sexta-feira, 6 de junho de 2014

Conheça os mitos e verdades sobre alimentação infantil

Foto: moodboard/Corbis

Ter uma alimentação saudável é de extrema importância em qualquer idade, pois auxilia diretamente no desenvolvimento fisiológico, manutenção da saúde e bem estar do indivíduo. Durante a infância, o valor dessa alimentação adequada se torna muito maior, pois as crianças se encontram em fase de crescimento. Além disso, a alimentação saudável das crianças ocupa um lugar muito importante na rotina de seus pais e das creches. Pais e educadores normalmente apresentam muitas dúvidas em relação à alimentação dos pequenos.

A primeira dificuldade aparece durante a introdução da alimentação complementar, em que não se sabe o tipo, a consistência e a forma de alimento que deve ser ou não oferecido às crianças para suprir as necessidades nutricionais dessa fase. Superada essa etapa, surgem outras dúvidas, pois existem diversos mitos sobre o tema, o que dificulta bastante a escolha dos melhores alimentos para a saúde das crianças. Para esclarecer as dúvidas sobre a alimentação infantil, a nutricionista do Serviço de Atendimento Materno Infantil e Puericultura do Ministério da Saúde, Clariane Carvalho, responde aos mitos e verdades sobre o tema.

Crianças precisam ter três refeições por dia - MITO

Na creche são oferecidas 05 refeições: café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia. Além disso, o cardápio das crianças deve ser montado de forma variada seguindo a seguinte proporção: 25% com alimentos ricos em proteínas (carne, peixe, ovo e frango) complementada com as leguminosas como feijão, lentilha, ervilha, grão de bico e soja; 25% com alimentos ricos em carboidratos (arroz, massas, pães e cereais e os outros 50% com verduras, legumes (cru e cozido) e frutas.

As frutas e verduras são prioridade no cardápio infantil - VERDADE

Em todas as refeições oferecidas na creche narizinho, por exemplo, contém frutas de preferencia de cores diferentes e verduras. As frutas e as verduras são os alimentos que fornecem as fibras, vitaminas e minerais fundamentais nessa fase de crescimento das crianças. Como o paladar do ser humano é formado no início de sua infância é de extrema importância que os pequenos conheçam a maior variedade possível de frutas e verduras, nessa fase.

Os alimentos crus e duros ajudam a desenvolver a musculatura infantil - VERDADE

Sim, os alimentos crus e duros auxiliam diretamente no desenvolvimento da musculatura. Esses alimentos ajudam para que a musculatura não fique flácida, prejudicando a fala, a deglutição e a mastigação das crianças.

Alimentos com corantes causam uma série de alergias alimentares - VERDADE

Os alimentos com corantes artificiais possuem um risco maior de serem alimentos alergênicos, portanto devem ser evitados até os 02 anos de idade. E mesmo depois os pais devem ficar atentos aos rótulos, por isso damos preferência aos alimentos naturais. No mercado já existe produtos disponíveis feitos com corantes naturais, um exemplo são as gelatinas.

É melhor o bebê comer frutas sem casca - MEIA VERDADE

A fruta quando consumida com a casca possui maior quantidade de fibras e nutrientes. A pectina da maçã, por exemplo, só é ingerida quando se come a maçã com a casca. Mas, vale ressaltar que devido aos resíduos dos agrotóxicos estar concentrado nas cascas o consumo das frutas com casca devem ser feitos quando for de origem orgânica. Todo fruta deve ser muito bem lavada antes do seu consumo, principalmente na infância.

Alimentos enlatados e industrializados fazem mal a saúde e devem ser evitados - VERDADE

Os alimentos industrializados, alimentos açucarados, ricos em gordura, ricos em sódio devem sempre ser evitados. Os refrigerantes, salgadinhos chips, refresco em pó, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, podem trazer uma série de riscos á saúde infantil, até mesmo a obesidade, diabetes e etc. O certo é sempre priorizar alimentos naturais e frescos.

Dica saudável - A família é a principal responsável pela formação do hábito alimentar da criança, então os pais devem ser o exemplo mantendo uma rotina de refeições saudáveis. Garantir que em casa sempre tenha disponível alimentos saudáveis, pois não é a criança que determina as compras no mercado. É fundamental criar uma rotina alimentar onde a criança se alimenta de 3 em 3 horas e não fazer o uso de barganhas e chantagens envolvendo a alimentação da criança. Temos uma gama de alimentos naturais e rico em nutrientes que devem ser experimentados desde a infância.

