sábado, 14 de novembro de 2015

Resenha do artigo: Efeitos de um produto termogênico sobre parâmetros bioquímicos e morfológicos relacionados à saúde: um estudo de caso.

Resenha feita pela Nutricionista Valesca Karina dos Santos

(12) 98140-7703

Introdução

Se analisarmos os dados de POFs (Pesquisa de Orçamentos Familiares) recentes, vamos perceber um aumento contínuo de excesso de peso e de obesidade na população adulta e infantil. Estes dados são preocupantes, pois a obesidade apresenta associação com inúmeras doenças crônicas não transmissíveis, como, por exemplo, disfunções pulmonares, doenças coronarianas, a osteoartrite, o Diabetes Mellitus não-dependente, a esteatose hepática não alcoólica, a hipertensão e até alguns tipos de câncer 

A acumulação excessiva de tecido adiposo (obesidade), segundo Marques-Lopes et al. (2004), deriva de um aporte calórico excessivo e crônico de substratos combustíveis presentes nos alimentos e nas bebidas (proteínas, hidratos de carbono, lipídios e álcool) em relação ao gasto energético (metabolismo basal, efeito termogênico e atividade física). 

Este perfil nutricional associado à busca desenfreada pelo padrão de beleza atual (magreza), tem contribuído para a grande veiculação, por meio da mídia, de suplementos alimentares que prometem emagrecimento. 

Para o tratamento da obesidade, as opções são a redução da energia ingerida e aumentar o gasto calórico. Os tipos de suplementos dietéticos existentes no mercado são inúmeros e dentre os mais consumidos se destacam os termogênicos, os quais aumentam a taxa metabólica basal, facilitando a perda de peso (BARBOSA et al., 2015) .

Referência 

BARBOSA, J. E. P. ; CORREIA, E. M. ; ALMEIDA, A. M. R. ; XAVIER, J. M. G. . Perfil dos consumidores de termogênicos em praticantes de atividade física nas academias de Santa Cruz do Capibaribe-PE. RBNE - Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 2015. Disponível em: http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/527. Acesso em: 12 nov. 2015. 

MARQUES-LOPES, I.; MARTI, A.; MORENO-ALIAGA, M.; MARTÍNEZ, A. Aspectos Genéticos da Obesidade. Rev. Nutr., Campinas, 17(3):327-338, jul./set., 2004. Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732004000300006&script=sci_arttext&tlng=pt Acesso em:12 nov. 2015. 

Artigo da resenha

REIS FILHO, A.D.; AMARAL FILHO, J.C.; SANTINI, E. et al. Efeitos de um produto termogênico sobre parâmetros bioquímicos e morfológicos relacionados à saúde: um estudo de caso. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, n. 33 v. 6. p. 168-177. Maio/Jun. 2012. 

Disponível em:

O conceito de tratamento da obesidade, por meio da estimulação da termogênese, é atualmente foco de grande atenção por parte das indústrias farmacêutica, nutracêutica e de alimentos funcionais. 

Alguns fitoterápicos, medicamento obtido exclusivamente de matéria prima vegetal, oferecem um aumento da termogênese e, consequentemente, da oxidação de gordura. Dentre as espécies de plantas e seus respectivos princípios ativos, a laranja-amarga (Citrus aurantium, p-sinefrina), o chá-verde (Camellia sinensis, catequinas) e o guaraná (Paullinia cupana, cafeína) têm sido estudados, isoladamente ou combinados, tanto para verificar a eficácia dos mesmos quanto para se entender qual é o mecanismo da termogênese e a oxidação de lipídios. 

No estudo de Reis Filho et al. (2012) houve a participação de um sujeito com Esteatose hepática não alcoólica, do sexo masculino, com 36 anos de idade, estatura 1,84 m e Índice de massa corporal (IMC) igual a 30,1 kg/m2. Nele foram realizados diversos exames antropométricos, bioquímicos, dentre outros. 

Para fins de investigação sobre os efeitos de substâncias termogênicas nos parâmetros bioquímicos relacionados à saúde, foi utilizado um produto termogênico, duas vezes ao dia, uma hora antes do almoço (11,00 horas) e outra uma hora antes do jantar (18,00 horas), por oito semanas, sendo ingerido os sete dias de cada semana. O voluntário teve a ingestão de alimentos ad libitum e permaneceu sem praticar exercícios físicos por todo o período do estudo. 

O termogênico utilizado no estudo contém extrato de chá-verde, laranja-amarga, guaraná, niacina, cromo quelato (GTF), inulina, aroma idêntico ao natural de laranja, corante cúrcuma, acidulante ácido cítrico, antioxidante ácido ascórbico, edulcorante sucralose e xilitol. Os substratos com propriedades termogênicas são: 136,74 mg de cafeína provenientes do extrato de chá-verde e do guaraná e 111,11 mg de laranja-amarga. 

Ao final do estudo pode-se observar no sujeito, reduções de massa corporal total e dos percentuais de gordura total e de membros inferiores e tronco. Também houve melhoras relacionadas aos perfis glicêmico e lipídico, diminuições do colesterol total, dos triglicerídeos e da glicemia de jejum, dentre outros, e aos biomarcadores de função hepática e inflamatórios. Portanto, o uso de substratos com propriedades termogênicas para o controle das variáveis relacionadas à esteatose hepática não alcoólica se apresenta como um alternativa. 

Também não houve alteração importante das variáveis hemodinâmicas, tanto aguda quanto cronicamente. No entanto, diferentes pessoas podem apresentar maior ou menor sensibilidade a tais produtos. Dessa forma, a prescrição destes compostos termogênicos deve ser feita com cautela e sob orientação de um profissional habilitado para tal. 

Alguns autores sugerem que o uso de catequinas pode prevenir ou reduzir o acúmulo de gordura corporal, modular o metabolismo lipídico e, eventualmente, atenuar o risco de doenças associadas, como por exemplo, o diabetes mellitus e a doença arterial coronariana. A Camellia sinensis é positiva ao perfil lipídico, proporcionando redução significativa dos níveis de colesterol total e LDL-colesterol. 

Também já houve a comprovação por meio de estudos que a administração crônica de catequinas proporciona redução significativa na glicemia e na pressão arterial, além da diminuição da gordura corporal e da relação cintura/quadril. 

Bom, há muitos estudos sobre o assunto com resultados animadores e alguns inconclusivos. No caso do sujeito com esteatose hepática não alcoólica, o protocolo de suplementação termogênica melhorou vários parâmetros metabólicos relacionados à sua saúde e também quanto aos biomarcadores de inflamação, perfis glicêmico e lipídico e a composição corporal. 

Entretanto, é importante ressaltar que qualquer produto com propriedade termogênica deve ser usado com extrema cautela, orientado por um profissional habilitado e com indicação individualizada.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Tribulus terrestris - aumento de testosterona livre e total - (Associação Paulista de Fitoterapia - APFIT)


Nessa tabela publicada num artigo científico com a data de hoje é demonstrado o aumento nos níveis de testosterona livre e total em homens de 40 a 70 anos com deficiência parcial nos níveis de testosterora que administraram extrato sêco de tribulus durante três meses sendo demonstrado que essa planta apresenta grande potencial no tratamento de homens maduros e idosos portadores de disfunção erétil que sofrem de deficiência parcial de andrógenos. Não é preciso mencionar que esse potencial pode ser explorado para o aumento de massa muscular (efeito miotrófico). Para que haja segurança de uso e melhores resultados é necessário o acompanhamento multidisciplinar de profissionais da saúde.


