiras fora das calotas glaciares da Groenlândia e da Antártica perderam, em média, 260 bilhões de toneladas de gelo anualmente durante este período de sete anos, provocando uma elevação de 0,7 milímetro por ano bos oceanos, determinaram os cientistas no estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista científica Science.

Para fazer estas estimativas, eles compararam as medições tradicionais efetuadas no solo àquelas dos satélites ICESat (Ice, Cloud and Land Elevation Satellite) e GRACE (Gravity Recovery and Climate Experiment), da Nasa.

“Uma vez que a massa das geleiras terrestres é relativamente fraca em comparação com a das calotas glaciares da Groenlândia e da Antártica, seu derretimento suscita infelizmente menos ou nenhuma inquietação” no público, revela o glaciologista Tad Pfeffer, professor do Instituto Ártico da Universidade do Colorado em Boulder, um dos co-autores do estudo.

“É como um pequeno balde de água com um grande buraco no fundo: isto não durará muito tempo, apenas um século ou dois, mas enquanto houver gelo nestas geleiras, elas serão uma causa importante de elevação do nível dos oceanos”, explicou.

Segundo as estimativas atuais, se todas as geleiras do mundo derretessem completamente, o nível dos mares se elevaria 61 centímetros.

Mas se todo o gelo na Groenlândia derretesse, isto elevaria os oceanos em 6,1 metros, o que aumentaria para perto dos 61 metros se a calota glaciar da Antártica derretesse.

Atualmente, a elevação do nível dos mares é causada em um terço pelo derretimento das geleiras terrestres, um terço pelo derretimento do gelo da Antártica e da Groenlândia e o terço final, pela expansão térmica da água sob o efeito do aquecimento global.

Irreversible mass loss of Canadian Arctic Archipelago Glaciers
Geophysical Research Letters
Volume 40, Issue 5, pages 870–874, 16 March 2013
DOI: 10.1002/grl.50214

EcoDebate, 17/05/2013

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Em Brasília, parque ecológico vira sala de aula ao ar livre

Projeto de educação ambiental criado por jovens busca desenvolver novas abordagens de educação baseadas em práticas holísticas e na transdisciplinariedade

Andar de bike, correr, fazer piquenique. Práticas como essas são alguns dos atrativos que levam as pessoas a frequentarem parques ecológicos. Porém, em Brasília, um espaço verde está indo para além de um ambiente de recreação. O Parque de Uso Múltiplo Olhos D’água, um dos principais da cidade, está se transformando também em uma grande sala de aula ao ar livre. O responsável por isso é Ecoparque, projeto de educação ambiental criado por jovens brasilienses, que busca desenvolver novas abordagens de educação baseadas em práticas holísticas e na transdisciplinariedade. A iniciativa, inclusive, extrapolou os limites da reserva ambiental e foi instalada dentro de uma escola de educação integral.

“Nosso objetivo é apresentar novas propostas de relação com o meio ambiente, usando tecnologias de baixo impacto ambiental. Além de trazer um novo olhar para que as pessoas se apropriem do lugar e percebam que há outras formas de construir, de se relacionar, de cultivar a terra”, afirma Pedro Vinhal, cofundador do projeto, que é a 15ª história contada no Imagina na Copa, plataforma que está mapeando iniciativas de jovens transformadores até 2014.

O EcoParque foi idealizado por ele, em 2008, quando estudava educação física, e mais tarde abraçada pelo coletivo 7Saberes – que desenvolve ações de educação ambiental para estimular crianças, jovens e adultos a experimentar essas novas abordagens no que chamam de “laboratório vivo”. A meta do grupo é expandir o número de estações em outros espaços.

Apenas no passado, cerca de 200 estudantes de instituições públicas e privadas da região realizaram atividades periódicas no parque ecológico, que foi adaptado para receber diferentes atividades – como oficinas de arte e reciclagem, dança circular e permacultura [conceito que significa 'cultura permanente', que se baseia na cooperação do homem com a natureza].

Além disso, os estudantes também têm visitas monitoradas pelos espaços dentro do parque chamados estações. Uma delas, por exemplo, é o Túnel de Adobe onde as crianças são estimuladas a engatinhar, atividade importante para desenvolver sua capacidade motora. Já no Espaço de Convivência, são realizadas práticas corporais livres, como o yoga e os jogos cooperativos. Outros ambientes são dedicados a ensinar aos visitantes como mexer com a terra e até mesmo cultivar hortaliças e cuidar das plantas. Uma das últimas estações é o Viveiro de Mudas e o Canteiro de Ervas Medicinais, onde as crianças e os jovens são colocados em contato com aromas e sabores.

