Sobre a importância dos quintais, cada vez mais desaparecidos e, com isso, as nossas raízes também.
sábado, 21 de dezembro de 2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Gilberto Gil - A ciência em si
A ciência não se aprende
A ciência apreende
A ciência em si
A ciência não se ensina
A ciência insemina
A ciência em si
A ciência não avança
A ciência alcança
A ciência em si
Permacultura - 2
Ética da Permacultura
Cuidar do planeta : implica em cuidar de todos os seres, vivos ou não. Solos, atmosfera, florestas e micro-habitats, animais e águas exigem atividades inofensivas e reabilitantes, conservação ativa, uso dos recursos de forma ética e estilo de vida correto.
Cuidar das pessoas: respeitando as próprias exigências do Planeta, o cuidado com os seres humanos será uma consequência.. Necessidades como a alimentação, abrigo, educação, trabalho satisfatório e contato humano saudável devem ser supridos. O ser humano, responsável pelos impactos que o Planeta pode sofrer, precisa estar equilibrado para que os reflexos de suas atitudes sejam positivos.
Compartilhar informações, dinheiro e tecnologias para atingir esses fins.
Algumas dicas destacadas do livro “Introdução à Permacultura”, de Bill Mollison sobre as maneiras de se cuidar do planeta:
Pensar, a longo prazo, sobre as consequências de nossas ações. Planejar para a sustentabilidade;
Onde possível, utilizar espécies nativas da área, ou aquelas adaptadas sabidamente benéficas. A introdução impensada de espécies potencialmente invasoras podem romper o balanço natural da área;
Cultivar a menor área de terra possível. Planejar sistemas intensivos, eficientes em energia e em pequena escala, em oposição aos sistemas extensivos, de grande escala e alto consumo energético;
Praticar a diversidade por meio de policulturas (cultivo de várias espécies juntas). Isso trás estabilidade e ajuda nas mudanças ambientais ou sociais;
Considerar a energia economizada como sendo parte da produção;
Utilizar sistemas biológicos e ambientais de baixo consumo energético para conservar e gerar energia;
Trazer a produção de alimentos de volta às cidades e vilarejos.
Ajudar as pessoas a se tornarem auto-suficientes e promover a responsabilidade comunitária;
Reflorestar a Terra e restaurar a fertilidade do solo;
Utilizar tudo até o máximo e reciclar todos os detritos;
Ver soluções, não problemas.
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Princípios, Estratégias, Técnicas
Quanto mais se aproxima da natureza, menos esforço se faz.
A diversificação garante a estabilidade.
A estabilidade vem quando se fecham os ciclos.
Todo sistema deve produzir mais energia do que consome.
É mais barato prevenir emergências que enfrentá-las.
Visa-se cooperação em vez de competição e integração em vez de fragmentação.Para se planejar um sistema de auto-sustento, é preciso clareza nos princípios de base que norteiam o trabalho. Na Permacultura, um dos princípios é a cooperação e outro princípio fundamental para projetar um sistema sustentável é o do respeito pela sabedoria da Natureza, que desenvolveu um sistema perfeito para cada lugar.
Então qualquer projeto começa com a observação aguçada da natureza do local.
Assim, do princípio(respeito pela sabedoria da Natureza) surge a estratégia (observar e copiar a Natureza), da qual surgirão as inúmeras técnicas, que podem ser emprestadas de outras situações similares, ou criadas no local.
Em resumo, o princípio é o porquê de fazer, p. exemplo, um muro naquele lugar, daquele jeito. Sem princípios claros, as mesmas técnicas podem ser tanto benéficas quanto destrutivas. A estratégia é saber onde e quando fazer o muro (a técnica dentro do espaço e do tempo). As técnicas são os materiais que se usam para a construção do muro e como montá-los.
Por este motivo, o treinamento em Permacultura depende mais do ensinar a observar e tirar conclusões a respeito de uma situação, com algumas estratégias básicas mais universais que podem se aplicar em qualquer situação. As técnicas são muitas dentro da literatura e estão longe de esgotar as possibilidades de cada lugar. Entendendo as estratégias, qualquer pessoa pode avaliar ou criar a técnica apropriada para determinada situação.
As possibilidades de cada lugar são infinitas e é o homem que define o propósito, que dá o impulso. Uma vez dado o impulso, a Natureza equilibra e o homem observa e ajusta suas ações pelo retorno recebido da Natureza. Assim, desenvolve-se uma verdadeira parceria de cooperação entre os dois.
Por este motivo, é imprescindível uma intenção clara para cada projeto.
A Lei da Otimização da Vida
Segundo Bill Mollison, os princípios de um projeto permacultural devem considerar a ecologia, a conservação de energia, o paisagismo e a ciência ambiental. Em resumo:
Localização relativa: cada elemento é posicionado em relação a outro, de forma que auxiliem-se mutuamente;
Cada elemento executa muitas funções;
Cada função importante é apoiada por muitos elementos;
Planejamento eficiente do uso de energia para casa e assentamentos;
Preponderância do uso de recursos biológicos sobre o uso de combustíveis fósseis;
Reciclagem de energias (humana e combustível)
Utilização e aceleração da sucessão natural de plantas, visando o estabelecimento de sítios e solos favoráveis;
Policultura e diversidade de espécies benéficas, objetivando um sistema produtivo e interativo;
Utilização de bordas e padrões naturais para um melhor efeito.Tomar o ecossistema como modelo de:
biodiversidade
densidade
verticalidade
sucessão
funções
relações
fluxos
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O permacultor procura:
Reflorestar o planeta Terra;
Trabalhar com a natureza e não contra ela;
Mudar o mínimo possível no ambiente, para obter o máximo de efeito;
Perceber os dois lados de uma situação: é a maneira como a percebemos que a torna benéfica ou não;
Perceber as muitas formas de funcionamento que os elementos têm num sistema. O único limite está em nossa própria criatividade e conhecimento;
Focar em soluções e não em problemas;
Criar soluções;
Trabalhar onde for mais efetivo;
Cooperar e não competir;
Minimizar a demanda de energia e manutenção de seu sistema, maximizando o ganho;
Trazer a produção de alimentos de volta às cidades;
Auxiliar as pessoas a serem mais auto-confiantes;
Criar sistemas que sejam ecologicamente corretos e economicamente viáveis, que forneçam suas próprias necessidades, não poluam, não destruam, e assim sejam sustentáveis e duráveis.
Como fazer:
Temos exemplos práticos de que é possível fazer permacultura no dia-a-dia, mesmo que não tenhamos um sítio ou um grande quintal para cultivar, nem possamos (ainda) construir nossa própria casa ecológica.
1 – Fique em contato com a natureza
Observe os pássaros, as árvores, rios e ribeirões que passam por sua vizinhança, olhe para o céu e perceba as diferentes fases da lua, acompanhe as mudanças que ocorrem no ambiente a cada estação do ano.