Associação Paulista de Fitoterapia

Dicas de fitoterapia: camomilas na gastroproteção e cólicas menstruais (Associação Paulista de Fitoterapia - APFIT)

Muitos constituintes das plantas como os flavonoides são tidos como inibidores da secreção de H+ pelas células parietais. Um dos mecanismos envolvidos é a atividade antihistamínica presente em vários integrantes dessa classe química. Nas espécies vegetais Anthemis nobilis L. - Asteraceae e Matricaria recutita L. – Asteraceae, popularmente conhecidas como camomila-romana e camomila-alemã respectivamente, por exemplo, pode-se observar o sinergismo do bisabolol, polissacarídeos e flavonoides ao inibirem parcialmente a secreção gástrica com gastroproteção. Para gastralgias agudas com origem emocional ou não recomenda-se 1 colher de sopa da droga vegetal (flor) bem esmagada numa xícara d´água fervente . Deixar abafado por 20 minutos. Coar e ingerir até 4 xícaras/dia. Para minimizar a sonolência e para cólicas menstruais recomenda-se associar o alecrim (Rosmarinus officinalis L.) diminuindo para 1 colher de sobremesa de cada planta. Na gravidez evitar o alecrim e ingerir até 2 xícaras/dia.

Australiano produce 250 kilos de comida en 60 metros cuadrados (ecocosas.com)

POR RAUL MANNISE · 12/11/2015


La agricultura urbana es una de las soluciones para garantizar la seguridad alimentaria en el mundo. Este es el pensamiento del permaculturista Geoff Lawton. Como uno de los principales promotores de la siembra en espacios pequeños, muestra que es posible producir diversos tipos de alimentos en espacios muy pequeñas. Para demostrar la eficacia de este concepto, el experto mostró el ejemplo de uno de sus estudiantes, que produce cientos de kilos de frutas, verduras y hierbas en su propia residencia.
Angelo Eliade es un farmacéutico que vive en Melbourne, Australia. Estudiante de permacultura, en tan solo cuatro años logro convertir su pequeño jardín, en una verdadera granja urbana. La casa es exactamente igual a las casas vecinas con un pequeño jardín en el frente. Sin embargo, al abrir la puerta, lo que ves es un terreno muy fértil lleno de vida en tan sólo 60 metros cuadrados.

“Se puede convertir cualquier propiedad en cualquier situación en un lugar que produzca alimentos en abundancia”, dijo Lawton. La casa de Melbourne lo demuestra. En el jardín de Eliade se producen anualmente 70 kilos de verduras y 161 kilos de frutas. Las opciones incluyen: limones, manzanas, higos, cerezas, melocotón, uva, plátano, frijoles, pepinos, patatas, lechugas, zanahorias, ajo, caña de azúcar, entre otras cosas.

El farmacéutico explica que no es necesario tener un conocimiento profundo de la materia o ser un experto para comenzar a plantar. Sin embargo, debemos estar interesados ​​en el tema para entender el funcionamiento y la relación entre las especies y del suelo.
Uno de los principales consejos es siempre mantener una buena diversidad de cultivos. Incluso cuando se trata de espacios pequeños, se puede tener muchas especies diferentes creciendo juntas. Eso sí hay que prestar atención a las características de cada uno de estos y planificar muy bien la siembra para tener éxito.

También señaló que los restos de la siembra nunca deben ser desechados. El valor de estos residuos es grande, para ser utilizados como abono orgánico, proporcionando más nutrientes y mantener el suelo siempre saludable. Dijo que la principal diferencia entre tener un jardín común y un sistema de este tipo es que la naturaleza toma el control del medio ambiente por si misma, lo que aporta numerosos beneficios a la biodiversidad local. Otra práctica es utilizar agua de lluvia capturado desde el techo de su casa para regar su jardín.

El proyecto comenzó hace cuatro años con la ayuda de Geoff Lawton desde entonces Eliade notó algunos cambios importantes en su vida, relacionados principalmente con su propia salud. Dice que ahora tiene hábitos y un estilo de vida mucho más saludable, y sabe exactamente lo que está comiendo tiene un buen suministro de alimentos libres de contaminación con pesticidas y plaguicidas.

“La gente no tiene idea de lo que es posible en espacios pequeños. Esto puede ocurrir en cualquier lugar, simplemente se debe comprender el potencial y hacerlo “, dijo Lawton.

Link:

Grapeseed Extract Wonders.wmv

How Much Cancer Does Lunch Meat Cause?

Incra lança alimentos orgânicos com selo de identificação

Fonte: Portal Brasil - Quinta-feira, 12 de Novembro de 2015 


Logomarca tem finalidade de divulgar alimentos cultivados sem agrotóxicos por famílias de agricultores em município gaúcho

Com o objetivo de divulgar, fortalecer e ampliar a produção orgânica nos quatro assentamentos implantados pelo Incra em Nova Santa Rita (RS), na região metropolitana da capital gaúcha Porto Alegre, foi lançado há uma semana um selo identificador dos alimentos “limpos”, cultivados sem agrotóxicos por famílias de agricultores do município.

“A logomarca servirá de estímulo à produção orgânica”, afirma Sandra Rodrigues, assistente social da Cooperativa de Trabalho em Serviços Técnicos Ltda (Coptec), uma das prestadoras de assistência técnica contratada pela Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Sul. Placas, banners, faixas e cartilhas serão colocados nas escolas, conta ela, que acompanhou o desenvolvimento do projeto.

Sandra diz que são 13 famílias de agricultores que entregam hortaliças para 17 escolas municipais e três escolas estaduais de Nova Santa Rita, além de 80 famílias fornecedoras de 33 alimentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), todas com cadastro na Organização de Controle Social (OCS) da Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs). A OCS não certifica, mas tem rigorosos métodos que atestam a qualidade orgânica dos produtos.

Alimentos orgânicos

A beneficiária da reforma agrária do assentamento Santa Rita de Cássia II, Almira Fátima de Moraes, assentada há nove anos, comemora o lançamento do selo. “Para nós é um avanço. Marca o orgânico que a gente planta”, destaca a agricultora, que entrega hoje repolho, couve, tempero verde, beterraba e pepino para cinco escolas de Nova Santa Rita.

A coordenadora administrativa da Secretaria de Educação da prefeitura, Sandra Amorim, enfatiza que a chamada pública, realizada no início do ano, selecionou mais de 30% em aquisição de produtos de assentados e da agricultura familiar.“Pães, biscoitos, leite, arroz, carne suína, hortigranjeiros e sucos foram as compras”, diz ela. Já a nutricionista do município, Aline Campos, conta que os alimentos são entregues nas escolas pouco tempo depois de serem colhidos.

A iniciativa da criação do selo é uma parceria entre as famílias assentadas, Coptec, Coceargs e prefeitura de Nova Santa Rita.

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Pesquisadores da USP questionam SBPC sobre transgênicos

Fonte: Consea com informações IEA/USP - Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015 


Pesquisadores da Universidade de São Paulo ligados à Associação Filosófica Scientiae Studia e ao Grupo de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e Tecnologia, do IEA/USP, se manifestam publicamente, por meio de uma carta aberta, em relação à "falta de diálogo por parte da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciência (ABC) sobre as abordagens científicas que legitimam os transgênicos com tanta força em nosso país".

Qual o papel que devem desempenhar as contribuições científicas nas deliberações dos organismos geneticamente modificados? E em que medida os resultados de pesquisas científicas que se referem a danos e riscos do uso de transgênicos, e às formas de agricultura viáveis e necessárias, são consideradas? Quais os tipos de metodologia usados pelos órgãos reguladores das práticas agrícolas para fundamentar com tanta certeza os benefícios dos transgênicos para o Brasil? Por que as pesquisas científicas que discorrem sobre os malefícios da prática transgênica são ignoradas veementemente pela SBPC, ABC e CTNBio? A quem interessa essa posição? 

Essas questões se desdobram em várias outras, sendo uma das mais importantes aquela relativa ao glifosato, e às variedades transgênicas, cujo cultivo exige a aplicação indiscriminada desse agrotóxico. Segundo os pesquisadores que endossam a carta, no centro das controvérsias sobre transgênicos existem questões científicas em disputa. Os questionamentos levantados pelos pesquisadores referem-se, assim, à adequação científica dos procedimentos e métodos utilizados quando se extraem conclusões sobre a segurança do uso de transgênicos, não às motivações e intenções pessoais que atendem aos interesses do agronegócio e das políticas governamentais voltadas para a exportação.