No quintal da escola

A experiência expandiu para além do parque ecológico para alcançar a Escola Parque 210/211 Norte, também em Brasília, que se dedica à educação de ensino integral. Há mais de dois anos, a instituição pública hospeda em seu “quintal” seis estações do Ecoparque, criada pelo 7Saberes.

“A partir do contato com a natureza, com as plantas, com a terra, os estudantes se tornam mais sensíveis para trabalhar também com outros conteúdos em sala de aula, seja em disciplinas tradicionais ou em atividades como artes plásticas e visuais”

De acordo com Celia Maria Stoppa Muller Fernandes, vice-diretora da escola, o Ecoparque vem contribuindo, principalmente, para estimular a sensibilidade das crianças, indispensável, segundo ela, para tornar as crianças mais curiosas e interativas – importante para desenvolver outros aspectos educacionais. “Muitas das mais de duas mil crianças que passam por aqui a cada semana moram em apartamentos e nunca tiveram ou quase não têm contato com a diversidade ecológica”, afirma.

“A partir do contato com a natureza, com as plantas, com a terra, os estudantes se tornam mais sensíveis para trabalhar também com outros conteúdos em sala de aula, seja em disciplinas tradicionais ou em atividades como artes plásticas e visuais”. Segundo Celia Maria, embora os professores ainda sejam resistência quanto a implementação de metodologias que avancem à sala de aula, muitos deles vêm abandonando suas zonas de conforto. “Hoje, professores já estão entendendo melhor o espaço e, inclusive, conseguem aproveitá-lo para trabalhar seus conteúdos.”

Texto de Vagner de Alencar, no Portal Porvir, socializado pelo Jornal da Ciência / SBPC, JC e-mail 4727.

EcoDebate, 17/05/2013

Compostagem: uma alternativa inteligente para o lixo orgânico, por Marcos Rangel

Composteira. Foto: USP

[EcoDebate] Muita gente tem o desejo de contribuir para a preservação do meio ambiente mas não sabe nem o que fazer com o próprio lixo. Entre muitas maneiras de contribuir, uma delas é separar o lixo seco do molhado, ou seja, o orgânico do inorgânico. Para reciclar o inorgânico é muito fácil, basta lavar as embalagens e separá-las e encaminhar o material para uma estação de reciclagem. Caso a pessoa não tenha tempo, se colocar o lixo separado, já é uma grande ajuda para os catadores nos aterros sanitários.

Mas e o lixo orgânico, o que fazer com ele? Os resíduos orgânicos representam ao menos 50% do lixo gerado nas grandes cidades.

Muita gente não sabe, mas existe a reciclagem de resíduos orgânicos. Este processo, mais conhecido como compostagem, é uma técnica milenar que transforma o lixo orgânico em adubo. A compostagem acontece através do processo de decomposição aeróbica dos resíduos, acelerado por um inóculo. Adiciona-se carbono para elevar a relação carbono – nitrogênio, controla-se a umidade para que as bactérias possam ter contato com o oxigênio e atinge-se altas temperaturas como indicador do trabalho que está sendo realizado pelas bactérias.

No prazo médio de 35 dias, o resíduo orgânico, que era um problema, se transforma em um composto orgânico que pode ser usado como adubo na produção de orgânicos ou doméstica.

A compostagem nada mais é que uma reciclagem dos nutrientes presentes nos alimentos, evita a emissão de CH4 (metano) e chorume e uma excelente alternativa para um dos maiores problemas gerados pelo lixo. Através desse processo, pode-se deixar os aterros sanitários para o recebimento apenas que rejeitos, que sempre existirão.

Já existem empresas especializadas na coleta e compostagem de resíduos gerados por grandes corporações como a VideVerde que tem diversos clientes que aderiram à prática como L´oreal, CSA, Michelin, Glaxo, Supermercados Zona Sul, etc…….