Ainda que você more em um apartamento ou um pequeno barracão, você pode plantar para o seu consumo - ervas medicinais, temperos, especiarias, verduras e legumes e - por que não? - algumas frutíferas.
Para isso, pode usar jardineiras, vasos e caixotes de madeira ou aproveitar garrafas PET ou outras embalagens reutilizáveis. Nem é preciso fazer curso de horticultura. Sempre tem alguém por perto para ajudar com informações.
2 – Gaste seu dinheiro localmente
Antes de correr para garantir a oferta da semana no maior supermercado da cidade ou aproveitar a liquidação daquela grande cadeia de lojas, olhe à sua volta. Provavelmente vai encontrar na vizinhança de sua casa ou de seu trabalho pequenos comerciantes, produtores e artesãos fornecedores de alimentos, produtos de limpeza, roupas etc. Em geral são produtos feitos e embalados de maneira caseira, que não produz impactos ambientais como acontece com a maioria dos produtos industrializados, muitos deles importados. Mais de 90% do dinheiro gasto em produtos comercializados por pessoas da comunidade permanecem na própria comunidade.
3 – Consuma com consciência
Quantas coisas são consumidas desnecessariamente no mundo de hoje? A começar pelas infalíveis sacolinhas de plástico oferecidas em todas as lojas e supermercados, mesmo que seja para carregar volumes pequenos, que cabem facilmente nos bolsos e bolsas. E aqueles bens de consumo “duráveis” (como eletrodomésticos, eletroeletrônicos, automóveis, computadores e outras máquinas) que as pessoas são levadas a trocar a cada ano por um modelo “melhor”? E quando se trata de água, de energia elétrica e de combustíveis?
Quanta água é desperdiçada diariamente em cada casa – principalmente nas cidades?
Enquanto a água da chuva escorre sem aproveitamento, quanta gente tem de andar quilômetros carregando balde na cabeça para buscar água para beber?
Tudo isso gera um impacto ambiental enorme que não é considerado quando se calcula o valor do produto. Imagine o imenso custo para a Natureza se recuperar dos impactos de uma usina hidrelétrica, de um oleoduto, de uma mineração de ferro, bauxita, calcário e outros minerais que são matérias-primas para inúmeros produtos que estão em nossa casa etc.
Mudança de hábitos
Antes de se sentir culpado por suas escolhas, tente adotar práticas simples de consumo sustentável. Aumente o número de vezes que sai de casa a pé ou de bicicleta; adote uma sacola de compras e dispense as sacolinhas de plástico que lhe oferecerem; se tiver de andar de carro, procure oferecer carona; se ainda não faz isso, mantenha fechada a torneira enquanto escova os dentes ou ensaboa os pratos e apague a luz quando não tiver ninguém em um cômodo; quando fizer uma compra, pense duas vezes se o produto realmente vai melhorar sua vida ou se vai apenas satisfazer uma ansiedade momentânea.
Link:
Permacultura - 1
Conceitos
"Resgatar e amar um pedaço da Mãe Terra é muito mais profundo do que simplesmente criar sistemas para manter vivo o nosso corpo físico: é o resgate profundo da relação do homem com a Natureza, de substituir o tempo de relógio - nossa escravidão - por ritmos. Tempo de caju, tempo de manga. O levantar e pôr do sol. A lua minguando e crescendo... E percebemos que, de fato, precisamos de MUITO POUCO para sentir a felicidade; que a integração com a beleza natural é uma fonte de satisfação mais profunda e serena do que grandes conquistas no mundo urbano."
Marsha Hanzi (trecho do livro O Sítio Abundante)
O que é permacultura?
O conceito foi criado pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren, nos anos 70. É uma reunião dos conhecimentos de sociedades tradicionais com técnicas inovadoras, com o objetivo de criar uma "cultura permanente", sustentável, baseada na cooperação entre os homens e a natureza.
Um dos princípios fundamentais da permacultura é o respeito pela sabedoria da natureza, que desenvolveu um sistema perfeito para cada lugar. Do princípio vem a estratégia (observar e copiar a Natureza), da qual surgirão as inúmeras técnicas , que podem ser copiadas de situações similares ou criadas no local, para planejar a sustentabilidade de quintais, sítios, fazendas ou comunidades (novas ou já existentes), como ecovilas, bairros e assentamentos.
No planejamento destas comunidades, além do ambiente físico, é preciso considerar os aspectos: social, econômico, cultural e espiritual como parte imprescindível dos projetos porque, no novo paradigma, reconhece-se que a felicidade não se resume ao materialismo.
A PERMACULTURA busca rejuvenescer amplamente o ecossistema, reproduzir suas cadeias alimentares e níveis tróficos mais naturais, manter e investir em seus clímax florestais, introduzindo parâmetros de maior cultivo e maior integração de espécies com maior valor e aproveitamento econômico, energético e alimentar.
Diante do fato de que culturas não podem sobreviver sem uma base agrícola sustentável e uma ética no uso da terra, a PERMACULTURA lida com plantas, animais, edificações e infra-estruturas como água, energia e comunicações e as relações que podem ser estabelecidas entre estes elementos e os seres humanos, a partir de como eles são dispostos e colocados em determinados terrenos.
Por isso, a PERMACULTURA pode ser classificada como um sistema de desenho para a criação de ambientes humanos sustentáveis, economicamente viáveis e ecologicamente corretos. A idéia é produzir um sistema de apoio à vida para a cidade ou a zona rural, aplicando qualidades inerentes das plantas e animais combinadas com características naturais dos terrenos ou edificações, utilizando a menor área possível.
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Segundo pesquisa, em Araguaína 63 espécies de plantas são usadas para fins medicinais; erva-cidreira é a mais conhecida
Por: Araguaína Notícias
Foto: Divulgação
Erva cidreira é a mais conhecida e mais usada pelos araguainenses.
Ramila Macedo/Fernando Almeida
“Sempre que fico ansiosa ou com insônia, faço um chá. Acalma. Sem falar que é uma delícia,” relata a estudante de Letras Mara de Paula sua experiência aprendida com a mãe e a sogra, sobre uso da erva cidreira para fins medicinais. Assim como ela, muitos araguainenses usam ervas de 63 espécies para tratar problemas básicos de saúde. Esse assunto foi tema de um estudo realizado pelo curso de Biologia da UFT de Araguaína que catalogou as plantas medicinais mais usadas na cidade a fim de caracterizar a medicina popular da região.
A pesquisa intitulada “Plantas medicinais utilizadas pela população de Araguaína - TO”, desenvolvida pela acadêmica Rosely das Chagas Silva sob orientação da Profa. Dra. Claudia Scareli dos Santos do curso de Biologia da Universidade Federal do Tocantins-Araguaína (2012), catalogou 63 plantas usadas para fins terapêuticos pelo araguainense. De acordo com o estudo, o conhecimento sobre plantas medicinais, passado de geração em geração, vem sendo utilizado com maior frequência na medicina tradicional. Uma vez que as pessoas aprovam a eficácia de determinada erva para tratar enfermidades básicas de saúde.
