sábado, 8 de novembro de 2014

5 sites que oferecem cursos gratuitos de desenho

Dica do

Postado por: Carolina Pignatari 

Olá pessoal do Canal do Ensino!

Gosta de desenhar? Então a gente traz algumas dicas de cursos online gratuitospara quem quer aprimorar o traço.

São sugestões para todos que sonham em transformar um hobby em profissão. E não pense que é só para se tornar desenhista de histórias em quadrinhos. Quem é bom emdesenho pode trabalhar com:

- Arquitetura e Urbanismo (a arte de projetar e organizar espaços internos e externos, de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade);

- Design de Games / Jogos Digitais (a criação e o desenvolvimento de jogos eletrônicos para diferentes mídias, como computador, videogame, celular ou internet);

- Artes (esse bacharel possui uma formação ampla na área de artes. Em todo o curso, o aluno tem contato com as diversas manifestações artísticas, como música, dança, literatura, pintura, escultura, animação, fotografia ou cinema, agregando conhecimentos para ser um profissional da arte, habilitado para trabalhar em qualquer ramo do setor);

- Artes Visuais (a criação de obras, como desenhos, pinturas, gravuras, esculturas e colagens, utilizando elementos visuais e táteis para representar o mundo real ou imaginário);

- Conservação e Restauro (reconhecer o valor histórico de uma construção e garantir que ela se mantenha bem cuidada e íntegra, conservando suas características originais durante décadas ou séculos, é tarefa desse profissional);

- Design (são as técnicas usadas na criação e no desenvolvimento de projetos gráficos e de comunicação visual e na concepção artística de peças e objetos);

- Design Gráfico (a criação de projetos gráficos para publicações, anúncios e vinhetas de TV e internet);

- Design de Interiores (a arte de planejar e arranjar ambientes de acordo com padrões de estética e funcionalidade);

- Moda (a arte de criar e comercializar peças de vestuário e acessórios, seguindo estilos e tendências);

- Engenharia de Agrimensura e Cartográfica (é o ramo da engenharia que capta e analisa dados geográficos para a elaboração de mapas).

Abaixo estão listados cinco cursos online gratuitos, videoaulas e apostilas teóricas para você se preparar melhor para ser um desenhista.


Na página Desenho Online você poderá começar a aprender mais sobre a arte de desenhar no Nível Iniciante e acompanhar as apostilas até o Nível Avançado. O site ainda tem downloads, dicas e notícias do ramo.


Nesse site há várias maneiras de se aprender mais sobre desenhos. Desde os cartoons mais clássicos até os mangás, as videoaulas poderão ajudá-lo a realizar o sonho de ser um bom desenhista.


O canal brasileiro do YouTube traz uma série de vídeos que podem auxiliá-lo na missão de criar um bom desenho. Eles ensinam a fazer caricaturas de famosos, como configurar o Photoshop e os melhores gadgets e softwares para desenhar.


Esse é para os aficionados pela cultura japonesa do mangá. O Portal Cursos separa em tópicos muito detalhados a história do estilo e ajuda qualquer pessoa a se tornar um expert no assunto.


O canal “Desenhando com Magno Brasil” é uma ótima forma online de aprender mais sobre desenhos. Os vídeos ajudam quem busca aprender temas mais específicos como “Desenhar Animais”, “Desenhar Figuras Humanas” e “Desenhar Super-Heróis”. As aulas no YouTube são bem didáticas e vão te ajudar na missão de ser um bom desenhista.

E lembrando que todos esses cursos de desenhos online são de graça. Então é só acessar e sair “rabiscando” por aí.

Link:

Doença de Parkinson

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

5 modelos de fluxograma que você pode baixar de graça

Dica do


Postado por: Gisele Helena

Olá amigos do Canal do Ensino!

Pensando em facilitar o fluxo de um processo? Conheça estes 5 modelos de fluxogramas para download gratuito que vão lhe ajudar nesta tarefa.

O primeiro fluxograma foi apresentado por Frank Gilbreth aos membros da Sociedade Americana de Engenharia Mecânica em 1921, como parte da apresentação sobre Gráfico de Processos, e desde então esse instrumento vem sendo cada dia mais utilizado para descrição de toda a sequência de etapas de um processo, rápida visualização dos momentos de decisão e identificação de entrada e saída e dados.

O diagrama de blocos, também conhecido como fluxograma linear é considerados um dos mais simples, composto apenas por blocos. Permite rápida noção da sequência de funcionamento de um processo, porém não envolve tomada de decisões.

Pensando em ajudar, o pessoal do Oficina da Net, selecionou e disponibilizou alguns modelos, confira!


Conhecido como fluxograma linear, é uma espécie de diagrama mais simples, composto apenas por blocos e não envolve tomada de decisões, permitindo uma rápida noção da sequência de funcionamento de um processo. Muito utilizado em instruções de trabalhos simples e macro fluxo de processos.


Tem as mesmas características do diagrama de blocos, com inclusão do operador de decisões.


Abrange diferentes áreas de trabalho. Torna-se extremamente útil quando localizados problemas no tempo de ciclo dos processos. Também nomeia os responsáveis por cada setor, podendo apresentar uma linha de tempo cronológica.


Tem como vantagens a rapidez de preenchimento, clareza na apresentação e a facilidade de leitura. É utilizado para descrever simbolicamente um procedimento executado por vários funcionários, cada qual desempenhando uma tarefa diferente, ou para descrever uma rotina executada por uma única pessoa.


American National Standards Institute é o mais completo, complexo e mais utilizado. É empregado em gestão de negócios e qualidade e teve origem na programação de sistemas.

Link:

Neuroimagem após injeção de psilocibina

Novo estudo com dados de neuroimagem após injeção de #psilocibina em voluntários sadios usando técnicas avançadas de análise de grafos sugere que o cérebro, durante o efeito psicodélico, entra em estados mais variados de conectividade, temporariamente formando novas redes funcionais.

Isto permite uma cognição mais fluida, com possíveis implicações no entedimento da sinestesia (fusão de diferentes modalidades sensoriais, como som e cores) e da criatividade oriunda de estados não ordinários de consciência

Plantando Consciência

Orégano ajuda hipertensos a consumirem menos sal

Por Valéria Dias - valdias@usp.br
Publicado em 7/novembro/2014

Pessoas que sofrem de hipertensão arterial apresentam maior avidez pelo consumo de alimentos com mais sal, quando comparados aos normotensos, mostra estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Os testes foram aplicados em idosos e jovens hipertensos e normotensos que degustaram pães com três teores de sal. A boa notícia é que a adição de orégano à massa modificou essa preferência, levando os participantes a preferirem os pães menos salgados. Os dados foram comprovados pela nutricionista Patrícia Teixeira Meirelles Villela em sua tese de doutorado.
Consumo de sal no Brasil chega a 12 g/dia. Recomendação é de 5 g, no máximo

“Nós conseguimos comprovar cientificamente uma recomendação culinária comum que ouvimos no dia a dia: a de substituir o sal por temperos como orégano ou ervas finas”, comenta a nutricionista. A constatação pode ajudar os hipertensos a diminuírem a quantidade de sal que adicionam na comida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária máxima de até 5 gramas de sal. No Brasil, o consumo diário pode chegar a 12 gramas.

