Sobre a importância dos quintais, cada vez mais desaparecidos e, com isso, as nossas raízes também.
sexta-feira, 23 de março de 2012
X Semana de Fitoterapia de Campinas
Começa no
dia 17 e vai até o dia 20 de abril, a Semana de Fitoterapia Prof. Walter Radamés
Accorsi que será realizada na CATI – Av. Brasil, 2340. O evento tem por
objetivo compartilhar saberes sobre o valor medicinal das plantas – seu cultivo
e utilização, por meio de palestras, oficinas, visita técnica e mini-cursos.
Esta edição é comemorativa aos 10 anos de realização deste evento
em Campinas. Por isso, alguns palestrantes que apoiaram e abrilhantaram
semanas anteriores, retornarão festejando esta data e presenteando o
evento com suas primorosas palestras.
O tema desta 10a edição será: Plantas medicinais – Jardins
para a saúde, incentivando a população a cultivar estas plantas em
suas residências e em seu trabalho.
A X Semana de Fitoterapia é uma realização da Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral – CATI, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado
de São Paulo e da Prefeitura Municipal de Campinas e está aberta à participação
gratuita de todos os interessados.
Mais informações:
quinta-feira, 22 de março de 2012
Pariparoba
Mais uma planta de quintal nas pesquisas
Composto impede avanço de melanoma
16/03/2012
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Testes pré-clínicos feitos na Universidade de São Paulo (USP) revelaram que um composto extraído da pariparoba (Pothomorphe umbellata), arbusto originário da Mata Atlântica, é capaz de inibir o desenvolvimento do melanoma e impedir que as células tumorais invadam a camada mais profunda da pele e se espalhem para outros tecidos.
A molécula, batizada de 4-nerolidilcatecol (4-NC), foi testada em um modelo de pele artificial durante o doutorado de Carla Abdo Brohem, realizado no Departamento de Análises Clínicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP) com apoio da FAPESP.
A equipe já iniciou a etapa de testes em animais. Os resultados estão em artigo publicado na revista Pigment Cell & Melanoma Research.
Segundo Silvya Stuchi Maria-Engler, coordenadora do estudo, o melanoma é a forma mais agressiva de câncer de pele e tem origem nas células produtoras de pigmentos, os melanócitos. Dados da literatura científica indicam que de 20% a 25% dos diagnosticados com a doença morrem.
“Se tratado na fase inicial, as chances de cura são altas. Mas quando ele se torna metastático o tempo de sobrevida é curto, em torno de oito meses, pois o tumor é muito resistente às drogas existentes. Medicamentos novos, portanto, são bem-vindos”, disse.
O composto 4-NC, encontrado no extrato da raiz da pariparoba, já havia demonstrado em estudos anteriores um potente efeito antioxidante, capaz de proteger a pele dos danos causados pela radiação solar. Essa outra pesquisa, também financiada pela FAPESP, foi coordenada pela professora Silvia Berlanga de Moraes Barros, da FCF-USP.
Em 2004, uma formulação em gel contendo extrato de raiz de pariparoba foi patenteada para uso cosmético para prevenção do câncer de pele. Testes posteriores, em culturas de células tumorais, demonstraram que o 4-NC era capaz de induzir a morte celular. “Mesmo que ele não se prove eficaz contra o melanoma nas demais etapas da pesquisa, o composto tem diversas qualidades. Podemos avaliá-lo contra outros tipos de câncer”, disse Stuchi
Agora, no modelo de pele em 3D, o 4-NC impediu que as células tumorais migrassem da epiderme para a derme. “A molécula já passou por exames de toxicidade em animais. Se também for aprovadas na avaliação de eficácia, poderá ser testada em humanos”, contou Berlanga.
Artigo completo no link: http://agencia.fapesp.br/15315
Confusões nos quintais
Foto 3
Foto 2
Foto 1
Apesar da importância das plantas
medicinais, muitas espécies que são cultivadas nos quintais são denominadas por
um nome popular comum a outras espécies, o que pode gerar uso inadequado e riscos à saúde.