Fonte: Érica Santos / Agência Saúde

Link:

Revolutionizing diets, improving health with discovery of new genes involved in food preferences

Date: June 1, 2014

Source: European Society of Human Genetics (ESHG)

Summary:
New understanding of the genes involved in taste perception and food preferences can lead to personalized nutrition plans effective not just in weight loss but in avoiding diseases such as cancer, depression, and hypertension. The ability to devise diets based on individual genetic profiles can lead to significantly better results – for example, a weight loss 33% greater than with a control group who had a similar calorie count but a non-personalized diet plan, researchers say.
"By uncovering the genetic bases of taste and food preferences, we will be able to increase not only the effectiveness of nutritional interventions, but also compliance with them. For example, we have recently carried out a study where we applied our knowledge of 19 different genes in order to personalize diets for 191 obese individuals for were trying to lose weight," says one researcher.
Credit: © Goran Bogicevic / Fotolia

New understanding of the genes involved in taste perception and food preferences can lead to personalized nutrition plans effective not just in weight loss but in avoiding diseases such as cancer, depression, and hypertension. The ability to devise diets based on individual genetic profiles can lead to significantly better results - for example, a weight loss 33% greater than with a control group who had a similar calorie count but a non-personalized diet plan, researchers say.

Milan, Italy: New understanding of the genes involved in taste perception and food preferences could lead to personalized nutrition plans effective not just in weight loss but in avoiding diseases such as cancer, depression, and hypertension, Italian researchers will tell the annual conference of the European Society of Human Genetics (ESHG). Knowing why individuals prefer certain food tastes and being able to personalize health interventions based on them will help people age in a healthier way and greatly improve their quality of life, as well as engender considerable savings for health systems, they say.

Dr Nicola Pirastu and Dr Antonietta Robino, from the University of Trieste and the IRCCS Burlo Garofolo Institute for Maternal and Child Health, Trieste, Italy, set out to identify novel genes and pathways involved in taste perception and food preferences, and to investigate their implications in protecting against or predisposing to diet-related disorders such as overweight, obesity, and diabetes. "To date most studies have focused on specific taste receptors, especially bitter ones, and this has been partly successful in an attempt to understand the genetics behind the perception of specific compounds such as caffeine and quinine," says Dr Robino. "Our work has expanded these studies to the whole genome, with the goal of clarifying which specific genes drive individual differences in taste perception and food preferences."

The researchers undertook genome wide association studies (GWAS) to try to unravel the genetic basis for certain food preferences. 2311 Italian subjects participated in the discovery step, while 1755 from other European countries and from Central Asia were used in order to further verify the findings. They uncovered 17 independent genes related to liking for certain foods, including artichokes, bacon, coffee, chicory, dark chocolate, blue cheese, ice cream, liver, oil or butter on bread, orange juice, plain yoghurt, white wine and mushrooms. Surprisingly, none of the genes thus identified belonged to the category of taste or smell receptors.

"There is still much that needs to be done to understand what are the characteristics of certain foods affected by the genetic make-up of an individual," says Dr Pirastu. "For example, we found a strong correlation between the HLA-DOA gene and white wine liking, but we have no idea which of the characteristics of white wine this gene influences. Our studies will be important for understanding the interaction between the environment, lifestyles, and the genome in determining health outcomes. Although there has been a lot of work on food-related diseases such as obesity, this has rarely taken food preferences into account. This is a major limitation which our work attempts to remedy, and as yet we have only really scratched the surface of this issue."

In a second study, the researchers amassed the response of around 900 healthy adults from North Eastern Italy to salt, and related this to a DNA sequence variation found on the KCNA5 gene, known to be related to taste pathways in mammals. Salt perception and the related genetic variation in taste receptors are important determinants of individual differences in salt intake, which in turn represents an important risk factor for the development of hypertension and cardiovascular diseases. "Genetic variations for taste perception are well known for bitter, sweet, and umami taste, but until now we knew little about their role in salt perception and liking," says Dr Robino. "Identifying the receptor associated with individual differences in the perception of salt could help us better understand how chemosensory differences can interact to influence and predict food choices and hence human nutritional behaviour. This could also play an important role in the development of salt substitutes, in which there is a growing commercial interest."

Nutritional intervention could be greatly improved by tailoring it to the food preferences of each person, the researchers say. And food preferences are also much easier to collect and study; while it is almost impossible to remember much one has eaten in the past ten years, it is easy to remember food likes and dislikes.

"By uncovering the genetic bases of taste and food preferences, we will be able to increase not only the effectiveness of nutritional interventions, but also compliance with them. For example, we have recently carried out a study where we applied our knowledge of 19 different genes in order to personalize diets for 191 obese individuals for were trying to lose weight. They were divided into two groups, 87 in a test group and 104 controls," says Dr Pirastu.

"We devised a standard weight-loss diet subtracting 600 calories from individual nutritional needs, and analysed DNA from the test group for 19 genes known to affect different metabolic areas and taste. We then modulated the diets according to individual genetic profiles - for example, people whose genetic profile showed that they had less efficient lipid metabolism were given fewer lipids in their diet - but kept the overall amount of calories the same for everyone.

"Although there were no significant differences in age, sex and BMI between the two groups at the beginning of the trial, we found that people in the group who had followed the gene-based diet lost 33% more weight than the controls over two years, and the percentage of lean body mass also increased more in this group," he will say.

