sábado, 8 de fevereiro de 2014

Idec identifica que bebidas não possuem teor de fruta mínimo exigido por lei

01/02/2014

O Mapa não estabelece uma metodologia oficial para identificar a quantidade de fruta nas bebidas. Por isso, o Idec pretende chamar a atenção para essa necessidade de fiscalização e a importância desta informação no rótulo para ajudar a melhor escolha do consumidor.

O teste feito com 31 amostras de néctares revela também que a maioria contém doses exageradas de açúcar.

O Idec testou em laboratório 31 amostras de néctares de sete marcas: Activia, Camp, Dafruta, Dell Vale, Fruthos, Maguary e Sufresh, em diferentes sabores. O objetivo era identificar se os produtos cumprem os principais requisitos de qualidade e de identidade previstos na Instrução Normativa (IN) nº 12/2004 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), analisando itens como o teor de fruta e a quantidade de açúcar, por exemplo.

Do total, 10 produtos (32%) foram reprovados por não conter o teor de polpa ou suco de fruta exigido por lei. Segundo a norma atualmente em vigor, o percentual mínimo de fruta varia de 20% a 40%, dependendo do sabor do néctar.

A Maguary teve o pior resultado: três dos cinco néctares da marca avaliados têm uma quantidade menor de fruta do que o esperado. As marcas Camp, Dafruta, Fruthos e Sufresh tiveram, cada uma, dois sabores reprovados nesse quesito. Somente as bebidas da Activia e da Dell Vale foram aprovadas em todos os sabores.

Para Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec, o resultado do teste é grave, tanto pelo alto índice de descumprimento da legislação, quanto pelo fato de que muitos consumidores acham que néctar é a mesma coisa que suco. Contudo, na verdade, para ser chamada de “suco”, a bebida deve ser composta praticamente só de fruta (e de água, em alguns casos) e não pode conter substâncias “estranhas”; já o néctar, além de apresentar só uma parcela de fruta, ainda contém açúcar e aditivos químicos, como corantes e antioxidantes. “Essa confusão [entre néctar e suco] é reforçada pelo uso ostensivo de imagens de frutas nas embalagens dos néctares, passando a falsa impressão de que a bebida é natural'”, destaca Ana Paula.

Chama a atenção que, dos 10 produtos reprovados, oito são de néctares sabor manga ou pêssego, justamente os que, pela legislação, devem conter um teor maior de fruta, de 40%. “Esse resultado surge como um alerta para as autoridades neste momento em que novas regras do Mapa para bebidas à base de fruta começam a ser implementadas. Entre elas, a que estabelece o aumento do percentual de fruta para néctares sabor uva e laranja”, diz a nutricionista do Idec. Segundo a nova norma, os néctares desses sabores deverão passar a ter 40% de polpa ou suco até janeiro de 2015; e de 50% até janeiro de 2016. Hoje, o percentual mínimo exigido de laranja e de uva é de 30%.

Segundo Ana Paula, preocupa, ainda, o fato de que o Mapa não estabelece uma metodologia oficial para identificar a quantidade de fruta nas bebidas. “O percentual desse ingrediente é previsto como critério de avaliação, mas, uma vez que não foi definido um método para sua a sua verificação pelos órgãos reguladores, o parâmetro perde o efeito de fiscalização”, critica a especialista.

Menos fruta que o exigido

Confira as marcas reprovadas:

Marca Sabor Teor de fruta que deveria ter (%) Teor de fruta identificado no teste (%)

Camp 

Manga 40 25
Pêssego 40 25

Dafruta

Manga 40 25
Pêssego 40 25

Fruthos 

Manga 40 30

Maguary

Manga 40 30
Misto de maçã e Maracujá 30 20
Misto de maçã e pêssego 30 20

Sufresh

Manga 40 25
Pêssego 40 20

Avaliação da rotulagem - Bebidas mistas

Somente ao olhar uma embalagem, não fica claro que há várias frutas, pois é dado destaque a um sabor específico. As marcas Dafruta e Maguary são as “campeãs” nessa prática: as duas só informam que o néctar é misto na lateral da caixinha, em letras bem pequenas e em cores que dificultam a leitura. Por isso, ambas foram reprovadas na análise de rotulagem geral.

Sob o ponto de vista do Código de Defesa do Consumidor, essa omissão fere o direito à informação clara sobre as características do produto. Além disso, a prática pode ser vista como propaganda enganosa. Entre as amostras adquiridas para o teste, há bebidas com “cara” de uva – ou seja, que destacam na embalagem um cacho dessa fruta e o termo “uva”, têm cor e gosto que se assemelham ao fruto da videira –, por exemplo, mas que, na verdade, têm como principal ingrediente suco de maçã. “O consumidor compra gato por lebre”, afirma a nutricionista do Idec.

Para mascarar essa salada e chegar ao sabor e cor desejados da fruta mais vendável, essas bebidas mistas costumam usar aditivos, como corantes e flavorizantes, em concentração ainda maior do que as outras.

Apelo ao público infantil

Não bastasse isso, todos os néctares mistos avaliados têm apelos ao público infantil na embalagem, com o uso de personagens que, claramente, têm a função de atrair os olhares e a atenção das crianças. Não por acaso, eles estão disponíveis em embalagens pequenas, de 250 ml, aparentemente ideal para o lanche dos pequenos. “Os pais devem prestar atenção à categoria em que a bebida é classificada e dar preferência a suco em vez de néctar ou refresco. Além disso, olhar a lista de ingredientes, que indica em ordem decrescente o que é usado na bebida, é uma dica importante para desvendar o verdadeiro conteúdo da caixinha”, aconselha Ana Paula.

Os aditivos químicos adicionados a essas bebidas, como conservantes, por exemplo, podem não ser seguros para as crianças. Isso porque os limites de segurança estabelecidos para o uso desses compostos são calculados em relação a um adulto. “Existem estudos que relacionam o consumo de aditivos ao aparecimento de alergias em geral, intoxicação alimentar e hiperatividade”,

Quantidade de açúcar

Ao analisar a lista de ingredientes dos néctares, tenham eles apelo infantil ou não, o consumidor vai descobrir que o açúcar é um dos itens em maior quantidade nessas bebidas. Só assim mesmo para saber, pois, atualmente, a legislação brasileira não obriga que os fabricantes declarem o teor de açúcar na tabela nutricional. “O tema tem sido discutido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], mas ainda aguarda discussão e aprovação de todos os países que fazem parte do Mercosul para que alguma mudança aconteça. O Idec defende expressamente que essa informação se torne obrigatória”, destaca a nutricionista do Instituto.

Como não existe um parâmetro nacional para a avaliação do teor desse ingrediente, o Idec utilizou como base o do semáforo nutricional, um esquema de rotulagem criado no Reino Unido que, por meio das cores vermelho, amarelo e verde, informa quais os teores de determinados nutrientes no alimento. No caso de açúcar, a presença de até 5 g/100 g é avaliado como verde (baixo teor); entre 5,1 e 12,4 g/100 é amarelo (médio teor) e 12,5 g/ 100 g é vermelho (alto teor).

O teste identificou a quantidade de “açúcares totais”, o que inclui o açúcar da própria fruta e o adicionado pelo fabricante. O resultado mostra que o sinal está fechado para os néctares. Todas as bebidas avaliadas apresentam concentração média ou alta de açúcar, de acordo com os critérios do semáforo nutricional.

Curiosamente, as únicas marcas que tiveram todos os sabores aprovados em relação à quantidade de fruta, a Activia e a Dell Vale, figuram entre as que têm os néctares mais açucarados. O Dell Vale sabor uva, por exemplo, tem nada menos que 13,31 g desse ingrediente em cada 100 ml, e o Activia sabor uva, quase o mesmo: 13,04 g/100 ml. Ambos seriam classificados como “vermelho” nesse nutriente.