EcoDebate, 17/05/2013

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Consumidores em busca da soberania alimentar, artigo de Esther Vivas

[EcoDebate] O que comemos? De onde vem, como ele se desenvolveu e qual o preço que pagamos por aquilo que compramos? Estas são perguntas cada vez mais frequentes entre os consumidores. Em um mundo globalizado, onde a distância entre o produtor e o consumidor cresceu até o ponto em que ambos não têm praticamente impacto algum sobre a cadeia agroalimentar, saber o que colocamos na boca importa, e muito.

Isto foi evidenciado pelas experiências de grupos e cooperativas de consumo agroecológico que nos últimos anos têm proliferado em todos os lugares de todo o Estado espanhol. Se trata de devolver a capacidade de decidir sobre a produção, a distribuição e o consumo de alimentos aos principais atores envolvidos neste processo, ao campesinato e aos consumidores. O que, em outras palavras, se chama soberania alimentar. Isso significa que, como a própria palavra indica, ser soberano, ter a capacidade de decidir, quando se diz respeito a nossa alimentação (Desmarais, 2007).

Algo que pode parecer muito simples, mas na realidade não é. Hoje, o sistema agrícola e alimentar é monopolizado por um punhado de empresas da indústria agroalimentar e de distribuição que impõem seus interesses particulares, de fazer negócios com a comida, sobre os direitos dos agricultores e as necessidades alimentares das pessoas. Só assim se pode explicar tanta comida e tanta gente sem comer. A produção de alimentos triplicou dos anos 60 até os dias atuais, enquanto a população mundial, desde então, apenas duplicou (GRAIN, 2008), mas, mesmo assim, cerca de 900 milhões de pessoas, segundo a FAO, passam fome. Claramente, algo não está funcionando.

Algumas características

Os grupos e as cooperativas de consumo representam um modelo de agricultura e alimentação antagônico ao dominante. Seu objetivo: encurtar a distância entre a produção e o consumo, eliminando intermediários e estabelecendo relações de confiança e solidariedade entre as duas pontas da cadeia, entre o campo e a cidade; apoiar uma agricultura familiar e de proximidade que cuide de nossa terra e que defenda um mundo rural vivo, com o propósito de viver com dignidade no campo; e promover uma agricultura ecológica e sazonal, que respeite e leve em conta os ciclos da terra. Além disso, nas cidades, estas experiências ajudam a fortalecer o tecido local, gerar conhecimento mútuo e promover iniciativas baseadas na autogestão e auto-organização.

De fato, a maior parte dos grupos de consumidores são encontrados nos núcleos urbanos, onde a distância e a dificuldade de contactar diretamente os produtores é maior e, portanto, as pessoas de um bairro ou de uma localidade se reúnem para realizar “outro consumo”. Existem, igualmente, vários modelos: aqueles em que o produtor serve uma cesta semanal, fechada, com frutas e verduras ou aqueles em que o consumidor pode escolher que alimentos sazonais quer consumir de uma lista de produtos oferecidos pelo agricultor ou agricultores com que trabalha. Além disso, em um nível legal, encontramos majoritariamente grupos definidos como associação e uns poucos, de experiências mais consolidadas e larga trajetória, com formato de cooperativa (Vivas, 2010).

Um pouco de história

Os primeiros grupos surgiram, no Estado espanhol, no final dos anos 80 e início dos anos 90, principalmente na Andaluzia e Catalunha, apesar de também termos encontrado alguns no País Basco e na Comunidade Valenciana, entre outros. Uma segunda onda veio nos anos 2000, quando estes experimentaram um crescimento significativo onde já existiam e apareceram pela primeira vez onde não tinham presença. Atualmente, estas iniciativas têm se consolidado e multiplicado de forma muito significativa, em um processo difícil de quantificar devido ao seu próprio caráter.

O aumento dessas experiências responde, do meu ponto de vista, a duas questões centrais. Por um lado, a crescente preocupação social sobre o que comemos, frente a proliferação de escândalos alimentares nos últimos anos, tais como a doença das vacas loucas, frangos com dioxina, a gripe suína, a E.coli, etc. Comer, e comer bem, importa novamente. E, por outro lado, a necessidade de muitos ativistas sociais de buscar alternativas na vida cotidiana, além de mobilizar contra a globalização neoliberal e seus arquitetos. A partir daqui, que, logo após o surgimento do movimento antiglobalização e antiguerra, no início dos anos 2000, uma parcela significativa das pessoas que participaram ativamente nestes espaços impulsionaram ou se tornaram parte de grupos de consumor agroecológicos, redes de intercâmbio, meios de comunicação alternativos, etc.