"Buscando superar o lamentável silêncio dos representantes da CTNBio, da SBPC e da ABC em relação aos constantes questionamentos de uma minoria considerável de membros da CTNBio, numerosos agrônomos, agricultores e trabalhadores rurais, além de filósofos e sociólogos da ciência em relação aos transgênicos e da agroecologia como alternativa, os pesquisadores evocam o espírito de diálogo, sugerindo à SBPC e à ABC que organizem um debate à altura das complexidades e importância das questões em jogo", diz o documento.

Leia a carta na íntegra AQUI

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Nova edição do Caderno de Atenção Básica Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação

Fonte: RedeNutri - Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015 


O Ministério da Saúde disponibilizou a 2ª edição do Caderno de Atenção Básica Saúde da criança, com orientações para profissionais da Atenção Básica.

A nova edição do Caderno de Atenção Básica Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar, elaborado pelo Ministério da Saúde já está disponível no site do Departamento de Atenção Básica.

A OMS recomenda o aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo que nos primeiros seis meses de vida a criança deve ser alimentada somente com leite materno.

Entre os benefícios do aleitamento materno estão: diminuição do risco de morte infantil, infecção, diarreia, alergias, doenças como hipertensão, colesterol alto diabetes e obesidade, menores custos financeiros, promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho, entre outros.

O objetivo do CAB nº 23 é sensibilizar e dar subsídio aos profissionais da Atenção Básica num contexto de redes de atenção, visando potencializar ações de promoção da alimentação saudável e de apoio ao aleitamento materno, numa linha de cuidado integral à Saúde da Criança.

A publicação traz ainda informações sobre técnicas de amamentação, como proceder com relação ao aconselhamento em amamentação em diferentes momentos e prevenção e manejo dos principais problemas relacionados à amamentação.

O Caderno é uma ferramenta com informações preciosas para profissionais de saúde da Atenção Básica, já que esta é a porta de entrada preferencial no sistema de saúde, e também para todos aqueles envolvidos com o Sistema Único de Saúde.

Confira a edição atualizada do Caderno Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar no link: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab23

Estudo indica relação do óleo de café verde e redução do peso

Por Hérika Dias - herikadias@usp.br
Publicado em 11/novembro/2015
Existe a possibilidade do uso de óleo verde como fitoterápico, como mostra estudo

Um estudo da Faculdade de Zootecnia de Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, para analisar se o óleo de café verde é tóxico ao organismo revelou que a ingestão do produto ocasionou a perda de peso em ratos. Segundo os pesquisadores, existe a possibilidade do uso de óleo verde como fitoterápico para a redução de peso também em pessoas.

“O nosso trabalho levantou informações sobre o óleo de café verde, no entanto ainda são necessários mais estudos para comprovar a viabilidade da aplicação do óleo em medicamentos, cosméticos e alimentos funcionais”, ressalta a enfermeira Naila Albertina de Oliveira.

Ela é a autora da dissertação de mestrado Análise da concentração de bioativos e avaliação da toxicidade aguda in vivo dos diterpenos cafestol e caveol presentes nos grãos de café verdes obtidos por extração supercrítica e por extração com fluido pressurizado, que teve orientação da professorada Alessandra Lopes de Oliveira e foi apresentada este ano à FZEA.

Foram feitos dois testes de dosagem com os animais. No primeiro, eles receberam uma dose única de 2.000 mg/kg (miligramas de óleo de café verde por quilo de peso dos animais) e acompanhamento por 14 dias das reações. “Notou-se uma redução significativa do consumo de ração dos animais”, afirma o professor Heidge Fukumasu, do Laboratório de Oncologia Comparada e Translacional da FZEA, que assessorou os experimentos em animais.

No segundo teste, durante 28 dias, três diferentes grupos de ratos receberam as dosagens de 25 mg/kg, 50 mg/kg e 75 mg/kg. Os três grupos receberam ração na mesma quantidade do grupo controle — animais que não ingeriram o óleo de café. “Verificamos que quanto maior a dose do óleo de café verde, maior foi a perda de peso dos animais em relação àqueles que não ingeriram a substância”, conta Naila.

“Também houve de redução dos níveis de glicose e triglicérides séricos. Estes efeitos são muito interessantes e compatíveis com os efeitos benéficos descritos para componentes do café”, acrescenta Fukumasu.

Naila destaca que na literatura científica há relatos que evidenciam o consumo de café com a regulagem do peso corporal. “Entretanto, esses estudos relacionavam a redução ou manutenção do peso com a cafeína, e na nossa pesquisa aplicamos óleo de café com baixa dosagem da cafeína, ou seja, ela teve pouca influência nos resultados”.

Toxicidade

O foco principal do trabalho de Naila foi analisar a toxicidade aguda e subaguda do óleo de café verde, rico em diterpenos, uma substância com atividade protetora contra os efeitos da quimioterapia. Saber se uma substância é tóxica ao organismo é o primeiro passo para descobrir se ela poderá ou não ser administrada em pessoas ou animais, como um medicamento ou mesmo um alimento.

Na pesquisa da FZEA, a aplicação do óleo de café verde nos ratos seguiu o guia para a realização dos testes de toxicidade pré-clínica, de acordo com a Resolução 90/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamenta os procedimentos para o registro de medicamentos fitoterápicos.

“A realização do estudo segundo os protocolos nacionais é fundamental para que no futuro, após confirmadas as pesquisas sobre o óleo de café verde, ele possa ser considerado um fitoterápico (medicamento obtido exclusivamente de matérias-primas ativas vegetais)”, explica a professora Alessandra.

No estudo de toxicidade aguda — aquele relacionado à única dosagem de 2.000mg/kg de óleo verde — não houve registro de alterações nos animais. “Não houve sinais clínicos de toxicidade, como vômito, comportamento de agitação, excesso de saliva, ou morte com essa dosagem. Também não houve alteração hematológica e histológica [rim, fígado, baço, coração, pulmão] que pudessem caracterizar um grau de toxicidade aguda”, relata Naila.

Já a toxicidade do óleo verde ingerido em três diferentes doses (25, 50 e 75 mg/kg) notou-se efeitos que podem ser considerados adaptativos ao uso contínuo do óleo de café verde ou talvez até tóxicos, segundo o professor Fukumasu, “como aumento do peso relativo do fígado, assim como alterações bioquímicas, como aumento de gama-glutamil-transferase, lactato desidrogenase e uréia, que indicam alterações hepáticas”.

Ele alerta que os “resultados da pesquisa reforçam que deve haver mais estudos necessários para estimar a dose segura de administração por via oral em humanos do óleo de café verde”.

Estado supercrítico

O óleo do café verde empregado na pesquisa foi obtido a partir da técnica de extração com o dióxido de carbônico em estado supercrítico, estado no qual o fluído apresenta propriedades intermediárias entre um gás e um líquido e facilita a sua extração.

Segundo a professora Alessandra, esse método de extração é uma tecnologia limpa que não deixa resíduos de solventes orgânicos nos extratos. “Essa técnica também preserva substâncias presentes no café verde in natura, resultando em um óleo rico em ditepernos [cafestol e caveol], componentes com atividades quimioprotetora e importante para a produção de medicamentos”.

O trabalho da Naila é o desdobramento de um projeto realizado desde 2011, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e coordenação da professora Alessandra, sobre os processos de extração e a caracterização do óleo de café verde.