A maior parte das amostras avaliadas (67%) receberia a cor amarela em relação ao açúcar, o que, tal qual no trânsito, significa “atenção” ou, no caso específico, “consuma com moderação”. O néctar que apresentou a menor concentração de açúcar foi o Fruthos de laranja, com 7,11 gramas, ainda assim classificado como amarelo.

O consumo excessivo de bebidas industrializadas açucaradas é um dos fatores responsáveis pelo aumento de casos de obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes.

Top 5 de açúcar

Veja quais são os cinco néctares com maior teor de açúcar identificado no teste:

Marca/sabor Quantidade de açúcar (g/ 100 ml)

Del Valle Uva 13,31
Camp Uva 13,30
Activia Uva 13,04
Dafruta Laranja 12,95
Del Valle Manga 12,95

Como foi feito o teste

O Idec enviou para análise em laboratório 31 amostras de néctar de sete marcas: Activia, Camp, Dafruta, Dell Vale, Fruthos, Maguary e Sufresh. Dezesseis deles foram adquiridos em embalagens pequenas, de 200 ml ou 250 ml, dos quais cinco têm apelos ao público infantil; e os demais em embalagens de 1 litro.

As bebidas foram avaliadas de acordo com os principais parâmetros de identidade e de qualidade geral estabelecidos pela Instrução Normativa nº 12/2003 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre eles quantidade de fruta e de açúcar, acidez e outros aspectos técnicos. O teste envolveu a análise de mais de 20 parâmetros e, individualmente, cada uma das análises é certificada e segue metodologia reconhecida.

O intervalo de confiança do teor de fruta identificado é de 95% e a margem de erro é de 20%, para mais ou para menos, já levada em conta na avaliação que aprovou e reprovou as amostras.

Além disso, o Idec checou se a rotulagem geral e as informações nutricionais obrigatórias e complementares estavam indicadas adequadamente na embalagem, de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Notificações

O Idec notificou todos os fabricantes das marcas avaliadas sobre os resultados do teste e também a órgãos públicos de vigilância sanitária (Anvisa e MAPA) e de defesa do consumidor (PROCON SP e Senacon – Secretaria Nacional do Consumidor). Entre as empresas, duas não responderam até o fechamento da edição de fevereiro da Revista do Idec, a fabricante da marca Fruthos (Cia. de bebidas Brasil Kirin) e a da marca Activia (Agropecuária Tuiuti), mas esta foi aprovada no teste. Confira um resumo das respostas das outras empresas:

Sufresh (Wow): informa que realizará novas análises nas bebidas dos sabores reprovados no teor de fruta (manga e pêssego) e se estas confirmarem o problema, fará as adequações necessárias.

Camp (General Brands): diz que vai apurar os problemas identificados no teste a fim de atender as exigências legais.

Del Valle (Leão): agradece a participação no teste, mas destaca que, embora os resultados do teste evidenciem a total conformidade dos produtos da marca à legislação, no caso do néctar de manga, a quantidade de polpa da fruta identificada é menor do que a que é efetivamente utilizada.

O Idec reforça que, como em todo teste, há uma margem de erro e que esta foi considerada na avaliação.

Dafruta e Maguary (Ebba): discorda dos resultados do teste. A empresa alega que está de acordo com as exigências do Mapa e que, como não existe um método oficial para a verificação da quantidade de fruta presente nas bebidas, a reprovação não é cabível. Com relação à rotulagem das bebidas mistas, a empresa diz seguir as normas fixadas pela Anvisa e que esta só exige que a denominação do produto esteja presente na parte frontal da caixa, mas não determina o local específico, e que o tamanho da fonte utilizado (2 mm) é maior que o exigido pela legislação (1 mm).

O Idec reconhece que não há um método oficial para apuração do teor de polpa ou suco de fruta, mas ressalta que, justamente por isso, a metodologia escolhida não pode ser desqualificada. O Instituto buscou o método mais preciso atualmente disponível e o laboratório responsável pelo teste é reconhecido nacional e internacionalmente e, inclusive, é credenciado pelo Mapa e Anvisa para outras análises. Com relação à rotulagem, o Instituto reafirma que se a informação não é comunicada de maneira clara ao consumidor, o que inclui a sua legibilidade e fácil percepção, esta viola o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

4º Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais e Práticas Contemplativas


O evento será realizado nos dias 16 e 17 de maio de 2014, nas dependências do teatro Marcos Lindenberg da UNIFESP; das 9:00h às 17:00h. O pré-simpósio ocorrerá no dia 15 no Anfiteatro João Marques de Castro, no mesmo período, com o tema Medicina Tibetana das 9 às 12 horas e com o tema Mindfulness das 14 às 17 horas.

Site do evento:

No Paraná, educação ambiental nas escolas é agora obrigatória

Os alunos de todas as escolas do Paraná começam o ano letivo de 2014 com uma novidade. A partir de agora, o plano pedagógico do ensino básico ao superior inclui a educação ambiental nas disciplinas. A medida é determinada pelo Decreto 9958\2014, assinado pelo governador Beto Richa no dia 23 de janeiro, e faz parte da Política Estadual de Educação Ambiental e do Sistema Estadual de Educação Ambiental.

Com isso, o tema fará parte dos currículos da educação infantil, educação especial, profissional, educação de jovens e adultos e de comunidades tradicionais.

A medida vale para escolas da rede pública e rede particular de ensino. Conforme a nova política, não será necessário criar uma disciplina específica para a educação ambiental, mas o tema deve integrar o projeto pedagógico. “A medida integra um conjunto de ações do governo estadual para garantir a conscientização e a preservação do meio ambiente”, afirma o governador Beto Richa. “A educação ambiental faz parte do desenvolvimento sustentável que queremos para o Paraná”, diz o Richa.

O Paraná tem 2.700 escolas na rede pública de ensino. Existem 2 mil escolas registradas na base do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinep-PR), que abrange 211 municípios. A estimativa da Secretaria de Estado da Educação é de que, neste ano, 1 milhão de matrículas sejam registradas na educação básica e mais 200 mil na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que encerra a primeira fase de inscrições no fim de fevereiro. As demais matrículas do EJA são feitas ao longo do ano.

O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, afirma que a norma representa um avanço sem precedentes na formação das crianças e jovens e, principalmente, na preservação ambiental. “Só protege quem ama e só ama quem conhece. Por isso, para proteger é preciso conhecer e, neste sentido, a educação ambiental se torna a chave do desenvolvimento sustentável”, enfatiza Cheida.

NA PRÁTICA – Conforme prevê a Lei Estadual de Educação Ambiental, os professores utilizarão como unidade de atuação a bacia hidrográfica em que a instituição escolar está inserida. “A ideia é que os estudantes se identifiquem com os rios e com a bacia hidrográfica onde eles vivem. Trabalhar a educação ambiental localmente é uma forma de despertar nos jovens o sentimento de pertencimento e, consequentemente, de cuidado com os rios e as áreas verdes existentes no seu bairro e na sua cidade”, conclui diz o secretário.

A conselheira e relatora da deliberação no Conselho Estadual de Educação, professora Maria Arlete Rosa, conta que a ideia inicial é reforçar os programas de educação ambiental já existentes no estado.

“A primeira medida, que já acontece no planejamento escolar deste primeiro semestre, será incluir a educação ambiental nas escolas a partir de programas ambientais que estão em andamento nas diversas esferas de governo”, diz Maria Arlete. Segundo ela, faz parte das recomendações da Lei que as escolas deverão ser sustentável em seu espaço físico, na sua gestão democrática e na organização curricular.

Para se chegar a essas definições, o assunto foi discutido durante mais de dois anos. Foram realizados seminários regionais, com a participação do Ministério Público Estadual, chefes de núcleos de educação, técnicos da área ambiental, professores e sociedade civil.