Os testes foram realizados em 4 grupos, compostos, cada um, por cerca de 30 pessoas (homens e mulheres): idosos hipertensos, idosos normotensos, jovens hipertensos e jovens normotensos. Os participantes tiveram peso e altura mensurados (para cálculo do índice de massa corporal (IMC)), além da aferição de pressão arterial e coleta de urina 24 horas (para averiguar a excreção de sódio e potássio).

Os participantes passaram por um teste de análise sensorial onde degustaram 3 tipos de pão francês. Esses pães foram produzidos sob a supervisão de Patrícia em uma padaria da cidade de Ribeirão Preto que fornece pães para o Hospital das Clínicas da FMRP e que aceitou participar da pesquisa.

O primeiro pão era semelhante ao produzido na padaria: com teor de sal de 1,8%. O segundo tipo de pão tinha uma quantidade inferior de sal: 1,2%; e o terceiro tipo tinha uma quantidade maior de sal: 2,4%. “Para o pão ficar no ponto ideal, a quantidade de sal precisa ser muito bem dosada, pois tanto o excesso como a falta dele interferem no crescimento da massa e na textura do alimento”, explica a pesquisadora.

No primeiro experimento, cada participante provou os tipos de 3 pães, tomando um copo de 100 mililitros (ml) de água entre cada prova. Em seguida, eles responderam qual dos pães haviam gostado mais. “Os hipertensos, tanto idosos como jovens, preferiram o pão com maior teor de sal”, revela a nutricionista. Ela observou também uma tendência de os homens preferirem o pão mais salgado. O pão com mais sal foi também o preferido das pessoas que ingerem álcool. Patrícia não encontrou correlação entre a preferência pelos pães e o IMC ou o uso de tabaco.

De acordo com a nutricionista, não é possível concluir se a pessoa ficou hipertensa porque come muito sal ou se ela come muito sal pois é hipertensa. “O que se sabemos é que o número de botões presentes nas papilas gustativas[responsáveis pelo reconhecimento do sabor das diferentes substâncias]diminuem conforme a idade”, diz. Outro dado que comprova que os hipertensos consomem mais sal são os exames de urina: foi constatada uma maior excreção de sódio nos grupos dos hipertensos.

Orégano

Para o segundo experimento, foram realizados novos testes de urina e de mensuração do IMC com todos os participantes. Eles também fizeram um novo teste de degustação dos pães com os 3 teores de sal mas, desta vez, a pesquisadora adicionou orégano durante a fabricação.

A maioria dos participantes hipertensos passou a preferir o pão com orégano com teor de sal igual ao pão de padaria (1,8%). O grupo de normotensos, que no primeiro experimento escolheram o pão da padaria, passaram, no segundo experimento, a gostar mais do pão de orégano com menos sal (1,2%).

A ideia inicial da pesquisadora era utilizar vários tipos de temperos, como alho, cebola, alecrim e coentro moído, mas os padeiros a convenceram a utilizar apenas o orégano. “Trata-se de um tempero mais comum e a aceitação seria maior e não interferiria no crescimento e consistência do pão, o que poderia influenciar na escolha dos participantes.”

Repercussão internacional

A pesquisa foi apresentada nos Estados Unidos, em 2013, em São Francisco, e em 2014, em Nova Iorque, durante o Congresso Americano de Hipertensão. O trabalho teve bastante repercussão em São Francisco e a nutricionista chegou a conceder entrevistas para vários veículos de comunicação locais que ficaram interessados no trabalho. “Tanto no congresso de São Francisco como no de Nova Iorque o trabalho foi alvo de muitas perguntas e solicitações para publicação em revistas e jornais não científicos”, conta a nutricionista.

A pesquisa foi orientada pela professora Nereida Kilza da Costa Lima, do Departamento de Clínica Médica da FMRP.


Mais informações: email patvillela@usp.br, com a nutricionista Patrícia Teixeira Meirelles Villela
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25 cursos grátis de estética e beleza

Dica do
O profissional de estética é um especialista nos cuidados com o corpo, rosto e cabelo, visando à manutenção da saúde, da beleza e do bem-estar. Por meio de cosméticos e aparelhos de alta tecnologia, promove o melhoramento do aspecto da pele. Com conhecimentos da anatomia humana, realiza massagens, como drenagem linfática e modeladora, a fim de amenizar celulite, gordura localizada e outros problemas que afetam o contorno corporal. Pode ainda fazer uso de massagens e terapias alternativas, como do-in, shiatsu, fitoterapia, cromoterapia e aromaterapia. Realiza também limpeza facial, depilação, hidratação, maquiagem definitiva e bronzeamento artificial. No consultório, bacharel e tecnólogo atuam em parceria com o dermatologista ou o cirurgião plástico, tanto em tratamentos preventivos quanto no acompanhamento pós-cirúrgico. Tem capacidade para apontar os problemas de pele e encaminhar o paciente para o médico especialista. O profissional pode fazer atendimento domiciliar ou trabalhar em spas, clínicas estéticas, salão de beleza, consultórios, hospitais, academias de ginástica, hotéis e até navios.


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Por: Alexandre Pereira
Equipe Canal do Ensino

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7 documentários gratuitos sobre a História do Brasil

Dica do
A História do Brasil tem seu início comumente apontado a partir da chegada dos portugueses, quando Pedro Álvares Cabral e sua esquadra atracaram na região de Porto Seguro, em 1500.

A partir desse fato histórico, teve início a formação do país, marcado na maior parte do tempo pela conquista dos territórios dos indígenas e pela escravidão de milhões de africanos. Período colonial, período imperial e período republicano compreenderam as demais divisões desse histórico processo formativo.

A divisão da história do país foi feita levando em consideração as formas políticas adotadas na organização da população e do território. Dessa forma, temos o Brasil Colônia, período de conquista dos portugueses no Novo Mundo e, posteriormente, temos o Brasil Império, momento em que os descendentes da coroa portuguesa que haviam ficado no país tornaram a colônia independente e criaram um novo Império.

Vale lembrar que existia um período anterior à chegada dos portugueses que, apesar da inexistência de fontes históricas escritas, compõe também ações humanas essenciais para a formação da população brasileira, dizendo respeito à ocupação e desenvolvimento dos diversos povos e nações que foram denominados de indígenas.

Que tal conhecer um pouco mais da História do Brasil? Confira a seleção feita pelo Canal do Ensino especialmente para você.

7 documentários gratuitos sobre a História do Brasil


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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Biologia sintética

http://www.centroecologico.org.br/novastecnologias/novastecnologias_2.pdf

E se a tecnologia tornar desertos habitáveis

30.10.2014
Duas experiências-piloto no Saara geram energia solar, permitem cultivar em estufas refrigeradas e abrem caminho para vegetação aberta de áreas limitadas

No Ecycle

Os desertos sempre foram considerados áreas sem uso para nossa sociedade, pois não são regiões, digamos, hospitaleiras – é muito difícil prover comida, água ou abrigo para quem quiser habitar por tais bandas. Porém graças ao Sahara Forest Project, essa visão do deserto pode ficar para trás. A ideia do projeto é transformar as regiões áridas, acredite, em fontes de água, comida e energia, além de revegetá-las – tudo isso de uma maneira lucrativa, gerando empregos e desenvolvimento local.

