sexta-feira, 15 de abril de 2016

Could you live off the road? (www.castironradiators4u.co.uk)

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No Cleaning Products, No Problem (www.therugseller.co.uk)

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No Cleaning Products, No Problem by The Rug Seller

Xo Xuá - Hélio Ziskind

Odioso do Egito - Zeca Baleiro

Saiba mais sobre a Influenza

Saúde nos espaços públicos

Tribuna livre: em defesa da democracia e dos direitos sociais - parte 1

Agricultura Familiar, una forma de vida...

Molho Pesto Italiano receita original

Top Indian Spices

Anvisa: lei que autoriza uso da fosfoetanolamina pode colocar população em risco

A lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética, sancionada ontem (14) pela presidenta Dilma Rousseff, pode colocar a população brasileira em risco sanitário porque libera a utilização de uma substância que não passou por nenhum tipo de teste capaz de assegurar sua segurança e eficácia. A avaliação é do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa.

Em entrevista à Agência Brasil, o médico sanitarista lembrou que a agência vinha manifestando, de forma reiterada, grande preocupação em relação à lei. O texto, publicado ontem no Diário Oficial da União, autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com câncer e define a permissão como de relevância pública. Segundo a publicação, a opção pela utilização voluntária da substância não exclui o direito de acesso a outras modalidades de tratamento contra o câncer.

Saiba Mais

“Agora, com essa lei, vai poder ser vendida, comercializada e distribuída uma substância que não estará sujeita à fiscalização sanitária. Quem vai garantir que o que tem dentro da cápsula é mesmo fosfoetanolamina, na quantidade que está escrita na caixa? Quem vai impedir que sejam falsificadas e produzidas, por pessoas inescrupulosas, cápsulas com farinha colocadas numa caixa que diga que é fosfoetanolamina? Vai ter bula? Se sim, a bula vai poder afirmar que a pessoa deve parar a quimioterapia?”, questionou o diretor da Anvisa.

Para Jarbas Barbosa, os riscos representados pela legislação recém-sancionada são tremendos por colocar a fosfoetanolamina sintética fora do ambiente regulatório brasileiro, que vinha sendo construído desde 1970 e culminou, em 1999, na criação da agência. Jarbas disse lamentar a sanção e garantiu que o órgão vai estudar juridicamente manobras capazes de fazer com que o dano à saúde das pessoas seja minimizado.

“Eu tenho o maior respeito pelo Congresso Nacional, mas ele não é capaz de fazer uma análise técnica. E a autorização de um medicamento tem que ser feita por meio de uma análise técnica com base na ciência e em informações. O Congresso tem uma visão política porque é um órgão político. É por isso que, em nenhum lugar civilizado e em nenhum país desenvolvido, é o Congresso Nacional quem autoriza o uso do medicamentos”, afirmou Jarbas Barbosa.

De acordo com a lei, a ingestão da fosfoetanolamina sintética, conhecida popularmente como pílula do câncer, poderá ser feita por livre escolha do paciente, que precisa ter um laudo médico que comprove o diagnóstico e assinar um termo de consentimento e responsabilidade. Apesar de a posse e o uso da substância estarem autorizados, mesmo sem registro na Anvisa, os laboratórios só poderão fazer a produção, manufatura, importação, distribuição e prescrição da fosfoetanolamina sintética mediante permissão da agência.

A autorização de uso da fosfoetanolamina sintética estabelecida pelo texto é de caráter excepcional, enquanto estiverem sendo feitos estudos clínicos acerca da utilização da substância.

Por Aline Leal e Paula Laboissière, da Agência Brasil, in EcoDebate, 15/04/2016

Radiações eletromagnéticas, série de artigos de Roberto Naime







Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Celebração da vida [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, 14/04/2016
"Radiações eletromagnéticas, série de artigos de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 14/04/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/04/14/radiacoes-eletromagneticas-serie-de-artigos-de-roberto-naime/.

Edição n° 57 da revista Cidadania & Meio Ambiente está disponível para acesso e/ou download

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Informamos que a edição n° 57 da revista Cidadania & Meio Ambiente, ISSN 2177-630X, já está disponível para acesso e/ou download na página da revista no Portal EcoDebate.
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Desejamos a todas(os) uma proveitosa leitura.

Um abraço fraterno,

Henrique Cortez
coordenador editorial do Portal EcoDebate

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coordenador editorial do Portal EcoDebate

Publicado no Portal EcoDebate, 13/04/2016

Is Something in Tobacco Protective Against Parkinson’s Disease?

Peppers and Parkinson’s: The Benefits of Smoking Without the Risks?

Um círculo virtuoso: a integração de catadores na gestão de resíduos sólidos

Catadores de lixo são os principais atores na recuperação de resíduos para a indústria de reciclagem. Entre suas demandas está o reconhecimento dos serviços que prestam, o acesso aos resíduos e o direito de concorrer a contratos de gestão. O Banco Mundial tem desenvolvido programas para reconhecer e apoiar os catadores como integrantes do setor de resíduos sólidos.
Mulheres da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis da Ilha de Vitória (Amariv). Foto: EBC

O lixo – sua geração, coleta e disposição – é um grande desafio mundial do século 21. A reciclagem de resíduos impulsiona a sustentabilidade ambiental, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, e estimula a economia, pelo fornecimento de matérias-primas e materiais de embalagem.

Os catadores de lixo são os principais atores na recuperação de resíduos para a indústria de reciclagem. Em todo o mundo, um grande número de pessoas de baixa renda e de comunidades desfavorecidas ganha a vida coletando e separando lixo, e depois vendendo resíduos recuperados por meio de intermediários para a indústria de reciclagem.

Onde alguns veem restos ou lixo, os catadores veem papel, papelão, vidro e metal. Eles são hábeis em separar e empacotar diferentes tipos de resíduos por cor e peso para vender à indústria de reciclagem. No entanto, são raramente reconhecidos pelo importante papel que desempenham na criação de valor a partir dos resíduos e na contribuição para a redução das emissões de carbono.

No entanto, por todo o mundo os catadores têm se organizado, e as cidades tem promovido esse círculo virtuoso com a integração de catadores na gestão de resíduos sólidos.

Caso brasileiro

O Brasil foi o primeiro país a integrar catadores, por meio de suas cooperativas, a sistemas de gestão de resíduos sólidos municipais e o primeiro a adotar uma Política Nacional de Resíduos, reconhecendo as contribuições desses trabalhadores e proporcionando um enquadramento jurídico para permitir que cooperativas sejam contratadas como provedores de serviços.

Na Colômbia, um recente decreto federal determinou que as cidades do país terão de desenvolver sistemas de gestão de resíduos sólidos contratando organizações de catadores para coletar, transportar e separar resíduos recicláveis.

Na Índia, uma cooperativa de catadores denominada SWaCH recebeu um contrato da cidade de Pune para a coleta de resíduos domésticos.

Em Joanesburgo, na África do Sul, uma cooperativa de catadores alavancou parcerias público-privadas para criar um programa de reciclagem em comunidades locais. Inaugurado em 2014 para servir 3 mil residências, o Centro de Reciclagem Vaal Park está gradualmente expandindo seu alcance.

O futuro de milhões de catadores em todo o mundo está em jogo, dependendo em grande parte das políticas e práticas dos governos municipais.