GESTÃO – A Lei sancionada pelo governador Beto Richa prevê a criação de um órgão gestor para coordenar a Política Estadual e Educação Ambiental e o Sistema Estadual de Educação Ambiental no Paraná. Ele é formado por representantes das Secretarias Estaduais do Meio Ambiente, Educação, Saúde, Agricultura e Abastecimento, e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Foi instituída também a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental, que terá a finalidade de elaborar e promover as diretrizes para apoiar, acompanhar, apreciar e criar metodologias de avaliação da implantação da Política de Educação Ambiental.

A comissão será coordenada por um integrante da Secretaria do Meio Ambiente. Ainda integrarão a comissão dois representantes de cada bacia hidrográfica do estado, de forma que pelo menos um represente seja da sociedade civil.

De acordo com o coordenador de educação ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Roberto Castella, a Política Estadual de Educação Ambiental do Paraná foi criada em conformidade com a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), sancionada em 1999, e com o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA).

A diretora-geral do Colégio Estadual do Paraná, Laureci Schmitz Rauth, diz que a Política Estadual de Educação Ambiental traz a garantia de que o tema será trabalhado de forma adequada nas instituições de ensino. “Os professores de forma geral já buscam trazer temáticas ambientais para a sala de aula na contextualização de suas disciplinas. Mas muitas vezes o assunto fica apenas a nível de projeto, pois é muito vulnerável. A partir de agora, que se tornou política pública, será trabalhado de forma mais planejada e estratégica”, afirma Laureci.

A diretora acredita que a nova política vai estimular novos investimentos na área: “Ao institucionalizar a inclusão da educação ambiental nas nossas propostas pedagógicas, asseguramos formação para os professores, materiais didáticos e atividades de campo direcionadas, ou seja, mais condições de forma geral”, completa.

O Colégio Estadual do Paraná implantou a educação ambiental em seu plano pedagógico dois anos antes da aprovação da lei, com o projeto “CEP Sustentável”. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos é parceira na iniciativa. Por meio do seu programa de residência técnica, ajudou a construir o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do colégio, que trouxe um diagnóstico e uma estimativa do lixo gerado pela comunidade escolar.

“O plano, que será apresentado durante a semana pedagógica do colégio, orienta a separação adequada, acondicionamento, coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, inclusive os resíduos ligados às obras de restauração da estrutura física que estão sendo feitas”, explica o coordenador do programa de residência técnica, Vinício Bruni.

Durante o levantamento de dados, a equipe do programa de residência técnica contabilizou 219 lixeiras no colégio e a geração de 3,9 quilos de lixo por mês. O Colégio Estadual do Paraná tem 450 funcionários, um corpo docente de 375 professores e 7,1 mil alunos.

Informe da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – PR, publicado peloEcoDebate, 06/02/2014

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Pais devem estimular filhos na hora de escolher o lanche

Publicado: 06 Fevereiro 2014
Foto: Ocean/Corbis

Uma das preocupações dos pais na volta às aulas é ver o trabalho de habituar os filhos a uma alimentação saudável desaparecer do dia para a noite. Para evitar isso, o nutricionista do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Marcelo Barros, estimula a participação da criança na hora de montar a lancheira.

“Esse momento é importante para o responsável interagir e explicar como se escolhe os alimentos, destacando que são saudáveis e que vão a ajudar a criança a render melhor nos estudos. Essa cumplicidade será útil para que os pequenos tenham prazer no próprio lanche e não fiquem tão tentados a consumir os itens mais calóricos, muitas vezes, oferecidos pelos próprios colegas”, afirma Barros.

O especialista alerta que muitos responsáveis, por excesso de zelo, acabam colocando diversas opções de alimento, temerosos que a criança sinta fome. “A lancheira deve ter um sanduíche, uma fruta e um iogurte ou suco, que deve ser natural ou de soja. Esses itens são suficientes para o período escolar e deixarão a criança alimentada durante o tempo de aula. É importante não encher a merendeira de comida, provocando um consumo excessivo de calorias que pode provocar aumento no peso”, explica.

O nutricionista do INC destaca que é possível acrescentar, eventualmente, bolos ou biscoitos, para diversificar o lanche. “Deve prevalecer o bom senso, nada muito calórico ou gorduroso. Mas estão vetados na lancheira os pacotes de salgadinhos, batatas chips, além das massas e frituras típicas das cantinas da escola, como coxinhas, risoles e pizzas”, finaliza.

Fonte: INC

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Limitações da farmacocinética

Em relação aos fármacos algumas limitações da abordagem farmacocinética são óbvias a partir do exposto anteriormente, como a proliferação de parâmetros a partir de modelos conceitualmente simples.

Pode-se dizer que existem duas premissas que baseiam a idéia de que, ao relacionar a resposta a um fármaco com a sua concentração plasmática, reduziremos a variabilidade ao considerar a variação farmacocinética – ou seja, variação da absorção, distribuição, metabolismo e excreção, são elas:

1) A concentração plasmática de um fármaco apresenta uma relação precisa com a concentração de um fármaco próximo ao seu alvo (receptor, enzima, proteína transportadora ou canal iônico);

2) A resposta ao fármaco depende apenas da sua concentração no ambiente ao redor de seu alvo (o que acontece com a maioria dos fármacos e plantas medicinais).

A premissa 1) é bastante plausível no caso de um fármaco que tenha o seu alvo no sangue circulante (ex.: anticoagulantes), no entanto, em mecanismos diversos que possam envolver diversas enzimas, canais iônicos, receptores acoplados à proteína G ou ligados à quinases localizadas na membrana celular ou pior ainda no caso de receptores nucleares ou quando as células-alvo estão protegidas pela barreira hematoencefálica ela não se aplica.

No caso da segunda premissa, existe uma aplicação equivocada de parâmetros condenatórios adotados em ensaios de farmacocinética em fármacos ou constituintes de plantas que formam ligação covalente estável com seus alvos, e assim produzem um efeito superior à sua presença em solução. Sem falar nos casos de ferramentas terapêuticas que apresentam ação ou efeito somente após um determinado tempo como muitas plantas adaptógenas e antidepressivos ou gradualmente induzem tolerância como a maioria dos alcaloides ou adaptações fisiológicas que alteram a relação entre a concentração e o efeito do fármaco de maneira tempo-dependente assim como os hormônios sexuais.

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Secas urbanas, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

[EcoDebate] Os reservatórios de água doce que abastecem S. Paulo e seu grande entorno estão em seu menor nível dos últimos 80 anos. Em Los Angeles, a escassez de água devido à baixa pluviosidade é a maior dos últimos 100 anos. Nós aqui no Nordeste estamos saindo – bem devagar, é verdade – da pior estiagem dos últimos 50 anos.

A novidade é que essas estiagens – há um debate global se já são agravadas pelas mudanças climáticas – agora não impactam apenas o meio rural, mas o meio urbano. Nessas concentrações estão dezenas de milhões de pessoas dependentes da água que sai das torneiras.

Fomos deseducados nos últimos anos a achar que água vem das paredes de nossas casas. O consumo absurdo de 70% da água doce para fins de agricultura, 20% para a indústria e 10% para o uso doméstico são constatados, mas pouco questionados. Até os movimentos sociais defendem cegamente a irrigação como modelo de saída para a agricultura aqui no Nordeste. E nessa estiagem que passamos foi exatamente o uso para irrigação que secou o açude de Mirorós, na região de Irecê, obrigando o governo a fazer 100 km de adutora em poucos meses para que a população urbana não entrasse em colapso hídrico.

É provável que as chuvas voltem e os reservatórios recuperem volumes suficientes para atravessar o ano. Os americanos de Los Angeles, que já buscam a água para a sua cidade de outros cantos da Califórnia – é o modelo exaltado e copiado aqui na região de Juazeiro-Petrolina -, com um histórico cheio de conflitos e disputas pela água, agora falam em buscar a água ainda mais longe ou partir para a problemática e cara dessalinização da água marinha.

Os paulistanos que já buscam sua água na bacia do Piracicaba, agora estão falando em racionamento, compensação social e outros estímulos para a poupança de água, além de buscar mais água na bacia do Ribeira do Iguape.