Foto: Wikimedia Commons

Mais informações: e-mail alelopes@usp.br, com a professora Alessandra Lopes de Oliveira

Link:

Spices From Around the World (www.northwestpharmacy.com)

MMA lança cadernos da série ‘Educação Ambiental e Comunicação em Unidades de Conservação’

Os livros da coleção; meta de Aichi

Série fortalecerá implantação de programas e ações de educação ambiental em áreas protegidas

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou a série “Educação Ambiental e Comunicação em Unidades de Conservação”, formada por cinco cadernos temáticos sobre o assunto. Elaborada pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do MMA, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a série foi lançada no VII Seminário Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social (SAPIS) e II Encontro Latino Americano sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social (ELAPIS), em Florianópolis.

A diretora de Educação Ambiental do MMA, Renata Maranhão, destacou a importância do tema para o fortalecimento dos mecanismos de participação social nos processos de criação, implantação e gestão das unidades de conservação. “A próxima etapa é o estabelecimento de parcerias para o uso do material em processos formativos continuados que contribuam com a superação dos desafios postos para a conservação da biodiversidade”, afirmou.

META DE AICHI

O lançamento dos cadernos é um exemplo do esforço brasileiro para alcançar a primeira Meta de Aichi, com a previsão de que, até 2020, a população brasileira tenha conhecimento dos valores da biodiversidade e das medidas que poderá tomar para conservá-la e usá-la de forma sustentável.

A série faz parte da Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de Conservação (ENCEA) e tem o objetivo de fortalecer e estimular a implantação de programas e ações de educação ambiental e comunicação em áreas protegidas.
Os cadernos da ENCEA apresentam conceitos e experiências concretas de educação ambiental e comunicação em Unidades de Conservação, levantam temas para o debate e oferecem subsídios para reflexão, planejamento, realização, registro e avaliação de ações de EA e comunicação. Os conteúdos visam contribuir no enfrentamento dos desafios inerentes à gestão participativa das UCs a partir da articulação e participação dos atores sociais.

QUATRO ETAPAS

As publicações foram construídas em quatro etapas ao longo de um ano. Além do levantamento de experiências desenvolvidas nas unidades de conservação, foram realizadas oficinas com gestores e educadores para definir as diretrizes e abordagens metodológicas do material. Foram propostos, ainda, indicadores para acompanhamento, monitoramento e avaliação dos programas de educação ambiental realizados nas áreas protegidas.

A medida contribui para a implantação de ações relativas à Estratégia Nacional de Comunicação de Educação Ambiental (ENCEA). Trata-se de instrumento para orientar gestores e demais envolvidos com o planejamento e com a execução de medidas para a conscientização ambiental nas áreas protegidas e nos arredores. A expectativa é que o trabalho seja o pontapé para que as políticas propostas contemplem a diversidade das áreas destinadas à conservação ambiental e à ocupação por minorias étnicas.

Links:
Para acessar a versão digital das publicações, clique aqui

Por: Lucas Tolentino – Editor: Marco Moreira – Ascom/MMA

in EcoDebate, 13/11/2015

Pneus podem ser base de muros de contenção em encostas no país

Foto: UERJ

O uso de pneus para a construção de muros de contenção em comunidades carentes de todo o país está sendo estimulado pela Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio), órgão da Secretaria Municipal de Obras da prefeitura do Rio de Janeiro, que elaborou um manual de orientação para os moradores, a fim de que, em um sistema de mutirão, eles possam executar a obra usando a tecnologia.

Pesquisa feita há alguns anos pela Geo-Rio, em parceria com o Departamento de Engenharia Civil do Centro Técnico-Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC-RJ), com apoio da Universidade de Ottawa, do Canadá, identificou as vantagens e confirmou a eficácia da técnica.

O orientador do estudo, professor Alberto Sayão, da PUC-RJ, destacou que, além do ganho em termos ambientais, a utilização dos pneus como matéria para a construção de muros de contenção é mais barata que a construção dos muros convencionais, denominados muros de peso, feitos em geral de alvenaria ou concreto.

Experiências feitas pela Geo-Rio, com base nas conclusões da pesquisa, mostraram bons resultados. Um projeto pioneiro foi realizado em Jacarepaguá, com 60 metros (m) de comprimento por 4 m de altura que, atualmente, está envolvido pela urbanização da área, informou Sayão. Nesse muro experimental, foram utilizados 15 mil pneus. Outros dois muros com uso de pneus foram erguidos na favela de Rio das Pedras e em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Além do Canadá, outros países já experimentaram os pneus na construção de muros de contenção com sucesso, entre os quais a França, lembrou Alberto Sayão. Embora ainda seja uma técnica nova no Brasil, a pesquisa identificou a melhor metodologia de construção. “Ficou uma coisa simples, rápida e barata, com a vantagem de minimizar o impacto ambiental de descartar pneus nos rios, no meio ambiente.”

Segundo o professor da PUC-RJ, a técnica já foi adotada, também, pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná, e na construção de barragem na Usina de Manso, em Mato Grosso. Há ainda experiências em curso em Minas Gerais e Santa Catarina. “O problema é quando fazem muros sem seguir as instruções da Geo-Rio, sem orientação técnica, porque, nesse caso, os muros de pneus malfeitos sofrem rupturas ou colapsos. Aí, as pessoas que não conhecem põem a culpa na técnica, quando a culpa é da má execução”, afirmou. “Se for benfeito, ele é muito seguro”.

Amarração

Para a construção dos muros de contenção, os pneus são amarrados uns aos outros com cordas ou com arames revestidos de material plástico para garantir a durabilidade e evitar a corrosão do arame. Sayão ressaltou que a técnica não exige mão de obra especializada nem grandes maquinários. O muro pode ser feito manualmente, com a vantagem de usar mão de obra da própria comunidade que vai ser beneficiada. “Tem um aspecto social também”.

O diretor de Estudos e Projetos da Geo-Rio, Luiz Otavio Vieira, confirmou que a utilização de pneus usados traz um benefício grande na contenção de encostas, principalmente em comunidades carentes, “porque é uma técnica de construir muros muito simples e barata”. Os pneus seriam fornecidos de graça.

A Reciclanip, entidade ligada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), coletou no Brasil – e destinou de forma ambientalmente correta – mais de 114,5 mil toneladas de pneus inservíveis durante o primeiro trimestre deste ano. Desde 1999, quando começou a coleta pelos fabricantes, 3,11 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram coletados e destinados adequadamente, o que equivale a 623 milhões de pneus. Segundo informou a assessoria da Anip, os investimentos feitos pelos fabricantes no programa, desde 1999, alcançam R$ 724 milhões até março de 2015.

A metodologia de execução do muro de contenção de pneus é simples, disse Luiz Otavio Vieira, da Fundação Geo-Rio. As próprias associações de moradores podem construir os muros seguindo o passo a passo do manual da Geo-Rio. Segundo o diretor da entidade, a eficácia da tecnologia na contenção de terrenos está comprovada. Além disso, o custo corresponde à metade do preço de um muro de concreto, “no mínimo”. Segundo ele, há resistência de alguns moradores de comunidades, devido à aparência feia do muro de pneus, mas esse problema pode ser resolvido com vegetação ou a construção de um muro de alvenaria na frente, que oculte os pneus.

A ideia é replicar a tecnologia no país inteiro. “[Em] qualquer lugar que tenha problemas. Onde cabe um muro de peso, você pode fazer um muro de pneus”, disse Vieira.

Por Alana Gandra, da Agência Brasil, in EcoDebate, 13/11/2015

30 minuti - Fitoterapia, le piante che curano

Indicadores de recuperação da flora, artigo de Roberto Naime

Recuperação de área degradada, em João Pessoa, PB. Foto: Prefeitura de João Pessoa.

[EcoDebate] São cada vez mais conspícuos e comuns no cotidiano e agora estão institucionalmente fundamentados no novo código florestal, a necessidade de recuperar as florestas e matas irregularmente desflorestadas. Para isto são importantes o uso de técnicas apropriadas de operação e adoção de estratégia de monitoramento adequada. As áreas a serem recuperadas são principalmente matas ciliares, que protegem cursos de água em bacias hidrográficas.