Uso das mais populares
Segundo a pesquisa, as plantas mais conhecidas pelos araguainenses foram: a erva-cidreira (28, 84%), seguida da hortelã (17,70%), o capim-santo (16,92%) e a malva-do-reino (11,15%). Já para fins terapêuticos, as três mais usadas foram: erva cidreira, para o tratamento de febre, cefaleias, gripe, diarreia, calmante e para amenizar cólicas em bebês; em segundo o capim-santo para tratar cefaleia, gripe e como calmante; e em terceiro a malva-do-reino para o tratamento de gripes, inflamações, no controle de tosse e como antiespasmódicas.
O preparo
Quanto às formas de preparo, 71,43% dos entrevistados fazem o chá; 8,93% o suco, 5,36% na forma de garrafada. Também foram citados o xarope e emplasto com 3,57% cada. Porém, a pesquisa ressalta que as substâncias de algumas plantas ainda permanecem desconhecidas, sendo necessário um estudo aprofundado na área.
Pesquisa
A metodologia usada para a coleta de dados foi a pesquisa campo, em que foram entrevistadas 300 pessoas de 10 bairros da cidade − Cimba, Araguaína Sul, Setor Brasil, Neblina, Bairro São João, Tiúba, Patrocínio, Tecnorte, Noroeste e Eldorado, escolhidos aleatoriamente.
Data: 18.12.2013
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Comunidades Quilombolas e biodiversidade no maranhão, por Mayron Régis
Açaí ou Juçara é o fruto bacáceo de cor roxa, que dá em cacho na palmeira conhecida como açaizeiro, cujo nome científico é Euterpe oleacea. Foto: http://frutacai.com.br/
[Territórios Livres do Baixo Parnaíba] As comunidades quilombolas de São Miguel, Rosário, Cariondo, Itapecuru, e Bom Jesus, Matinha, situam-se em regiões geográficas distintas do estado do Maranhão, mas apresentam dificuldades semelhantes, principalmente, com relação a regularização fundiária e acesso aos recursos da biodiversidade. A biodiversidade passou a ser aclamada, reivindicada e declamada como se fosse uma deusa da providência. As pessoas desconhecem que em muitos casos a biodiversidade se encontra debaixo de fogo cerrado da especulação imobiliária, do agronegócio e de grandes obras de infraestrutura. Nesse fogo cerrado, a biodiversidade se afasta das vistas das pessoas que a usam, que a promovem e que dela tiram seu sustento.
A biodiversidade, então, ou vira uma relíquia, para ser apreciada, ou vira um objeto, para ser estudado, ou vira uma lembrança, para ser esquecida. Com relação a comunidade de São Miguel, a biodiversidade se tornou uma lembrança não de bons tempos do passado e sim a lembrança que um dia ela esteve ao alcance das mãos e que pela própria mãos das pessoas da comunidade, perde-se vários aspectos da biodiversidade no seu território. Alguns moradores de São Miguel derrubam o bacuri verde. Outros moradores cortam o bacurizeiro para vendê-lo as serrarias. Roçar e queimar os brejos em São Miguel ainda é uma prática comum o que afeta a preservação dos recursos hídricos e a produção de juçara e de buriti.
Antes de culpar os agricultores familiares em São Miguel, deve-se entender como a falta de assistência técnica e de capacitação em temáticas socioambientais interage com a urgência desses agricultores em obter rendimentos para sua sobrevivência. O seu Manoel comenta o dia em que pediu a visita de técnicos do município de Rosário para que eles opinassem a respeito de uma praga que atacava o seu plantio de melancia. Os técnicos não se deslocaram e ele se virou com a borrifação de agrotóxico que resultou em perda e prejuízo para ele e para a comunidade.
Quanto mais a comunidade se afasta da biodiversidade, mais ela se afasta do interior do seu território e do seu histórico. As mulheres de Cariondo cultivam, em seus quintais, ervas medicinais e verduras. Quando se pergunta sobre o babaçu, elas respondem que não quebram mais porque cansa muito e que o babaçual próximo a comunidade não se torna adulto em razão da retirada de palha para que algumas pessoas a vendam.
Ao ouvir as mulheres de Cariondo sobre o babaçual, a pessoa fica com aquela impressão que não existe mais biodiversidade na comunidade. Se a biodiversidade abandonou Cariondo como as mulheres expuseram qual é o diferencial da comunidade? As pessoas se conformaram com os condicionamentos impostos pelas fazendas ao redor, que tomaram seu território, e conformaram-se com a modernidade que oferece vários produtos para o consumo. O óleo de soja pode ser ruim, mas vem embalado, pronto para ser despejado na frigideira. Para obter o azeite de babaçu tem que quebrar o coco. Na cabeça das mulheres reside a lembrança que o coco não tinha valor monetário. E pelo visto ainda não tem.
E qual é a importância de quebrar coco? As experiências do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco babaçu por todo o Maranhão quebraram muitos preconceitos ao desenvolverem projetos que utilizam o babaçu para fins de indústria de cosméticos e para fins de segurança alimentar. Quanto a existência ou não de biodiversidade em Cariondo, as mulheres se recordaram de babaçuais que estão dentro do território e que por não terem uso acabaram sendo esquecidas.
O acesso aos recursos da biodiversidade em Matinha sofreu um revés com o veto do prefeito Beto Pixuta ao projeto Babaçu Livre apresentado pelas comunidades quilombolas e aprovado pela câmara de vereadores. Dona Rosário, dirigente do MIQCB e liderança da comunidade Bom Jesus, cobrou explicações ao prefeito que justificou o seu veto dizendo que não queria criar inimizade nem com os fazendeiros e nem com as quebradeiras. A alegação oficial do prefeito foi que não houve audiência publica.
A resposta de Dona Rosário foi “então marque Beto a audiência se for o caso”. A área de Bom Jesus, comunidade de Dona Rosário, estende-se por mais de quinze mil hectares, contudo as famílias são impedidas por cercas de catar o coco babaçu, o buriti e o bacuri na floresta e de pescar nos campos.
O mais recente conflito se verificou com um proprietário que cercou uma área de babaçual em frente a comunidade, queimou dentro e botou gado. Só não cercou a igreja porque a comunidade impediu.
* Mayron Régis, Colaborador do EcoDebate, é Jornalista e Assessor do Fórum Carajás e atua no Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Fórum Carajás, SMDH, CCN e FDBPM).
** Crônica enviada pelo Autor e originalmente publicada no blogue Territórios Livres do Baixo Parnaíba.
EcoDebate, 20/12/2013
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Marajó – mundo de águas, açaizais e escravidão, por Rogério Almeida
Afuá. Foto: SkyscraperCity
[FURO] Faz um tempo o açaí tornou-se uma coqueluche mundial. É consumido em academias e restaurantes de luxo das principais capitais do país. A alta culinária o agenda em diferentes pratos e sobremesas. Para tanto, passou por um processo de ressignificação: antes fonte de proteína de pobres e esfarrapados; para produto de consumo de marombados, e ditos sofisticados.