O Sahara Forest Project iniciou suas atividades em 2009, com o objetivo de criar uma área para cultivo de alimentos de forma sustentável, utilizando recursos abundantes que estão presentes em regiões desérticas, mas que não são normalmente utilizados. São eles: CO2 e radiação solar. A água necessária é importada de mares próximos pela via de encanamentos (portanto, a água é salgada).

O projeto utiliza uma vasta quantidade de tecnologias combinadas, criadas a partir da colaboração de cientistas de diversos países. As principais técnicas empregadas nesse projeto são:

Energia térmica solar concentrada (Concentrated solar power)

Muitas plantas de usinas solares captam radiação por meio de espelhos que concentram energia do sol, gerando altas temperaturas. A partir disso, forma-se vapor a partir de reservatórios de água (no caso, da água do mar). É esse vapor super aquecido que é utilizado para mover turbinas geradoras de energia. Esse modelo consegue produzir uma grande quantidade de energia em uma pequena área. Uma área de 15km² gera aproximadamente 570 MW.
Estufas refrigeradas por água do mar

A proposta de uma estufa é prover um ambiente controlado que promova o crescimento mais favorável para plantas (inclusive comestíveis). Em condições favoráveis, as estufas conseguem, por unidade de área, uma produção de dez a 20 vezes maior que uma plantação normal. O ar quente do deserto é captado por blocos evaporativos, que têm água do mar circulando dentro deles.

O ar quente é resfriado e a evaporação produz condições de refrigeração e umidade para a estufa. Utilizando água do mar evaporada a fim de refrigerar o ambiente e umidificá-lo, o requerimento de água das plantas acaba sendo bem pequeno. Além disso, essa umidade do ar gerada é transformada em água fresca para as plantas e para ser utilizada nas instalações do empreendimento.
Revegetação e barreiras

A água do mar com concentrações maiores de sal utilizada anteriormente nas estufas é movida para uma matriz de barreiras laterais (veja figura abaixo) que também evaporam a água e criam umidade. Esse espaço umidificado é utilizado para uma vegetação ao ar livre, com isso, essas plantas se beneficiam de um ambiente mais úmido, resfriado e protegido contra ventos a partir das barreiras, possibilitando uma plantação que poderia ser cultivada em condições abertas – o que não seria possível anteriormente. Além disso, essa revegetação cria condições para um processo reverso ao da desertificação, aumentando os nutrientes contidos no solo e servindo como uma reserva de carbono (removendo CO2 da atmosfera).
Projetos

O primeiro piloto desse projeto foi realizado no Catar e inaugurado em dezembro de 2012. Essas instalações permitiram o desenvolvimento de técnicas para garantir melhor eficiência, gerando resultados melhores do que os esperados. Esse piloto tem 15 km² de área no total e seu grande sucesso criou uma possibilidade de expansão para projetos maiores.

Com esse sucesso, um acordo com a Embaixada Real Norueguesa foi realizado em julho, em Amman, capital da Jordânia, com a finalidade de construir uma instalação de lançamento para o Sahara Forest Project, em Aqaba, também na Jordânia.

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Perguntas e Respostas sobre Sarampo

O Sarampo


1. O que é o sarampo?

É uma doença viral exantemática, aguda, grave, transmissível e de alta contagiosidade. O sarampo é considerado uma antroponose (circulação exclusiva inter-humana) que atinge ambos os sexos indistintamente. É causa de muitos sofrimentos e mortes entre crianças menores de 5 anos, sobretudo as desnutridas e de países subdesenvolvidos, em vista das suas frequentes complicações.

2. Quais são as manifestações do sarampo?

Em geral, é febre alta, que inicia entre 10 e 12 dias após a exposição ao vírus, e permanece cerca de 4 a 7 dias, exantema (manchas vermelhas), coriza, tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes, conjuntivite e pequenas manchas brancas no interior das bochechas (manchas de Koplic), que se desenvolvem na fase inicial da doença. O exantema, inicia no pescoço, face, tronco e membros superiores, durante três dias, com disseminação atingindo mãos e pés, permanecendo entre 5 e 6 dias.

3. Qual é o modo de transmissão do sarampo?

O sarampo é transmitido pelo contato com as secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. A infecção se produz por disseminação de gotículas (secreção orofaringe - saliva, espirros) ou pelo contato direto com o doente.

4. Qual é o período de incubação do sarampo?

Em média de 7 a 18 dias.
Geralmente de 10 dias, podendo variar entre 7 e 18 dias, desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. (Guia de Vigilância Epidemiológica 2014)

5. Qual é o período de transmissão do vírus do sarampo?

Inicia-se de 4 a 6 dias antes do exantema e dura até 4 dias após seu aparecimento. O
período de maior transmissibilidade ocorre entre os 2 dias antes e os 2 dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível. (Guia de Vigilância Epidemiológica 2014)

Situação epidemiológica

6. Qual é a situação do sarampo no mundo?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mesmo com a diminuição de 78% das mortes por sarampo no mundo (de 562.000 mortes no ano 2000 para 122.000 em 2012), a doença ainda é muito comum em muitos países, principalmente Europa, África e Ásia. Mais de 20 milhões de pessoas são afetadas por sarampo a cada ano.

7. Quando foi a última epidemia do sarampo no Brasil?

Antes da introdução da vacina nos programas de imunizações, ocorriam surtos de sarampo a cada 3-6 anos. A última grande epidemia de sarampo no Brasil ocorreu em 1997, com mais de 53 mil casos confirmados e 61 óbitos, dos quais 60% foram em menores de 5 anos de idade. A maioria dos casos ocorreu em não vacinado ou naquele que recebeu apenas uma dose da vacina. Em 1999, foi instituído o Plano de Erradicação do Sarampo com a meta de interromper a transmissão do vírus desta doença no território nacional até o ano 2000. Como resultado da adoção de várias estratégias de vacinação foi eliminado a circulação do vírus do sarampo no Brasil. Atualmente a susceptibilidade é para os grupos de crianças de 1 a 6 anos de idade e pessoas que viajam para o exterior não vacinadas. Desde o ano 2001 não ocorre caso autóctone no país, ou seja, apenas casos importados ou relacionados à importação do sarampo advindo de regiões endêmicas.

8. Qual é a situação atual do sarampo no Brasil?

No Brasil, os últimos casos autóctones de sarampo ocorreram no ano 2000 e desde então, os casos registrados eram importados ou relacionados à importação. Entretanto, em 2013 e 2014 (até SE 43), foram confirmados 755 casos da doença no país, com maior concentração nos estados de Pernambuco e Ceará, sendo as crianças menores de cinco anos as mais acometidas.

A campanha de vacinação

9. Qual é o objetivo da campanha nacional de vacinação do Brasil? 

Consolidar a estratégia de eliminação do sarampo, captando os não vacinados para corrigir prováveis falhas vacinais primárias e eliminar os suscetíveis.

10. Qual a população alvo para a campanha de seguimento?

A vacinação será indiscriminada, independentemente do antecedente vacinal ou doença, para as crianças na faixa etária de 1 a menores de 5 anos de idade (4 anos 11 meses e 29 dias).