Porém, se todos os santos não ajudarem – nessas horas um técnico da Chesf aqui no São Francisco apelava até para São Pedro -, poderemos ver a falência de cidades que em tudo dependem da água encanada. Sem ela não há indústria, não há serviços, não há como viver dentro de um apartamento. Ficar preso a um apartamento sob o fedor das pias cheias, dos vasos sanitários entupidos, da sujeira das roupas, do banho que não se pode ter, do calor infernal e falta de água para beber seria um inferno. Em pouco tempo o mercado da água engarrafada seria insuficiente.

O problema vem de longe e as advertências também. Já na Campanha da Fraternidade da Água, em 2004, sabíamos que um paulistano tem média menos água que um Nordestino. Isso mesmo. Devido à alta concentração urbana, para todos os fins, cada paulistano tem em média pouco mais de 200 m3 de água ao ano, enquanto no Piauí – embora imobilizados no lençol freático do Gurguéia – cada piauiense tem em média nove mil m3 de água por ano. O acesso é outra questão.

Nos momentos de aperto todos falam no aproveitamento da água de chuva, no reuso, na utilização racional, no combate ao desperdício, em novos métodos de irrigação, mas, sem dar consequências a essas práticas, exceto a sociedade civil do Semiárido.

A humanidade não quer aprender com suas tragédias. A da água é uma das mais visíveis há décadas e prosseguimos como se ela não existisse. Contudo, teremos que aprender a lidar diferentemente com a água, seja por bem, ou por tragédias socioambientais anunciadas.

Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.

EcoDebate, 06/02/2014

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

16 Healthy High Fiber Foods

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How Transcendental Meditation Can Help

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Falta de chuva afeta a capacidade da Amazônia de absorver carbono

Pesquisa divulgada na capa da nova edição da Nature e apoiada pela FAPESP calculou o balanço de carbono na Bacia Amazônica nos anos de 2010 e 2011 (divulgação)

06/02/2014

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – A seca que atingiu a Bacia Amazônica em 2010 foi tão severa que comprometeu até mesmo a capacidade da floresta de absorver o excesso de dióxido de carbono (CO2), considerado o principal gás de efeito estufa. No ano seguinte, com chuva acima da média, a vegetação conseguiu não apenas absorver toda a emissão oriunda de processos naturais como também a resultante de atividades humanas, entre elas as queimadas.

Os dados são de uma pesquisa financiada pelo Natural Environment Research Council (Nerc), do Reino Unido, e pela FAPESP (no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais) e foram divulgados na capa da edição desta quinta-feira (06/02) da revistaNature.

“São dois cenários extremos que mostram como a falta de chuva modifica a dinâmica da floresta e o balanço de carbono na região. A precipitação pluviométrica, portanto, é um fator que os cientistas que trabalham com previsão climática terão de levar em consideração em seus modelos. Caso contrário, os resultados ficarão muito distantes da realidade”, disse Luciana Vanni Gatti, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

Gatti é autora principal do estudo ao lado de Emanuel Gloor, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, e de John B. Miller, do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), uma das principais agências científicas norte-americanas focada em questões ambientais. O estudo contou com a participação de pesquisadores do Ipen, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto de Astronomia e Geofisica da Universidade de Sao Paulo. 

Para chegar a tal conclusão, o grupo realizou, ao longo de 2010 e 2011, 160 medições aéreas em quatro locais da Bacia Amazônica: Santarém, Alta Floresta, Rio Branco e Tabatinga. Em cada perfil de avião foram coletadas 17 amostras de ar atmosférico em alturas que variavam até 4,4 quilômetros acima do nível do mar.

“Fazemos um plano de voo indicando para o piloto em quais alturas devem ser feitas as coletas. Ele começa do ponto mais alto e desce em um trajetória helicoidal de aproximadamente 5 quilômetros de diâmetro”, explicou Gatti.

De acordo com a pesquisadora, a representatividade do dado obtido cresce na medida em que aumenta a altura das medições, pois as amostras trazem informações de toda a região que aquela massa de ar passou desde a entrada no continente.

“Medições feitas no nível do solo, por meio de câmeras ou torres, representam apenas a realidade daquele local. Estudos anteriores mostraram que não dá simplesmente para pegar dados de diferentes locais e tirar uma média, pois a Amazônia tem uma diversidade de habitats gigantesca em seus 6 mil quilômetros quadrados de extensão”, disse Gatti.

“Por outro lado, perfis de avião mostram a resultante de todos os processos que ocorreram desde a costa até o local de coleta e não permitem entendermos todas as fontes e seus sumidouros e suas dinâmicas. São trabalhos complementares. O primeiro chama-se estudo top-down (de cima para baixo) e o outro, botton-up (de baixo para cima). Com um entendemos o macro, a Região Amazônica como um todo, e com o outro entendemos o micro, cada compartimento da floresta e suas dinâmicas”, acrescentou.

Com auxílio de um equipamento portátil, a bordo de aviões comuns (táxis aéreos), os pesquisadores coletaram o ar e analisaram, no Laboratório de Química Atmosférica do Ipen, as concentrações de cinco diferentes gases: CO2, metano (CH4), óxido nitroso (N2O), monóxido de carbono (CO) e hexafluoreto de enxofre (SF6).

“O CH4 e o N2O também são importantes gases de efeito estufa, que estudamos no momento. Já a concentração de CO permite estimar o quanto daquela emissão resulta da queima de biomassa. O SF6 permite calcular qual era a concentração de carbono quando aquela massa de ar entrou no continente”, explicou Gatti.

Cruzando dados

Para entender o balanço de carbono no período, os pesquisadores cruzaram os resultados obtidos nas medições aéreas com informações sobre a precipitação pluviométrica dos anos de 2010 e 2011 e dados de monitoramento de queimadas do satélite Aqua Tarde.

“Em 2010, a estação chuvosa foi bem menos chuvosa do que a média dos 30 anos anteriores. O estresse hídrico foi tão grande para a vegetação que aumentou a mortalidade e a taxa de decomposição e modificou o balanço entre fotossíntese e respiração. Tudo isso comprometeu a capacidade da floresta de absorver carbono”, afirmou Gatti.

Para piorar, acrescentou a pesquisadora, o número de focos de queimada detectados em 2010 foi bem maior do que nos anos anteriores. Segundo os cálculos do grupo, a queima de biomassa lançou na atmosfera naquele ano cerca de 510 bilhões de quilos de carbono.

A floresta praticamente só absorveu a quantidade de carbono equivalente ao que naturalmente foi emitido (além de outros processos, desconsiderando a queima de biomassa) – algo em torno de 30 bilhões de quilos de carbono –, sendo que o balanço final foi de 480 bilhões de quilos de carbono emitidos para a atmosfera no ano de 2010.

Em 2011, por outro lado, as queimadas lançaram na atmosfera cerca de 300 bilhões de quilos de carbono e o balanço final da bacia (o que restou na atmosfera das emissões) foi próximo de 60 bilhões de quilos de carbono.

“Foi um ano em que a floresta compensou praticamente tudo que o fogo emitiu. A maioria dos modelos de previsão climática está baseada na temperatura. E vimos que tanto 2010 como 2011 foram anos com temperatura acima da média. A diferença principal foi a chuva”, ressaltou Gatti.

Para a pesquisadora, os resultados alertam para os possíveis impactos nefastos que as alterações no ciclo de chuva causadas pelas queimadas, pelo desmatamento e pela construção de represas poderão causar no ambiente.

Incógnita amazônica

Há pelo menos duas décadas, cientistas de todo o mundo têm se esforçado para entender o balanço de carbono da Bacia Amazônica e descobrir se a floresta é, de fato, o sumidouro de carbono que se imagina. “A Amazônia concentra 50% da floresta tropical do planeta e isso faz muita diferença no balanço global de carbono. É uma incógnita importante nos modelos climáticos”, contou Gatti.