Food preferences are the first factor driving food choice, nutrition and ultimately diet-related diseases and as such are the key to understanding human nutrition and its relationship with health on a large scale, the researchers say. A recent study1 carried out on more than 40,000 people showed that people who prefer fat have a completely different eating pattern than people who dislike it. "So something as simple as measuring fat liking can provide us with a great deal of information. Understanding the genetics of these traits will open new possibilities for the development of personalized diets and of functional foods aimed at improving people's health and therefore their quality of life," Dr Pirastu will conclude.

Story Source:

The above story is based on materials provided by European Society of Human Genetics (ESHG). Note: Materials may be edited for content and length.

Cite This Page:

European Society of Human Genetics (ESHG). "Revolutionizing diets, improving health with discovery of new genes involved in food preferences." ScienceDaily. ScienceDaily, 1 June 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/06/140601201954.htm>.

Link:

Marijuana shows potential in treating autoimmune disease

Date: June 2, 2014

Source: University of South Carolina

Summary:
Researchers have discovered a novel pathway through which marijuana's main active constituent, THC, can suppress the body's immune functions. The recent findings show that THC can change critical molecules of epigenome called histones, leading to suppression of inflammation.
Scientists have discovered a novel pathway through which marijuana can suppress the body's immune functions.
Credit: © Ondrej Hajek / Fotolia

A team of University of South Carolina researchers led by Mitzi Nagarkatti, Prakash Nagarkatti and Xiaoming Yang have discovered a novel pathway through which marijuana's main active constituent, THC, can suppress the body's immune functions.

Their research has been published online in theJournal of Biological Chemistry.

Marijuana is the most frequently used illicit drug in the United States, but as more states legalize the drug for medical and even recreational purposes, research studies like this one are discovering new and innovative potential health applications for the federal Schedule I drug.

Marijuana is now regularly and successfully used to alleviate the nausea and vomiting many cancer patients experience as side effects to chemotherapy, combat the wasting syndrome that causes some AIDS patients to lose significant amounts of weight and muscle mass and ease chronic pain that is unresponsive to opioids, among other applications.

The university study has uncovered yet another potential application for marijuana, in the suppression of immune response to treat autoimmune diseases. The work builds on recent scientific discoveries that the environment in which humans live can actually trigger changes that occur outside of human DNA, but nevertheless can cause alterations to the function of genes controlled by DNA. These outside molecules that have the ability to alter DNA function are known collectively as the epigenome. In this study, the investigators wanted to find out if the tetrahydrocannabinol (THC) found in marijuana has the capacity to affect DNA expression through epigenetic pathways outside of the DNA itself.

The recent findings show that THC can change critical molecules of epigenome called histones, leading to suppression of inflammation. These results suggest that one potential negative impact of marijuana smoking could be suppression of beneficial inflammation in the body. But they also suggest that, because of its epigenetic influence toward inflammation suppression, marijuana use could be efficacious in the treatment of autoimmune diseases such as arthritis, lupus, colitis, multiple sclerosis and the like, in which chronic inflammation plays a central role.

Story Source:

The above story is based on materials provided by University of South Carolina.Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference:
X. Yang, V. L. Hegde, R. Rao, J. Zhang, P. S. Nagarkatti, M. Nagarkatti. Histone modifications are associated with Delta(9)-tetrahydrocannabinol-mediated alterations in antigen-specific T cell responses. Journal of Biological Chemistry, 2014; DOI: 10.1074/jbc.M113.545210

Cite This Page:

University of South Carolina. "Marijuana shows potential in treating autoimmune disease." ScienceDaily. ScienceDaily, 2 June 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/06/140602150914.htm>.

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Soda consumers may be drinking more fructose than labels reveal

Date: June 4, 2014

Source: University of Southern California - Health Sciences

Summary:
Soda consumers may be getting a much higher dose of the harmful sugar fructose than they have been led to believe, according to a new study. Researchers analyzed the chemical composition of 34 popular beverages, finding that beverages and juices made with high fructose corn syrup (HFCS), such as Coca-Cola, Pepsi, Dr Pepper, Mountain Dew and Sprite, all contain 50 percent more fructose than glucose, a blend that calls into question claims that sugar and HFCS are essentially the same.

Soda consumers may be getting a much higher dose of the harmful sugar fructose than they have been led to believe, according to a new study by the Childhood Obesity Research Center (CORC) at the Keck School of Medicine of the University of Southern California (USC), part of Keck Medicine of USC.

In the study, published online June 3, 2014 in the journal Nutrition, Keck School of Medicine researchers analyzed the chemical composition of 34 popular beverages, finding that beverages and juices made with high fructose corn syrup (HFCS), such as Coca-Cola, Pepsi, Dr Pepper, Mountain Dew and Sprite, all contain 50 percent more fructose than glucose, a blend that calls into question claims that sugar and HFCS are essentially the same.