A obtenção de resultados satisfatórios em um projeto de recuperação de mata ciliares, devem ser avaliados por meio dos conhecidos indicadores de recuperação. A partir deste procedimento, é possível definir se a operação necessita sofrer novas interferências antrópicas ou até mesmo ser reformulada. Com o objetivo de acelerar o processo de sucessão e de restauração das funções da mata ciliar, e também de determinar o momento em que a floresta já restaurada, passa a ser autônoma e autossustentável.

Sempre que é realizada a avaliação da recuperação, através de indicadores, é possível determinar se as funcionalidades pretendidas estão sendo alcançadas e se as metas e objetivos pretendidos estão sendo alcançados. Não se pode pretender uma elevada diversidade biológica em uma operação cujo objetivo tenha sido o de proteger o solo e o curso d’água dos efeitos deletérios da instabilização dos taludes das margens, que causam aumento da erosão do solo, podendo propiciar maior degradação ainda da área.

Vinculados a estes contextos, modelos de recuperação mais complexos, envolvendo uma maior diversidade inicial de espécies vegetais, tendem a promover uma recuperação mais rápida da biodiversidade e da funcionalidade ecossistêmica. Várias investigações têm proposto a utilização de conjunto de indicadores de avaliação da recuperação e da sustentabilidade nos projetos de restauração ou de manejo das florestas e matas ciliares.

Frequentemente são utilizados insetos, como moscas e mosquitos, que são considerados bons indicadores ecológicos da eficiência da recuperação. São empregados e considerados também, a presença de formigas, cupins, vespas, abelhas e besouros. Em nível de solo nas áreas em processos de recuperação, ocorre uma sucessão de organismos, da meso e macrofauna, que estão presentes nas várias etapas da recuperação destes sítios, e esta efeméride sugere que possam ser encontrados outros bioindicadores, para cada uma destas etapas.

Também podem ser utilizados outros indicadores vegetativos que possam ser mensurados como chuva de sementes, a atuação de banco de sementes e a produção de serrapilheira. Todos estes indicadores apresentam a vantagem de serem de quantificação relativamente fácil, em relação a outros indicadores de natureza biológica.

O acompanhamento de comunidades jovens de regeneração tende a possibilitar a identificação do estágio serial e a evolução da mesma. Desta forma, as análises da regeneração natural são essenciais para se avaliar o sucesso da recuperação. A regeneração natural é analisada através de medições de diâmetro das espécies vegetais, da integridade do solo, e da altura das plântulas e plantas jovens, que são lançadas na floresta.

A quantificação da regeneração, quando associada com a classificação sucessional das espécies entre pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e climáticas, constitui indicador extremamente útil das condições de recuperação e do equilíbrio da floresta ciliar. Quando, na regeneração natural, espécies típicas dos estágios iniciais da sucessão como pioneiras e secundárias iniciais predominam em número de espécie ou de indivíduos, isto é indicativo de que a sucessão está muito lenta na área e que as espécies tardias não estão conseguindo chegar até o local. Neste caso é necessário algum tipo de intervenção exógena. É óbvio que a análise deve considerar o tempo de implantação da floresta de regeneração.

O banco de sementes compreende as sementes viáveis e em condições de germinar, presentes na camada superficial do solo. Utilizando um quadro apresentando dimensões de 0,5 X 0,5cm, lançado na superfície do solo, é realizada coleta de toda a serrapilheira e solo, numa profundidade de 0 a 5 cm, que retém a maior parte das sementes. Ocorrendo a transferência para a casa de vegetação em com o material ficando livre de contaminações externas, são fornecidas as condições de luz e de umidade, necessárias para a germinação das sementes. As sementes germinadas são contadas e as plântulas geradas são identificadas. Normalmente, o banco de sementes é formado por espécies pioneiras que apresentam dispersão em longas distâncias.

Havendo boa cobertura vegetal e satisfatórias condições de sombreamento do solo, em geral, as espécies pioneiras presentes no banco não encontrem condições favoráveis à germinação. Mesmo assim, esta dimensão não diminui a importância do banco de sementes como indicador de recuperação e de sustentabilidade, uma vez que são as espécies pioneiras que desencadearão o processo de colonização de um sítio.

O importante é determinar a riqueza de espécies do banco de sementes e a proporção entre espécies nativas e invasoras. Um banco ede sementes de espécies invasoras ou ruderais sugere que, frente a um distúrbio natural, como a abertura de clareiras, estas espécies poderão vir a colonizar a área, e competindo com as espécies nativas, o que pode afetar a equilíbrio da floresta ciliar.

A serrapilheira compreende, principalmente, o material de origem vegetal, como folhas, flores, rasos, frutos e sementes. E, também material de origem animal, que são restos de animais e de material fecal depositado na superfície do solo de uma floresta. Estes procedimentos atuam como um sistema de entrada e saídas. Este processo é particularmente importante na restauração da fertilidade do solo nas áreas em iniciação de sucessão ecológica.

Em comunidades já sucessionais, o acúmulo de serrapilheira e o tempo de sua remoção podem produzir mudança radicais na estrutura, afetando a substituição de espécies dominantes, bem como influenciando na riqueza e a diversidade. A quantificação da serrapilheira, ao longo do ano, permite estimar a produção anual por hectare. Em uma área ciliar que esteja em recuperação, esta compilação de dados é muito importante para comparações. Se este indicador estiver reduzido isto indica problemas com ciclagens de nutrientes no sítio considerado.

Referência:
Sebastião Venâncio Martins. Recuperação de matas ciliares. Editora Aprenda Fácil. Viçosa – MG, 2001.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Celebração da vida [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, 12/11/2015
"Indicadores de recuperação da flora, artigo de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, 12/11/2015, http://www.ecodebate.com.br/2015/11/12/indicadores-de-recuperacao-da-flora-artigo-de-roberto-naime/.

SP: Iniciativa quilombola gera renda e ajuda na conservação da Mata Atlântica

Há dois anos, os moradores começaram a cultivar 18 espécies de plantas na comunidade, gerando renda e ajudando a preservar o bioma, um dos mais devastadas do Brasil.
A 240 quilômetros da maior cidade sul-americana, uma imensa reserva de mata atlântica esconde um conjunto de comunidades onde o tempo praticamente parou. Elas se formaram por volta de 1700, quando uma senhora portuguesa, sem filhos e perto do fim da vida, doou a própria mina de ouro para a igreja e libertou as famílias que trabalhavam nas terras.

Desde então, os ex-escravos e seus descendentes se mantiveram em isolamento quase total, sem dinheiro nem estradas, vivendo da agricultura em pequena escala. Casas, somente as de pau a pique.

“A pista de terra só foi construída na década de 60. As pessoas compravam e pagavam tudo com troca de serviços. Até hoje alguns usam esse sistema”, conta José Paula de França, 61 anos, presidente da Associação do Quilombo Nhunguara, um dos 12 quilombos da região.

A falta de modernidades é compensada pelo ar puríssimo, pelo silêncio e por uma paisagem quase intocada. E, para levar um pouquinho desse ambiente a quem o necessite, os moradores do Nhunguara há dois anos começaram a produzir mudas das árvores da mata atlântica.

É uma forma de ajudar a preservar a floresta, uma das mais devastadas do Brasil, e ao mesmo tempo garantir uma nova fonte de renda. Atualmente, além da pequena agricultura – feita em terrenos montanhosos, onde não se podem usar máquinas –, os quilombolas vivem de programas como o Bolsa Família ou da aposentadoria.

Dezoito espécies, metade delas nativas e metade exóticas, são cultivadas no viveiro construído com apoio do programa Microbacias, uma parceria do Banco Mundial com o Governo de São Paulo. A iniciativa também permitiu ao grupo erguer uma composteira, para evitar o uso de adubos químicos, e a se estruturar para comercializar cada vez mais mudas.