Os surfistas da Califórnia o descobriram. Há uns 10 anos a empresa japonesa K.K. Eyela Corporation o patenteou, onde os produtores nativos eram obrigados a pagar à empresa pela venda de produtos como bombons e licores. Situação já equacionada.
Uma grande empresa de cosméticos fatura com uma coleção produzida a partir da palmeira amazônica, e contabiliza dividendos como social e ambientalmente responsável, graças à “mágica” publicitária. No pico da safra empresas europeias e estadunidenses buscam o fruto direto nas cidades produtoras.
No cenário nacional e mundial o Pará é o maior produtor do fruto. Em 2012 o estado exportou 6 mil toneladas, o equivalente a R$ 17,3 milhões. O estado responde por algo em torno de 80% a 90% da produção nacional do açaí, seguido por Amazonas e Maranhão, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade de Igarapé-Miri é a principal produtora, exportando 360 toneladas/dia. O estado tem perto de 150 agroindústrias.
Quem consome a iguaria e seus subprodutos não imagina que em alguns locais de extração da fruta ou do palmito ainda ocorre situação de super exploração da população ribeirinha, extrativa e quilombola. Algo similar a trabalho escravo. Em alguns lugares o cotidiano é marcado pela coerção pública e privada, ameaça de despejo e morte.
No município de Afuá, situado no arquipélago do Marajó, localizado no delta do rio Amazonas, a situação ainda ocorre.
As terras do arquipélago foram de sesmarias, talvez esse aspecto histórico ajude a explicar que em algumas ilhas na cidade de Afuá, e outras que integram a região, ainda se mantenha a situação de aviamento e a presença de “patrão”, uma espécie de coronel.
Afuá – nasceu sobre palafitas no fim do século XIX. É uma típica cidade ribeirinha, marcada pela várzea e igapós. Cajuuna, Afuá e Marojozinho são os principais rios, e integram o estuário amazônico. Fica próxima ao município de Santana, Amapá, estado com que mantém uma relação mais próxima, em detrimento do Pará.
A cidade portuária que escoa minério de ferro, manganês e celulose, serve como ponto de referência para viajantes de outras cidades paraenses da região do Marajó.
Afuá abriga o Parque Estadual Charapucu, a unidade de conservação mede 65 mil hectares. 36.598 é a população estimada, conforme o censo do IBGE de 2010.
Marajó compreende o território mais empobrecido do Pará. A região é dona do pior índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2013 no Brasil. Melgaço é a cidade top. No ranking dos piores municípios do IDH do Brasil, a cidade de Afuá encontra-se entre os 30, ocupando o lugar 22.
No Furo dos Pardos, dona Maria José Carvalho foi flagrada escravizando 19 pessoas no processo de extração do palmito. O nome de Carvalho consta da Lista de Trabalho Escravo produzida pelo Ministério do Trabalho. Segundo Datasus, 3.534 famílias são beneficiadas com o Programa Bolsa Família.
Em 2012 a cidade produziu 5.280 toneladas de açaí e 116 toneladas de palmito, informa o Censo de Extração Vegetal do IBGE.
Marajó – entre ilhas, “patrões” e “fregueses” – Em diferentes ciclos e produtos do extrativismo na Amazônia (látex, castanha, açaí, etc) dos séculos passados a prática do aviamento se fez presente. Assim como da super exploração da mão de obra. O controle da terra de forma legal ou não é um componente que cristaliza a pessoa ou o tronco familiar sobre o domínio do território e os recursos existentes. Constitui-se como uma estratégia de reprodução econômica, social e política.
Assim a família Castro desponta no cenário do município de Cachoeira do Arari, e mantém uma situação de litígio com remanescentes quilombolas no rio Gurupá.
O derradeiro capítulo foi o assassinato em agosto deste ano na cidade de Belém, às vésperas de um encontro estadual, da liderança Teodoro Lalor. O crime foi considerado pelo setor de segurança pública como passional. Liberato é o patriarca da família Castro. A filha, Consuelo, é prefeita na cidade vizinha, Ponta de Pedras.
Já na ilha Carás – localizada no município de Afuá, as famílias que tensionam com os ribeirinhos pelo controle de açaizais são o casal Arlete Abdon Teixeira Moreira e o carioca Jorge Teixeira Moreira, – este coronel da reserva da PM no estado do Amapá -, a família Carvalho, a família Góes e a família Bastos.
Documentos de defensores dos direitos humanos do Amapá, que atendem algumas cidades do Pará explicam que os que escravizam, aqui, são chamados de “patrões”: são os que, ilegal e violentamente, grilaram grandes quantidades de terras, ilhas inteiras, sem que a União tome uma providência. É o caso da ilha de Carás.
Já os escravos são chamados “fregueses”: são famílias que os patrões põem nas “colocações” para tomar conta da terra. Eles extraem madeira, açaí, palmito e látex de borracha, sendo obrigados a vender aos patrões, pelo preço que o patrão quer, e existem ocasiões em que não paga nada.
Nos barracões do “patrão” o “freguês” é obrigado a trabalhar de meia. Conceder parte do que produz para o “dono” da terra, ou vender a produção a preço inferior ao de mercado. Os barracões e as terras são cuidados por capangas. Cobra D´água, apelido do Adilson, irmão de Arlete Moreira, tem notoriedade entre os moradores de rios e furos na ilha de Carás. A ele cabe a coerção privada, acusam moradores, que sofreram até ameaça de tomada de documentos.
Num lugar sem energia elétrica, sem posto de saúde, sem saneamento básico, com escolas precárias o “patrão” assume o papel de senhor da vida e da morte dos moradores desprovidos de “letras”, com famílias extensas, que tendem a pressionar ainda mais sobre os recursos naturais.
Litigio – A terra ocupada pela família Moreira é tida como grilada pelos setores alinhados aos ribeirinhos. A família tem acusado moradores de invasão e ameaça de morte. Eles foram notificados pela Secretaria de Justiça do Estado do Pará. Alguns chegaram a ser presos. Outros “avisados” que não podem produzir roçados, coletar açaí ou palmito fora do perímetro determinado pelo “patrão”.
Arlete e o coronel Moreira alegam que são donos de parte da ilha, que a matriarca Adélia tem negócios no local há anos, e que há uma década um cartório registrou a posse da terra em nome da família. Especialistas em questões fundiária na Amazônia informam que a prática de busca reconhecimento de terras em cartório é uma ferramenta típica do contexto rural amazônico.