Embora medições aéreas ofereçam dados com maior representatividade regional, avaliou a pesquisadora, é preciso também que o estudo tenha representatividade temporal, ou seja, tenha longa duração.

“Existe uma variabilidade muito grande de ano para ano. Se nos baseássemos apenas nas medições feitas em 2010, que foi um ano completamente anômalo, não teríamos uma ideia precisa do balanço de carbono da Amazônia. Por isso o projeto continua e nossa meta é completar dez anos de medições para ter um dado que realmente represente o balanço de carbono da Bacia Amazônica”, afirmou Gatti.

O artigo Atmospheric science: Drought and fire change sink to source(doi:10.1038/nature12957), de Gatti L.V., M. Gloor, J. B. Miller, C. E. Doughty, Y. Malhi, L. G. Domingues, L. S. Basso, A. Martinewski, C. S. C. Correia, V. F. Borges, S. Freitas, R. Braz, L. O. Anderson, H. Rocha, J. Grace, O. L. Phillips e J. Lloyd, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com/nature/journal/v506/n7486/full/nature12957.html.

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Hibiscus sabdariffa L.

4 de fevereiro de 2014
Do blog:
O hibiscus mais conhecido é a flor ornamental (Hibiscus rosa-sinensisis) encontrado em muitos jardins, tipo na casa da vó. Já o de uso medicinal (Hibiscus sabdariffa L.) é originário da Ásia/África, e foi introduzido no Brasil como um alimento funcional.

Ele é um arbusto perene da família das malvacéas, gênero Hibiscus que compreende cerca de 200 espécies de plantas; pode atingir de 2 a 3m de altura. Dependendo da região recebe o nome de: hibisco, hibiscus, rosela, groselha, azedinha, quiabo azedo, caruru-azedo, caruru-da-guiné, quiabo-de-angola, cardadé, rosa da Jamaica, té de Jamaica (espanhol), red sorrel ou Jamaica sorrel (inglês), candade (italiano) afrikanische malve (alemão) e rosalle (francês). 

Contém propriedades medicinais de ordem diurética, digestiva, antiespasmódica; funcionando como calmante, laxante suave e até para corante e aromatizante. Suas sementes possuem cerca de 17% de óleo e 25% de proteína; assim, para partes diferentes da planta encontramos várias utlidades devido à sua constituição, por exemplo: as folhas são ricas em vitamina A e B1; sais minerais e aminoácidos. Quando bem jovens e tenras elas podem ser consumidas em saladas cruas; já um pouco mais velhas podem ser refogadas ou usadas para aditivar cozidos, sopas, feijão, etc. O cálice vermelho da flor tem um sabor azedinho (lembra framboesa), e contém ácidos cítricos, hibístico, maléico e tartárico. Ao ser triturado é perfeito na composição de geléias, doces, vinho, vinagre e sucos. No preparo de sucos são usuais os cálices crus ou cozidos, que são triturados no liquidificador com água, depois é só coar e adoçar a gosto. Por ser rico em flavonóides, o chá que é obtido a partir do cálice seco à sombra, e tido como poderoso antioxidante, auxiliando no combate aos radicais livres protegendo o coração e a pele do envelhecimento. Atualmente vem sendo utilizado como coadjuvante no tratamento da obesidade e no equilíbrio orgânico.

Benefícios do chá

  • Antioxidante
  • Reduz as toxinas
  • Auxilia na normalização da pressão arterial
  • Auxlia nas constipações intestinais
  • Auxilia na desintoxicação, responsável por reter líquido
  • Alivia inchaços, inclusive os de origem hormonal, no período menstrual
  • Diminuiu a formação de colesterol
  • Diurético
  • Retarda o envelhecimento da pele 
Modo de Preparo & Consumo

O Hibiscus sabdariffa pode ser encontrado nas variações: em pó, cápsula ou chá de caixinha, que vem triturado. nesses casos os benefícios podem sofrer variações; o ideal é fazer uso na forma in natura, e sem ser triturado. 

Coloque uma colher de chá de Hibiscus sabdariffa na quantia de uma xícara de chá de água fervente e deixe ferver por 3 minutos. Apague o fogo deixe em infusão por 5 minutos. Coe e beba. Pode ser consumido diariamente, entre as principais refeições; seja aquecido, gelado ou na temperatura ambiente. Evite reaquecê-lo depois de pronto e faça uso somente da quantia que irá beber no dia, para que o chá não oxide perdendo suas propriedades medicinais. Para seu melhor aproveitamento é indicado a não adição de açúcar. Se não for possível, acrescer um pouco de mel (boa qualidade). 

No auxílio da redução de peso o consumo desse chá específico tem eficácia por se tratar de uma bebida termogênica, que quando ingerida atua como coadjuvante estimulando a queima de gordura corporal podendo ser usado de forma conjugada (faz ótima parceria com o chá verde). Também encontramos na composição do Hibiscus sabdariffa, altas taxas de antocianina, um pigmento da família dos flavonóides com ação antioxidante (elimina os radicais livres) e antiinflamatória (combate a inflamação das células; permitindo seu funcionamento correto). Enzimas e mucilagens que atuam em diferente áreas, como por exemplo: no estômago facilitando a digestão, no intestino, onde impedem parte da absorção do carboidrato e da gordura dos alimentos e nos rins anulam temporariamente, a ação do hormônio antidiurético, quando o organismo aproveita para se livrar do excesso de líquido. Vitamina C que diminui a pressão dos vasos sanguíneos; melhorando a circulação e a perda de peso, por fim o cálcio essencial aos ossos.

Para obter eficiência em qualquer tratamento de redução de peso é fundamental, a mudança de hábitos alimentares incorretos e da prática de exercícios regularmente.

Importante: Toda planta possui princípios ativos que podem ser medicinais ou não. Sempre informe a seu médico de quais anda fazendo uso. Gestantes e mulheres no período de lactação consulte antes, se pode consumir o chá.
Para quem tem fácil acesso ao hibiscus fresco vale essa receita do blog Receituário de Cozinha.

Chimia* de Hibiscus sabdariffa

Ingredientes

1kg de cálices de Hibiscus bem frescos (higienizados e preparados - veja a seguir) 
500g de açúcar
500mL de água

Modo de fazer

Leve a água e o açúcar ao fogo em uma panela de preferência de fundo grosso e deixe ferver até que o açúcar se dissolva. Junte os cálices de Hibiscus misture bem e assim que começar a ferver novamente abaixe o fogo.

Cozinhe em fogo baixo com a panela semi-tampada, mexendo vez ou outra.

Quando o doce estiver bem brilhante e com consistência cremosa estará pronta. Para saber o ponto, passe a colher bem no meio da panela deverá formar um caminho, isso se chama “ponto de estrada” e indica que o doce está no ponto certo.

Mas vale dizer, se a geléia engrossar muito rapidamente e as pétalas do hibiscus ainda estiverem com aspecto fibroso e não cremoso “atrase o ponto” do doce, ou seja, acrescente mais um pouquinho (1/2 xícara) de água fria (vá colocando a água pelas bordas da panela) e deixe cozinhar mais um pouco até atingir o ponto desejado. Você poderá repetir isso quantas vezes achar necessário até o doce ficar no ponto desejado.

Depois de pronto é só passar para vidros bem esterilizados e secos.

Sirva com torradas, pães, bicoitos... Experimente junto com cream-chese, requeijão cremoso ou pasta de ricota. Também pode ser usada como recheio para bolos, tortas, etc.

Como preparar os cálices de Hibiscus

Para retirar a parte interna onde ficam as sementes basta cortar a base com uma faca e com a ponta (da faca) empurrar o frutinho de dentro, que lembra um pequeno quiabo, (são da mesm a família). Para usá-los nesta receita é preciso retirar também, a parte verde (na base) e depois cortar os cálices em gomos (use uma tesoura).
Nota (*). A palavra chimia vem do alemão schimer que significa uma espécie de doce pastoso, semelhante a uma geleia, bastante comum no sul do Brasil.