"We found what ends up being consumed in these beverages is neither natural sugar nor HFCS, but instead a fructose-intense concoction that could increase one's risk for diabetes, cardiovascular disease and liver disease," said Michael Goran, Ph.D., director of the CORC and lead author of the study. "The human body isn't designed to process this form of sugar at such high levels. Unlike glucose, which serves as fuel for the body, fructose is processed almost entirely in the liver where it is converted to fat."

The Corn Refiners Association, a trade group representing HFCS producers, has long argued that HFCS is only negligibly different than natural sugar (sucrose), which is made up of equal parts of fructose and glucose. Goran's analysis of beverages made with HFCS, however, showed a fructose to glucose ratio of 60:40 -- considerably higher than the equal proportions found in sucrose and challenging the industry's claim that "sugar is sugar."

The research also shows that the ingredients on some product labels do not represent their fructose content. For example, Goran's team found that the label on Pepsi Throwback indicates it is made with real sugar (sucrose) yet the analysis demonstrated that it contains more than 50 percent fructose. Sierra Mist, Gatorade and Mexican Coca-Cola also have higher concentrations of fructose than implied by their label. This suggests that these beverages might contain HFCS, which is not disclosed on their labels.

The research team purchased beverages based on product popularity and had them analyzed for sugar composition in three different laboratories using three different methods. The results were consistent across the different methods and yielded an average sugar composition of 60 percent fructose and 40 percent glucose in beverages made with HFCS.

Americans consume more HFCS per capita than any other nation and consumption has doubled over the last three decades. Diabetes rates have tripled in the same period. Much of this increase is directly linked to sodas, sports drinks and energy drinks.

"Given that Americans drink 45 gallons of soda a year, it's important for us to have a more accurate understanding of what we're actually drinking, including specific label information on the types of sugars," said Goran.

Story Source:

The above story is based on materials provided by University of Southern California - Health Sciences. The original article was written by Leslie Ridgeway. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal Reference: 
Ryan W. Walker, Kelly A. Dumke, Michael I. Goran. Fructose content in popular beverages made with and without high fructose corn syrup. Nutrition, 2014; DOI: 10.1016/j.nut.2014.04.003

Cite This Page:

University of Southern California - Health Sciences. "Soda consumers may be drinking more fructose than labels reveal." ScienceDaily. ScienceDaily, 4 June 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/06/140604093954.htm>.

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Probiotics prevent deadly complications of liver disease, study finds

Date: June 6, 2014

Source: American Gastroenterological Association

Summary:
Probiotics are effective in preventing hepatic encephalopathy in patients with cirrhosis of the liver, according to a new study. The investigators conducted trial with cirrhosis patients who showed risk factors for hepatic encephalopathy, but had yet to experience an obvious episode. When comparing treatment with probiotics versus placebo, the researchers found that the incidence of hepatic encephalopathy was lower in patients treated with probiotics.

Probiotics are effective in preventing hepatic encephalopathy in patients with cirrhosis of the liver, according to a new study in Clinical Gastroenterology and Hepatology, the official clinical practice journal of the American Gastroenterological Association. Hepatic encephalopathy is a deterioration of brain function that is a serious complication of liver disease.

"This rigorous new research finds that probiotics modify the gut microbiota to prevent hepatic encephalopathy in patients with cirrhosis of the liver," said David W. Victor III, MD, who contributed an editorial in Clinical Gastroenterology and Hepatologyon this research. "These results offer a safe, well-tolerated and perhaps cheaper alternative to current treatments."

The investigators from Govind Ballabh Pant Hospital, New Delhi, India, conducted a single-center, prospective, open-label, randomized trial with cirrhosis patients who showed risk factors for hepatic encephalopathy, but had yet to experience an obvious episode. When comparing treatment with probiotics versus placebo, the researchers found that the incidence of hepatic encephalopathy was lower in patients treated with probiotics.

Probiotic supplementation was not associated with any side effects and none of the patients required discontinuation of therapy. These results suggest that probiotics are similar in effectiveness to the current standard of care, lactulose, in the prevention of hepatic encephalopathy, yet they appear to be much better tolerated. The effectiveness of lactulose, a nonabsorbable disaccharide, is limited by side effects (diarrhea, bloating and gas) and a narrow therapeutic window.

"By virtue of its size, study duration and design, as well as the thorough nature of the baseline and follow-up assessments, this study represents an important contribution to the hepatic encephalopathy literature," added Dr. Victor, a practicing hepatologist in the Methodist J.C. Walter Jr. Transplant Center at Houston Methodist Hospital, TX.

Up to 45 percent of patients with cirrhosis develop hepatic encephalopathy, a loss of brain function that occurs when the liver is unable to remove toxins from the blood. Prognosis is poor, with a 58 percent mortality rate at one year, and a 77 percent mortality rate at three years. Research into safer and more effective treatments is essential for these patients.

The microbial communities that reside in the human gut and their impact on human health and disease are one of the most exciting and promising areas of research today. The AGA Center for Gut Microbiome Research and Education is committed to advancing this research.