Tanto a rede de proteção a trabalhadores informais WIEGO como o Banco Mundial estão desenvolvendo programas e promovendo políticas que reconheçam e apoiem os catadores como integrantes do setor de resíduos sólidos, que fazem contribuições valiosas para cidades, para o meio ambiente e suas comunidades com a recuperação de materiais recicláveis; proporcionando-lhes espaço e equipamentos para facilitar este importante trabalho.

O que os catadores têm a oferecer é bastante claro: serviços de coleta, triagem, recuperação e reciclagem de resíduos a um custo razoável. O que eles querem também é bastante claro: o reconhecimento dos serviços que prestam; acesso aos resíduos; o direito de concorrer a contratos de gestão de resíduos sólidos; caminhões para transportar resíduos; espaço seguro e equipamentos para armazenamento, compactação, agregação e processamento de resíduos; e preços justos para os resíduos que coletam e os materiais reciclados que recuperam, processam e vendem.

Integrar os catadores na gestão de resíduos sólidos é a opção mais vantajosa para todos.

Da ONU Brasil, in EcoDebate, 15/04/2016

A perspectiva das construções sustentáveis, artigo de Reinaldo Dias

Telhado Verde

[EcoDebate] Ao longo das últimas décadas tem observa-se um avanço no debate sobre a responsabilidade social nas indústrias, tanto na sua relação com o meio ambiente quanto nos impactos que estas podem provocar na comunidade onde está integrada.

Contudo esse avanço no nível de debate não ocorre com a mesma força no setor da construção, atrasando o desenvolvimento de formas alternativas e socialmente comprometidas. Ainda há um número significativo de práticas condenáveis, tais como: a construção em regiões inadequadas, de baixa qualidade ambiental e sem preocupações com o usuário final. Acontece que é um problema cuja responsabilidade não deve recair somente nesse segmento empresarial. Há pressão de parte da sociedade por moradias mais baratas, com vistas para a natureza, ou praias paradisíacas sem preocupação com a manutenção do equilíbrio de ecossistemas sensíveis como os mangues.

Acontece que os tempos estão mudando, está ocorrendo uma mudança no modo de pensar das pessoas, implicando uma revolução no estilo de vida e maior envolvimento com a necessidade de preservar o planeta para que se mantenha um estilo de vida harmonioso com a natureza.

Em termos econômicos, para qualquer empresa, são fundamentais aspectos como a liquidez e a eficiência. No entanto problemas como a elevada taxa de desemprego, a pobreza que apela a nossa solidariedade como indivíduos, e outras questões, tais como as ambientais relacionadas com as alterações climáticas e a disponibilidade de água, mostram a necessidade de preservar o planeta como um meio de nossa sobrevivência.

Quanto a construção civil, a meta a ser atingida por um setor renovado tende a ser a construção de moradias que sejam acessíveis à população, de modo geral, e ao mesmo tempo rentáveis, minimizando os impactos ambientais tanto na etapa de construção quanto durante a utilização dos edifícios. Ao mesmo tempo em que devem ser concebidos e construídos com uma orientação clara voltada para a saúde e o bem-estar dos usuários. Este é um caminho que desafia o atual estado de coisas predominante em algumas empresas do setor, que procura maximizar seus ganhos em detrimento da qualidade de vida dos clientes, com a construção de unidades habitacionais inadequadas para viver com dignidade e conforto.

Algumas estratégias são indispensáveis para se caminhar rumo a construções sustentáveis. Destaca-se a necessidade de construir de forma diferente da usual, aproveitando as condições locais, integrando a construção ao entorno, minimizando os impactos ambientais dos materiais utilizados, os impactos motivados pela produção de resíduos, redução do consumo de energia e água, preservação da biodiversidade local e de todo o ecossistema, adaptar a construção aos futuros riscos das mudanças climáticas entre outras medidas.

A questão energética ganhará um peso cada vez maior em função da pressão social pela adoção de energia renovável, com a perspectiva de diminuição da dependência do fornecimento tradicional, buscando a autossuficiência das unidades habitacionais através de micro geração ou geração local que pode ser solar, eólica ou térmica em função de cada realidade complementando a energia gerada com o atual sistema.

O empresário do setor deve se preocupar com a credibilidade social do que está sendo realizado e nesse sentido, a adoção e adequação das construções a certificados de reconhecimento internacional preenche essas necessidades de respeito público e dão mais segurança aos novos procedimentos que deverão ser adotados. Entre esses certificados merecem destaque especial o Breeman (Building Research Establishment environmental assessment Method) e o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) que gozam de excelente reputação internacional e são relativamente novos no Brasil, permitindo que os pioneiros na sua utilização ganhem um diferencial competitivo fortalecendo sua posição no mercado.

*Reinaldo Dias é doutor em Ciências Sociais, mestre em Ciência Política, especialista em Ciências Ambientais e Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Colaboração de Jéssica Almassi, in EcoDebate, 15/04/2016
"A perspectiva das construções sustentáveis, artigo de Reinaldo Dias," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 15/04/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/04/15/a-perspectiva-das-construcoes-sustentaveis-artigo-de-reinaldo-dias/.

Agrotóxicos-transgênicos: um rolo compressor está sendo passado sobre o direito do consumidor, artigo de Sucena Shkrada Resk

Enquanto o cenário político brasileiro enfrenta uma de suas maiores crises na história democrática no país, nos bastidores, a orquestração no Congresso de grupos políticos, que representam predominantemente interesses de mercado, consegue aprovar projetos que prejudicam o direito do consumidor de acesso ao conhecimento e poder de escolha, além de facilitar a maquiagem verde de produtos que consumimos nas gôndolas, potencialmente prejudiciais à nossa saúde. Esse retrocesso de conquistas está passando despercebido por grande parte da população.

Agrotóxicos

Uma das decisões polêmicas recentes foi a aprovação pela representação brasileira no Parlamento do Mercosul, no último dia 22 de março, do Projeto de Lei do Senado 680/2015, que substitui a expressão “agrotóxicos” por “produtos fitossanitários” no texto da Lei 7.802/1989. O argumento do autor da proposta, o senador Álvaro Dias (PV-PR), que foi retirada por ele e arquivada no Senado posteriormente a esta aprovação, no dia 30 de março, era absurda, fazendo parecer que todos os estudos científicos a respeito dos efeitos maléficos dos agrotóxicos à saúde são algo ardiloso para prejudicar o setor rural. Segundo ele, o simples uso da palavra agrotóxico moldurando os produtos fitossanitários, já representa uma campanha de marketing negativa para o segmento.

Isso quer dizer que toda a toxidade destes produtos e o mau uso dos mesmos são banais? E que os trabalhadores que utilizam os “produtos fitossanitários” e nós, consumidores finais, temos de ser expostos e nos alimentar de algo que parece pela nomenclatura de negociação de mercado, totalmente inofensivo? Quem monitora toda esta cadeia e seus efeitos e nos assegura o acesso contínuo a todas estas informações?

O que torna este quadro ainda mais complexo é o fato de o Brasil ser o maior importador no mundo destes produtos, com pelo menos 5,2 litros per capita por habitante. Atualmente o país consome 14 que já foram proibidos na Europa e em outros países. Essas constatações revelam o descaso com essa pauta tão relevante e fundamental para a segurança alimentar e a saúde pública.

Grupo de estudos da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), sob coordenação do professor Wanderlei Pignati, por exemplo, levantou diferentes tipos de agrotóxicos em 62 amostras de leite materno, de mães que pariram entre 2007 e 2010. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) tem um posicionamento institucional a respeito dos efeitos dos agrotóxicos na saúde humana, que merece uma leitura atenta. Outras importantes fontes são o Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa.