Comer bem versus mudança política

Assim, observamos duas sensibilidades que muitas vezes integram essas experiências. Uma que aposta, em termos gerais, em “comer bem”, dando maior peso às questões relacionadas à saúde e outra que, apesar de considerar estes elementos, enfatiza ainda mais o caráter transformador e político dessas iniciativas. Aqui está o desafio dos grupos e das cooperativas de consumo, reivindicar uma alimentação segura e saudável para todos. O que implica em não perder de vista a perspectiva política de mudança.

Se queremos uma agricultura sem agrotóxicos ou transgênicos é necessário começar exigindo a proibição de cultivos de transgênicos no Estado espanhol, porta de entrada e paraíso dos organismos geneticamente modificados em toda a Europa. Se queremos uma agricultura de proximidade, que não contamine o meio ambiente, com alimentos que viajam milhares de quilômetros de distância (Amigos de la Tierra, 2012), é essencial uma reforma agrária e um banco público de terras, que ao invés de especular com o território o torne acessível para aqueles que queiram viver para trabalhar a terra. Em suma, ou mudamos radicalmente este sistema ou “comer bem” vai se tornar um privilégio disponível apenas para aqueles que possam pagar.

Os grupos de consumo são apenas um primeiro passo na mudança em direção a “outra agricultura e outra alimentação”, mas devem ir mais além e questionar o sistema político e econômico que sustenta o atual modelo agroalimentar. A comida, como a habitação, a saúde, a educação…, não se vende, se defende.

Referências bibliográficas

Amigos de la Tierra (2012) Alimentos kilométricos en:http://issuu.com/amigos_de_la_tierra_esp/docs/informe_alimentoskm
Desmarais, A. (2007) La Vía Campesina. La globalización y el poder del campesinado. Madrid. Editorial Popular.

GRAIN (2008) El negocio de matar de hambre en: http://www.grain.org/articles/?id=40
Vivas, E. (2010) “Consumo agroecológico, una opción políticas” en Viento Sur, nº 108, pp. 54-63.

*Artigo publicado originalmente na revista Ae Agricultura y Ganadería Ecológica de la Sociedad Española de Agricultura Ecológica, nº11, primavera 2013.
**Traduzido por Natasha Ísis, do Canal Ibase.

***Esther Vivas, Colaboradora Internacional do Portal EcoDebate, é ativista e pesquisadora em movimentos sociais e políticas agrícolas e alimentares, autora de vários livros, entre os quais “Planeta Indignado”. Esther Vivas é licenciada em jornalismo e mestre em Sociologia. Seus principais campos de pesquisa passam por analisar as alternativas apresentadas por movimentos sociais (globalização, fóruns sociais, revolta), os impactos da agricultura industrial e as alternativas que surgem a partir da soberania alimentar e do consumo crítico.


EcoDebate, 17/05/2013
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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Horto da Fiocruz

Projeto desenvolve telhado verde que reduz o risco de enchentes

Publicado em 26/03/2013

A cobertura de telhados com módulos de vegetação removíveis é um projeto atualmente em teste na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), desenvolvido pelo engenheiro civil e pesquisador do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental Renato Castiglia. Se o Projeto Telhados Verdes fosse adotado em massa, haveria menos precipitações chegando ao solo, já que o experimento retém água. Com isso, ocorreria uma redução do risco de enchentes. Assim, o projeto se alinha ao tema escolhido para celebrar o Dia Mundial da Água (22/3) deste ano: Cooperação pela Água.

Em dezembro de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2013 o Ano Internacional das Nações Unidas da Cooperação pela Água, em virtude da Resolução A/RES/65/154. O tema 'Cooperação pela Água' é inédito, o que ressalta sua importância e confere particular relevância a este Dia Mundial da Água, o vigésimo desde sua criação. Segundo a Unesco, o Ano Internacional da Cooperação pela Água encoraja partes interessadas, nas esferas internacional, regional, nacional e local, a agir em prol da campanha. Seu objetivo é gerar esforços de conscientização quanto ao potencial e aos desafios da cooperação pela água que facilitarão o diálogo entre atores e promoverão soluções inovadoras para o tema.