11. Qual a estimativa de pessoas que irão se vacinar durante a campanha e qual a meta a ser alcançada?

A população alvo da campanha é de 10.927.330 de crianças. A meta é conseguir coberturas de vacinação de 95% ou mais em todos os municípios do Brasil para a população alvo da campanha

12. Quando e onde se realizará a Campanha de Seguimento contra o Sarampo no Brasil?

A campanha será realizada em todos os municípios brasileiros, no período de 8 a 28 de novembro de 2014, tendo os dias 8 e 22 de novembro os dias de mobilização nacional.

13. Onde e quando as crianças poderão ser vacinadas?

No período de 8 a 28 de novembro, a vacinação ocorrerá em todas as unidades básicas de saúde, em todos os postos de vacinação e em também locais estratégicos para facilitar o acesso à vacinação.

14. Por que toda a população alvo deverá ser vacinada independentemente do estado vacinal anterior e ou antecedente de ter tido a doença?

Porque 5% das pessoas que já foram vacinadas não desenvolveram a imunidade ideal. Uma dose adicional prevê outra oportunidade para alcançar a proteção requerida para o sarampo. Além disso, muitas doenças têm manifestações idênticas ao sarampo, pelo qual o antecedente de enfermidade exantemática não indica que a pessoa teve sarampo.

15. Por que é necessário alcançar coberturas de vacinação próximas aos 100%?

Para eliminar a circulação do vírus se requer “imunidade total”. O custo é alto para realizar o exame de laboratório para identificar quais pessoas não têm anticorpos contra o sarampo, ou seja, são suscetíveis à doença. Esta é uma campanha de consolidação da eliminação, pela qual, é necessário vacinar no mínimo 95% do público alvo para que se possa impedir a reintrodução do vírus em todo o País.

A Vacina

16. Qual vacina se aplicará durante a campanha?

Nesta campanha, será utilizada vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola (atenuada)).

17. Qual é a segurança e eficácia da vacina?

A vacina tríplice viral é muito segura e tem uma eficácia maior que 95%, em média. A resposta máxima de anticorpos se observa entre os 14 e 21 dias depois da vacinação e existem estudos que indicam que a imunidade se mantém por toda a vida. É uma vacina pré-certificada por organismos internacionais que cumprem todos os controles de qualidade, normas e regulamentos nacionais.

18. Como se aplica a vacina?

A vacina é administrada por via subcutânea, na região do deltóide na face ântero- lateral externa do braço.

19. A que temperatura se conserva a vacina?

Para garantir a eficácia da vacina, esta deve ser mantida em condições adequadas de refrigeração e conservação entre +2ºC e +8ºC. Uma vez reconstituída deve ser administrada no prazo máximo de 8 horas.

20. Que eventos poderiam provocar a vacina contra o sarampo, caxumba e a rubéola (tríplice viral)?

Quanto à vacina tríplice viral, as manifestações são leves e desaparecem em poucos dias, sendo que as reações mais comuns são febre ou dor no local da administração e geralmente são bem toleradas.

21. Quais situações indicam o adiamento da vacinação?

 Crianças doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina. 
 Crianças em uso de imunoglobulina, sangue e derivados a vacinação deverá ser adiada por 3 a 11 meses, dependendo do hemoderivado e da dose administrada, devido a possíveis prejuízos na resposta imunológica.
 Crianças em uso de corticosteroides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com intervalo de pelo menos 1 mês após a suspensão da droga.
 Crianças em uso de quimioterapia antineoplásica só devem ser vacinadas 3 meses após a suspensão do tratamento.

22. Em quais situações a vacinação é contraindicada?

 Crianças com história de reação anafilática à dose anterior da vacina.
 Crianças com imunodeficiências congênitas ou adquiridas. Na possibilidade de exposição ao vírus selvagem avaliar beneficio-risco individual.


Link:

Rede social para professores disponibiliza 300 mil planos de aula

Dica do


TES (sigla em inglês para Times Educational Suplement) é uma plataforma digital de compartilhamento de conteúdos feitos por professores para professores.

Com mais de 1,8 milhão de membros, distribuídos em 197 países, a ferramenta tem disponível mais de 300 mil planos de aula. Em quatro anos de existência, consolidou-se como a maior rede social de docentes do mundo.

De acordo com o editor do TES, Gerard Kelly, o aumento no número de usuários ocorreu de forma espontânea. A vocação para compartilhar conhecimentos tem motivado professores de outros países, além da Inglaterra, a utilizarem os arquivos hospedados pelo site.

Atualmente, os Estados Unidos ocupam o segundo lugar no número de usuários, seguido de Canadá, Austrália, Espanha e Índia. Isso se deve, segundo Kelly, ao fato do site estar inteiramente em Inglês. No Brasil, cerca de 50 mil professores já fazem parte da rede.

Como funciona

Uma equipe de especialistas em diferentes áreas do conhecimento é responsável por triar o material postado pelos professores. Kelly afirma que quando é detectado algum arquivo com direitos autorais, ele é automaticamente eliminado. Caso contrário, tudo pode ser usado e remixado por outros professores.

A página possui ainda um banco de vagas de emprego na área da educação, com oportunidades em diferentes países. Fóruns de discussão, onde os professores podem discutir ideias e ranquear os melhores materiais, completam a proposta.

Para fazer parte da rede, basta cadastrar-se e criar um perfil de usuário. Todo o serviço é gratuito.

Clique aqui para acessar a página do TES

Link:

8 recursos de estudo gratuitos para quem vai fazer o TOEFL

Dica do
Alguns cursos universitários realizados no exterior exigem uma certificação em inglês. Esta certificação pode ser adquirida realizando o teste TOEFL (Test of English as a Foreign Language) que é respeitado no mundo e reconhecido por mais de 9.000 instituições de ensino superior, universidades e agências em mais de 130 países, incluindo Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.

O que você usará na sala de aula poderá ser comprovado pelo teste TOEFL mostrando sua proficiência na língua inglesa. No teste, você poderá ler um trecho de um livro escolar e ouvir uma palestra para então falar ou escrever a resposta, da mesma forma que faria em uma sala de aula.

Antes de começar a estudar veja quem faz o teste TOEFL:
Estudantes que planejam estudar em uma instituição de ensino superior
Admissões e conclusões de programas de aprendizado da língua inglesa
Candidatos a bolsa de estudo e certificação
Estudantes da língua inglesa que desejam monitorar o próprio andamento
Estudantes e trabalhadores solicitando vistos

Se você se enquadra em um dos itens acima ou somente deseja realizar o teste TOEFL comece a se preparar utilizando estes 8 recursos de estudo gratuito, oficialmente disponibilizados pela organizadora TOEFL:


Há plataformas multimídia com exemplos de questões e material preparatório. Atualizado constantemente, o site também traz a lista de instituições que aceitam o certificado e dá para saber mais sobre como funciona a pontuação no teste.


A plataforma traz questões de provas anteriores, para que o estudante teste seus conhecimentos. É possível praticar a parte de leitura, escrita e também de compreensão já que dá para baixar 2 volumes com arquivos de áudio. As questões de expressão oral também estão disponíveis para que o estudante possa se preparar e conhecer o formato da prova.