Transgenia

E se alguém pensa que as ameaças ao direito do consumidor param por aí, está enganado. Outro projeto aprovado, no ano passado, na Câmara e que agora tramita no Senado, é o 34/2015, de autoria do deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), que dispensa o símbolo da transgenia em rótulos de produtos, com quantidade inferior a 1% de sua composição final. Ao mesmo tempo, a proposta mantém regra do atual decreto que permite o uso da rotulagem “livre de transgênicos”.

Vale fazer uma retrospectiva e observar que a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado rejeitou, em outubro passado, a retirada do rótulo em qualquer circunstância. Como será o procedimento da Casa agora com relação a esta pauta? O projeto, sob relatoria do senado Ronaldo Caiado (DEM), seguiu em março, para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária da Casa.

É preciso mais transparência e clareza sobre estes processos para a sociedade, como também uma fiscalização mais rigorosa. Temos o direito de saber se o que nos comercializam para consumo tem ou não agrotóxicos ou é transgênico, para podermos optar ou não. Temos de reavivar sempre a “Primavera Silenciosa”, da bióloga Rachel Carson, de 1962, e exigir que estudos técnicos e científicos sejam permanentes e nos deem respostas mais concretas que façam que o setor público não titubeie perante a força e pressão do mercado e invista em pesquisas para alternativas não agressivas à saúde ecossistêmica.

Sucena Shkrada Resk é jornalista, formada há 24 anos, pela PUC-SP, com especializações lato sensu em Meio Ambiente e Sociedade e em Política Internacional, pela FESPSP, e autora do Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk (http://www.cidadaosdomundo.webnode.com), desde 2007, voltado às áreas de cidadania, socioambientalismo e sustentabilidade.

in EcoDebate, 15/04/2016
"Agrotóxicos-transgênicos: um rolo compressor está sendo passado sobre o direito do consumidor, artigo de Sucena Shkrada Resk," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 15/04/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/04/15/agrotoxicos-transgenicos-um-rolo-compressor-esta-sendo-passado-sobre-o-direito-do-consumidor-artigo-de-sucena-shkrada-resk/.

Produto natural combate o Aedes Aegypti - Jornal Minas

TV FUVS | Inauguração Laboratório de Fitoterapia da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás)

Discussão de criação de Núcleo Agroecológico de cultivo de plantas medic...

quarta-feira, 13 de abril de 2016

[Você no Ideias] Inovação da Alimentação Escolar através das Plantas Alimentícias Não Convencionais

postado por Nathália Bandeira Vilhalva Gheventer em Segunda-feira, 11 de Abril de 2016

Você já ouviu falar naquele ditado "O lixo de um é o tesouro de outro"? Em sua grande parte, plantas consideradas como ervas daninhas ou pragas, podem ser utilizadas na alimentação diária da população. Ricas em diversos nutrientes, são uma forma sustentável de complementar e diversificar pratos, dando a eles novos sabores, texturas, odores, cores e significados. Alguns exemplos dessas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são: ora-pro-nóbis, major-gomes, dente-de-leão, serralha, urtiga, azedinha, tansagem, fisális, hibisco, capuchinha, calêndula, amor-perfeito e rosas. Assim, percebe-se que essas plantas representam um universo infinito de possibilidades que na maioria das vezes, desconhecemos.

Foi pensando nisso, que uma aluna da Universidade do Vale do Rio dos Sinos , Monique Hans, criou um projeto de utilização de PANCs na alimentação escolar. O presente estudo foi desenvolvido com 81 escolares entre 7 a 10 anos, de 3 escolas públicas do município de Harmonia, no Rio Grande do Sul.

Assim, no decorrer de 1 ano, 7 etapas foram aperfeiçoadas e implementadas, a serem descritas a seguir:

1) atividades sobre alimentação saudável relacionadas a frutas e verduras (Conhecendo frutas e verduras): esta etapa consistiu em uma atividade de educação nutricional, onde frutas e hortaliças eram apresentadas aos alunos, desde a degustação, até atividades de artes com pinturas e desenhos.

2) atividades para explicar a definição e os tipos de PANC (Conhecendo as PANC): esta atividade consistiu na degustação e explicação do conceito e utilização de PANCs. 

3) visita a um produtor local (Horto das Margaridas): foi realizada visita a uma agricultora produtora de PANCs, que demonstrou o local de plantação, além de oferecer lanches que continham esses ricos alimentos, como pão de urtiga com geleia e chá de hibisco.

4) oficinas culinárias utilizando as PANC: estas oficinas culinárias foram realizadas na escola, onde algumas receitas foram preparadas e compartilhadas, como: pizza de ora-pro-nóbis, azedinha e capuchinha, e suco verde de ora-pro-nóbis e azedinha.

5) elaboração de uma horta escolar de PANC: com o auxílio dos alunos, uma horta foi elaborada dentro do espaço das escolas. 

6) testes de aceitabilidade das preparações com PANC: algumas semanas após a realização das oficinas culinárias, esses mesmos alimentos eram implementados na merenda escolar, para verificar a aceitabilidade e diferença entre os dois momentos. 

7) atividades com os pais dos alunos para explicar a importância dessas plantas: Por fim, reuniões e palestras eram realizadas com os pais, afim de destacar a importância e viabilidade da utilização dessas plantas na alimentação escolar.

Mais informações no link:

COMER O QUÊ? | Marcos Palmeiras

COMER O QUÊ? | Neide Rigo

como fazer beiju de tapioca

[Biblioteca do Ideias] Manual das Cantinas Escolares Saudáveis: Promovendo a alimentação saudável

postado por Débora Castilho em Quarta-feira, 13 de Abril de 2016

A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. Todos que estão ali (professores, funcionários, alunos, pais, donos (as) de cantinas), que formam a comunidade escolar, precisam estar envolvidos com o processo educativo, porque a vida, a saúde e a preparação de um futuro melhor e mais saudável para nossas crianças e jovens é uma responsabilidade não só do Estado ou da família, mas de todos nós.

E a escola também tem o papel de educar a criança para que ela se torne um cidadão crítico, que saiba fazer escolhas adequadas e de forma responsável, inclusive as escolhas alimentares.

É neste ambiente de educação que também se encontra a Cantina Escolar, a quem cabe também um papel ativo muito importante como estimuladora de hábitos alimentares saudáveis e influenciadora na formação do indivíduo, dentro do ambiente escolar.

Sendo assim, o [Biblioteca do Ideias] vem destacar o “Manual das Cantinas Escolares Saudáveis: Promovendo a alimentação saudável”. O Manual foi elaborado pela Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde em parceria com o Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição (OPSAN).

Link:

Cisterna garante água em escola na Bahia

Fonte: MDS - Quarta-feira, 13 de Abril de 2016 


Este ano é diferente para os mais de cem alunos e funcionários da Escola Alípio Cerqueira da Silva, no Povoado de Peba, em Conceição do Coité (BA), no Semiárido. Eles têm garantia de água tratada para beber. A água também corre nas torneiras dos banheiros e da cozinha. As merendeiras e funcionárias podem preparar a alimentação escolar e fazer a limpeza do local.

Tudo isso é fruto da cisterna escolar, construída em dezembro de 2015. Ela tem capacidade de armazenar até 52 mil litros de água da chuva. “Hoje, graças a Deus, temos muita água. É muito bom para as crianças, porque tem água tratada, que podem tomar sem que faça mal nenhum a eles”, conta Cláudia Pereira dos Santos, de 42 anos. Ela trabalha há quatro anos como merendeira da escola.