Baixo custo

Os experimentos preliminares dos telhados verdes fazem parte do projeto de pós-doutorado do pesquisador Renato Castiglia, que será realizado na Universidade de Sydney (Austrália). A ideia principal é a cobertura dos telhados existentes com módulos de vegetação removíveis, com o objetivo de minimizar custos de implantação e manutenção do sistema de drenagem, além de possíveis transtornos com manuseio de terra e vegetação. De acordo com o pesquisador, a ineficiência dos sistemas remete às constantes inundações urbanas, principalmente nos períodos de precipitação mais intensa, agravando os problemas relacionados à qualidade das águas e ao saneamento urbano. “Tais fatos expõem a saúde das populações ao risco, principalmente nas áreas mais carentes”, explicou.

Como parte do experimento, Castiglia utilizou recipientes plásticos e encheu-os de plantas que toleram até dois meses sem água. Os recipientes foram, então, encaixados, sem qualquer espaço entre eles, sobre o telhado. Resultado: as plantas retêm o calor e a chuva. Quando a chuva vem em quantidade, o excesso de água escoa da terra para outro vão, de onde pode sair sem provocar infiltrações. “Por meio de simulações de chuvas artificiais, ficou constatada, em condições iniciais de solo seco, a capacidade de retenção de aproximadamente 20 litros de água por metro quadrado vegetado”, afirmou o pesquisador.

Fonte: Informe Ensp
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Inpa fará diagnóstico das potencialidades agronômicas de Manaquiri, no AM

O amendoim da Amazônia, fruto pesquisado pelo Inpa, pode gerar um óleo usado na indústria de cosméticos (Foto: Daniel Jordano)

10/05/2013 - O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) fará, em parceria com outras instituições, um diagnóstico para avaliar o potencial agronômico do município de Manaquiri, distante 60 quilômetros de Manaus. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (8/05) durante o 1º Encontro de Desenvolvimento Sustentável e Tecnologias Sociais realizado pelo Inpa no município e teve o objetivo de debater um projeto integrado de desenvolvimento econômico com base em pesquisa científica e qualificação de produtores.

O evento reuniu representantes de indústrias, de comunidades rurais, da prefeitura de Manaquiri e pesquisadores. De acordo com o diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro, o objetivo é atrelar ciência e geração de renda. “Vamos desenvolver atividades com base nas pesquisas que já são desenvolvidas aqui e fazer esse diagnóstico. O nosso objetivo é identificar os problemas na cadeia produtiva”, disse.

Ainda de acordo com o diretor substituto, a capacitação continuará. “Vamos usar a pesquisa científica no processo de capacitação, vamos investir pesado tanto na capacitação através das tecnologias sócias quanto em pequenos cursos”, afirmou.

Plano integrado

O Inpa já trabalha com a capacitação de produtores rurais há oito anos por meio de um projeto desenvolvido pelo pesquisador Juan Revilla. Ao todo, aproximadamente dez pesquisas são desenvolvidas pelo Inpa no centro de treinamento do município, entre elas, o uso do amendoim da Amazônia para fabricação de óleo, que pode ser usado pela indústria de cosméticos e tem potencial econômico.

De acordo com Revilla a ação em Manaquiri representa a possibilidade de aplicar as pesquisas na prática. “Agora vamos colocar tudo isso em prática. A aplicação das pesquisas representa alternativa de geração de renda”, assegurou.

De acordo com o presidente da Cooperativa de Produtores Rurais e Beneficiadores de Plantas Medicinais (Copefito) de Manaquiri, Antônio Santa Rita, o evento contribuiu para a formação de políticas públicas no setor primário. “Com eventos como esse, Manaquiri poderá melhorar sua produção. É um passo para valorizar o produtor rural”, disse.

O vice-prefeito do município, Jair Becil, afirmou que a parceria do poder público com o Inpa ajudará na conservação dos recursos naturais e trará fonte de emprego e renda para a cidade. “É um meio de geração de emprego para os produtores e a qualificação deles. A população recebe esse projeto integrado muito bem e os produtores estão ansiosos para ver ele em prática, pois já estamos em fase de implantação”, ressaltou.

Para a coordenadora de Tecnologia Social do Inpa e organizadora do evento, Denise Gutierrez, o encontro ajudará na formação de políticas públicas baseadas em ciência por meio de parcerias. "Agregamos parcerias e reunimos todos os atores deste processo. Já temos resultados de pesquisas, mas não temos o poder de fazer essa transferência (de conhecimento) sozinhos, por isso a importância das instituições conservarem", afirmou.