A série de cinco de vídeos traz uma análise mais aprofundada das etapas de escrita e expressão oral do TOEFL. O estudante pode ver como a questão é apresentada, o tamanho médio que os textos escritos devem ter, e também pode ver um exemplo de resposta que recebeu a avaliação máxima. No vídeo também são apresentadas dicas para se dar bem nestas duas etapas.


Interessados em montar um plano de estudos até para o dia da prova podem usar o Test Prep Planner que traz um calendário com 8 semanas de preparação e dicas de estudos. Informações relativas às 4 etapas da provas e sobre a metodologia de pontuação também estão disponíveis, assim como dicas de atividades para melhorar as habilidades necessárias para ser aprovado no TOEFL.


O programa é personalizado de acordo com os interesses de cada estudante. Por meio dele também é possível receber dicas úteis para quem pretende morar em um país estrangeiro para estudar e informações a respeito de vistos e oportunidades acadêmicas. Como todas as informações estão em inglês o estudante acaba praticando a leitura no idioma.


A página do TOEFL na rede social tem atividades de aprendizado e dicas de estudo para melhorar o desempenho no dia da prova.


O canal hospedado no Youtube tem vídeos de professores de inglês, de quem já fez a prova e também de representantes de instituições que aceitam o certificado. É possível conferir as melhores práticas de estudo e outras dicas para conquistar o TOEFL.


Para quem ainda não está afiado no idioma começar pelos catálogos em português pode ser uma boa alternativa. Nele estão reunidos todos os recursos para entender a prova e que ajudam na hora de se preparar para o teste e ter um bom desempenho no dia. Quem preferir pode assistir ao vídeo em inglês.

Bons Estudos!

Link:

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Baixe livros de graça para seu Kindle

Dica do

Postado por: Carolina Pignatari

Olá leitores!

Gosta de ler um bom romance? Ou quem sabe uma biografia? Ou precisa ler para fazer alguma prova? Então se liga nessa dica de mais um serviço gratuito.

Se você costuma ler livros em aparelhos e-readers como Kindle ou Kobo, pode comemorar. O site One Hundred Free Books (OHFB) conta com diversas obras para serem baixadas no seu leitor sem pagar nada.

Para usar a ferramenta (em inglês) é simples, mas é preciso ficar atento e ser rápido. O OHFB procura as obras que são disponibilizadasgratuitamente por autores e editoras, mas isso dura apenas alguns dias. Por isso, ao encontrar um livro que você quer, é recomendável baixar na hora; afinal, não se sabe quando ele deixará de ser grátis.

Para facilitar, você pode conectar o OHFB com suas redes sociais e eles avisam quando o livro que você quer está disponível. E mais, você pode colocar seu email e também ser notificado se o livro que você quer pode ser baixado gratuitamente ou não.

O site também tem um blog e fóruns de discussão para aficionados em livros.

Sobre o Kindle

Os aparelhos e-readers como Kindle, vem se tornando uma ótima opção para quem gosta de ler vários livros ao mesmo tempo, sem precisar carregar peso. Já imaginou levar apenas um aparelhinho de algumas gramas no lugar de quilos de livros, e ainda com capacidade maior de armazenamento de informações? Isso sem contar na facilidade de poder ler no ônibus e até carregar no bolso!

Esses leitores também permitem anotações e marcações no livro. Desse modo, se você está lendo alguma coisa mais didática ou técnica, já pode escrever no aparelho mesmo, sem precisar de papel. Outra funcionalidade é ter à disposição dicionários de línguas e significados. É só tocar na palavra desejada, que o aparelho mostra o significado.

Agora você pode ter uma biblioteca em suas mãos!

Boa leitura.

Link:

Conheça as consequências da falta de sono

No papel, MACONHA - por que no vaso não?

Nanotecnologia


http://www.centroecologico.org.br/novastecnologias/novastecnologias_1.pdf

Una planta de la medicina tradicional china combate el dolor crónico.

http://www.profitocoop.com.ar/articulos/chinese-chronic%20pain-2.pdf
 

O Ensino de Ciências na Bahia II

29/10/2014

Projeto de horta, de horto, de dança. Jardim de plantas do semi-árido, plantas medicinais. Todo o ensino de ciências é desenvolvido a partir da experimentação na Escola Municipal Umburana, em Senhor do Bonfim, cidade com 80 mil habitantes a quase 400km da capital da Bahia. Na escola do campo, há 11 professores, 15 funcionários e 210 estudantes. Trabalham com o método científico, levantando hipóteses, fazendo a verificação experimental e pesquisas bibliográficas. 
Isso é possível através de um trabalho conjunto com as universidades próximas - Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), que colaboram oferecendo experimentoteca, laboratórios e aulas itinerantes. "Em contrapartida, nossa escola é útil para as universidades como espaço experimental para trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses", conta a professora Elisângela dos Santos Silva que apresentou seu trabalho com alunos do 6º ao 9º ano durante o X Seminário ABC na Educação Científica, promovido pela Academia Brasileira de Ciências e realizado na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). 

Referindo-se a um trabalho sobre ervas medicinais, a professora relatou que o conhecimento popular, levado pelos alunos e funcionários, foi considerado na formulação das hipóteses e que todos trabalharam como uma equipe. 

"Os alunos entrevistaram os familiares sobre os tratamentos naturais. Eles digitaram as receitas no único computador da escola e levaram as plantas. Cada um ficou responsável por cuidar do espécime que levou. Foram todos plantados e os alunos criaram um sistema de irrigação com garrafas pet e arame", informou Elisângela. O trabalho foi crescendo e o grupo de estudantes desenvolveu um mapa do povoado. "Eles entrevistaram todas as pessoas que puderam para levantar mais informação sobre as plantas medicinais e conseguir mais mudas. Agora, estamos produzindo um livro."

Considerando que a escola não tem internet e que os livros existentes são velhos e desatualizados, o trabalho da equipe é realmente um sucesso. Para tanto, as atividades vêm contando com o apoio de outros professores, também participantes do Programa ABC na Educação Científica, que atuam em escolas maiores e fazem doações. "Nós mostramos nossos resultados em todos os eventos e congressos que podemos. Assim, podemos conseguir mais apoio", argumentou Elisângela. 
"Eu acredito que o aluno não é apenas um espectador e que o professor aprende muito mais do que ensina. Acredito no professor que provoca a curiosidade de seus alunos, acredito em uma educação pública de qualidade", afirmou Elisângela, que é licenciada em ciências da natureza pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Ela cursa pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável do Semiárido com Ênfase em Recursos Hídricos pelo Instituto Federal Baiano (IF-Baiano) e em Docência no Ensino Superior pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). É supervisora do Programa Institucional do Programa de Iniciação à Docência do curso de Licenciatura em Ciências Agrárias (PIBID/LICA) do IF-Baiano. 

Qualificando professores de escolas em Itabuna
No ano de 2009, a professora Taciana Gama passou a integrar a coordenação do Programa ABC na Educação Científica - Mão na Massa, que foi implantado na Secretaria de Educação de Itabuna, na Bahia, para atender crianças de 8 a 13 anos do ensino fundamental, como projeto de extensão da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Esse programa da Academia Brasileira de Ciências tem origem nas políticas de educação francesa, especificamente o programa "La main a la patê", conduzido na Bahia com a assessoria da Centro de Divulgação de Ciência e Cultura da Universidade de São Paulo (CDCC/USP).