“Quando não tinha água, era um sufoco. A gente tinha que pedir nas casas vizinhas, batia na porta dos vizinhos com balde e carregava na cabeça para trazer para a escola”, descreve. A primeira chuva que caiu depois da construção da cisterna, ainda no período das férias, trouxe uma alegria imensa para toda a comunidade. “Choveu a tarde toda. Eu não tirava o pensamento da cisterna. Graças a Deus, quando chegamos aqui, a cisterna estava cheinha.”

“A nova (cisterna) é pra gente usar na cozinha e para o benefício das crianças: pra beber, pra cozinhar, fazer o almoço deles”, diz Cláudia. O cardápio é montado por nutricionistas da Secretaria de Educação do município. “Hoje a gente faz tudo que está no cardápio. Às vezes, tinha um tipo de merenda que não dava pra fazer sem água; e a gente fazia outro tipo.”

A cisterna da Escola Alípio Cerqueira da Silva é uma das 552 construídas na Bahia pelo programa Cisterna nas Escolas, uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, organizações da sociedade civil e governos estaduais. Desde o lançamento, em 2015, até fevereiro passado, o programa implantou 2.281 unidades.

A tecnologia garante água limpa e de qualidade aos alunos e impede que as aulas sejam interrompidas pela falta de água. Os professores são capacitados para a gestão da água captada e armazenada, com orientação sobre a finalidade da água coletada, a importância da educação alimentar e nutricional e a convivência com o Semiárido.

Nova rotina – A escola já tinha uma cisterna menor, com capacidade de 16 mil litros, igual às que são implantadas para consumo familiar. “A cisterna era antiga, já tinha vazamento e era pequena. Por isso, era preciso chamar o carro-pipa, pois geralmente faltava água a cada 30 dias”, conta a diretora Dionara de Oliveira Santos.

Ela explica que a água que chega ao município pela companhia fornecedora também é distribuída para a escola, mas o fornecimento é irregular e não atende à demanda escolar. O colégio é limpo todos os dias e, na segunda-feira, as funcionárias lavam o pátio.

A água é usada também na higiene dos banheiros e para o preparo da merenda. São servidas duas merendas por dia, uma no turno da manhã e outra no da tarde. “Quando a gente chegou aqui, na primeira semana de aula, a cisterna estava cheia. Ai, que felicidade! Não vou precisar pedir água, não vai faltar água...”, comemora Dionara.

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Lei que insere alimentos orgânicos nas escolas municipais é regulamentada

Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação - Quarta-feira, 13 de Abril de 2016 


Com intuito de melhorar a qualidade das refeições servidas às crianças nas escolas, o prefeito Fernando Haddad regulamentou na manhã dessa terça-feira (05/04), a Lei 16.140, que torna obrigatória a inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar, no sistema municipal de ensino de São Paulo.

A partir dessa lei, a Prefeitura de São Paulo passa a dar prioridade a produtos orgânicos para a alimentação das escolas municipais.

"É muito importante esse diálogo da saúde com a educação. Essa preocupação que nós temos de que a alimentação escolar possa de fato desenvolver hábitos corretos na vida de uma criança. O significado disso é essencial na vida de uma pessoa. A nossa grande preocupação é que as crianças tenham uma alimentação saudável. Que ela aprenda a comer coisas que possam fazer bem para a vida dela, para a saúde dela, para sua história. O que investimos em uma alimentação saudável a gente economiza em medicamentos, em problemas com saúde.”, disse o secretário Gabriel Chalita (Educação).

Na atual gestão, 27% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) já são investidos em produtos da agricultura familiar na educação municipal – até 2012, esse investimento era de apenas 1%. Para incentivar ainda mais o desenvolvimento da agricultura familiar, o novo Plano Diretor também demarcou uma zona rural na cidade, em especial na região sul, em Parelheiros.

Com a regulamentação da Lei 16.140, a Prefeitura espera alcançar a meta de 30% dos alimentos serem de origem da agricultura familiar – conforme previsto na Lei Federal 11.326 de 2006 – e também fazer a implementação gradativa de alimentos orgânicos ou a base agroecológica no cardápio da rede.

“A regulamentação da lei vai fazer muito bem para todo mundo. A começar pelas crianças e jovens com acesso a escola pública. Por que quando São Paulo faz, ela prova que é possível e prova que pode ter escala. E não é para ter medo de mudar. Dá para mudar. Então isso certamente vai acabar sendo assimilado Brasil afora como um gesto importante. Que dialoga com a demanda social, por qualidade de vida, e com a demanda ambiental. Então é um ganho fundamental”, disse o prefeito Fernando Haddad.

Programa na “Mesma Mesa”

Além dessa lei, a Prefeitura de São Paulo também lançou no ano passado o Programa na “Mesma Mesa”, que promove hábitos alimentares saudáveis nas escolas municipais a partir de uma interação mais próxima entre alunos e professores no momento da refeição. O objetivo do programa é que os alunos façam suas refeições ao lado dos professores, aprendendo a importância da alimentação saudável e levando as práticas para dentro de suas casas.

“Na minha profissão, a questão da alimentação, dos distúrbios alimentares se faz muito presente na boca da criança muito cedo. A criança pode perder a saúde bucal muito cedo perante desequilíbrios alimentares. Fundamentalmente, são os hábitos alimentares que a gente tem desde cedo que vão determinar a nossa saúde. Então, os avanços da atual gestão no sentido de procurar melhorar a saúde das crianças e dos jovens é fruto de uma trajetória, que é ousada, determinada e sem precedentes nessa cidade”, disse a primeira-dama e Coordenadora da São Paulo Carinhosa, Ana Estela Haddad.

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Agricultura familiar contribuindo para promoção da saúde

Fonte: ASCON/MDA - Quinta-feira, 07 de Abril de 2016 


Responsáveis pela produção da maioria dos alimentos consumidos pelos brasileiros, os agricultores familiares contribuem para uma alimentação com qualidade nutricional. Os orgânicos, por exemplo, têm tido grande procura pelas pessoas que se preocupam em manter uma rotina saudável. E, exatamente, para conscientizar a população como assegurar boa qualidade de vida é que se comemora, no dia 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde.

O nutricionista João Paulo Romeu explica que o alimento orgânico da agricultura familiar, por ser livre de aditivos químicos, evita que chegue ao consumidor produtos que possam causar doenças, como alergias e cânceres. “Além disso, o sabor do alimento orgânico é muito mais preservado, suas vitaminas e minerais são encontrados em maior quantidade e os antioxidantes desse tipo de alimento são naturais”, destaca.

Gabriel Piazzi, 28 anos, é um dos que dão preferência aos produtos orgânicos. Ele procura comer em locais que tenham esse tipo de alimentos porque, além de se preocupar com a saúde, sabe que são alimentos produzidos sem agrotóxicos ou outros venenos. “A produção é muito mais restrita e controlada. Temos um domínio do que se come e sabemos da qualidade do produto”, afirma ao assegurar que, apesar do acesso a esses alimentos às vezes ser difícil, ele levanta cedo para ir ao Ceasa, no espaço dedicado aos produtos da agricultura familiar.

Para o nutricionista, os alimentos orgânicos oferecem muitos benefícios à saúde, mas ainda há uma carência no mercado. “Existem poucas feiras de alimentos orgânicos e onde tem acaba muito rápido, pois são produzidos pelos agricultores familiares que em sua maioria não consegue vender para as redes de supermercado”, lamenta.