Story Source:

The above story is based on materials provided by American Gastroenterological Association. Note: Materials may be edited for content and length.

Journal References:
Manish Kumar Lunia, Barjesh Chander Sharma, Praveen Sharma, Sanjeev Sachdeva, Siddharth Srivastava. Probiotics Prevent Hepatic Encephalopathy in Patients With Cirrhosis: A Randomized Controlled Trial. Clinical Gastroenterology and Hepatology, 2014; 12 (6): 1003 DOI:10.1016/j.cgh.2013.11.006

David W. Victor, Eamonn M.M. Quigley. Hepatic Encephalopathy Involves Interactions Among the Microbiota, Gut, Brain. Clinical Gastroenterology and Hepatology, 2014; 12 (6): 1009 DOI: 10.1016/j.cgh.2014.01.022

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Bioindicador pode apontar qualidade de solo canavieiro

A game for living well in harmony with nature

Gengibre contra enxaquecas

GENGIBRE contra ENXAQUECAS: estudo mostrou que a atividade terapêutica de extratos da raiz é comparável a atividade das SUMATRIPTANAS (fármaco mais usado para migrainas).

Dica do 

Bolivia leads the way in recognizing farmers as custodians of biodiversity

Bolivia recognizes custodian farmers of agricultural biodiversity as key contributors to the conservation of biodiversity, food and income security — now and in the future — to sustain and nourish the planet.

The Bolivian Government through the Instituto Nacional de Innovación Agropecuaria y Forestal – INIAF (National Institute of Agricultural and Forestry Innovation), has just announced that within the framework of the Network of Germplasm Banks of the National System of Genetic Resources, custodian farmers are important and complementary contributors to ex situ conservation of biodiversity and this is the first time that such a recognition has been made in the country. Their contribution to in situ conservation was also highlighted and both ex situ and in situ conservation actions were stressed as equally important in conserving plant genetic resources, considered as strategic resources for the food security and food sovereignty of the people.

INIAF marked this formal recognition at a custodian farmer workshop held last 30 April in La Paz, Bolivia, with the signing and presentation of a Manifesto of Gratitude for Agricultural Biodiversity Custodian Farmers (link below), who - throughout centuries and under different physical, social and cultural challenges - have fulfilled their role as guardians of agricultural biodiversity. In this way, their ancestral work, as well as some of their tools as participatory on-farm documentation and monitoring practices for agricultural biodiversity, had the opportunity to be mainstreamed.

Don Ricardo Vargas is an Andean custodian farmer who has farmed land near the Titicaca Lake all his life. On his farm, he conserves 24 traditional crop varieties, including 15 varieties of potato, six of oca, and many others of quinoa and barley. Now in his late sixties, Don Ricardo is seen as a leader in his community and works actively with his wife, Doña Francisca, to share their deep knowledge of agricultural biodiversity with other farmers in their community. Doña Francisca has particular knowledge about which seeds to select in times of drought and other environmental stresses which she learned from her mother. Custodian farmers like Don Ricardo and Doña Francisca have now been given recognition for the valuable contribution they have made to food security by the Bolivian Government.

The representative of INIAF, Dr Alvaro Otondo Maldonado mentioned: "We recognize that custodian farmers are a strategic asset to help Bolivia use and safeguard the country's valuable and rich crop diversity, found on farm and in the wild, to achieve sustainable agricultural systems for nutrition and income security in the future. The Manifesto formalizes our gratitude to the work of these custodian farmers carried out through the centuries for safeguarding our diversity heritage and the associated knowledge of its value, as today not just Bolivia but also the world looks for crops able to adapt to today’s climatic challenges."

An important contribution to this historical milestone has been the long-standing work on neglected and underutilized species, which has been implemented in Bolivia by Bioversity International and the PROINPA Foundation over the last 10 years — work funded by the UN International Fund for Agricultural Development (IFAD).

"In IFAD, we consider agricultural biodiversity a valuable asset for improving food and nutrition security, adaptation to climate change, income generation, employment opportunities and boosting local community members' self-esteem." said Rima Alcadi, Grants Portfolio Advisor, IFAD.

"Through our work with Bioversity International and other like-minded partners as INIAF, PROINPA, CETHA Tupac Katari, Samaritan’s Purse and CARE Bolivia, we have been able to demonstrate that smallholder farmers play a key role in conserving agricultural biodiversity and the related traditional knowledge. Bioversity International has been very proactive in ensuring that the value of agricultural biodiversity is recognized – from the local level all the way to international policy engagement. We know that unless the value of biodiversity is recognized, there will be no effort to conserve it. We are extremely proud of the success achieved in Bolivia, and we hope we can scale up this result to other countries."

"We are really excited to see how these initiatives that we have been working on for a couple of years in Bolivia, are being taking into consideration in the construction of a National System of Genetic Resources, and seeing the government’s plans to follow the Manifesto by scaling-up a network of custodian farmers in Bolivia established in agricultural biodiversity centers around Lake Titicaca and others around the country through an IFAD-funded initiative," said Wilfredo Rojas of PROINPA.

