A sustentabilidade ambiental tem visto pouco progresso nos últimos 14 anos. Na verdade, as emissões globais de dióxido de carbono aumentaram mais de 46% desde 1990. Foto: Fórum da ONU sobre Florestas/Fendi Aspara
Dois relatórios apresentados nesta sexta-feira (31) durante o Fórum das Nações Unidades sobre Padrões Sustentáveis (UNFSS), realizado em Genebra, na Suíça, questionam como as iniciativas sustentáveis realmente afetam agricultores, comunidades e o meio ambiente em países de baixa e média renda.
Juntos, o Relatório 2014 sobre o Estado das Iniciativas Sustentáveis (SSI) e o Relatório de Medição da Sustentabilidade do Comitê de Avaliação da Sustentabilidade (COSA) fornecem a análise mais abrangente realizada até hoje sobre tendências de mercado, desempenho de sistema e o impacto de pesquisas de mercado nos padrões populares de sustentabilidade.
Segundo o SSI, a taxa média de crescimento anual de produtos certificados com “rótulos ecológicos” ou padrões de sustentabilidade voluntários (VSS, na sigla em inglês) em todos os setores de commodities, com exceção de biocombustíveis, foi de 41% em 2012.
“Vários segmentos de mercado de bilhões de dólares acomodam agora nada menos do que 435 padrões sustentáveis ou ‘rótulos ecológicos’, alegando alguns aspectos de sustentabilidade”, afirmou a presidente do COSA, Daniele Giovannuci.
“Alguns destes são responsáveis pelo fracasso de políticas públicas em apresentar resultados nos aspectos mais críticos de nossos suprimentos de alimentos. Então está se tornando cada vez mais importante saber quão eficazes eles são e, na verdade, qual sustentável qualquer iniciativa realmente é”, acrescentou Giovannuci.
O UNFSS, lançado em março de 2013 para responder ao interesse crescente sobre padrões de sustentabilidade que podem reduzir a pobreza nos países em desenvolvimento, é co-patrocinado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e mais quatro agências da ONU: a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Centro Internacional de Comércio (ITC), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI).
Informe da ONU Brasil, publicado pelo EcoDebate, 05/02/2014
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