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As plantas medicinais e a RDC n.10

A utilização de plantas medicinais remonta ao início da humanidade. Muito antes do surgimento das primeiras cidades os seres humanos já buscavam nos recursos vegetais o alívio para as algesias mais comuns. Se por um lado não podemos garantir que o uso desses recursos vegetais foi decisivo para a sobrevivência de nossa espécie, por outro, podemos afirmar que, no mínimo, contribuíram para tornar essa jornada menos árdua. O ginseng (Panax ginseng), por exemplo, hoje reconhecido por suas qualidades tônicas e restaurativas, já era usado na China há 5 mil anos. A babosa (Aloe vera), no século IV antes de Cristo, era transportada por tropas militares para auxiliar a cicatrização dos ferimentos de batalhas, numa utilização prática semelhante ao recomendado atualmente. E, como estes, se pode citar uma série de outros exemplos nos quais se percebe uma estreita relação entre as plantas curativas e nossa civilização.

São indiscutíveis os avanços que a farmacologia moderna trouxe à sociedade, tanto em termos de segurança no consumo de medicamentos quanto na praticidade de uso e confiabilidade dos resultados. Da mesma forma, sabe-se que uma parcela significativa desse sucesso deve-se às plantas medicinais. Uma estimativa recente aponta que 25% dos remédios atuais foram desenvolvidos, direta ou indiretamente, a partir de recursos vegetais, que, em sua maioria, foram descobertos, experimentados, validados, protegidos e conservados por comunidades tradicionais à margem do processo de industrialização e modernização dos medicamentos.

Ainda hoje, uma grande parte da sociedade não tem acesso aos medicamentos modernos, seja pelo custo proibitivo, pela falta de prescritores em saúde ou ainda pela dificuldade logística de deslocamento, como é o caso de comunidades mais isoladas. Em outros casos, a própria comunidade opta por terapias alternativas com o uso de plantas medicinais em função de uma tradicionalidade ancestral e uma relação de confiança com os recursos vegetais de seu entorno.

O reconhecimento oficial dessas práticas terapêuticas ancestrais e do conhecimento tradicional associado às plantas medicinais por parte do meio científico na esfera mundial ocorreu apenas no final dos anos 70, com a Conferência Internacional sobre Atenção Primária em Saúde em Alma-Ata, na Suíça, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e com os eventos que se sucederam nos anos seguintes.

O Brasil, mesmo possuindo a maior biodiversidade e um dos mais fabulosos legados étnicos e culturais do planeta, somente assumiu as recomendações da OMS sobre medicina tradicional, complementar e alternativa em 2006, mais de 30 após a conferência de Alma-Ata. Os documentos no qual o poder público reconhece a significância das plantas medicinais e do saber popular são a Portaria GM/MS Nº 971, de 22 de junho de 2006, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), o Decreto Nº 5.813, de 22 de junho de 2006, que aprovou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no país e a Portaria Interministerial Nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, que aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. A importância desses documentos é ímpar e suas páginas são destinadas aos objetivos, metas, diretrizes, definições, prazos, responsabilidades, entre outros aspectos da implantação e gestão dessas políticas públicas.

Contudo, o documento que materializa as primeiras proposições práticas referentes ao uso das plantas medicinais é a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 10, de 9 de março de 2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A RDC Nº10 se propõe a “contribuir para a construção do marco regulatório para produção, distribuição e uso de plantas medicinais, (...) a partir da experiência da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização (...)”.

Nesse contexto, o anexo 1 da RDC Nº 10 apresenta 66 espécies de plantas medicinais, entre nativas e exóticas, contemplando todos os biomas brasileiros, bem com as informações necessárias para seu uso: nome científico e popular, parte utilizada, forma de utilização, posologia, via de administração, indicação de uso, contra-indicações e efeitos adversos. Além disso, para cada espécie é indicada uma lista de referências bibliográficas nas quais se baseiam tais orientações de preparo e uso da droga vegetal, apoiando e legitimando o saber popular que originou e preservou esse conhecimento ao longo das gerações.

A RDC Nº 10, juntamente com as políticas nacionais, veio resgatar a dignidade de uma grande parte da sociedade brasileira que durante muito tempo viveu sob a pecha da ignorância, mas que hoje pode se orgulhar de estar contribuindo para a saúde de toda uma nação.

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Amazonas: Projetos do PCE resgatam cultura tradicional de tratamento de doenças com ervas medicinais

Do Jornal da Ciência

Estudo recebeu incentivos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas

Tradicional na Amazônia, a utilização de remédios caseiros a partir de ervas medicinais é uma cultura enraizada nos hábitos familiares dos moradores da região. Quem nunca se sentiu melhor do estômago após um chá de boldo, ou sentiu-se mais calmo com um chá de camomila? Esse hábito foi objeto de estudo da pesquisa 'Plantas e Ervas Medicinais no Ramal do Brasileirinho'.

O estudo, que recebeu incentivos do Governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), é vinculado ao Programa Ciência na Escola (PCE), iniciativa de incentivo à pesquisa na educação básica.

Segundo o coordenador do projeto, professor Raimundo Nonato, os alunos começaram a criar interesse pelo tema influenciados por seus pais e avós que sempre utilizaram ervas como remédios. "Nós trabalhamos o projeto em nossa escola juntamente com a comunidade. Os moradores daqui sempre utilizam ervas medicinais contra doenças em seu cotidiano. Realizamos pesquisas de campo, históricas, visitas aos sítios de moradores, plantações de mudas nos canteiros da escola, exposições e depoimentos do poder das plantas pelos próprios moradores e nos sentimos felizes em difundir estes conhecimentos para outras pessoas leigas", afirmou.

Outra iniciativa que aborda a medicina tradicional é o projeto 'Herbário de Plantas Medicinais - Educação Ambiental, Preservação e Valorização', sob coordenação da professora Janice de Castro. Segundo a coordenadora, as ervas podem oferecer diversos benefícios para a sociedade.

"Estamos trabalhando pela quarta vez consecutiva com plantas medicinais e estamos cada vez mais fascinados com a infinidade de riquezas que as plantas têm para nos oferecer. Sempre nos deparamos com o desconhecido e sentimos necessidade de nos inovarmos junto com a ciência", disse.

Segundo Castro, antes de ir para a prática, os alunos realizam pesquisas teóricas aprofundadas e depois partem para a prática na comunidade. "Conversamos com as famílias dos alunos, parteiras, pessoas que trabalham com ervas e assim os alunos absorvem conhecimentos importantes para a iniciação profissional, relacionados à biodiversidade, biopirataria, preservação ambiental e demais assuntos que possam incentivas suas carreiras", disse.

Janice Castro afirma que os projetos de iniciação científica podem transformar a vida dos jovens, que podem tornar-se grandes profissionais no futuro. "Acredito que daqui sairão excelentes cientistas e pesquisadores", afirma a coordenadora que trabalha no município de Itacoatiara.

Sobre o PCE

O Programa Ciência na Escola é uma ação criada pela FAPEAM objetivando a participação de professores e estudantes de escolas públicas estaduais no Amazonas e municipais de Manaus em projetos de pesquisa científica e tecnológica a serem desenvolvidos nas escolas.

(Thiago Eduardo/Agência FAPEAM)

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Cómo inducir la germinación

Semillas de pimientos Morrones

Estoy comenzando a poner los semilleros, por eso llevo unos días indagando fórmulas para fomentar la germinación. Maneras en que el estado de latencia en el que han caído las plantas se vea superado y estas comiencen su ciclo de crecimiento.
Semilla de caqui, sacando el embrión

Las plantas en ese proceso germinativo necesitan recibir una serie de estímulos que aceleran su desarrollo.

El agua. Es sin duda uno de los aspectos esenciales para inducir la germinación. Por un lado el remojo en agua ablanda la cutícula de la semilla, por otro lava la semilla de los posibles inhibidores químicos que pudieran tener.