Mais saúde

E, para aproximar consumidor e produtor o Ministério do Desenvolvimento Agrário, além de promover políticas de incentivo à produção orgânica, organiza feiras – como a que terá nas Olimpíadas 2016. Serão quatro pontos turísticos do Rio de Janeiro, com praças de comercialização dos produtos da agricultura familiar. Ao todo, 45 empreendimentos familiares participarão da campanha ‘Brasil Saudável e Sustentável’.

Link:

Anvisa publica Guia sobre Programa de Controle de Alergênicos

Fonte: Blog da Saúde - Ministério da Saúde - Sexta-feira, 08 de Abril de 2016 



A Anvisa publicou, em 1º de abril, o Guia sobre Programa de Controle de Alergênicos, que exibe as práticas recomendadas para a identificação e o controle de substâncias alergênicas nos alimentos. O documento tem caráter orientativo para as indústrias e o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) sobre os principais aspectos a serem tratados em um Programa de Controle de Alergênicos, incluindo os cuidados para prevenção da contaminação cruzada.

Com o objetivo de aprimorar o conteúdo e permitir a participação social, o Guia estará aberto a contribuições a partir de 08/04/2016. Os interessados terão o prazo de um ano para enviar suas sugestões, por meio do preenchimento do formulário eletrônico.

O Programa é um requisito para a aplicação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 26, de 2 de julho de 2015, que dispõe sobre a rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares, que entrará em vigor em 02 de julho de 2016.

Para saber mais sobre a rotulagem de alergênicos, acesse aqui.

Link:
http://www.ideiasnamesa.unb.br/index.php?r=noticia/view&id=1775

Análise de árvores indica composição de poluente

Por Júlio Bernardes - jubern@usp.br
Publicado em 13/abril/2016

Cascas de árvores são utilizadas em pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) para monitorar substâncias presentes na poluição atmosférica, em especial nas emissões feitas por veículos. No estudo, a engenheira agrônoma Tiana Carla Lopes Moreira coletou amostras de 171 árvores no centro expandido de São Paulo e encontrou principalmente elementos químicos associados a emissões veiculares, como zinco, enxofre, cobre e ferro. O trabalho aponta que as cascas de árvores coletadas em vias expressas têm mais poluentes que as obtidas em vias de trânsito local.
Biomonitoramento verificou composição de poluentes no centro expandido de São Paulo

“No estudo de biomonitoramento, o objetivo era avaliar se existem diferentes emissões de acordo com o tipo de via e se algo pode influenciar na emissão, como barreiras, entre outros fatores”, explica Tiana. Durante a pesquisa foram retiradas amostras das cascas mais superficiais das árvores. “Qualquer árvore pode ser utilizada, embora as mais adequadas sejam aquelas com cascas que se soltam com facilidade ou mais porosas, devido à facilidade de coleta e uso. Como em alguns locais é difícil encontrar muitas espécies, foi recolhido o que existia por ali”.

Ao todo, foram analisadas 171 árvores, distribuídas pelo centro expandido da cidade de São Paulo. O centro expandido é uma área da capital paulista localizada ao redor do centro histórico. Ela é delimitada pelo chamado minianel viário, composto pelas marginais Tietê e Pinheiros, mais as avenidas Salim Farah Maluf, Afonso d’Escragnolle Taunay, Bandeirantes, Juntas Provisórias, Presidente Tancredo Neves, Luís Inácio de Anhaia Melo e o Complexo Viário Maria Maluf.
Maiores concentrações de substâncias encontradas em poluentes estão em vias expressas

Emissões veiculares

As cascas são transformadas em pó e depois em pastilhas para a análise pela técnica de espectrometria de fluorescência de raio-x, que identifica as substâncias presentes nas amostras. “Foram encontrados elementos químicos relacionados principalmente às emissões veiculares como zinco, enxofre, cobre e ferro”, destaca a agrônoma. “Foram coletadas as amostras de quatro espécies de árvores: tipuana, sibipiruna, quaresmeira e alfeneiro. Na pesquisa, elas não mostraram diferenças significativas nas concentrações dos elementos químicos mais importantes analisados no estudo.
Mapa indica locais onde foram coletadas amostras de cascas de árvores para biomonitoramento

O trabalho demonstra que as amostras de árvores obtidas em via de tráfego local possuem menor nível de poluentes que aquelas coletadas em vias expressas. “Em menores quantidades, foram encontradas substâncias que apontam outras fontes de poluentes além das emissões feitas por veículos”, afirma Tiana. “São elas o cimento, proveniente do desgaste de pavimento e construções, sal marinho e a queima de biomassa, no caso, etanol e madeira”.

De acordo com a agrônoma, a técnica pode ser utilizada para obtenção de dados de elementos químicos das emissões de poluentes. “No entanto, ela não permite obtenção de dados referentes a gases, assim como não fornece dados de série temporal, apenas a distribuição espacial”, observa. “A pesquisa indicou que as árvores, além de serem barreiras para a poluição do ar, também indicam o tipo de poluente que existe no local. Outros estudos serão necessários para demonstrar como a vegetação arbórea retém a poluição e quais são esses poluentes”.

A tese de doutorado “Biomonitoramento intra-urbano da poluição de origem veicular: utilização da casca de árvore na identificação de fontes de poluição atmosférica”, defendida no último dia 20 de janeiro, foi orientada pela professora Mitiko Saiki da FMUSP e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O estudo teve a colaboração do professor Paulo Hilário Nascimento Saldiva, da FMUSP.

Imagens: Divulgação

Mais informações: email tianaca@gmail.com, com Tiana Carla Lopes Moreira

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Pantanal pode ter temperaturas elevadas em 7º C até 2100, indica estudo

Por Peter Moon, da Agência FAPESP
Modelos também sugerem que, durante o inverno no hemisfério Sul, a região poderá ter redução na quantidade de chuva de 30% a 40% (foto: Wikimedia Commons)

O Pantanal, a maior planície alagada do mundo, corre o risco de, em 2100, ver as suas temperaturas médias anuais elevadas em até 7 °C. Tamanho aumento de temperatura implicaria uma redução sensível no regime de chuvas da região, principalmente no inverno. Tais mudanças climáticas teriam impacto sobre a evaporação da região e a própria existência do Pantanal como o conhecemos.

Essas projeções foram estimadas a partir da aplicação ao Pantanal dos modelos climáticos globais do 5º Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2014.

O trabalho “Climate Change Scenarios in the Pantanal”, publicado no livro Dynamics of the Pantanal Wetland in South America, é de autoria da equipe do hidrologista e meteorologista José Antonio Marengo Orsini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em Cachoeira Paulista, e tem apoio da FAPESP e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas – que, por sua vez, é apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Pantanal tem uma área de 140 mil km², 80% da qual fica no Brasil, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. É uma região semiárida. Não fosse o enorme fluxo anual de água para a região, o bioma seria tão seco quanto a caatinga nordestina. Isso não ocorre porque o Pantanal é um grande reservatório que armazena as águas que escoam dos planaltos circundantes.

Nos meses de novembro a março, na estação chuvosa, os rios transbordam, inundando até 70% da planície. É quando se formam os banhados, os lagos rasos e quando os pântanos incham. Tudo isso faz com que, nas áreas mais elevadas, surjam ilhas de vegetação, um refúgio para os animais. Grandes áreas permanecem inundadas por quatro a oito meses no ano, com uma cobertura de água que varia de uns poucos centímetros até 2 metros.