Na ilha é comum um casal ter uma média de sete a 10 filhos. As famílias que vão sendo formadas são impedidas de construção de novas casas no local. E onde o estado não chega soa esdrúxulo a presença de um oficial de justiça e PM´s para notificar um ribeirinho, como já registrado no Furo dos Porcos e outros locais da ilha.
Ilha – Terra da União – Desde o Decreto-Lei nº 9760, de 1946 as ilhas consagradas como territórios sob a responsabilidade da União. Na Constituição de 1988, em seu artigo 20, inciso IV ratifica o decreto da década de 1940.
* Rogério Almeida é professor da Universidade da Amazônia (UNAMA), Belém-PA e publica o blogue FURO
** Artigo enviado pelo Autor ao EcoDebate, 20/12/2013
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O Pico do Petróleo e o aumento do Preço dos Alimentos, artigo de José Eustáquio Diniz Alves
“A eficiência energética do petróleo é, até hoje, inigualável: três colheres contêm o
equivalente à energia média de oito horas de trabalho humano. O crescimento
demográfico e econômico do século 20 teria sido impossível sem esse
escravo barato” (Ricardo Abramovay, 11/06/2011)
[EcoDebate] Existe uma alta correlação entre o preço do petróleo e o preço da comida. Quando o preço da energia sobe, em geral, aumenta também o preço dos alimentos.
Ao longo do século XX o preço dos combustíveis fósseis caiu e puxou para baixo o preço médio da comida. Houve alguns momentos de inflação da energia e dos alimentos, como na década de 1970 (devido a guerra do Yom Kippur) e início dos anos de 1980 devido à guerra Irã-Iraque. Mas no final da década de 1990 os preços das commodities fósseis estavam em seus níveis mais baixos do século.
Tudo mudou desde a virada do milênio. Os preços do petróleo subiram e puxaram para cima o preço dos alimentos. O ano de 2008 foi de aumento generalizado dos combustíveis fósseis e da comida. A crise econômica de 2009 jogaram os preços para baixo. A retomada de 2010 e 2011 voltou a jogar os preços para cima.
Neste segundo semestre de 2013 o preço do barril de petróleo (WTI) tem permanecido em torno de US$ 100,00 (quando era cerca de US$ 20,00 em 2000) e o índice de preço dos alimentos da FAO está acima de 210 pontos em setembro de 2013 (quando era 100 pontos na média de 2002-2004).
A proximidade do “pico do petróleo”, seja pelo lado da produção, da demanda ou da erosão da EROEI http://www.ecodebate.com.br/dx2 , juntamente com o agravamento das condições ambientais tende a jogar o preço da energia e da comida para patamares mais elevados. Os preços tendem a se manter (ou até cair) somente se houver um crise econômica com diminuição do PIB e aumento do desemprego.
O pico do petróleo permanece como uma ameaça à continuidade do atual modelo marrom de desenvolvimento. Desta forma, os cenários não são reconfortantes, pois se a economia crescer e o desemprego diminuir haverá aumento do preço da energia e dos alimentos; e se estes preços cairem é porque o desemprego aumentou.
Em ambos os cenários pode-se esperar um crescimento das manifestações populares e o surgimento dos indignados com a atual ordem vigente, que estão reconfigurando o mapa político do mundo.
Como indicado pelo colunista da Folha de São Paulo, Hélio Schwartsman, o Relatório do NECSI (New England Complex Systems Institute) publicado em 2011, mostra que há uma correlação importante entre o aumento do preço dos alimentos, calculados pela FAO (agência da ONU para a agricultura) e a ocorrência de protestos em todo o mundo. Sempre que o índice da FAO sobe, ocorrem mais manifestações.
Subindo o preço do petróleo, em geral, sobe também o preço dos alimentos. Como mostram os pesquisadores do NECSI, pode-se esperar novas agitações sociais em escala global a partir do agravamento dos problemas da segurança alimentar e dos problemas gerados pelos eventos climáticos extremos.
Referências:
FMI, WEO. Cap. 3. Setembro de 2011 – http://www.imf.org/external/index.htm
NECSI – New England Complex Systems Institute: http://necsi.edu/
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
EcoDebate, 20/12/2013
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Explicando o conhecimento livre em imagens
Nota: Este post foi inspirado por esse post de Nina Paley e as imagens foram originalmente publicadas no mesmo post. Para quem não conhece, Nina Paley é uma artista plástica contra o direito autoral e suas obras são licenciadas sob CC-BY ou domínio público.
Propaganda: se você está procurando um presente de natal para alguém, considere esse livroda Nina Paley. É um dos poucos livros não técnicos sob CC-SA que conheço.
Quando falamos de conhecimento livre estamos nos referindo aquele que, dentre outras coisas, podemos repassar aos nossos amigos e cuja única condição aceitável seja citar o autor original. A transmissão do conhecimento livre é maravilhosamente ilustrada na animação abaixo.
Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde a maior parte do conhecimento não é livre, seja por questões financeiras ou pela lei de direitos autorais cuja desobediência pode levar a multas e até prisões. Independente do motivo pelo qual o conhecimento não circula, indivíduos ficam tristes (ver image abaixo).
Se você também está infeliz com a realidade atual, retire um dos itens da sua lista de resoluções de ano novo participando do próximo encontro mensal da OKF-BR (maiores informações aqui).
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Etapas envolvidas no processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos
Extraído revista Química Nova, sobre etapas de estudos in vitro e estudos in vivo nas fases pré-clínica e clínica (clicar na imagem para ver em tamanho maior).
Sendo, SAR, relações entre a estrutura e atividade; QSAR, relações quantitativas entre a estrutura e atividade; ADME/Tox, propriedades farmacocinéticas/toxicidade: Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção
Data: 11.12.2013
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Extrato de ipê amarelo promete combater mordida de cobras
Uma substância extraída de uma árvore muito comum em países sul-americanos se mostrou eficaz para, em experimentos realizados por pesquisadores brasileiros em animais para tratar as lesões provocadas pelo veneno de cobras.
O produto foi extraído da casca do ipê (Tabebuia aurea), uma árvore de até 15 metros de altura que, com suas vistosas flores, tinge de amarelo as paisagens do sudeste e centro-oeste brasileiro, do Pantanal e de algumas regiões da Bolívia, Guiana, norte da Argentina, Peru e Paraguai, onde é conhecida como Tajy ou Lapacho amarelo.
Experimentada em laboratório e em ratos, a substância se mostrou muito eficaz para reduzir a inflamação provocada pela mordida das cobras, conter a hemorragia, minimizar o edema e diminuir a atividade tóxica do veneno.
“Conseguimos identificar e isolar a substância responsável por esses efeitos e já a patenteamos”, disse à Agência Efe a farmacêutica Mônica Qadri, pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e coordenadora do projeto.
De acordo com Mônica, um possível medicamento desenvolvido a partir do extrato do ipê amarelo não substituirá o soro usado para tratar as picadas de cobra, mas como um complemento a este tratamento “para diminuir as lesões, traumas e sintomas” provocados pelo veneno.