Na Secretaria de Educação de Itabuna, Taciana trabalha com Daniela Dias Borges na formação de professores. O trabalho foi iniciado numa escola piloto - o Centro de Atenção Integral a Criança Jorge Amado (CAIC), onde mantinham encontros formativos quinzenais com professores e alunos na execução das agendas. Depois, houve uma tentativa de expansão - são 1443 escolas na região de Itabuna -, mas Taciana contou que encontraram muita resistência dos professores. "Eles diziam que implementar essa metodologia 'dá muito trabalho', que é mais difícil, têm preencher muitos relatórios... enfim, não tinham interesse." 

Ela explicou que a realidade escolar na região é muito precária. "Tem escolas que nem ensinam ciências, cumprem o horário com mais aulas de português, mais matemática... Conseguimos apenas mais duas escolas interessadas - a Escola Raimundo Jerônimo Machado e o Centro Social Urbano (CSU)", relatou Taciana, acrescentando que quando os diretores são comprometidos, fica mais fácil. "Tem diretores que dizem que querem que sua escola participe, mas não liberam os professores na hora da formação. O calendário escolar não contempla o projeto, então nunca há tempo, porque tem festa disso, reunião daquilo... E os professores têm muita dificuldade."

Persistentes, Taciana e Daniela começaram, em 2011, a fazer o trabalho direto com as turmas, tentando envolver os professores. Mas embora os alunos adorassem as atividades, os professores não se envolviam. "Não tínhamos recursos, não tínhamos apoio, não tínhamos ajuda", recorda Taciana. A partir de 2012, então, começaram a tentar trabalhar em parceria com professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), principalmente através da professora Sandra Abreu e com os professores Luciana Sá, Viviane Briccia e Geraldo Fonseca. A parceria com Angelina Orlandi, do CDCC-USP, também ajudou. 

Uma vez por semana, três professores da UESC passaram a ir para Itabuna e se reunir com estagiários da Secretaria. Discutiam os desafios do dia a dia na escola e a interação ajudou muito. Os estagiários replicavam as discussões nas escolas e a multiplicação foi acontecendo. "No programa ABC na Educação Científica os professores são convidados a participar, não são obrigados. Há muitos projetos do governo federal, por exemplo, que as escolas têm, obrigatoriamente, que implementar", observou Taciana. E aí o trabalho deslanchou. "Em 2013 houve a inserção de 16 escolas no programa, com revezamento de oito a cada semestre", relatou a professora. 
Na visão de Daniela Dias Borges, que é coordenadora pedagógica do Programa ABC na Educação Científica - Mão na Massa pelo projeto de extensão da UESC, seu primeiro contato com o programa foi inspirador: ela logo percebeu que ele "cabia bem" no cotidiano daqueles alunos. "E hoje vejo como é importante que a metodologia do ensino de ciências por investigação seja transformada numa política pública, de Estado. Os alunos adoram, porque todas as atividades sempre começam sempre de coisas que eles veem no cotidiano. Eles dizem que 'aprender parece brincadeira'."

Pedagoga graduada, com especialização em educação infantil pela UESC, Daniela já deu aula na pré-escola, na educação de jovens e adultos (EJA) e coordenou outros programas na Secretaria de Educação de Itabuna. Ela constata que, entre 2008 e 2014, muitos foram os avanços. "Os professores estão aos poucos abraçando o programa. Agora, precisamos de políticas públicas para garantir sua expansão e manutenção. A parceria com a universidade é fundamental, através dela conseguimos validar nosso trabalho. E a aproximação da universidade com a comunidade é muito importante, até para abrir os horizontes dos alunos, que passam a considerar a possibilidade do ensino superior como mais acessível para ele", concluiu a coordenadora. 

Educação científica através da investigação em Salobrinho
Professora adjunta do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Viviane Briccia foi uma das organizadoras do X Seminário Nacional do Programa ABC na Educação Científica. Formada em física e doutorada em educação pela Universidade de São Paulo (USP), tem experiência docente na disciplina de física no ensino fundamental, médio e superior. Atualmente, tem especial interesse na formação de professores de ciências através do ensino por investigação.

Seu trabalho na UESC é muito novo ainda. Viviane está construindo uma equipe de pesquisa, que no momento conta com quatro alunos de mestrado. A carga horária é pequena, mas eles têm difundido muito a questão do ensino por investigação, inclusive através de atividades de formação continuada que têm desenvolvido com professores da Escola Municipal do Salobrinho, bairro carente próximo da UESC. "Os professores de lá têm muito interesse, foi deles a iniciativa de procurar o apoio da universidade."

As atividades de formação estão indo de vento em popa - já desenvolveram três tópicos: o ar, a fotossíntese e uma discussão sobre o ensino por investigação versus o ensino tradicional. "Nas formações, os professores agem como aprendizes, realizam as atividades e depois trabalhamos questões teórico-metodológicas. Além disso, fazemos um acompanhamento das suas atividades de ensino por investigação nas salas de aula". 

Viviane conta que os estudos envolvem um processo de alfabetização científica, de acordo com o contexto local, a construção de argumentações científicas e a inserção da astronomia nos anos iniciais. "Trabalhamos muito com leitura e literatura infantil no primeiro segmento", informou a pesquisadora.

Articulando pesquisa e ensino, a equipe de Viviane Briccia é responsável por dois novos cursos de mestrado na UESC desde 2013: um em ensino de ciências (PPGEC) e outro de formação de professores da educação básica (PPGE).

Elisa Oswaldo-Cruz para Notícias da ABC)

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O ensino de ciências na Bahia I

24/10/2014

Estimular atividades de educação em ciências no Brasil é o principal objetivo do Programa ABC na Educação Científica, que completou seu décimo ano em 2014. O evento anual foi realizado entre 9 e 11 de outubro, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) em Ilhéus, na Bahia. Desenvolvido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e instituições parceiras, este é o mais antigo programa brasileiro, em execução contínua, que tem como foco a promoção e o fortalecimento do ensino de ciências no país.

Ciências em Serrinha
Durante o evento, a coordenadora pedagógica do Centro de Educação Científica de Serrinha, na Bahia, Joseane Souza palestrou sobre o ensino de ciências que acontece desde 2010 na instituição.

O Centro de Educação Científica de Serrinha (CECS) é baseado no conceito do Instituto Internacional de Neurociências de Natal (RN), sendo pioneiro em formação científica no interior da Bahia. O projeto tem apoio do neurocientista e Acadêmico Miguel Nicolelis e visa promover a inclusão social, pela via da fundamentação científica e da ampliação da cidadania. Veja sua apresentação no vídeo intitulado "Flores nos Cactos de Serrinha"

O CECS atua em horários complementares à escola regular, atendendo os alunos s quatro vezes por semana. Um dia é reservado para os professores fazerem avaliação e planejamento. Uma vez por mês, os educadores do CECS recebem os professores da rede pública para orientar o ensino de ciências nas escolas da região. 