Durante a estação seca, de abril a setembro, as águas refluem para a calha dos rios e os banhados são parcialmente drenados. As águas antes represadas seguem seu curso através das bacias dos rios Paraguai e Paraná, em direção ao rio da Prata e ao Atlântico Sul. Deixam em seu lugar uma camada de sedimentos férteis que impulsionam o crescimento da vegetação e das pastagens.

Esse é o retrato do Pantanal hoje. Nele caem anualmente entre 1.000 e 1.250 milímetros de chuva. A temperatura média anual é 24 °C – sendo que a temperatura máxima, alguns dias no ano, atinge os 41 graus. O que as projeções climáticas de Marengo indicam para o futuro?

O 5º Relatório de Avaliação do IPCC projeta um aumento na temperatura média global em 2100 de 3,7º C a 4,8°C. Quando seus parâmetros são usados para analisar as variáveis climáticas específicas do Pantanal, o resultado impressiona. Até 2040, as temperaturas médias devem subir de 2º C a 3 °C. Em 2070, o aumento poderá ser de 4ºC a 5°C, atingindo em 2100 uma temperatura média 6 °C mais elevada do que a atual.

Embora haja muita incerteza com relação às projeções pluviométricas, os modelos sugerem que, durante o inverno no hemisfério Sul, o Pantanal poderá experimentar uma redução na quantidade de chuva de 30% a 40%.

A associação entre temperaturas mais elevadas e menos chuva implicará um aumento da evaporação no Pantanal. Dependendo da temperatura, volumes consideráveis de água represada poderão desaparecer, o que reduzirá a área total alagada e a quantidade de água nas porções de terra que permanecerão alagadas. “Um aumento da temperatura média de 5º C a 6 °C implicaria em deficiência hídrica, o que afetaria a biodiversidade e a população”, observa Marengo.

As consequências para a fauna e a flora poderão ser severas. Espécies vegetais pouco adaptáveis a um grau de umidade inferior ao atual poderão desaparecer ou migrar para outras regiões. Em seu lugar, germinariam outras espécies, que preferem climas mais secos.

A alteração na vegetação implicaria diretamente as populações de invertebrados e de vertebrados herbívoros – capivaras, antas que delas dependem (mas também o gado das fazendas) – , numa reação em cadeia que afetaria todos os nichos da cadeia alimentar, até atingir os predadores de topo, como os felinos, os jacarés e as aves de rapina.

Muito embora Marengo faça questão de salientar que as incertezas com relação às mudanças climáticas ainda são elevadas, especialmente no quesito do regime pluviométrico, um coisa é certa: as temperaturas globais estão aumentando e o mesmo acontecerá no Pantanal.

Como aquela planície alagada fica no centro da América do Sul, portanto longe da influência marítima que poderia ajudar a amenizar o clima, o aumento das temperaturas no Pantanal tende a ser mais dramático. “O dia mais quente do ano pode vir a ser até 10 °C mais quente do que hoje”, diz Marengo.

Se atualmente, nos dias mais quentes do verão, a temperatura no Pantanal passa fácil dos 40 °C, estamos falando em temperaturas máximas em torno ou superiores aos 50 °C. É temperatura de deserto. A maioria das plantas suporta pontualmente um calorão desses. Pontualmente.

O artigo Climate Change Scenarios in the Pantanal, de Jose A. Marengo e outros, publicado noDynamics of the Pantanal Wetland in South America, Springer International Publishing Switzerland, (doi: 10.1007/698_2015_357), pode ser lido em http://link.springer.com/chapter/10.1007/698_2015_357.

in EcoDebate, 11/04/2016

Pesquisa indica que transgênicos podem oferecer riscos para a biodiversidade

Os organismos geneticamente modificados (OGMs) podem promover a redução da biodiversidade, uma vez inseridos no meio ambiente. A hipótese é sustentada na tese de doutoramento do matemático Rinaldo Vieira da Silva Júnior, defendida no Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) da Unicamp, sob a orientação da professora Solange da Fonseca Rutz. A partir de um primeiro cenário, de interação apenas entre as variantes transgênica e original, um modelo matemático foi desenvolvido especificamente para sustentar o estudo. Ao aplicar a ferramenta, o autor concluiu que, sendo competidoras puras, mesmo no caso de coexistência estável entre as variantes, haveria decréscimo de produção mais severo para a variante natural.

Rinaldo Júnior explica que o seu trabalho, que é um estudo teórico, e não um modelo baseado em dados, levou em consideração alguns pressupostos. Primeiro, que os organismos transgênicos e convencionais sejam da mesma espécie. Segundo, que as plantações das duas culturas ocupem áreas contíguas. Terceiro, que o mecanismo de dispersão de sementes (como o vento, por exemplo) tenha velocidade e direção uniformes.

Quarto, que a competição entre os indivíduos não provoque a eliminação dos organismos mais frágeis, embora isso seja não somente possível, mas provável. Ele lembra que os organismos são competidores puros e que indivíduos de uma mesma espécie concorrem pelos mesmos recursos. “Devemos acrescentar que estas simplificações compõem um primeiro estudo, e modelos mais complexos poderão ser desenvolvidos no futuro. A partir de modelos analíticos desenvolvidos para a Mata Atlântica, já se planeja o estudo do impacto de transgênicos no meio ambiente de forma geral”, adianta.

De acordo com o matemático, o método que deu sustentação à pesquisa é denominado Trofodinâmica Analítica. “Quando este método, aplicado de forma bem sucedida a diversas áreas da biologia, considera também ruído e mecanismos de difusão, geramos então sistemas de Equações Diferenciais Parciais [EDP’s]”, diz. Dito de modo simplificado, as EDP’s permitem que a matemática construa representações dos modelos encontrados na natureza. São considerados, nesse caso, diferentes variáveis, entre elas espaço, tempo e ambiente. “Em outras palavras, a matemática simplifica a realidade, para poder investigá-la”, observa Rinaldo Júnior. “Apesar dessa simplificação, trata-se de um poderoso instrumento, que permite estudar o comportamento de sistemas complexos fora do equilíbrio”, acrescenta.

O matemático revela que um dos possíveis próximos passos do estudo seria buscar a parceria de especialistas das áreas da agronomia para investigar o comportamento do modelo matemático a partir de um cenário real. “No caso de parâmetros muito variáveis, dependendo da direção e da intensidade do vento e da localização das plantações, outro modelo, que admita que a mistura dos organismos geneticamente modificados com os naturais pode se dar de maneiras diversas, deverá ser elaborado a partir do estudo já feito. Mas os dados de campo poderão já ser considerados no atual modelo, tomando-se médias e produzindo assim as constantes consideradas no estudo,” infere.

Além disso, conforme o pesquisador, outros mecanismos de dispersão, que possam promover a difusão das sementes geneticamente modificadas fora do âmbito local, deverão ser considerados no estudo em relação ao meio ambiente geral. No momento, Rinaldo Júnior ocupa uma cadeira de professor na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Lá, ele dá seguimento às investigações, agora fazendo o que os especialistas classificam como “perturbação das equações”. Por meio desse método, os matemáticos procuram encontrar respostas aproximadas para problemas cuja solução exata ainda é desconhecida.