“Ainda não vendemos muito. No último ano, plantamos 25 mil mudas. As vendas renderam R$ 1 mil para cada uma das 11 pessoas do grupo e ainda reinvestimos na compra de sementes. Espero que no futuro possamos melhorar, pois temos mais noções de administração para fazer tudo”, conta a produtora rural Ana Maria Marinho, 58 anos.

Atualmente, os quilombolas vendem apenas para outros agricultores familiares e não têm uma clientela fixa. Por isso, o grupo se associou a outros donos de viveiros para obter o Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM). O documento lhes permitirá finalmente vender as plantas para pessoas físicas e empresas.

“Meu sonho é ver nosso caminhão saindo daqui cheio de mudas”, continua Ana Maria, pensando em um futuro de menos isolamento e mais oportunidades para os quilombolas de hoje e do futuro.

Informe do Banco Mundial, in EcoDebate, 13/11/2015

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Entrevista Sobre o Desperdício Alimentar à Universidade Aberta

Amapá: Pesquisadores ensinam a cultivar plantas medicinais e a fazer remédios caseiros

Por: Elder de Abreu - 03/11/2015 
O Instituto de Estudos e Pesquisas Científicas do Amapá (Iepa) levou para dentro da 51ª Expofeira o projeto Farmácia Viva e Rodadas de Chás, que estimula e diversifica o uso de remédios naturais para o tratamento de pequenas enfermidades. O conhecimento de como cultivar e a maneira certa de preparar os medicamentos à base de plantas medicinais, extensamente estudadas pelo instituto, foi repassado na manhã desta terça-feira, 3, durante uma oficina no auditório do Sebrae, no Pavilhão de Negócios.

Segundo o pesquisador do Iepa, o biomédico Maurício de Souza, o objetivo é utilizar plantas para tratar doenças básicas, como dores de cabeça, problemas renais, insônia, entre outras. A ideia da oficina é apresentar estas espécies, cuja maioria é conhecida da população – a exemplo do boldo, capim-marinho e erva-cidreira.

“A Farmácia Viva é para todos os públicos, pois qualquer pessoa, ao invés de recorrer à farmácia convencional para aliviar uma simples dor de cabeça, pode recorrer ao fundo do seu quintal onde está uma espécie medicinal que pode te ajudar a tratar esse problema”, explicou o pesquisador.

Na oficina, juntamente com a pesquisadora Sônia Oliveira, ele mostrou os resultados de pesquisas do Iepa que é possível obter melhores resultados medicinais mediante aos determinados procedimentos no preparo do produto. “Se você quer obter o melhor de uma planta, tem que saber extrair os princípios ativos dela. E é isso que a oficina ensina, a conhecer a planta, a utilizá-la. Nós pesquisamos o que a população conhece há muito tempo, e dependendo do resultado da pesquisa nós podemos reafirmar ou não cientificamente esse conhecimento tradicional”, ponderou Souza.

Além do preparo, os pesquisadores trabalharam como cultivar uma planta medicinal. Segundo Maurício Souza, algumas espécies medicinais podem ser cultivadas até mesmo em ambientes fechados, como um apartamento.

A oficina teve um público diverso, desde pesquisadores a curiosos. Segundo Maurício, essa diversidade é uma tendência iniciada com o interesse crescente da população por tratamentos naturais. A aposentada Antônia Barbosa já utiliza os produtos do Iepa há alguns anos. Ela disse que além do uso, já pensou em empreender o negócio. “Tento conhecimento de como plantar e como fazer os remédios da maneira correta, acho que é possível”, acredita.

Serviço

O Iepa possui, dentro da área Museu Sacaca, em Macapá, um horto onde cultiva e disponibiliza à população as espécies trabalhadas no projeto Farmácia Viva. O funcionamento é de terça-feira a domingo, de 8h às 18h. Em anexo ao Museu, está a Farmácia do Iepa, onde é mantido um laboratório de produção, que transforma as plantas em produtos fitoterápicos, comercializados a um custo bem abaixo dos medicamentos convencionais. Lá, o remédio mais caro custa apenas R$ 8.

51ª Expofeira

A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.

Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.

Link:

Gut microbiota regulates antioxidant metabolism

Date: November 6, 2015

Source: Chalmers University of Technology

Summary:
Gut microbiota regulates the glutathione and amino acid metabolism of the host, a recently published study shows. Glutathione is a key antioxidant, found in every cell in our body. Deficiency of glutathione contributes to oxidative stress, which plays a major role in several lifestyle diseases.
The effect of bacteria has been identified by studying the metabolic differences between the many gut, liver and fat tissues obtained from normal and bacteria-free mice.
Credit: Image courtesy of Chalmers University of Technology

A recently published study shows that gut microbiota regulates the glutathione and amino acid metabolism of the host. Glutathione is a key antioxidant, found in every cell in our body. Deficiency of glutathione contributes to oxidative stress, which plays a major role in several lifestyle diseases.

The functional output and diversity of gut microbiota are important modulators for the development of various human disorders. Obesity, type 2 diabetes, atherosclerosis, non-alcoholic fatty liver disease as well as the opposite end of the spectrum, for example malnutrition, have been associated with imbalance in human gut microbiota. Hence, the interactions between the gut microbiota, host tissues of the gastrointestinal tract and other peripheral tissues as well as diet are known to be highly relevant for the health of the host.

In a recent paper published in Molecular Systems Biology, researchers at Chalmers University of Technology, the Royal Institute of Technology and the University of Gothenburg in Sweden revealed that gut microbiota regulates the glutathione and amino acid metabolism of the host. The study, highlighted on the cover of the journal, shows how a novel integrative approach can be used to reveal the metabolic differences between germ-free and conventionally raised mice through a combination of proteomics, transcriptomics and metabolomics data as well as tissue-specific metabolic modeling.

Glutathione is our body's most powerful antioxidant and the main detoxifying agent in the body. It plays a vital role in enabling the immune system, nutrient metabolism and regulation of other important cellular events. Glutathione is a very small protein, produced inside the cells from three amino acids ultimately obtained from our food or supplementation. The deficiency of glutathione contributes to oxidative stress, which plays a major role in the mechanisms of above mentioned complex disorders.

In the study, a generic map of mouse metabolism was created, and tissue-specific computer models for major mouse tissues were generated. Through integration of high throughput experimental data, the researchers found that the microbiota in the small intestine consumes glycine, which is one of the three amino acids required for the synthesis of the glutathione.

In order to confirm the results of the computer-based simulations, the level of the amino acids in the portal vein of the mice was measured. Moreover, a lower level of glycine was observed in liver and colon tissues, which indicates that the gut microbiota regulates glutathione metabolism, not only in the small intestine but also in the liver and the colon.

"Some bacteria in our gut consume glycine, which is required for the synthesis of the glutathione, and imbalances in the composition of the bacteria may lead to the progression of the chronic diseases," says Chalmers researcher Adil Mardinoglu, first author of the paper.

In previous independent studies, imbalances in the plasma level of glycine as well as other amino acids have been shown to exist in obesity, type 2 diabetes and non-alcoholic fatty liver disease.

"Strikingly, the plasma levels of glycine are decreased in all subjects with the above-mentioned diseases compared to the healthy subjects," says Professor Jens Nielsen at Chalmers. "In this context, it may be of interest to study the microbial amino acids in the human gut in relation to their potential role in the development of such metabolism-related disorders.

"The discovery that the bacteria in our small intestine consume glycine and regulate glutathione metabolism may led to the development of food products that can deliver beneficial bacteria (probiotics) to the gut. The results of the study can help us understand how bacteria play a role in the metabolic processes involved in the development of obesity, type 2 diabetes, non-alcoholic fatty liver disease and malnutrition."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Chalmers University of Technology. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
A. Mardinoglu, S. Shoaie, M. Bergentall, P. Ghaffari, C. Zhang, E. Larsson, F. Backhed, J. Nielsen. The gut microbiota modulates host amino acid and glutathione metabolism in mice. Molecular Systems Biology, 2015; 11 (10): 834 DOI: 10.15252/msb.20156487

Cite This Page:
Chalmers University of Technology. "Gut microbiota regulates antioxidant metabolism." ScienceDaily. ScienceDaily, 6 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151106062708.htm>.