"To effectively safeguard agricultural biodiversity you need ex situ conservation approaches, such as diversity safeguarded in genebanks and also in situ conservation approaches where diversity is conserved on farm or in the wild. It is fundamental that the different actors in the country - led by INIAF - work jointly to achieve the complementarity of both approaches".

For Stefano Padulosi of Bioversity International, conserving plant genetic diversity ex situ has many advantages such as being able to conserve many species in a limited space and that the users' access to material can be relatively easy. In situ conservation offers a complementary approach as unlike genebanks, it allows for dynamic evolution of the species through human and natural selection in their growing environments, for example, adaptation to climate change. It also safeguards the traditional knowledge associated to their use through the farmers that use and value them. But conserving in situ requires more understanding of what diversity exists, and where and how it is being used. It can also be vulnerable to land and ecosystem degradation or extreme weather events such as floods, so a back-up system is needed which is where ex situconservation plays a complementary role. At Bioversity International, we are advocating for an integration of these two complementary systems.

"At Bioversity International we have a vision of a global network for in situ conservation to complement the one already in place for genebanks. Bolivia recognizing the two approaches as of equal value is a welcome move," concludes Dr Padulosi.

"There is a wide consensus now that agricultural biodiversity has an important role to play towards achieving sustainable food production and consumption systems, as well as reducing rural poverty. Within such a context, recognizing the role played by custodian farmers is a great step forward. Development of a supportive environment for on-farm conservation by developing incentives for local communities to act as stewards of diversity, linking custodian farmers to markets and enhancing capacities of value chains actors to enhance their use of traditional crops, will be the next important step towards sustainably securing our resources in situ."



Photo: Custodian farmer rescues potatoes from flooding along the banks of Lake Titicaca. Credit: Bioversity International/G. Baldinelli

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Bolinhos de arroz integral


Dica do

Seleção de projetos para Apoio à Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Brasil: um líder mundial na Redução de Emissões de Carbono

Nova pesquisa publicada na revista Science descreve como o Brasil diminuiu o ritmo do desmatamento de suas florestas ao mesmo tempo que aumentou a produção de alimento.

Que o Brasil é o país do futebol todos sabem, , mas o que poucos sabem é que o país é liderança mundial na redução de emissões de gases de efeito estufa. Um novo estudo publicado na revista Science divulga a primeira análise aprofundada de como o Brasil alcançou o status de líder global na redução de emissões proveniente da derrubada de florestas e, ao mesmo tempo, conseguiu aumentar a sua produção agrícola.

“O Brasil é conhecido como um dos principais favoritos para vencer a Copa do Mundo, mas também lidera o mundo na mitigação das mudanças climáticas”, diz o principal autor do estudo, Daniel Nepstad que dirige o Earth Innovation Institute (EII) e é um dos principais autores do recente relatório do IPCC.

Desde 2004, o ritmo da perda de florestas da Amazônia pelo desmatamento tem reduzido em taxas nunca antes registradas. Se compararmos essa redução com a média histórica nesse período (1995-2004), chegaremos a conclusão que cerca de 86 mil quilômetros quadrados de florestas, aproximadamente 14,3 milhões de campos de futebol, deixaram de ser desmatados até 2013,. Preservar essas florestas equivale a uma redução de 70% no desmatamento e 3,2 bilhões de toneladas de CO2 mantido fora da atmosfera – mais de três vezes do que poderia ser feito se nós colocássemos toda a frota de automóvel americana fora estradas durante um ano. Esse número é tão representativo que a queda do desmatamento em 2013 representa sozinha uma redução de 1,5% nas emissões globais em um único ano.

Neste novo estudo, um grupo de 17 cientistas e economistas dos EUA e da América do Sul pretendem entender o que levou a essa mudança. Eles descobriram que se trata de uma combinação de ousadas políticas públicas, restrição do mercado aos fazendeiros e pecuaristas que desmataram , e a criação de vastos territórios como áreas protegidas, ainda permitindo o crescimento da produção da soja e da carne bovina do país.

“Não existe um único motivo ou explicação para essa queda tão significativa das taxas de desmatamento da Amazônia nos últimos 9 anos”, afirma Ane Alencar, uma das diretoras do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e co-autora do estudo. “Esse foi o resultado de uma combinação de fatores que incluiu o aumento da governança nas áreas de fronteira, políticas publicas de comando e controle e de fomento mais eficientes e integradas, e um mercado mais exigente e eficiente explicando grande parte desta redução”.

O sucesso do Brasil aponta para o potencial que as nações tropicais tem para produzir mais alimentos sem destruir as florestas, mas os autores alertam que essa conquista pode ter seus dias contados se além de políticas punitivas e de restrição de mercado, não houverem novos incentivos positivos para os agricultores rurais.