Rinaldo Júnior acredita no desenvolvimento de modelos dinâmicos nesta linha de pesquisa, que ainda é inicial, poderá ajudar os produtores a planejar seus cultivos. A tese de doutorado do matemático contou com a colaboração do professor Peter Louis Antonelli, pesquisador emérito da Universidade de Alberta (Canadá) e criador do método da trofodinâmica analítica, e com coorientação do professor Pedro José Catuogno, integrante do grupo de pesquisa de sistemas dinâmicos estocásticos do IMECC.

Histórico

O cultivo de organismos geneticamente modificados no Brasil foi marcado por muita polêmica. As primeiras sementes de soja transgênica entraram ilegalmente no país na década de 1990, contrabandeadas da Argentina. Elas foram plantadas por produtores gaúchos. O governo federal impediu inicialmente a colheita, mas depois voltou atrás, por meio de uma Medida Provisória. A autorização para o plantio de OGMs em território nacional veio somente em 2005, com a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei de Biossegurança.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de grãos transgênicos no mundo [principalmente soja, milho e algodão], ficando atrás somente dos Estados Unidos. De acordo com o relatório de 2015 do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Biotecnologia (ISAAA, na sigla em inglês), que trabalha com dados consolidados de 2014, o país cultivou 42,2 milhões de hectares no ano considerado, contra 40,3 milhões no período anterior.

Ainda segundo o levantamento do ISAAA, Brasil e Argentina, na América Latina; Índia e a China, na Ásia; e África do Sul, na África, que respondem por 41% da população mundial, cultivaram 47% das variedades transgênicas do planeta. Embora os defensores dos transgênicos considerem esses organismos como a solução para a ampliação da produção de alimentos e a superação da fome em nível global, os ambientalistas afirmam que os OGMs têm promovido o aumento do uso de agrotóxicos e comprometido de forma significativa a biodiversidade e a saúde da população nos países onde são produzidos.

Publicação

Tese: “Análise matemática do impacto ambiental de plantações transgênicas”
Autor: Rinaldo Vieira da Silva Júnior
Orientadora: Solange da Fonseca Rutz
Unidade: Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC)

Texto: Manuel Alves Filho
Fotos: Antoninho Perri / Divulgação
Edição de Imagens: André Vieira

Do Jornal da Unicamp Nº 651, in EcoDebate, 11/04/2016

Pediatra da Fiocruz fala sobre perigos da amamentação cruzada e aconselha mães com problemas para amamentar

A prática da amamentação data do século 13, com as amas-de-leite. No entanto, mesmo com o passar dos séculos e conhecimento do perigo da prática, ainda é possível encontrar mães amamentando filhos de outras que apresenta alguma dificuldade com o aleitamento. Contraindicado formalmente pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, como é conhecida a prática, traz diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças, infecto-contagiosas, a mais grave, Aids. Pediatra do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Marlene Roque Assumpção esclarece as principais dúvidas sobre o método e aconselha o que a mãe deve fazer caso tenha algum problema para amamentar o filho.

IFF: Quais são os perigos da amamentação cruzada?

Marlene Roque Assumpção: O perigo é o bebê ser contaminado por uma doença infecto–contagiosa, como a Aids, que é uma doença crônica grave e ainda sem tratamento absoluto, sem cura. Por exemplo, se uma mãe tiver hepatite B em atividade, e doar leite a outro bebê, que não tenha ainda as doses da vacina suficientes (ou seja, não está totalmente imunizado), ela poderá passar a doença para a criança, através do leite materno, em caso de sangramento do mamilo por trauma mamilar.

IFF: Quando a amamentação cruzada foi contraindicada?

Marlene: Com o advento da Aids, a partir de 1985, a amamentação cruzada começou a ser contraindicada. Hoje, a contraindicação formal pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde [OMS] é para o HIV e o HTLV. Se a mãe tiver um desses dois vírus não poderá amamentar. Neste caso, o seu filho terá que ser alimentado conforme indicação do pediatra, conforme a idade que ele esteja.

IFF: O que a mãe deve fazer caso não consiga amamentar?

Marlene: A primeira orientação é buscar ajuda junto ao seu médico, pediatra ou a unidade onde teve o seu filho. Caso não consiga nenhum auxílio, a mulher pode procurar um Banco de Leite Humano [BLH]. No Rio, nós temos 17 bancos e no Brasil, 218. Então, há uma disponibilidade muito grande para ajudá-la.

IFF: Qual a diferença do leite do banco de leite para o leite de outra pessoa?

Marlene: A diferença fundamental do leite do Banco de Leite Humano para o leite doado diretamente por uma outra mãe é que no BLH o leite é tratado, pasteurizado e, por isso, isento de qualquer possibilidade de transmissão de doenças. A mãe não deve amamentar outra criança que não seja o seu filho. Mesmo se esta mãe estiver com os exames normais ou se teve uma gravidez tranquila, ela pode estar em uma janela imunológica, e esse bebê correr o risco de contrair alguma doença.

IFF: Quais são os outros benefícios da amamentação, além de evitar doenças?

Marlene: O leite materno é uma substância viva, adequada às fases de vida do bebê. A mãe de um prematuro, por exemplo, terá um leite específico para um bebê naquela faixa etária. Se o bebê estiver com alguma infecção o leite materno vai produzir mais defesas para combater àquela infecção. O organismo da mulher entende que precisa liberar mais anticorpos, mais células, mais defesas, para proteger esses bebês e combater a infecção a qual está acometido.

As vantagens do leite materno são inúmeras, tanto para a mãe quanto para o bebê. Além de unir mãe e filho, evita a introdução precoce, de alimentos alergênicos.

IFF: Qual o conselho que você dá às mães que estão com dificuldade de amamentar?

Marlene: Para saber o que está causando essa dificuldade, a mãe deve procurar um profissional de saúde que possa ajudá-la ou procurar um BLH. A família ou a mãe sozinha provavelmente não dará conta. Por mais que uma mãe tenha tido experiência boa em uma amamentação, em outra gravidez, pode não ter na atual. Cada bebê é diferente. Nem os gêmeos univitelinos são iguais.

IFF: Há um medo nas mães do leite ser fraco. Isso pode acontecer?

Marlene: Isso é um mito. Não existe leite fraco, o que existe são momentos em que a mãe pode estar produzindo menos leite, mas por falta de estímulo adequado. Ainda pode ocorrer de o bebê estar mamando muito o leite anterior, ou seja, ele mama um pouco em um peito e logo troca de lado. Não esvaziar a mama, pode não saciar a criança, que fica sempre chorando e querendo mamar muitas vezes. Isso deixa a nutriz angustiada e insegura. Desse modo, nunca chegará ao leite final, que tem maior teor de gordura, fazendo o bebê engordar e dá saciedade, possibilitando mais tempo entre uma mamada e outra. O leite anterior é ótimo, é necessário, mas tem um teor de calorias menor.

IFF: Com a preocupação atual com a zika, a mãe que tiver suspeita de ter o vírus deve parar de amamentar?

Marlene: Não se deve interromper o aleitamento materno e nem a doação de leite porque não há evidências de que esse vírus seja transmitido pelo leite para o bebê. A mãe deve continuar amamentando ou doando leite mesmo estando doente. Inclusive, ela estará passando anticorpos, que são as defesas do bebê. O colostro, que é aquele leite da primeira semana de vida é um leite diferente, específico, com teor alto de anticorpos. Todos os anticorpos que a mãe tem no organismo de todas as doenças que ela foi acometida durante a sua vida, serão passados para o bebê através do leite. Chamado de primeira vacina do bebê. O primeiro leite da mãe que está amamentando um bebê prematuro é ainda mais importante, pois tem todos as defesas para o seu bebê, que é mais frágil.