Integrante da rede de pesquisa Inovatoxin (Inovação com Peçonhas de Animais da Biodiversidade do Centro-Oeste do Brasil), Mônica conta que escolheu o ipê amarelo para sua pesquisa devido à tradição de habitantes do Pantanal, que já atribuíam à árvore propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes em casos de ataques de cobras.
As propriedades medicinais do ipê amarelo são tão conhecidas que a árvore é conhecida em algumas regiões do Brasil e Paraguai como “Paratudo”.
“Decidimos investigar as atividades anti-ofídicas da Tabebuia aurea em ratos. Injetamos o veneno com a intenção de obter novos inibidores da ação do veneno que possam complementar a soroterapia e reverter as lesões locais causadas pelo envenenamento”, disse.
A substância, um extrato da casca tratado com álcool etílico, foi experimentada como antídoto para o veneno de três espécies de cobras do gênero Bothrops, responsável pela maioria das mortes provocadas por mordidas de serpentes em todo o continente americano.
As espécies escolhidas foram a Bothrops moojeni, a Bothrops neuwiedi e a Bothrops jararaca, conhecidas popularmente como jacuruçu, boca-de-sapo e jararaca-da-mata.
Segundo o Ministério da Saúde, 88% dos acidentes ofídicos no Brasil são provocados pelas Bothrops, que causa danos sistêmicos, inflamação e necrose de tecidos, até o ponto de algumas vítimas precisarem ser amputadas.
Nos experimentos se constatou que o produto reduziu o número de células inflamadas no local da mordida e conteve a hemorragia provocada pelos venenos das três serpentes.
No caso da Bothrops moojeni, a substância também minimizou o edema local e a atividade tóxica do veneno. “Os resultados foram muito promissores. O extrato diminuiu a lesão no músculo e a reação inflamatória”, afirmou Qadri.
Os pesquisadores já conseguiram isolar a substância considerada responsável por esse efeito e agora, em uma nova série de experimentos, querem conferir diretamente suas propriedades.
“Já conhecemos a estrutura química do composto e as enzimas responsáveis pelos efeitos locais. Consideramos que, com a substância isolada, sua ação pode ser mais eficaz e vamos prová-la. Também realizaremos estudos de segurança para determinar até que grau a substância pode se tornar tóxica”, acrescentou.
Outros passos são a associação com indústrias farmacêuticas, universidades e centros científicos para continuar com a pesquisa, realizar testes clínicos (em humanos), desenvolver o produto específico e patenteá-lo. (Fonte: Terra)
Data: 11.12.2013
Pesquisa aplica bromelina em curativo à base de água
11.12.2013
A espinhosa casca do abacaxi, sempre descartada por quem consome a fruta, foi usada para extração de uma enzima que ajuda na melhor recuperação de queimaduras, a bromelina. Em uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, ela foi extraída e aplicada ao hidrogel, uma espécie de curativo feito de água. “Quando você tem uma queimadura, onde tem tecido viável e tecido morto, a bromelina atua no tecido morto removendo-o e deixando o tecido vivo intacto”, explica a farmacêutica Letícia Celia de Lencastre Novaes, autora do estudo.
A propriedade relacionada às queimaduras é chamada de debridamento. Nas feridas onde há tecido morto junto à pele que ainda está viva, este primeiro pode promover uma espécie de apodrecimento das áreas viáveis. A remoção pode ser feita de diversas formas, como a cirúrgica, mas “a bromelina é uma alternativa segura, já que ela não causa nenhum dano ao tecido viável, remove estas impurezas e auxilia na cura da queimadura”, conta Letícia. Apenas encontrada na família do abacaxi, a bromelina também tem ação antiinflamatória e pode diminuir as metástases de células de tumores.
Para a extração da enzima, a farmacêutica usou cascas do abacaxi que iriam para o lixo, de uma indústria que produz polpa. “É um meio de a gente pegar o lixo e transformar em um produto que, no nosso caso, tem ação inclusive medicamentosa”, explica ela. Depois de bater as cascas no liquidificador e separar as fibras, ela misturou o suco restante com dois polímeros imiscíveis entre si, o polietileno glicol e o e ácido poliacrílico. O repouso de cerca de duas horas faz com que duas fases se diferenciem, sendo uma delas rica em bromelina. Este processo de extração se chama sistema de duas fases aquosas.
O hidrogel
A bromelina, aplicada a um polímero cria o hidrogel
Letícia desenvolveu um modo de a enzima ser aplicada ao hidrogel polimérico e este liberar a substância no ferimento. O hidrogel se aproxima de um curativo ideal, pois este deixa a ferida úmida, para criar um ambiente propício para a recuperação do tecido, mas não tão úmida a ponto de ocorrer o crescimento de patógenos. Para isto, ela viajou à Universität Regensburg, na Alemanha, em um doutorado-sanduíche. Financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), esta modalidade de estudo ocorre quando um pesquisador vai a outro país para aprimorar os estudos lá. A instituição foi escolhida por ter um grupo de estudos dedicado à produção do hidrogel.
A enzima extraída no Brasil foi enviada à farmacêutica para que lá ela pudesse concluir os estudos de aplicação da bromelina ao hidrogel. Os pesquisadores de seu laboratório no Brasil, então, fizeram com que a solução líquida se tornasse pó, através de um processo chamado liofilização.
A pesquisa Extração de bromelina dos resíduos de abacaxi (Ananas comosus) por sistemas de duas fases aquosas e sua aplicação em hidrogel polimérico foi concluída em novembro deste ano. Os orientadores foram Adalberto Pessoa Júnior, do Laboratório de Enzimologia Industrial da FCF e Priscila Gava Mazzola, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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Brasil é grande exportador de “água virtual”
Da Redação - agenusp@usp.br
Publicado em 19/dezembro/2013
Assessoria de imprensa Cena/USP
As commodities agrícolas estão entre os principais itens de exportação do Brasil. A produção é tão elevada que se estima, atualmente, que a agricultura responde por mais de um quarto do PIB nacional. Porém, há um novo elemento, de abudante quantidade no País, que vem sendo muito bem cotado no mercado internacional e a China, um dos maiores clientes de nossas riquezas, já desponta como um dos grandes mercados para este antigo, porém valioso produto. A água!
O Brasil é hoje um dos maiores exportadores globais de “água virtual”, conceito criado para explicar a quantidade de água empregada para produzir um produto em um determinado local, porém destinado para outra localidade, criando assim um fluxo virtual entre os países.
Quando um produto é comercializado entre países, a água usada também foi exportada
“A China adotou uma política de aumentar as importações de culturas de elevado uso de água, como a soja, o que reduz a demanda de água na Ásia, mas aumenta a dependência de quem produz mercadorias que necessitam de irrigação no Mato Grosso”, explica Maria Victoria Ramos Ballester, professora do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.