“Estes ganhos são globalmente significativos, mas frágeis”, explica Nepstad. “Estamos esbarrando nos limites do que pode ser alcançado através de medidas punitivas. Com o aumento da demanda global por soja e carne bovina novamente, vamos precisar de uma nova abordagem para manter o desmatamento nas taxas atuais.”

Entre 1999 e 2004, a pressão sobre as florestas tropicais da Amazônia aumentou drasticamente, ao mesmo tempo que o mercado de commodities agrícolas, principalmente o da soja, sofreu uma drástica expansão. Neste período, a derrubada de florestas da Amazônia atingiu taxas alarmantes, representando mais que um estado de Sergipe desmatado a cada ano entre 2002 e 2004. Embora o Código Florestal brasileiro exigisse dos agricultores manter 80% de suas terras como floresta nativa, essas regras foram em grande parte descumpridas.

“O Código Florestal tinha pouca credibilidade antes de 2004, em parte porque suas regras foram alteradas de forma abrupta”, diz Claudia Stickler, co-autora do estudo.

“O novo código florestal precisa de estímulos para ser cumprido. Por isso, para reduzir o desmatamento na Amazônia é importante não somente ter políticas públicas assertivas e que funcionem para estimular o produtor, mas também é preciso engajar as indústrias do ramo agropecuárias nesta luta” diz Andrea Azevedo, diretora de políticas publicas do IPAM. “Precisamos que o mercado comece a cobrar o cumprimento do código de seus fornecedores e agora isso vai ficar muito mais fácil com o Cadastro Ambiental Rural, obrigatório para toda propriedade rural”.

Entre 2005 e 2007, a rentabilidade da soja despencou, criando uma oportunidade de mudança no padrão de perda florestal através de politicas publicas inovadoras e de incentivos a cadeia produtiva de alimentos . Devido à pressão pública, inicialmente liderada pelo Greenpeace, tornou-se arriscado para as empresas serem associadas ao desmatamento. Depois de intensas negociações, a maioria dos compradores de soja da Amazônia se uniram para apoiar um acordo e comprar apenas a soja cultivada em terras que tinham sido desmatadas antes de 2006 na região, levando os agricultores a usarem suas fazendas de forma mais produtiva.

Em 2008, o governo deu um passo além, lançando um esquema criativo em que os agricultores de municípios inteiros foram retirados dos créditos agrícolas, caso esses municípios tivessem altas taxas de desmatamento. Enquanto isso, o governo criava vastas áreas destinadas a conservação e proteção das populações indígenas e tradicionais, tirando estas terras do mercado de grilagem e impedindo a expansão da fronteira agrícola. O resultado deste processo foi a queda de 70% do desmatamento em relação a sua média de anos anteriores em apenas oito anos.

No entanto, a sustentabilidade destes resultados depende da vontade continuada de lideranças políticas e os perfis de risco das corporações nacionais e internacionais ligadas as commodities agrícolas. Ambos serão testados enquanto a demanda por soja e carne bovina cresce e comunidades locais lutam para se capitalizarem. Um exemplo disso é o recente repique do desmatamento no ultimo ano (aumentando 28% em 2013 em relação a 2012).

Os autores acreditam que para manter os progressos conseguidos até aqui, é necessário começar a integrar os incentivos positivos principalmente para aqueles produtores que estão fazendo tudo certo do ponto de vista ambiental. Para expandir os incentivos positivos, os autores convocam uma “abordagem territorial” que definirá metas para a redução do desmatamento em escala regional. Os agricultores de regiões que atendessem a esses objetivos seriam recompensados com acesso preferencial ao financiamento e compradores.

Esta abordagem tem funcionado para mudar outras práticas agrícolas e de pecuária, tais como medidas de segurança para evitar a febre aftosa. Ela alinha ação positiva com o ganho econômico incentiva a auto-fiscalização dentro da região, em vez de depender somente de políticas de comando e controle e monitoramento que muitas vezes são caras e difíceis de chegar em todos os cantos da região.

Os compradores internacionais de carne bovina e soja podem desempenhar um papel importante na gratificação dos esforços positivos naqueles territórios com desmatamento reduzido e assim fortalecer o papel do estado na implementação de suas políticas de produção sustentável na Amazônia.

“Nós achamos que grandes compradores de soja e carne bovina, os agricultores locais, ambientalistas e os líderes políticos podem se unir para criar uma abordagem coordenada que irá funcionar a longo prazo”, diz McGrath. “A sobrevivência a longo prazo das florestas amazônicas depende disso.”

Esta mudança é importante não apenas para o Brasil, mas para o resto do mundo, pois o maior potencial para a expansão agrícola hoje é encontrado no Brasil e em outros países tropicais, e perda de floresta tropical é responsável por 15% das emissões de dióxido de carbono global. Impedir a perda deste patrimônio que é a floresta Amazônica, pode ter benefícios não somente para os Amazonidas, mas também para as outras regiões do Brasil, da America do Sul e até dos EUA que tem o seu regime de chuvas afetado pela dinâmica do desmatamento da região.