Em caso de dúvidas, procure o Banco de Leite Humano do IFF, de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, ou entre em contato com o SOS Amamentação pelo telefone 0800-26-8877.

Por Nara Boechat (IFF/Fiocruz)

in EcoDebate, 11/04/2016

Aterro sanitário no Ceará começa a produzir biogás gerado pelo lixo

Com características semelhantes ao gás natural, o biometano vai começar a ser produzido no Ceará a partir do Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc), localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. O projeto, batizado de Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza), é uma parceria do governo do estado e da prefeitura de Fortaleza com empresas privadas.

A primeira etapa da usina foi inaugurada ontem (11), com a ligação do sistema que trata os gases oriundos do lixo. O diretor da Ecometano, uma das empresas participantes do projeto, Márcio Schittini, explica que estão instalados nessa primeira fase cerca de 150 drenos verticais e horizontais nas áreas do aterro para a captação dos gases (serão 200 ao todo), que serão direcionados a uma unidade de tratamento dos gases onde ocorrerá a produção do biometano.

Segundo ele, a GNR Fortaleza vai começar produzindo 70 mil metros cúbicos (m³) de biometano por dia, podendo chegar até 150 mil m³/dia, fazendo do aterro o segundo maior produtor do biogás no Brasil (o primeiro é Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, que tem capacidade instalada para produzir 240 mil m³ do biogás por dia).

“Num primeiro momento, o gás terá uso industrial. Em seguida, chegará nas casas, nos táxis e, se almejarmos algo mais positivo, esse gás pode substituir o diesel usado nas frotas de ônibus e de caminhões de coleta.” A usina deve ficar pronta até o fim de 2017 e a primeira fase tem investimento de R$ 100 milhões.

Os exemplos descritos por Schittini serão alcançados a partir da segunda etapa do projeto, que inclui a construção de gasodutos que vão distribuir o biometano. Essa parte está sob responsabilidade do Governo por meio da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), que explora o gás canalizado no estado.

Segundo o presidente da companhia, Antônio Cambraia, o biometano já tem como primeiro cliente uma indústria de cerâmica, que deverá consumir toda a produção inicial (70 m³/dia). Ele informa que será aberta neste mês licitação para a obra, com prazo de conclusão em 18 meses e investimento estimado em R$ 22 milhões. “No futuro, esse gasoduto vai se inserir na rede de gás da companhia e todos os segmentos poderão utilizar o gás produzido no aterro.”

Embora o biometano não esteja sendo aproveitado como produto nesta primeira fase, o diretor de serviços ambientais da Marquise, outra empresa parceira, Hugo Nery, ressalta que o processo inaugurado hoje já provoca um impacto positivo.

“O gás captado aqui ainda não está sendo aproveitado da forma como é previsto no projeto, mas já não está poluindo o ambiente da forma original porque o estamos transformando em CO2, que é 25 vezes menos poluente que o metano.”

Márcio Schittini destaca que a produção de biometano vai além da vida útil do aterro sanitário. “O biogás continua sendo produzido por muitos anos depois que o aterro acaba. O projeto tem uma vida útil, mas o planejamos para durar, pelo menos, 30 anos.”

O Asmoc recebe mais de 5 mil toneladas por dia de resíduos sólidos oriundos de Fortaleza e Caucaia. A área do aterro está em expansão e, após a conclusão do processo, deverá ter vida útil de 17 anos e seis meses.

Por Edwirges Nogueira, da Agência Brasil, in EcoDebate, 12/04/2016

Extinção de espécies, artigo de Roberto Naime

[EcoDebate] O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema.

Semelhante ao surgimento de novas espécies, a extinção é um evento natural: espécies surgem por meio de eventos de especiação com longo isolamento geográfico, seguido de diferenciação genética, ou desaparecem devido a eventos de extinção como catástrofes naturais ou surgimento de competidores mais eficientes.

Normalmente o surgimento e a extinção de espécies são eventos extremamente lentos, demandando milhares ou mesmo milhões de anos para ocorrer.

Um exemplo disso foi a extinção dos dinossauros, ocorrida naturalmente há milhões de anos, muito antes do surgimento da espécie humana, ao que tudo indica devido à alterações climáticas decorrentes da queda de um grande meteorito. Ou a presença de predadores que se alimentavam dos ovos. Não há consenso sobre isto.

Ao longo do tempo, porém, o homem vem acelerando muito a taxa de extinção de espécies, a ponto de ter-se tornado o principal agente do processo de extinção. Em parte, essa situação deve-se ao mau uso dos recursos naturais, o que tem provocado um novo ciclo de extinção de espécies, agora sem precedentes na história geológica da terra.

As principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de ambientes naturais, resultado da abertura de grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície.

Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e a extinção de espécies.

Outra causa importante que leva espécies à extinção é a introdução de espécies exóticas, ou seja, aquelas que são levadas para além dos limites de sua área de ocorrência original.

Estas espécies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de predadores e pela degradação dos ambientes naturais, dominam os nichos ocupados pelas espécies nativas.

Com o aumento do comércio internacional, muitas vezes indivíduos são transportados para áreas onde não encontram predadores naturais, ou ainda, onde são mais eficientes que as espécies nativas no uso dos recursos.

Dessa forma, multiplicam-se rapidamente, ocasionando o empobrecimento dos ambientes, a simplificação dos ecossistemas e a extinção de espécies nativas.

Espécies ameaçadas são aquelas cujas populações e habitats estão desaparecendo rapidamente, de forma a colocá-las em risco de tornarem-se extintas.

A conservação dos ecossistemas naturais, de sua flora, fauna e dos microrganismos, garante a sustentabilidade dos recursos naturais e permite a manutenção de vários serviços essenciais à manutenção da biodiversidade.

Que são a polinização, a reciclagem de nutrientes, a fixação de nitrogênio no solo, a dispersão de propágulos e sementes, a purificação da água e o controle biológico de populações de plantas, animais, insetos e microrganismos, entre outros.

Esses serviços garantem o bem estar das populações humanas e raramente são valorados economicamente como deviam. Já se disse várias vezes, meio ambiente para a economia clássica é uma “externalidade”.

A conservação da biodiversidade brasileira para as gerações presentes e futuras e a administração do conflito entre a conservação e o desenvolvimento não sustentável são, na atualidade, os maiores desafios do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O MMA tem enormes responsabilidades em relação às espécies ameaçadas de extinção. Em primeiro lugar, destaca-se a elaboração das listas das espécies ameaçadas, com a finalidade de quantificar o problema e permitir o direcionamento de ações para solucioná-lo.

Em segundo, a proteção e a recuperação dessas espécies. E em terceiro, e derradeiro, o desenho de um modelo de desenvolvimento que assegure a utilização sustentável dos componentes da biodiversidade.

Estes objetivos não podem, entretanto, ser alcançados individualmente por um ministério ou isoladamente pelo governo.

Mas somente por meio de uma efetiva aliança e de uma consertação nacional, que deve envolver as esferas de governo federal, estadual e municipal, além dos setores acadêmico-científico, não-governamental, empresarial e a cidadania em geral.

Referência:

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Sugestão de leitura: Celebração da vida [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, 12/04/2016
"Extinção de espécies, artigo de Roberto Naime," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 12/04/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/04/12/extincao-de-especies-artigo-de-roberto-naime/.