O evento contou com a parceria da prefeitura de Manaquiri e também da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), entre outras instituições.

Fonte: Inpa, por Daniel Jordano
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Maya nut (Brosimum alicastrum, Moraceae)

Maya nut tree. Photo credit: Erika Vohman

Maya Nut is a large neotropical forest tree. It produces a nutritious and delicious seed, which was used as food by preColumbian people throughout Latin America and the Caribbean. Maya Nut trees are enormous and can reach 45 m in height and over 2 m in diameter. Trees grown in plantations in full sun with regular weeding to reduce competition for water and nutrients grow much faster than trees in natural forest and will produce seed in the 4th year. Maya Nut grows at altitudes ranging from 0-1800 meters above sea level and is highly adaptable. It thrives in dry, shallow, alkaline soils as well as in rich humid soils, and does not seem to be affected significantly by diseases or insects.

Maya Nut is known by more than 150 different indigenous and local names including Ujuxte, Ojoche, Breadnut, Capomo, Mojo, Mojote, Guaimaro, Manchinga, Ramon, Sande, Ox, Huje and others. It is a neotropical species ranging from northern Mexico (Sonora) to the Brazilian Amazon, Cuba, Jamaica and Trinidad. It is presumed extinct on Hispaniola and Puerto Rico. It has been introduced and is flourishing in Florida, California, Hawaii, Haiti, and Puerto Rico. It was introduced to India in the 1800’s but is not currently reported there.

Maya Nut shows alternate bearing, producing massive quantities of seed one year, and little or even no seed the next. Some populations are reported to produce no seed at all for up to 3 consecutive years. Fruits mature within a 6-8 week period and individual trees can be extremely prolific, producing up to 400 kg of seed per harvest, in extreme cases!

Maya Nut boasts exceptional nutritional, agronomic and culinary properties, making it fun to cook with and add to traditional and more modern recipes. It is not a true nut, but a berry. It must be ground into a powder for consumption because it is extremely hard. Maya nut powder is much like cocoa, and can be added to bread, cookies, cake, pancakes, oatmeal, porridge, yogurt, ice cream. It can also be used to make flavourful hot and cold drinks to substitute coffee and cocoa!

(Text contributed by Erika Vohman, Maya Nut Institute, Colorado, United States)
Maya nut. Photo credit: Erika Vohman
Male flowering branch. Branch with unripe fruits. Ripe fruit. Photo by Chad Husby, Montgomery Botanical Center, Florida.
Bread and cookies made by maya nut. Photo credit: Francisco Sagastume
Crops for the Future


International Quinoa Research Symposium

The USDA National Institute of Food and Agriculture, in partnership with Washington State University, will be organising an International Quinoa Research Symposium, to take place 12-14 August 2013 at Washington State University, Pullman, Washington, USA.

Set in the context of the United Nations’ International Year of the Quinoa 2013 (IYQ), the symposium seeks to draw attention to quinoa’s biodiversity and nutritional value and will provide an update on the status of quinoa research. There will also be opportunities to visit local field trials.

Travel scholarships to attend the symposium are available for farmers and students. Applicants are advised to write directly to Dr. Kevin Murphy at kmurphy2@wsu.edu. Please visit the official website of International Quinoa Research Symposium for more information.

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O mundo e o risco de caos no clima, por Martin Wolf


“A humanidade está realizando uma gigantesca, descontrolada e quase certamente irreversível experiência climática na única casa que tem”, constata Martin Wolf, comentarista econômico, em artigo publicado no Financial Times e reproduzido pelo jornal Valor, 15-05-2013.

Segundo ele, “há muita preocupação e falatório, mas não há nenhuma ação efetiva. Para que isso mude devemos oferecer à humanidade um futuro muito melhor. Medo diante de um horror distante não é suficiente”.

Eis o artigo.

Na semana passada, foi anunciado que – pela primeira vez nos últimos 4,5 milhões de anos – a concentração de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassou 400 partes por milhão. Além disso, essa concentração também continua subindo a cerca de 2 partes por milhão por ano. Nesse ritmo, a concentração poderá chegar a 800 partes por milhão até o fim do século. Ou seja, todas as discussões sobre mitigar os riscos de uma catástrofe climática mostraram ser apenas palavras vazias.