Um exemplo é o Plectranthus barbatus
(foto 1), o qual, em boa parte do Brasil, é chamado de boldo-comum ou
boldo-da-terra.
No entanto, outras espécies também
recebem boldo como denominação popular, tais como o Vernonanthura condensata
(foto 2) e o Peumus boldus (foto 3), sendo este último, reconhecido
como boldo-do-chile.
Uma outra curiosidade, será comum encontrar sinonímias científicas, como, por exemplo: Vernonia condensata = Vernonanthura condensata = Gymnanthemum amygdalinum ou Boldea boldus = Boldea fragrans = Peumus boldus. Obs. esses exemplos estão na ordem do mais antigo para o mais recente.
Uma outra curiosidade, será comum encontrar sinonímias científicas, como, por exemplo: Vernonia condensata = Vernonanthura condensata = Gymnanthemum amygdalinum ou Boldea boldus = Boldea fragrans = Peumus boldus. Obs. esses exemplos estão na ordem do mais antigo para o mais recente.
links das fotos
quarta-feira, 21 de março de 2012
Sobre o solo da horta
Quanto ao
solo, devido à horta possuir várias espécies, não dá para ser ideal para todas. Assim sendo, recomenda-se que não pode ser muito barrento, argiloso e nem muito arenoso.
Se for plantar hortaliças, como, por exemplo, alface e almeirão, escolha uma
área mais fértil, cujas características do solo, geralmente, são:
- mais escuro;
- tem predominância de plantas concorrentes de folhas largas (caruru, beldroega, mentrasto e erva-de-santa-maria, por exemplo); e
- ocorrência de diversidade de espécies que ocorrem espontaneamente.
Se
o seu solo não tem problema de encharcar e possui essas características você
terá mais sucesso, mas não poderá exagerar na adubação. Solos mais claros e com
presença de capins ou gramíneas e pouca variedade de plantas, são bastante
fracos e irão necessitar de muito adubo para serem corrigidos.
Portanto:
solos mais claros, com pouca
variedade de plantas que nascem espontaneamente, presença de capins = solos
mais fracos;
solos mais escuros, diversificado
de plantas espontâneas e com folhas largas = solos mais férteis.
terça-feira, 20 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Que planta é esta?
Dicas:
apícola;
possui ação antimicrobiana, entre outras;
usada também na medicina chinesa.
Que planta é esta?
Dicas:
ornamental, mas cresce com facilidade mesmo não sendo cultivada; e
estudos científicos que comprovam sua ação antiinflamatória.
Que planta é esta?
Dicas:
planta concorrente que ocorre em quase todo o Brasil;
é considerada tóxica para ruminantes;
na medicina caseira, é usada contra vermes, contra diarreias; e
testada contra fungos de plantas
domingo, 18 de março de 2012
Alecrim
Há séculos acompanha o ser humano em função da sua
versatilidade nas suas aplicações e desde a época de Cristo é uma espécie com
usos religiosos, como ornamental, na culinária como condimento, medicinal e
também para a conservação de alimentos.
É uma das principais espécies utilizadas no vaso ou
jardineira “sete ervas”, recomendado para proteção espiritual, apesar de que
não se dá bem por muito tempo nestes tipos de recipiente em função de ser uma
planta bem mais alta que as outras.
Esta espécie, o alecrim, denominado cientificamente
por Rosmarinus officinalis L., tem ampla referência nas
publicações da antiguidade. A palavra officinalis em seu nome científico
indica que é considerado remédio oficial há muito tempo.
No Brasil, onde foi trazido pelos primeiros colonos
europeus, há outras espécies com o nome de alecrim, mas esta é a mais
conhecida. No Norte e Nordeste há o alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham.)
e em boa parte do país, o alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia D.