Un remojado de 24 horas a temperatura ambiente es una práctica que favorece la germinación, pero si además al agua se le incrementa la temperatura se facilita la absorción de humedad e incluso la germinaciónde la mismas.
Semillas de ciprés
Plántulas de cebolla

La temperatura. Se puede hablar de una temperatura mínima, una temperatura máxima y una temperatura óptima. Esta última es la que nos interesa y la que debemos intentar conocer pues incrementa el porcentaje de germinación de las semillas. A veces en algunas semillas es necesaria la alternancia entre temperaturas altas y bajas, replicando los cambios diurnos nocturnos, que hay en la naturaleza.

El frío. Es en ocasiones un elemento esencial en el proceso germinativo. Esencial para practicar con aquellas semillas de árboles que se desarrollan en zonas templadas.

Así se puede aplicar de modo que en otoño se ponen las semillas a la intemperie y se deja que el frío actúe sobre ellas, o bien se puede inducir de forma artificial con el empleo de frigoríficos e incluso congelador.

La luz. Hay semillas en las que la luz genera un efecto necesario para su germinación, en unos casos su ausencia, en otros su presencia. Por ello el conocimiento de cómo reacciona en particular cada una de ellas, permite niveles de germinación mayor.
Remojado de las semillas
Plántulas de pimiento naciendo

Niveles de oxigeno en el suelo. Tienen que ver con las temperaturas y con el agua que hay en el mismo, combinados ambos aspectos dan como resultado un equilibrio que fluctúa según los tipos las semillas, pero del que hay que cuidar.

La profundidad de siembra. Esta variable repercute en la cantidad de dióxido de carbono que hay alrededor de la semilla y favorece o no, dependiendo de cada una de ellas, sus capacidades de germinación.
Semillas de tomate en seco

Otros aspectos, como el fuego, la abrasión de la corteza o el paso por los ácidos del estómago, pueden ser específicos para algunas semillas y ayudan a liberar a esta de elementos de su cutícula que reprimían el desarrollo germinativo. ©

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Monkeys that eat omega-3 rich diet show more developed brain networks

Date:
February 5, 2014

Source:
Oregon Health & Science University

Summary:
Monkeys that ate a diet rich in omega-3 fatty acids had brains with highly connected and well organized neural networks -- in some ways akin to the neural networks in healthy humans -- while monkeys that ate a diet deficient in the fatty acids had much more limited brain networking, according to a new study.
Monkey. Monkeys that ate a diet rich in omega-3 fatty acids had brains with highly connected and well organized neural networks -- in some ways akin to the neural networks in healthy humans -- while monkeys that ate a diet deficient in the fatty acids had much more limited brain networking.
Credit: © kamonrat / Fotolia

Monkeys that ate a diet rich in omega-3 fatty acids had brains with highly connected and well organized neural networks -- in some ways akin to the neural networks in healthy humans -- while monkeys that ate a diet deficient in the fatty acids had much more limited brain networking, according to an Oregon Health & Science University study.

The study, published today in the Journal of Neuroscience, provides further evidence for the importance of omega-3 fatty acids in healthy brain development. It also represents the first time scientists have been able to use functional brain imaging in live animals to see the large-scale interaction of multiple brain networks in a monkey. These patterns are remarkably similar to the networks found in humans using the same imaging techniques.

"The data shows the benefits in how the monkeys' brains organize over their lifetime if in the setting of a diet high in omega-3 fatty acids," said Damien Fair, PA-C, Ph.D., assistant professor of behavioral neuroscience and assistant professor of psychiatry in the OHSU School of Medicine and senior author on the paper. "The data also shows in detail how similar the networks in a monkey brain are to networks in a human brain, but only in the context of a diet rich in omega-3-fatty acids."

Omega-3 fatty acids are considered essential fatty acids for the human body. But while they are needed for human health, the body can't make them -- it has to get them through food.

The study measured a kind of omega-3 fatty acid called docosahexaenoic acid, or DHA, which is a primary component of the human brain and important in development of the brain and vision. DHA is especially found in fatty fish and oils from those fish -- including salmon, mackerel and tuna. Research by a co-author on the paper, Martha Neuringer, Ph.D., an associate scientist in the Division of Neuroscience at OHSU's Oregon National Primate Research Center, previously showed the importance of DHA for infants' visual development -- a finding that led to the addition of DHA to infant formulas.

The scientists studied a group of older rhesus macaque monkeys -- 17 to 19 years of age -- from ONPRC that had been fed all of their lives either a diet low or high in omega-3 fatty acids, including DHA. The study found that the monkeys that had the high-DHA diet had strong connectivity of early visual pathways in their brains. It also found that monkeys with the high-DHA diet showed greater connections within various brain networks similar to the human brain -- including networks for higher-level processing and cognition, said David Grayson, a former research assistant in Fair's lab and first author on the paper. Grayson is now studying at the Center for Neuroscience, University of California-Davis.

"For example, we could see activity and connections within areas of the macaque brain that are important in the human brain for attention," said Fair.

Now that those measurements and monitoring are possible, Fair said, the next step will be to analyze whether the monkeys with deficits in certain networks have behavioral patterns that are similar to behavioral patterns in humans with certain neurological or psychiatric conditions -- including Attention Deficit Hyperactivity Disorder and autism.

Fair, who was among the 102 people given the 2013 Presidential Early Career Award for Scientists and Engineers by President Barack Obama, is a leader in using the same kind of brain imaging to explore brain networks in children with ADHD and autism. He said he hopes to use these non-invasive brain imaging techniques to provide an important link between research in humans and animals in order to better characterize, treat, and prevent these types of developmental mental health issues.

Fair added that another longer-term goal would be to study brain development in the monkeys fed various diets from birth into maturity.

"It would be important to see how a diet high in omega-3s might affect brain development early on in their lives, and across their lifespan," Fair said.

The study was funded by the Oregon Clinical and Translational Research Institute (through National Institutes of Health grant UL1TR000128), several other NIH grants (grants UL1 RR024140, P510D011092, K99/R00 MH091238, R01 MH096773, EY13199, and DK29930) and the Foundation Fighting Blindness.

Story Source:

The above story is based on materials provided by Oregon Health & Science University. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
D. S. Grayson, C. D. Kroenke, M. Neuringer, D. A. Fair. Dietary Omega-3 Fatty Acids Modulate Large-Scale Systems Organization in the Rhesus Macaque Brain. Journal of Neuroscience, 2014; 34 (6): 2065 DOI:10.1523/JNEUROSCI.3038-13.2014

Cite This Page:

Oregon Health & Science University. "Monkeys that eat omega-3 rich diet show more developed brain networks." ScienceDaily. ScienceDaily, 5 February 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/02/140205165757.htm>.

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

IdeiaSUS-Fito

O IdeiaSUS-Fito é a primeira versão temática do Banco de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente (IdeiaSUS). É um espaço voltado à difusão e à reaplicação de práticas, ações, iniciativas, projetos e programas na área de plantas medicinais, fitoterapia e fitoterápicos.

Acesse, divulgue sua prática e conheça outras experiências!

Sua prática também ficará visível no IdeiaSUS, onde você encontra vários outros temas e que pode ser acessado em www.ideiasus.fiocruz.br

Artigo: Análise das bulas de medicamentos à base de Ginkgo biloba L.

Referência:
Leite, T.C.C.; Branco, A. Análise das bulas de medicamentos à base de Ginkgo biloba L. Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2010;31(1):83-87.