A humanidade resolveu bocejar e deixar os perigos acumularem-se. O professor Brian Hoskins, diretor do Instituto Grantham para a Mudança no Clima, no Imperial College, em Londres, observa que na última vez em que as concentrações foram tão altas “o mundo ficou mais quente, em média, três ou quatro graus Celsius do que hoje. Não havia nenhuma camada de gelo permanente na Groenlândia, os níveis do mar eram muito mais elevados e o mundo era um lugar muito diferente, embora nem todas essas diferenças possam estar diretamente relacionadas com os níveis de CO2 “.

Essa ressalva é apropriada. Mas o reconhecimento do efeito estufa é resultado de análise científica básica: é por causa dele que a Terra tem um clima mais agradável do que o da Lua. O CO2 é um gás conhecido por sua contribuição para o efeito estufa. Existem efeitos de realimentação positiva decorrentes da elevação das temperaturas, por intermédio, por exemplo, da quantidade de vapor de água na atmosfera. Em suma, a humanidade está realizando uma gigantesca, descontrolada e quase certamente irreversível experiência climática na única casa que tem.

Não há outro lugar para onde as pessoas possam ir e não há como reinicializar o sistema climático do planeta. Se vamos assumir uma abordagem prudencial nas finanças públicas, devemos assumir uma abordagem prudencial ante algo irreversível e muito mais caro.

O que torna a omissão mais notável é que temos ouvido tanta histeria sobre as terríveis consequências do acúmulo de um grande fardo de dívida pública sobre os ombros de nossos filhos e netos. Mas tudo o que está sendo legado é endividamento financeiro de algumas pessoas em relação a outras. Se o pior se concretizar, ocorrerá um colapso financeiro. Algumas pessoas serão infelizes. Mas a vida vai continuar. Em vez disso, deixar como herança um planeta num caos climático é uma preocupação bem maior. Não há outro lugar para onde as pessoas possam ir e não há maneira de reinicializar o sistema climático do planeta. Se vamos assumir uma abordagem prudencial em face das finanças públicas, devemos certamente assumir uma abordagem prudencial diante de algo irreversível e muito mais caro.

Então por que estamos nos comportando assim?

A primeira razão – e a mais profunda – é que, assim como a civilização da antiga Roma foi construída com base em escravos, a nossa é construída com base em combustíveis fósseis. O que aconteceu no início do Século XIX não foi uma “revolução industrial”, mas uma “revolução energética”. Lançar carbono na atmosfera é o que fazemos. Como argumentei em “Climate Policy” (Políticas Climáticas), o que era o estilo de vida de alta intensidade energética nos atuais países de alta renda tornou-se uma característica mundial. A convergência econômica entre países emergentes e países de alta renda está fazendo crescer a demanda por energia mais rapidamente do que o aperfeiçoamento da eficiência energética a está reduzindo. Não apenas as emissões mundiais de CO2, mas até mesmo das emissões per capita, estão crescendo. As emissões per capita são, em parte, resultado da dependência da China em relação à geração de energia elétrica a partir do carvão.

A segunda razão é a oposição a qualquer intervenção no mercado livre. Parte disso, sem dúvida, é motivada por interesses estritamente econômicos. Mas não subestime o poder das ideias. Admitir que uma economia de livre mercado gera um enorme custo externo mundial é admitir ser justificada uma regulamentação governamental em larga escala tantas vezes proposta pelos odiados ambientalistas. Para muitos libertários ou liberais clássicos, a própria ideia é inadmissível. É muito mais fácil negar a relevância do conhecimento científico.

Um sintoma disso é agarrar-se a fiapos. Diz-se, por exemplo, que as temperaturas médias no mundo não subiram em períodos recentes, embora estejam muito mais altas do que um século atrás. No entanto, períodos de quedas de temperatura em meio a uma tendência de alta já ocorreram anteriormente.

Uma terceira razão pode ser a pressão no sentido de reagir a crises imediatas que consumiram quase toda a atenção das autoridades governamentais nos países de alta renda desde 2007.

A quarta é uma comovente confiança em que, caso o pior venha a se concretizar, a engenhosidade humana encontrará alguma maneira esperta de administrar os piores resultados da mudança climática.

A quinta é a complexidade para firmar acordos internacionais eficazes e aplicáveis ao controle das emissões por tantos países.

Uma sexta razão é a indiferença em face dos interesses de pessoas que nascerão em um futuro relativamente distante. Como diz um velho comentário: “Por que devo me preocupar com as futuras gerações? O que elas já fizeram por mim”?