De acordo com Joseane, o Centro recebe alunos do ensino fundamental II da rede pública, com idades entre 10 a 18 anos. Grande parte desses jovens mora na zona rural, na região do Sisal, e tem pais não alfabetizados. "Nosso projeto não é de iniciação científica, mas sim de educação científica. Os conteúdos não são um fim, mas são um meio para a ampliação da cidadania e do conhecimento em ciência", explicou a professsora. 

O projeto de educação científica é baseado em oficinas que envolvem ciência, tecnologia, química, história, robótica, biologia, meio ambiente, arte e comunicação. Os conceitos trabalhados nas oficinas resultam em "engenhocas" produzidas pelos alunos, em projetos individuais e grupais, vinculados à solução de problemas dos seus contextos sociais.

As "engenhocas" e trabalhos realizados durante as oficinas são apresentados para os pais dos alunos e visitantes na Mostra de Trabalho, realizadas no final de cada semestre. Na Mostra, os professores supervisionam os alunos, que apresentam aos visitantes os resultados de suas atividades. 

"As Mostras de Trabalho e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia fazem parte dos nossos rituais. Nelas os alunos assumem papéis diferenciados, que se relacionam à organização e manutenção dos espaços e equipamentos, a recepção dos visitantes, a monitoria das oficinas e laboratórios, e a coordenação de propostas interativas com o público visitante. A proposta do programa de educação científica é que os jovens entendam o ambiente em que vivem e se apropriem dos conhecimentos passados pelo projeto", declarou Souza. 
A palestrante seguinte foi a representante do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Patricia Maria Mitsuka, que apresentou o trabalho que está desenvolvendo na universidade. O projeto de pesquisa de ecologia aquática, idealizado pelo grupo de pesquisa em ecologia do semiárido, é voltado para ciência, educação e cidadania. 

Mitsuka conta que o interesse em desenvolver um trabalho voltado para a educação científica veio de casa."Meu filho de apenas cinco anos começou a me fazer questionamentos que me inspiraram a desenvolver o projeto de educação científica por investigação. Depois de uma enxurrada de perguntas que me deixaram sem resposta, fiquei pensando: 'Como é que eu vou explicar isso? ' O instinto materno falou forte. ", contou Mitsuka. 

Associado com a pesquisa de levantamento da riqueza de espécies em reservatórios e demais ambientes localizados na região Sudoeste do Estado da Bahia, o projeto de educação científica tem a proposta de trabalhar educação ambiental com crianças de 3 a 10 anos - fase em que a curiosidade está mais aguçada. "O projeto ainda está em desenvolvimento. Mas o objetivo é, através das pesquisas, instigar a curiosidade e o senso crítico das descobertas nas crianças. Ou seja, ensinar ciência através da investigação", revelou Mitsuka. 

Formando professores de física na UFBA
O professor José Fernando Moura Rocha apresentou a proposta do Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia (UFBA), voltada para o curso de formação de professores. Ele relatou que o curso noturno de licenciatura em física da UFBA surgiu como resposta ao processo de esvaziamento por que passava o curso diurno de física, em meados da década de 1990.

"Com a diminuição do número de alunos matriculados e pela redução do número de alunos concluintes, resolvemos mudar a grade curricular e oferecer o curso em outro turno. Percebemos que a maior parte dos alunos trabalhava e por isso não se dedicava ao curso", contou Rocha.

A nova matriz curricular trouxe várias inovações importantes, entre as quais a criação de quatro novas disciplinas, denominadas físicas básicas. Essas matérias são oferecidas paralelamente às tradicionais físicas gerais e experimentais. "Essa mudança foi relevante. Provocou questionamentos sobre as opções que oferecíamos aos alunos, de modo a garantir o espaço para discutir os processos de construção do conhecimento científico", comentou Rocha.

Segundo Rocha, o curso noturno de licenciatura da UFBA foi um projeto bem sucedido. Muitas das inovações incluídas na sua estrutura curricular, apesar de polêmicas, mostraram-se plenamente acertadas. O currículo envolve 41% de conteúdos de física, 23% de conteúdo de educação, além de matemática, computação, química, filosofia, estudos de meio ambiente e outros conteúdos de opção dos alunos. "O novo curso revelou-se uma proposta original, aplicável também ao currículo do bacharelado", afirmou.

(Layssa Soares para NABC)

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Biofertilizantes


http://www.centroecologico.org.br/cartilhas/Biofertilizantes.pdf

Biodigestor beneficia famílias rurais do Brasil e evita extração de madeira da mata nativa

Mais de trezentas famílias do país serão beneficiadas com Projeto da ONG Diaconia e Fundo Socioambiental da CAIXA

“Disseminar a Tecnologia Social dos biodigestores em pequenas propriedades, a partir de resíduos orgânicos provenientes de atividades pecuárias em escala familiar” é o objetivo do Projeto “Biodigetor: uma tecnologia social no Programa Nacional do Habitação Rural” promovido pela ONG Diaconia com o apoio do Fundo Socioambiental da CAIXA. O Biodigestor é uma tecnologia originária da Índia e China, que foi adaptada para as condições do Semiárido Brasileiro e vem mudando a realidade de famílias agricultoras.

O projeto busca alternativas que favoreçam a vida das pessoas que convivem na região semiárida, facilitando a execução de atividades simples, como cozinhar. Embora muitas famílias rurais já possuam fogão a gás adaptado para o botijão, ainda é comum a utilização de lenha e carvão; prática que coloca uma forte pressão no processo de degradação do meio ambiente através da extração de madeira da mata.

Além do impacto ambiental, o uso de lenha e carvão afeta a saúde das pessoas, principalmente das mulheres que assumem a responsabilidade de cozinhar, mas crianças e idosos também são afetados com frequência, pois permanecem mais tempo em casa e assim sofrem com a fumaça que causa problemas respiratórios.

Para preservar a saúde das pessoas e conservar o meio ambiente, a Diaconia está implementando essa tecnologia, considerada de baixo custo, de fácil manejo e que apresenta resultados relevantes ao bem estar social e econômico. A expectativa do projeto é que em dois anos sejam beneficiadas 335 famílias agricultoras residentes nas moradias financiadas pelo PNHR, em 23 municípios, localizados em 06 Estados da Federação – Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sendo 24 famílias na Bahia; 50 em Minas Gerais; 50 em Goiás; 35 em Santa Catarina; 56 no Rio Grande do Sul e 120 em Pernambuco.

A utilização do biodigestor além de beneficiar a saúde das famílias e ajudar a conservar o meio ambiente, também gera uma economia real mensal de R$ 75,00 por família, considerando que cada uma gasta, em média, um botijão e meio de gás butano por mês. Ao ano a família economiza R$ 900, 00.

DIACONIA E EXPERIÊNCIA COM BIODIGESTORES:

Essa tecnologia teve origem na Índia e China e foi adaptada ao Semiárido Brasileiro. Em 2011, a experiência do Biodigestor desenvolvida pela ONG Diaconia ganhou o Prêmio Melhores Práticas em Gestão Local promovido pela CAIXA, ficando entre as 08 Melhores Práticas do País; Atualmente a experiência está entre as 48 Mundiais, passando a integrar o Banco de Dados da ONU/Habitat pelo desenvolvimento da tecnologia de baixo custo e capacidade de multiplicação em diferentes regiões do mundo.