Link para o artigo completo: 

Resumo

Ginkgo biloba L. atua no aumento do fluxo sanguíneo dos tecidos protegendo-os contra os danos causados pela hipóxia, além de inibir a agregação plaquetária. Sua indicação terapêutica consiste em casos de desordens e sintomas decorrentes da deficiência do fluxo sanguíneo no cérebro e que podem acarretar na perda de memória, alteração da função cognitiva, tonturas, dor de cabeça, vertigens, estágios iniciais de demência, zumbidos, estágios iniciais de Alzheimer e demências mistas, entre outros. Neste sentido os medicamentos à base de Ginkgo biloba L. configuram entre os fitoterápicos mais vendidos do Brasil. As bulas têm como objetivo central esclarecer e informar, pacientes e profissionais da saúde, sobre seus benefícios e seus riscos com intuito de promover o uso racional de medicamento. Este estudo teve como objetivo analisar as informações contidas nas bulas de medicamentos à base Ginkgo biloba L., comercializadas no Brasil, frente à legislação nacional referente. Assim, em uma amostragem correspondente a 30 % de medicamentos registrados na ANVISA, pode-se constatar que nenhuma bula analisada neste trabalho encontra-se totalmente de acordo com as exigências da legislação vigente no Brasil.

Item Discussão

Na análise do tópico “identificação do medicamento” os itens composição e dados botânicos são marcados pela grande presença de bulas sem estas características. Devido à exigência da norma (RDC 95/08) (Brasil, 2008) sobre a composição, os ginkgoflavonóides e as terpenolactonas devem ser mensurados em miligramas com suas respectivas porcentagens no extrato total. A maioria das bulas analisadas não continha esta informação e, com relação aos dados botânicos, os nomes populares de G. biloba L. estavam ausentes na maioria das bulas analisadas.

No tópico “informações aos pacientes” chama a atenção o item; para que este medicamento foi indicado? Este dizer não está presente em nove (75 %) das doze bulas analisadas, e nas demais apresentações este dizer encontra-se de maneira obscura confundindo o objetivo ao qual se destina. Nestas bulas, a indicação aparece no item ação esperada do medicamento em que estão misturados à ação farmacológica e a indicação, ambas de forma incompleta. Vale ressaltar, a importância deste item para o entendimento correto da terapêutica do fitoterápico pelo paciente. Outro item que merece destaque neste tópico, que condiz com os males que este medicamento pode causar, refere-se aos efeitos adversos do medicamento. Neste item, oito apresentações (67 %) estavam incompletas segundo a RDC 95/08 e com ausência das informações cabíveis devido ao fato das bulas deste fitoterápico não estarem atualizadas com as informações referentes às pesquisas científicas recentes. Isto evidencia a importância dos recentes casos relatados de hemorragias e queda da pressão arterial, sobre a utilização de G. biloba L. (Cupp, 2000; Duke et al., 2002).

Ainda no tópico “informações aos pacientes”, podemos destacar o item o que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez, referindo-se a superdose. Este item não estava presente em dez (84 %) das doze bulas analisadas, e em nenhum outro lugar do mesmo tópico. A ingestão de uma quantidade superior à indicada pode se tornar um problema, pois é comum na administração de medicamentos a pacientes idosos, um dos grupos de usuários mais representativos deste fitoterápico.

No tópico “informações aos profissionais de saúde” pode-se constatar que o item: resultados de eficácia está ausente em 11 bulas analisadas (90 %). Este item não é novo, pois era preconizado na RDC 140/03 (Brasil, 2003c) (norma que serviu de base para a RDC 95/08) e mesmo assim não foi incluído no texto das bulas. O argumento de que não há testes disponíveis também não é valido para G. biloba L., já que a mesma foi amplamente estudada e descrita na literatura (Blumenthal, 2000; Hansel et al., 2002).

No item contra-indicações constata-se 10 bulas incompletas (84 %), e mais uma vez pode-se atribuir este fato a não atualização das informações da bula com relação às pesquisas sobre G. biloba L.. Nestas bulas não foi incluída a informação sobre o uso em pacientes com coagulopatias ou em uso de anticoagulantes e antiplaquetários (Mills & Bones, 2005).

No item advertências, incluído nas bulas devido a RE 1548/03, que normatiza a classificação dos medicamentos de acordo com o risco na administração a mulheres grávidas impondo como condição de renovação de registro do fitoterápico a inclusão deste item na bula do medicamento com a frase esclarecendo que o “Ginkgo biloba não deve ser indicado a mulheres grávidas”, pois este se enquadra na categoria de risco C (Brasil, 2003d). Assim, esperava-se que todas as bulas analisadas cujos registros fossem posteriores a esta norma contivessem estes dizeres, mas o que se vê na prática é que 9 bulas (75 %) não continham este item. Vale ressaltar que apenas quatro bulas tinham registros posteriores a norma.

No item interações medicamentosas notaram-se a desatualização das informações contidas na bula dos fitoterápicos a base de G. biloba L., das doze bulas analisadas seis (50 %) estavam incorretas, pois mencionavam que o G. biloba não interagia com nenhuma substância. Salientamos a suma importância de se relatar as interações de G. biloba L. com anticoagulantes, antiplaquetários, antiinflamatórios não-esteroidais, trombolíticos, inibidores da MAO, diuréticos tiazídicos e inibidores da bomba de prótons (Cupp, 2000; Fleming, 2000; Alexandre et al., 2008).

No item reações adversas oito bulas (67 %) estavam incompletas, pois apenas mencionavam distúrbios gastrintestinais e reações alérgicas, pois deveriam incluir nestas bulas os efeitos do G. biloba L. em caso de trombose e de distúrbios de agregação plaquetária.

No item armazenagem, nove (75 %) bulas não continham este item, entretanto, estas informações constam presentes, na maioria das bulas, no tópico “informações aos pacientes”. Esta orientação é importante ao paciente devido às informações de como armazenar corretamente o medicamento, contudo este dizer faz parte do papel do profissional de saúde, que auxilia ao usuário na fundamental importância de obter a eficácia máxima da terapêutica.

Finalmente, todas as bulas estavam corretas quanto ao tópico “dizeres legais” por apresentarem informações quanto ao registro no Ministério da Saúde, o responsável técnico com CRF, o nome completo e endereço do fabricante e titular do registro, bem como o CNPJ da indústria e o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da indústria.

Assim, através da análise das bulas de Ginkgo biloba L. comercializados no Brasil pode-se constatar a existência de algum desacordo com a legislação nacional. Vale ressaltar, que medicamentos a base de G. biloba L. configuram entre os dez medicamentos de origem vegetal mais vendido no país. Os erros constatados foram caracterizados principalmente por incoerência e desatualização. Quanto à data dos registros das bulas analisadas verificou-se que a maioria dos medicamentos a base de Ginkgo biloba L., registrados recentemente, contemplaram mais informações corretas em suas bulas quanto à legislação, sendo que, duas bulas se destacaram pela suas adequações a legislação de fitomedicamentos frente às normas RDC 137/03 (Brasil, 2003b), RDC 140/03 (Brasil, 2003c) e RE 1548/03 (Brasil, 2003d).

Medicamentos com princípios ativos de plantas: Gelol

O medicamento contém, dentre outros, salicilato de metila, cânfora, mentol e essência de terebintina, de mostarda e de alfazema.

De acordo com a sua bula, é indicado como coadjuvante nas mialgias e artralgias, no tratamento local de manifestações reumáticas. Torcicolo, bursite, artrite, lumbago e torceduras.

Medicamentos à base de plantas: NeriumAD e espirradeira


NeriumAD contém Nerium oleander, espécie conhecida popularmente, como, por exemplo, espirradeira, loureiro-rosa, loandro, loandro-da-índia e flor-de-são-josé. Pertence à família Apcynaceae, sendo classificada principalmente como ornamental, e originária do norte da África, do leste do Mediterrâneo e do sul da Ásia. 

O fitoterápico é utilizado no combate ao envelhecimento da pele. No entanto, não utilizar a planta de forma caseira, tendo em vista que é altamente tóxica. 

O texto tem apenas o objetivo de citar fitoterápicos que são encontrados no mercado, não devendo ser considerado como recomendação para o seu uso. Utilize este fitoterápico com acompanhamento médico.