Para países situados em regiões que sofrem com escassez hídrica, o comercio de água virtual é atraente e benéfico. “Por meio da importação de mercadorias que consomem muita água durante seu processo produtivo, nações, estados e municípios podem aliviar as pressões que sofrem sobre suas próprias fontes”, esclarece a professora. “Quando um produto, seja ele qual for, é comercializado entre países, estados ou municípios, entende-se que a água utilizada em seu processo fabril também foi exportada”, completa.
Ponto chave
Apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no âmbito das pesquisas de colaboração internacional promovidas pelo Belmont Forum, conselho de agências de fomento à pesquisa de vários países do mundo, a equipe de trabalho atuará em uma das fronteiras agrícolas de mais rápida expansão e intensificação do mundo, a bacia hidrográfica do Alto Xingu, localizada ao sul da Amazônia brasileira.
“A região do Alto Xingu é globalmente conectada por meio de exportações agrícolas e, portanto, é um ponto chave na rede mundial de comércio de água virtual”, afirma Vicky Ballester, pesquisadora do projeto e membro do Programa Fapesp de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais.
Ao longo das últimas quatro décadas, o Alto Xingu sofreu um processo de desmatamento em larga escala, impulsionado principalmente pela intensificação da criação de gado e lavouras. Nos últimos vinte anos, a crescente demanda mundial por carne tem alimentado a expansão das áreas de cultivo na região, especialmente a soja para a alimentação animal. “As exportações de soja aumentaram e deslocaram-se da Europa, que era o principal mercado de destino em 2000, para a China, que hoje se tornou o maior importador de soja de Mato Grosso”.
As tendências de crescimento populacional na Ásia indicam que esse comércio de água virtual se tornará ainda mais estratégico para a segurança hídrica dos países da região, principalmente a China. Os pesquisadores do projeto do Cena propõem avaliar o consumo de água da cultura de soja e sua eficiência, já que os recursos hídricos subterrâneos no Alto Xingu estão entre os menos explorados do planeta, o que sugere que a futura intensificação da agricultura pode recorrer a essa região para explorar ainda mais seus recursos para irrigação.
“Enquanto a água virtual, relacionada com as exportações de soja do Mato Grosso, está ajudando a subsidiar a segurança alimentar e hídrica na China, existem inúmeras demandas conflitantes de água dentro da bacia do Alto Xingu”, conclui a professora.
Foto: Wikimedia
Mais informações: (19) 3302-0100
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Aleitamento materno - um ato de amor - Alimentação e amamentação
Dicas de alimentos para quem está amamentando:
Frutas que estimulam a Lactação
Amoras, Morangos, Laranja-lima, Lima-da-pérsia, Graviola, Pinha, Fruta-do-conde, Mamão, Uva, Jaca e Melão.
Líquidos
Beba muita água pura; chá de hortelã, erva-doce ou cidreira, adoçado com mel.
Frutas, Cereais Integrais, Amendoim, Castanha-do-Pará, Avelã, Noz, Leite de Soja, Levêdo de Cerveja, trarão bom sangue à mãe e bom alimento ao filho.
Nos primeiros meses de vida do bebê, é útil às mães: o Banho é essencial, exercícios de respiração e caminhadas ao ar livre.
SUBSTITUA: alimentos ácidos (abacaxi, etc). Esses geralmente tornam o leite ácido, fazendo com que o bebê sofra cólicas.
EVITE: condimentos, alimentos industrializados (lingüiça, salsicha, sardinha) e frituras.
ABANDONE: completamente o uso de bebidas alcoólicas e fumo, pois essas substâncias serão transmitidas ao bebê através do aleitamento e prejudicarão seriamente sua saúde.
Receitas:
Chá Estimulante
Ingredientes:
1 colher (sopa) de funcho
1 colher (sopa) de tília
1 colher (sopa) de poejo
3 xícaras água fervendo
Modo Preparo:
Numa vasilha de louça, despeje a água fervendo nas ervas, tampe e deixe até ficar morno.
Tome antes de cada refeição.
Suco Estimulante
Ingredientes:
3 folhas de couve
2 colheres (sopa) de agrião (aproximadamente 3 a 4 raminhos)
2 cenouras
Modo Preparo:
Passe pela centrífuga (caso você não possua centrífuga opte por bater no liquidificador com pouca água).
Beba pela manhã (de preferência em jejum) e ao se deitar.
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Fitas de chuchu
Do site:
✎ Ingredientes:
chuchus – 3
água – 1 ½ litro
vinagre de maçã – ½ xícara de chá
sal – 1 colher de sopa rasa
✎ Preparo:
Escolha chuchus bem verdinhos, tenros. Descasque, corte ao comprido, retire a semente e corte em fatias bem fininhas usando um cortador. Reserve.
Coloque a água, o vinagre e o sal numa panela e aguarde a fervura.
Quando abrir fervura junte o chuchu fatiado e mexa para acomodar na panela.
Observe o cozimento e assim que o chuchu comece a mudar a cor para um tom amarelado retire do fogo, escorra a água quente e dê um choque térmico com água gelada.
Deixe escorrer numa peneira, pressionando para drenar bem.
Utilize numa salada com tomates fatiados, tomates cereja, sirva só ou combine com outros ingredientes a seu gosto.
☀ Dica:
Também resulta muito bem cortar as fatias com faca, um pouquinho mais grossas.
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Flora da Amazônia tem 87 espécies ameaçadas de extinção, por Elaíze Farias
Castanheira (Lecythidaceae_Bertholletia_excelsa), está na lista de ameaçadas. Foto: Rogerio Gribel/ CNC-Flora
Elaíze Farias – Amazônia Real
Um estudo divulgado no início deste mês pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro colocou 87 exemplares da flora da Amazônia Legal na lista de espécies ameaçadas de extinção. Treze destas espécies foram classificadas como Criticamente em Perigo (CR). Outras 36 foram consideradas Em Perigo e 37 foram incluídas na categoria Vulnerável. No total, foram avaliadas 150 espécies da região.
A equipe do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNC/Flora), vinculado ao Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, disse ao portal Amazônia Real que a maior ameaça para as plantas da Amazônia é o desmatamento e a perda de seu habitat.
Segundo a publicação, intitulada Livro Vermelho da Flora do Brasil, as estimativas de extinção de espécies de plantas na Amazônia vão de 5% a 9% até o ano de 2050. A redução de habitat dessas espécies vão de 12% a 24% e 33% até o ano de 2030.
Segundo os pesquisadores, o fogo, a coleta e a extração de espécies (ornamentais, medicinais e de madeira) são ameaças que também devem ser consideradas como de alto impacto, mesmo em áreas protegidas, como é o caso das unidades de conservação. Outra preocupação é a falta de fiscalização das áreas.