O Biodigestor

Tecnologia que possibilita a produção de gás inflamável (biogás) através da fermentação do esterco animal. Esta é a proposta do Biodigestor, fonte de energia complementar (ou alternativa) utilizada em substituição à lenha, ao carvão vegetal e ao gás liquefeito de petróleo (GLP – gás de cozinha comprado em botijões), cujo impacto sobre o meio-ambiente é maior. A utilização do biogás traz importantes ganhos ambientais, pois reduz a emissão de gases do efeito estufa e minimiza a pressão sobre o bioma Caatinga, além de representar uma importante economia para as famílias agricultoras.

O processo de geração de biogás é simples. Depois de recolhido, o esterco do gado é colocado dentro da “caixa de carga”, de onde segue para o “tanque de placas”, local em que transforma-se numa fração gasosa (o biogás), outra líquida e uma terceira sólida. As duas últimas frações, descartadas através da “caixa de descarga”, são subprodutos que também podem ser utilizados na fertilização do solo para agricultura.

Algumas vantagens do uso do biogás (metano) a partir de biodigestores incluem:

a. A diminuição do uso de madeira da Caatinga para queima;

b. A diminuição de casos de doenças respiratórias em pessoas que usam fogão à lenha ou carvão em suas residências;

c. Economia de R$ 900,00/ano/família com a compra de botijões de gás butano;

d. A diminuição da liberação do gás metano na atmosfera, ao considerar que no lugar de ser liberado naturalmente, passa a ser queimado no fogão;

e. A gestão de recursos (esterco animal, gás, adubo orgânico), fortalecendo a economia familiar e a produção agrícola e de forragem;

f. A integração de tecnologias de produção de energia com a produção agrícola e pecuária;

g. A melhoria na sanidade animal resultante da limpeza permanente nos currais e chiqueiros, bem como a diminuição significativa da infestação dos animais por ecto e endoparasitas;

h. A mobilização social presente no processo de construção do biodigestor que envolve a organização e processos educativos ecológicos com caráter de sustentabilidade, bem como a reaplicabilidade desta tecnologia social.

Em 2011, a Diaconia foi agraciada com o Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local 2011/2012 com o projeto “Biodigestor: um jeito inteligente de cuidar do Meio Ambiente!”. O objetivo do Prêmio é reconhecer, divulgar e incentivar a reaplicação de iniciativas inclusivas, inovadoras e sustentáveis que contribuem para a melhoria da condição de vida dos brasileiros: http://www.youtube.com/watch?v=v3D8BP8l_L0

A implantação de biodigestores é plenamente viável, a partir do armazenamento, manejo e utilização do gás metano produzido pelo processo de decomposição do esterco dos animais que existem nas propriedades rurais. Além disso:

· A sua utilização reduz a poluição do ar e minimiza a degradação ambiental, através da diminuição do uso de carvão vegetal e lenha;

· É de fácil multiplicação porque as famílias e as comunidades são capacitadas para a sua construção;

· É economicamente viável porque o seu custo não é elevado (01 biodigestor tem custo médio de R$ 2.700,00, incluído a mão-de-obra) e substitui a compra de botijões de gás butano (gasto de R$ 75,00 por família/mês e anual de R$ 900,00);

· Em 03 anos e 04 meses, pelo fato de não ter a necessidade de comprar gás butano, a família economiza o valor equivalente ao investimento do biodigestor;

· A estimativa de durabilidade do biodigestor é de aproximadamente 20 anos;

· Ao longo de 20 anos chega-se a uma economia por família de R$ 19.000,00, o que corresponde 06 (seis) vezes e meia o seu valor de investimento inicial;

· O processo de implantação do Biodigestor viabiliza condições para a criação de um programa de difusão e implantação dessa tecnologia como uma estratégia de mitigação, de forma ampla, do efeito estufa;

· Esta tecnologia integra o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), pois ela é socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente correta.

A Diaconia

Com quase 50 anos de história, a Diaconia é uma organização social brasileira, sem fins lucrativos e de inspiração cristã, que tem por objetivo a promoção da justiça e do desenvolvimento social no Brasil. Fundada em 1967, a entidade concentra, hoje, sua atuação em três estados do Nordeste – Ceará (CE), Pernambuco (PE) e Rio Grande do Norte (RN). É na região detentora do menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país que a Diaconia foca o seu trabalho e lança esforços pela efetivação de políticas públicas de promoção e defesa de direitos.

“Relações de gênero”, “Geração de trabalho e renda”, “Meio ambiente e clima”, “Direitos das juventudes”, “Direitos da infância” e “Soberania e Segurança Alimentar, Nutricional e Hídrica” são as linhas estratégicas dos projetos abraçados e capitaneados pela organização, que atua tanto em áreas urbanas quanto rurais. A promoção e defesa dos Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCAs) inspiram e embasam ações nas dezenas de municípios atendidos pela entidade.

Por Eliane Mamede, Diaconia

Publicado no Portal EcoDebate, 31/10/2014

Saiba por que não devemos desperdiçar as cascas dos alimentos

22 Outubro 2014


O Dia Mundial da Alimentação foi lembrado, no último dia 17. Para marcar a data, o Ministério da Saúde chama a atenção para o mau hábito de desperdiçar as cascas de frutas e verduras. De acordo com a nutricionista do Hospital Federal Cardoso Fontes, vinculado ao Ministério da Saúde, Maria Valéria Fontoura, as cascas desses alimentos podem trazer vários benefícios para a saúde. “Nós temos várias vitaminas, minerais, nas frutas, verduras e legumes e principalmente nas cascas. Hoje em dia, nós precisamos aumentar nossas quantidades de fibras, até para melhorar níveis de colesterol, pensando em intestino. Várias doenças são preveníveis com quantidade de fibra na alimentação. Então nós devemos aproveitar o vegetal, a fruta por inteiro".

A auxiliar de cozinha, Zélia Alves, sabe bem como aproveitar as cascas dos alimentos. "Faço bolo da banana aproveitando a casca. Todos comem e gostam. Sempre soube que para evitarmos uso de remédio a gente usa uma boa alimentação. Na minha casa eu uso fruta, salada, eu faço muito suco com a couve. Muita gente não aproveita, porque não conhece. Você sabe o que você está colocando, não tem conservante. O aproveitamento é outro".

A nutricionista do Hospital Federal Cardoso Fontes, Maria Valéria Fontoura, dá mais dicas de como utilizar os vegetais sem desperdiçar os nutrientes."Podemos utilizar a fruta ou o legume inteiro, utilizando já diretamente a casca, bem lavada, muitas vezes deixando de molho e nós temos hoje em dia receitas também que utilizam já essas partes, que muitas vezes algumas pessoas consideram inaproveitáveis, com casca, talo, algumas sementes . Inclusive, a semente do melão e da melancia é rica em cálcio.A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 400 gramas de frutas, verduras e legumes por dia. Mas, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada entre 2008 e 2009, o consumo diário desses alimentos no Brasil é, em média, de 69 gramas entre os homens e 92 gramas entre as mulheres. 

Fonte: Karina Chagas/ Agência Saúde