Insufficient evidence for the use of omega 3 supplements in treating depression

Date: November 5, 2015

Source: Wiley

Summary:
New research out today concludes that there is insufficient evidence for the use of taking an omega 3 fatty acid supplement in treating major depressive disorder.
Omega 3 fatty acids have been widely promoted globally and are readily available, over-the-counter supplement. These supplements have hugely increased in popularity over the last decade. But a large review study questions their effectiveness in treating major depressive disorder.
Credit: © Stocksnapper / Fotolia

New research out today concludes that there is insufficient evidence for the use of taking an Omega 3 fatty acid supplement in treating major depressive disorder.

Omega 3 fatty acids are widely thought to be essential for good health and are naturally found in fatty fish, such as tuna, seafood and some nuts and seeds.

Omega 3 fatty acids have been widely promoted globally and are readily available, over-the-counter supplement. These supplements have hugely increased in popularity over the last decade together with a range of other supplements including ginseng, garlic, green tea, as well as vitamins, minerals and herbal products.

More recently there have been various studies that have suggested a role for Omega 3 fatty acid supplementation in treating major depressive disorder. Adults with major depressive disorders are characterized by depressed mood or a lack of pleasure in previously enjoyed activities for at least two weeks, in the absence of any physical cause, that impact on everyday life.

Figures published by the World Health Organization in 2011 estimated major depressive disorders to account for 3% of global ill health and projections for 2030 suggest an increase to 6% or 7%.

A new Cochrane review, published today in the Cochrane Library, gathered together data from 26 randomized trials involving a total of 1,458 participants. The trials investigated the impact of giving an Omega 3 fatty acid supplement in a capsule form and compared it to a dummy pill. In one study, involving 40 participants, they also investigated the impact of the same supplementation compared to an anti-depressant treatment.

The Cochrane authors found that whilst people who were given Omega 3 fatty acids reported lower symptom scores than people with the dummy pill, the effect was small and there were important limitations that undermined their confidence in the results. Their analyses showed that although similar numbers of people experienced side effects, more data would be required to understand the risks of taking Omega 3 fatty acids.

Lead author, Katherine Appleton from Bournemouth University said, "We found a small-to-modest positive effect of Omega 3 fatty acids compared to placebo, but the size of this effect is unlikely to be meaningful to people with depression, and we considered the evidence to be of low or very low quality. All studies contributing to our analyses were of direct relevance to our research question, but most of these studies are small and of low quality."

She added, "At present, we just don't have enough high quality evidence to determine the effects of Omega 3 fatty acids as a treatment for major depressive disorder. It's important that people who suffer from depression are aware of this, so that they can make more informed choices about treatment."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Wiley. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Katherine M Appleton, Rachel Perry, Hannah M Sallis, Andrew R Ness, Rachel Churchill. Omega-3 fatty acids for depression in adults.Cochrane Database of Systematic Reviews, 2014 DOI:10.1002/14651858.CD004692.pub3

Cite This Page:
Wiley. "Insufficient evidence for the use of omega 3 supplements in treating depression." ScienceDaily. ScienceDaily, 5 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151105010521.htm>.

Small urban corner stores offer increased healthy food options

Date: November 2, 2015

Source: Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health

Summary:
Federal food policy changes led to increased availability of healthy foods at smaller urban corner stores in Baltimore, new research suggests. Increases in healthy food were greatest in corner stores and in neighborhoods with a majority of black residents.

Federal food policy changes led to increased availability of healthy foods at smaller urban corner stores in Baltimore, new Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health research suggests. Increases in healthy food were greatest in corner stores and in neighborhoods with a majority of black residents.

Many residents of cities such as Baltimore, where the study was conducted, reside in what are known as food deserts, on blocks far from supermarkets and inhabited by people with little access to transportation. There, residents are often forced to buy food from corner and convenience stores where shelves are usually not stocked with healthy options, potentially leading to worse diets. Poor diet is one of the biggest risk factors for death and illness in the United States, responsible for more than 600,000 deaths in 2010 alone, researchers say.

By looking at the changes in healthy food availability in a sample of food stores in the city of Baltimore between 2006 and 2012, researchers found that corner stores, particularly in neighborhoods with large numbers of black residents, were modestly but significantly more likely to carry a larger number of those healthful choices. The researchers, reporting in the November issue of Health Affairs, say their findings suggest that boosting healthful food options at corner stores could be a more feasible alternative to the costly option of building supermarkets.

One of the big changes that occurred between 2006 and 2012 came in 2009, when the federal Special Supplemental Nutrition Program for Women, Infants and Children (WIC) required participating stores to improve food offerings by carrying more healthy options such as fruits and vegetables or whole wheat bread. The changes to this food stamps-like program for pregnant women and children at nutritional risk appeared to drive much of the increase in nutritious food in the small corner stores.

"This study shows us that, at a policy level, we can have an impact on the availability of healthy food in communities of individuals who are underserved," says study leader Laura K. Cobb, a recent DrPH recipient from the Bloomberg School. "It's not always practical to build new supermarkets, but this tells us we can impact healthy food availability in neighborhoods that need it the most by improving offerings at small corner stores."

For the study, the researchers used data from 118 corner stores collected in 2006 as part of the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis and again in 2012 under the auspices of the Johns Hopkins Center for a Livable Future. Both datasets assessed healthy food availability by assigning points to various healthy options on the shelves.

In 2006, the stores had an average healthy food availability score of 7.06 out of a possible 18. Stores in census tracts where more than 60 percent of residents are black had the lowest scores (6.4 versus 8.19 in tracts where more than 60 percent of residents are white; and 8.76 in tracts without a racial majority). In 2012, the average score jumped by 1.25 points, with neighborhoods with a majority of residents who are white increasing by .18 points and neighborhoods with a majority of residents who are black increasing by 1.52 points.

"Things are getting a little better, but not dramatically better," Cobb says. "What we have learned is that the WIC policy change is likely responsible for much of the modest but real improvement in healthy food availability. Given the difficulty of impacting change in small stores, much of the policy focus has been on decreasing food deserts by increasing the number of supermarkets in these areas.

"Our findings indicate that stores that carry a limited variety of food may be more receptive to stocking healthier food than previously thought, particularly within neighborhoods with a majority of black residents. Policies targeting healthy food availability in corner stores have the potential not only to increase healthy food availability but also to decrease health disparities."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
L. K. Cobb, C. A. M. Anderson, L. Appel, J. Jones-Smith, U. Bilal, J. Gittelsohn, M. Franco. Baltimore City Stores Increased The Availability Of Healthy Food After WIC Policy Change. Health Affairs, 2015; 34 (11): 1849 DOI: 10.1377/hlthaff.2015.0632

Cite This Page:
Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health. "Small urban corner stores offer increased healthy food options." ScienceDaily. ScienceDaily, 2 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151102164306.htm>.

Obese people need more vitamin E, but actually get less

Date: November 2, 2015

Source: Oregon State University

Summary:
Obese people with metabolic syndrome face an unexpected quandary when it comes to vitamin E -- they need more than normal levels of the vitamin because their weight and other problems are causing increased oxidative stress, but those same problems actually cause their effective use of vitamin E to be reduced.

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Crocetinic acid in saffron may inhibit the pancreatic cancer cell growth

Date: November 2, 2015

Source: University of Kansas Cancer Center

Summary:
Crocetinic acid, a purified compound from crocetin, showed the inhibition of growth in human pancreatic cancer cells grown either in a dish or as tumors under the skin of mice, scientists report.