Mogno (Meliaceae_Swietenia_macrophylla), é uma outra espécie da lista. (Foto: Lucas Moraes/CNC-Flora)
O fato de a Amazônia, aparentemente, estar em situação melhor que outros biomas do país (como é o caso da Mata Atlântica e o Cerrado) pode ser explicado pela grande quantidade de áreas protegidas (38% de seu território) e pelas várias regiões de difícil acesso. Outra explicação pode ser a pouca quantidade de espécies analisadas pelos pesquisadores do CNC/Flora devido às lacunas de informação – a instituição admite que analisou uma quantidade pequena de espécies. Isso significa que o número de espécies ameaçadas na Amazônia pode ser maior.
“Uma das maiores dificuldades em avaliar as espécies amazônicas é a falta de dados. Por ser um bioma muito grande e diverso e com baixo esforço de coleta e pesquisa em geral, em muitos casos foi bastante difícil para os avaliadores fazerem estimativas e inferências sobre o real estado de conservação das espécies”, explicou a equipe do CNC/Flora, em resposta ao portal por email ao portal.
Espécies ameaçadas
O Livro Vermelho da Flora do Brasil apresenta a avaliação científica de 4.617 espécies da flora brasileira.
A Mata Atlântica e o Cerrado são os biomas com a maior quantidade de espécies em risco de desaparecer da biodiversidade, num total de 2.118 plantas da flora brasileira.
A publicação teve a colaboração de cerca de 200 especialistas brasileiros e estrangeiros. O estudo pretende contribuirão para a atualização da “Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção”, que está a cargo do Ministério do Meio Ambiente.
Para a classificação do nível de ameaça, a equipe do CNC/Flora utilizou o sistema da “Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza” (UICN) – considerado método mais rigoroso que os anteriormente usados no país.
As 2.118 espécies classificadas como ameaçadas se encontram nas categorias Vulnerável (VU), Em Perigo (EN), e Criticamente em Perigo (CR). As restantes entraram nas categorias Menos Preocupante (LC), Deficiente de Dados (DD) e Quase Ameaçada (NT).
O grupo das Pteridófitas (que inclui samambaias, avencas e xaxins, por exemplo) é o mais ameaçado, enquanto o das Briófitas (musgos, entre outros) é proporcionalmente o menos ameaçado. O estudo apontou ainda que a família das bromélias (Bromeliaceae) apresenta o maior número de espécies consideradas “Criticamente em perigo” (CR), seguida das famílias Orchidaceae (orquídeas) e Asteraceae (de que fazem parte, por exemplo, girassóis e margaridas).
A família Asteraceae abriga a maior quantidade de espécies consideradas “Em perigo” (EN), seguida de Bromeliaceae e Orchidaceae. Esta última é também a família com o maior número de espécies consideradas “Vulneráveis” (VU), seguida de Asteraceae e Fabaceae (plantas que dão vagens). Em números absolutos, o gênero Begonia (Begoniaceae) é o que tem mais espécies ameaçadas, no total de 36. Em segundo lugar vem o gênero de bromélias Vriesea, com 35, e o gênero Xyris (Xyridaceae), com 27 espécies ameaçadas.
Número de espécies (150 no total) avaliadas por Estado que fazem parte do bioma Amazônia:
Pará – 43
Amazonas – 35
Mato Grosso – 22
Maranhão – 20
Acre – 17
Amapá – 9
Roraima – 8
Tocantins – 6
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Sociedade - Programa de Agricultura Urbana
Por André Luciano Heerdt
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Você sabia que na cidade de Rosário na Argentina (nosso vizinho), emergiu um Programa bem interessante chamado: - Programa de Agricultura Urbana (UPA)?
O projeto emergiu da crise econômica ocorrida no país em dezembro de 2001, quando os níveis de pobreza chegaram a 60%. Então surgiu a iniciativa como uma resposta a esta realidade por meio de uma proposta de produção!
O fomento ao plantio de frutas, legumes e verduras em hortas comunitárias na periferia da cidade de Rosário, em terrenos abandonados ou da prefeitura, promovendo assim, uma fonte alternativa de renda para a parcela mais pobre da população.
Entenda mais.
Este Programa foi criado para ensinar técnicas de plantio e de formação de cooperativas com pequenas hortas nas regiões mais pobres da cidade, geridas pelos próprios moradores. O apoio do governo foi fundamental também para auxiliar na criação de uma rede de compradores, tanto em “feiras livres, quanto em supermercados”. A visibilidade do projeto facilitou a regularização de terrenos abandonados como locais para as hortas e a criação de um mercado consumidor destes produtos locais.
Operação:
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Logo no início já foram treinadas cerca de 1.200 pessoas, a maior parte desempregados, pertencentes a organizações sociais e grupos comunitários em diferentes bairros da cidade. Com uma área de 2 mil m2. Entre treinamento, produção e técnicas agroecológicas.
Eixos do Curso:
- Hortas comunitárias produtivas e orgânicas;
- Produção, Gestão e Uso Sustentável de Plantas Medicinais e Aromáticas;
- Reciclagem de resíduos sólidos e compostagem.
Foram agregados ao currículo os seguintes temas:
- Economia Solidária;
- Cooperativas e organização comunitária;
- Consumo ético, justo e responsável;
- Construção e fortalecimento de redes.
Objetivos
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Promover um processo de construção de desenvolvimento endógeno, baseado na participação e apoio às formas de produção, transformação, comercialização e consumo de alimentos saudáveis. O projeto busca a integração social das famílias vulneráveis na cidade de Rosário. Ou seja: - alimentos saudáveis nas escolas, para a melhoria dos níveis de memorização e qualidade de vida para nossas crianças. Além disso, comprando na feira, há a certeza de que esses produtos desenvolvidos na Agricultura Urbana são produtos limpos, totalmente isentos de agrotóxicos.
Entre os dias 2 e 6 de outubro de 2013 foi comemorada pelo 9° ano consecutivo a Semana da Agricultura urbana com inúmeras atividades para os agricultores, alunos e público em geral em torno da temática. Hoje são: 640 hortas para o consumo familiar e comunitário,140 hortas que comercializam em feiras e 5 feiras semanais em locais públicos. Geração de emprego, melhoria da condição e posição das mulheres na comunidade.
Instituições envolvidas
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• Centro de Estudios de Producciones Agroecológicas
• Secretaría de Promoción Social, Municipalidad de Rosario
• Ñanderoga, crianças com desvantagens sociais
• Programa Pro-Huerta del Instituto Nacional de Tecnología Agropercuaria Regional Santa Fe
Em São Paulo a gente possui algo semelhante que é as Hortas Urbanas. Com esse projeto pretende-se acompanhar em quais bairros da cidade de São Paulo já existem hortas comunitárias. Adicionalmente, serão mapeadas UBS e Escolas municipais que tem hortas e espaços de compostagem para a comunidade. Vale a pena ouvir o áudio do final das fontes abaixo. Hortelões Urbanos, desenvolvidos por ciclistas, sim você entendeu bem: - Hortas dos Ciclistas!
Fontes
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