C.), também chamada de vassourinha e que também ocorre em abundância no Vale do
Paraíba.
Além do nome alecrim, também são usados as
denominações populares: alecrim-comum, alecrim-da-casa, alecrim-das-hortas,
alecrim-de-cheiro, alecrim-verdadeiro, erva-coroada e, principalmente por
portugueses, como rosmaninho. O alecrim é classificado como subarbusto, com
média de 1,5 m
de altura, apesar de que existem cultivares com estatura inferior a 0,5 m ou superior a 2,0 m . Suas flores possuem
cores brancas ou azuladas.
Nos quintais ou hortas exige local ensolarado, o solo
onde será cultivado não precisa ser muito rico em matéria orgânica, mas não
pode ser ácido nem encharcado e se retirar constantemente seus galhos, reduz
seu ciclo de vida e de repente, suas folhas ficam amarelas e morre.
Normalmente, se plantada por semente, vive mais de 10 anos, mas o plantio
também pode ser por estaca de galho (uns 10 cm de comprimento e a base da estaca deve
ser mais lenhosa), mas deve ser efetuado no final do inverno ou começo da
primavera, lembrando que a muda formada terá a idade da planta-mãe.
Atualmente, apresenta uma ampla utilização nas
indústrias de alimento, de cosméticos e de fitoterápicos. É considerada uma
espécie produtora de um dos aromas mais refrescantes e menos caros.
Na cosmética faz parte de xampu, sabonetes e água de
colônia, por exemplo. O seu sabor é agridoce e na culinária condimenta pães, é
usado em preparações que contenham carne e para ornamentar saladas. Também é
empregado para condimentar batatas fritas, caldos verdes, sobremesas,
biscoitos, geléias, saladas de frutas, marmeladas e vinhos quentes. Em alguns
países, como nos Estados Unidos e no Brasil, é utilizado em carnes, aves,
peixes e lingüiças e no Marrocos é adicionado à manteiga e a outros alimentos
para aumentar a conservação dos produtos.
Na área da nutrição é considerado como um alimento
funcional, pois além de ser usado na alimentação, previne doenças,
principalmente, por ser rico em substâncias que agem como antioxidantes,
propriedades que têm recebido considerável atenção nos últimos anos. Portanto,
mais uma vantagem de ampliar ou iniciar o uso desta planta na culinária.
Com relação à saúde humana são muitos os artigos que
comprovam sua ação antimicrobiana, tanto na forma de extrato aquoso quanto
através de seu óleo essencial. Algumas pesquisas sugerem sua utilização para
tratamentos de meningite e de pneumonia causada por Cryptococcus
neoformans, para o tratamento de infecções cutâneas e diarréias provocadas
por Candida albicans e contra infecções sistêmicas causadas
por Mycobactericum intracellularae em pacientes com AIDS.
Entre as inúmeras substâncias presentes no seu óleo
volátil, rosmanol e os diterpenos rosmaridifenol e rosmariquinona são os
prováveis responsáveis pelas propriedades antioxidantes e borneol, pineno,
cineol e cânfora pelas propriedades antimicrobianas.
O uso de substâncias naturais como agentes
antimicrobianos tem se demonstrado como alternativa eficaz e econômica frente
ao uso indiscriminado e prolongado de antimicrobianos sintéticos, que tem
gerado a formação de microrganismos patogênicos resistentes aos compostos
químicos utilizados comumente. Com isto, extratos como o de alecrim, devido a
sua ação antimicrobiana, têm recebido maior atenção das pesquisas.
Nas receitas antigas como tônicas é comum o uso do
alecrim e da sálvia (Salvia officinalis L.) em vinhos. O alecrim também
está sendo testado contra fungos que causam doenças em plantas e algumas
pesquisas já confirmaram esta atividade anti-séptica.
Texto
e foto publicados no site http://jornalinoff.com.br/
Autores:
Marcos
Roberto Furlan
Bióloga Lilian Pereira Cruz
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