For several years now, researchers in the University of Kansas Medical Center's Department of Cancer Biology have been examining the effects of crocetin on pancreatic cancer, a deadly disease which responds poorly to current chemotherapy and radiation treatments. Crocetin is derived from saffron, a popular spice and food colorant and a key ingredient in many traditional Indian medicines.

In a study just published in the journal Oncotarget, a team of researchers led by KU Cancer Center Cancer Prevention & Survivorship Program member, Animesh Dhar, Ph.D., an associate professor of cancer biology at KU Medical Center, found that crocetinic acid, a purified compound from crocetin, showed the inhibition of growth in human pancreatic cancer cells grown either in a dish or as tumors under the skin of mice.

Dhar said after 21 days, there was a significant reduction in tumor growth in the group of mice who received the crocetinic acid.

"The mice who were given the crocetinic acid demonstrated a 75 percent reduction in their tumor growth, while the mice in the control group, which didn't receive the crocetinic acid, actually saw a 250 percent increase in tumor growth," Dhar said.

Pancreatic cancer is one of the deadliest types of cancer. It is the fourth most common cause of cancer deaths in the United States. More than 43,000 people are diagnosed with pancreatic cancer each year and about the same number die each year from the disease. Only about 3 percent of people with pancreatic cancer live more than five years after diagnosis.

In the KU Medical Center trial, the crocetinic acid also targeted and inhibited pancreatic cancer stem cells -- the deadly population of cells that usually resist conventional chemotherapy.

"Unless these stem cells are destroyed, the cancer will return," said Shrikant Anant, Ph.D., a professor of molecular and integrative physiology at KU Medical Center and associate director of cancer prevention and control at The University of Kansas Cancer Center and a co-author on the study. "If we can determine that crocetinic acid is successful in inhibiting or destroying the stem cells, it will be a major step forward in the treatment of pancreatic cancer."

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by University of Kansas Cancer Center. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
Parthasarathy Rangarajan, Dharmalingam Subramaniam, Santanu Paul, Deep Kwatra, Kanagaraj Palaniyandi, Shamima Islam, Sitaram Harihar, Satish Ramalinagam, William Gutheil, Sandeep Putty, Rohan Pradhan, Subhash Padhye, Danny R. Welch, Shrikant Anant, Animesh Dhar.Crocetinic acid inhibits hedgehog signaling to inhibit pancreatic cancer stem cells. Oncotarget, 2015; 6 (29): 27661 DOI:10.18632/oncotarget.4871

Cite This Page:
University of Kansas Cancer Center. "Crocetinic acid in saffron may inhibit the pancreatic cancer cell growth." ScienceDaily. ScienceDaily, 2 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151102143743.htm>.

Increasing vitamin D supplementation in elderly women

Date: November 2, 2015

Source: ETH Zurich

Summary:
Elderly women should take in more vitamin D than previously recommended during the winter months, suggests a team of researchers in a new report.

Osteoporosis is one of the chief reasons why the elderly often suffer broken bones from relatively minor injuries. Postmenopausal women in particular experience a relatively rapid loss in bone mass due to a reduced concentration of oestrogen, which is responsible for strong bone growth during youth. Maintaining bone mass requires physical exercise and vitamin D, which is mainly produced in the skin with the help of UVB radiation. This is why, especially in the wintertime, many elderly women are prescribed a vitamin D supplement by their doctor to maintain bone mass.

When it comes to determining the correct dosage, however, this supplement is the topic of more expert debate than any other nutrient. One camp believes that sunlight alone is enough to provide the body with sufficient vitamin D, and therefore only small quantities of supplements are necessary. The other asserts that it takes high doses of vitamin D supplements to prevent or slow down bone degeneration in elderly women.

How much is enough?

A group of researchers at ETH Zurich and the Universities of Zurich and Bern led by ETH Professor for Human Nutrition Michael B. Zimmermann took a closer look at this question. The team of scientists wanted to find out how much vitamin D there needs to be in the bloodstream to maintain bone strength.

Surprisingly, the results of their study have come out clearly in favour of higher supplement doses. Particularly in the wintertime, much higher dosages of vitamin D are necessary than previously assumed in order to maintain bone health. In the study, the researchers come to the conclusion that a vitamin D concentration of 40 micrograms per litre of serum in the bloodstream is ideal for slowing or preventing bone degeneration in postmenopausal women.

During the study, test participants were first given a single dose of calcium-41. This disperses like normal calcium throughout the body and into the bones and, given enough time, will mark the entire skeletal system evenly. "It's after about six months that things get interesting, because from that point on we can trace the absorption and depletion of calcium in the bones," says Zimmermann. However, highly sensitive measuring equipment is required to detect the minute quantities of calcium-41 present.

Researchers took urine samples from test participants at regular intervals and then used highly sensitive accelerator mass spectrometry equipment -- which is found at ETH Zurich's Laboratory for Ion Beam Physics and just a handful of other facilities worldwide -- to measure the quantities of calcium-41 and calcium-40 and determine the ratio between them. To put it simply, a very low ratio means more calcium is being added to the bones than released; a high one means the bones are releasing more calcium than they are taking up.

Increased calcium absorption

Over a period of nine months beginning half a year after the calcium-41 marking of their bones, the women were given daily vitamin D supplements. The first dose was administered in early spring, when the vitamin D concentration in the blood is expected to be at its lowest, and the dosage was increased in step increments every three months. In addition, the scientists led by Zimmermann modelled the paths the calcium took through the various segments of the body in order to calculate an ideal vitamin D quantity.

At the beginning of the experiment, participants showed a concentration of 16 micrograms per litre of serum, which is to say they already had a deficiency. By the end of study, the average vitamin D concentration in their serum had risen to over 46 micrograms per litre thanks to the vitamin D supplementation -- and to the sunshine, which increased over the course of the study to promote the body's natural vitamin D production.

At the same time, the researchers noted that the ratio of calcium-41 to calcium-40 decreased abruptly following the start of the supplementation regimen -- a sure sign that bone degeneration had been reduced.

Increasing vitamin D supplementation

"Experts are divided as to the ideal daily dose of vitamin D for maintaining bone mass," says Zimmermann. This study has provided important new insights with respect to this topic.

For healthy postmenopausal women with sufficient calcium absorption and physical activity, a serum concentration of around 40 micrograms of vitamin D per litre of serum has the optimum effect on bone calcium absorption. "That the figure was so high was surprising," says Zimmermann, "as previously I had tended to believe that a low dose of vitamin D was sufficient."

In principle the body creates vitamin D in the form of cholecalciferol within the skin itself. But for this to occur, the body needs to be exposed to a sufficient amount of sunlight. In the winter months the sun is too low in the sky beyond the 40th latitude, which causes the body's natural vitamin D production to be too low. Only a few food types, such as cod liver oil or saltwater fish, contain larger quantities of natural vitamin D; smaller quantities can be found in eggs, meats, milk and butter. Vegetables, nuts and fruits contain only very little if any vitamin D. Not only is this vital nutrient necessary for optimum uptake of calcium in the bones, it also controls countless important cellular and immune processes. One example of severe vitamin D deficiency is rickets, which causes skeletal deformation.

Story Source:

The above post is reprinted from materials provided by ETH Zurich. The original item was written by Peter Rüegg. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
A. Schild, I. Herter-Aeberli, K. Fattinger, S. Anderegg, T. Schulze-Konig, C. Vockenhuber, H.-A. Synal, H. Bischoff-Ferrari, P. Weber, A. von Eckardstein, M. B. Zimmermann. Oral Vitamin D Supplements Increase Serum 25-Hydroxyvitamin D in Postmenopausal Women and Reduce Bone Calcium Flux Measured by 41Ca Skeletal Labeling.Journal of Nutrition, 2015; 145 (10): 2333 DOI: 10.3945/jn.115.215004

Cite This Page:
ETH Zurich. "Increasing vitamin D supplementation in elderly women." ScienceDaily. ScienceDaily, 2 November 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/11/151102130239.htm>.