Uma razão final é a necessidade de encontrar um equilíbrio justo entre países pobres e países ricos, entre aqueles que emitiram a maior parte dos gases causadores do efeito estufa no passado e aqueles que os emitirão.

Então, o que poderia alterar esse curso? Minha opinião é, cada vez mais, de que cobranças morais não fazem nenhum sentido. As pessoas não agirão nessa escala porque preocupam-se com os outros, inclusive até mesmo com seus próprios descendentes mais remotos.

A maioria das pessoas hoje acredita que a economia de baixo carbono criaria um mundo de privação universal. Elas nunca aceitarão tal situação. Isso é verdade tanto para as pessoas nos países de alta renda, que querem manter o que têm, com para as pessoas no resto do mundo, que querem desfrutar o que as pessoas dos países de alta renda têm. Assim, uma condição necessária, embora não suficiente, é uma visão politicamente vendável de uma economia de baixo carbono próspera. Recursos substanciais precisam ser investidos em tecnologias que, com credibilidade, produzam tal futuro.

Mas isso não é tudo. Se uma oportunidade assim parecer efetivamente mais crível, também precisarão ser desenvolvidas instituições capazes de concretizá-lo.

Neste momento, inexistem tanto as condições institucionais como tecnológicas. Não há vontade política para fazer algo real a respeito do processo que orienta a condução de nossa experiência com o clima. Há muita preocupação e falatório, mas não há nenhuma ação efetiva. Para que isso mude devemos oferecer à humanidade um futuro muito melhor. Medo diante de um horror distante não é suficiente.

(Ecodebate, 16/05/2013) publicado pela IHU On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização da informação.

[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

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Pico histórico de 400 ppm de concentração de CO2 se tornará média anual, dizem meteorologistas

“Curva de Keeling”, que mostra a evolução das concentrações atmosféricas de CO2 ano a ano ao longo das últimas cinco décadas.

A OMM (Organização Meteorológica Mundial) avaliou que, após superado o limite histórico de concentração de dióxido de carbono na atmosfera na semana passada, este pico pode se tornar a média anual mundial. Matéria da AFP, no UOL Notícias.

“No ritmo de aumento atual, a média anual mundial de concentração de CO2 superará o limite das 400 partes por milhão (ppm) em 2015 ou 2016″, informou a agência da ONU em comunicado.

Um observatório situado no vulcão de Mauna Loa, no Havaí, registrou na última quinta-feira (9) uma concentração de CO2 de 400,03 ppm, segundo a Agência Norte-Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).

Embora se trate de uma medida pontual, segundo especialistas, a média anual de 2013 superará sem dúvida a de 400 ppm, um número simbólico que marca uma tendência inquietante do planeta rumo ao aquecimento.

A última vez que o planeta registrou uma concentração de CO2 na atmosfera superior às 400 ppm foi entre 3 milhões e 5 milhões de anos atrás, durante a era do Plioceno. A temperatura era, então, de 3 a 4 graus acima da atual.

A encarregada da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Clima, Christiana Figueres, advertiu na última segunda-feira (13) que a concentração de CO2 na atmosfera põe o planeta em uma “zona de perigo”.

Christiana assegurou que “ainda há uma oportunidade para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas” e fez um apelo à comunidade internacional para que dê uma “resposta política capaz de enfrentar este desafio”.

O objetivo fixado pela comunidade internacional em 2009 é manter o aquecimento global a um máximo de +2 graus Celsius em relação aos níveis de antes da era industrial. Se este patamar for superado, os cientistas consideram que o planeta entrará em um sistema climático marcado por fenômenos extremos.

Com uma média anual de 400 ppm de concentração de CO2, o aquecimento global previsto será de pelo menos 2,4°C, segundo o último relatório dos especialistas da ONU sobre o clima (IPCC, na sigla em inglês). As emissões de CO2 na atmosfera não param de aumentar e, se a tendência se mantiver, a temperatura pode aumentar entre 3 graus Celsius e 5 graus Celsius.

O próximo grande encontro será a cúpula climática da ONU, que será realizada na França em 2015. Mas estas negociações, que envolvem os grandes poluidores do planeta, com China e Estados Unidos à frente, não serão fáceis. A última tentativa de implementar um acordo desse tipo, feita em 2009, durante a reunião em Copenhague, na Dinamarca, fracassou.

EcoDebate, 16/05/2013

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