“O grande desafio global é produzir mais alimentos, para mais pessoas, em áreas menores de terra, e ao mesmo tempo reverter à perda de florestas tropicais”, explica Nepstad. “O Brasil tem mostrado ao mundo que isso pode ser feito.”

A co-autora Ane Alencar, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), acrescenta: “Agora, temos de mostrar que a diminuição drástica do desmatamento que temos alcançado pode se tornar permanente – e que é realmente possível manter 80% da floresta em pé para gerações futuras.”

Fonte: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)

EcoDebate, 06/06/2014

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Mudanças climáticas como uma arma de destruição em massa


“Este sistema de destruição em escala planetária, facilitada pela maior parte das elites governantes e empresariais do planeta, está se tornando no “crime contra a humanidade” final e, na verdade, contra a maioria dos seres vivos. Este sistema está se tornando um ‘terricídio’.”, escreve Tom Engelhardt, cofundador do American Empire Project e autor de “The United States of Fear” e de uma história da Guerra Fria, livro intitulado “The End of Victory Culture“, em artigo publicado pelo portal The Ecologist, 01-06-2014. A tradução é de Isaque Correa Gomes.

Eis o artigo.

Quando falamos sobre arma de destruição em massa (ou simplesmente ADM), normalmente pensamos em armas – nucleares, biológicas ou químicas – que são detonadas em certo momento, escreve Tom Engelhardt. Mas que tal pensarmos sobre as mudanças climáticascomo uma ADM com um longo fusível, já aceso e saindo fumaça?

A criação de cada vez mais gases de efeito estufa – ou seja, do motor da nossa destruição futura – continua sendo uma “boa notícia” para as elites governantes do planeta Terra.

Quem poderia esquecer? Na época, em meados de 2002, houve uma grande quantidade de “informação” vinda de altos funcionários do governo Bush a respeito do programa secreto iraquiano de desenvolver armas de destruição em massa (ADM) e, assim, pôr em perigo os Estados Unidos.

E quem – além de uns poucos otários – iria duvidar de que Saddam Hussein não iria acabar tendo uma arma nuclear? A única dúvida, assim como o nosso vice-presidente deu a entender no programa televisivo Meet the Press, era esta: Quanto tempo vai demorar para ele ter? Um ano? Cinco anos?

E o nosso vice-presidente não estava sozinho aqui, uma vez que havia uma abundância de provas do que estava acontecendo. Para começar, havia os “tubos de alumínio especialmente projetados” que o autocrata iraquiano [Saddam Hussein] tinha encomendado como componentes de algumas centrífugas a fim de enriquecer urânio em seu próspero programa de armas nucleares.

Os jornalistas Judith Miller e Michael Gordon apareceram na primeira página do The New York Times com esta história no dia 08-09-2002.

Lembram daquelas “nuvens de cogumelo”?

Havia aquelas “nuvens de cogumelo” sobre as quais Condoleezza Rice, nossa assessora de segurança nacional, tanto se preocupava: aquelas que eram destinadas a se levantar contra cidades americanas caso não fizéssemos algo para parar Saddam.

Ela se queixou numa entrevista à CNN dada a Wolf Blitzer naquele mesmo dia de 08-09-2014: “Não queremos que uma arma fumegante venha a ser uma nuvem de cogumelo”. De fato não queríamos, e nem o Congresso quis!

E no caso de não acreditarmos muito nessa tal ameaça iminente iraquiana, havia ainda aqueles veículos aéreos não tripulados – os drones de Saddam Hussein! – que poderiam estar equipados com armas de destruição em massa químicas ou biológicas e que poderiam sobrevoar as cidades da costa leste dos EUA com resultados inimagináveis.

O presidente George W. Bush foi à televisão falar sobre estas ameaças e os votos dos congressistas mudaram em favor da guerra graças às instruções assustadoras secretas do governo que diziam que algumas iriam cair no Capitólio.

No fim, descobriu-se que Saddam não tinha nenhum programa de armas, nenhuma bomba atômica, nenhuma centrífuga para os tais tubos de alumínio, tampouco esconderijos para armas biológicas ou químicas, nem aviões não tripulados para entregar as suas armas inexistentes de destruição em massa, nem qualquer navio capaz de colocar tais aviões robóticos inexistentes nas proximidades da costa americana.

A “doutrina do 1%”

Desenvolvimento de grãos perenes, a próxima revolução na agricultura

[Por Henrique Cortez*, para o EcoDebate] Lavouras de grãos perenes, que crescem com menores quantidades de fertilizantes, herbicidas, combustível e menor erosão do solo do que os grãos plantados anualmente, poderiam estar disponíveis em duas décadas, de acordo com estudo [Increased Food and Ecosystem Security via Perennial Grains] publicado na revista Science.

O desenvolvimento de grãos perenes seria uma das maiores inovações na história da agricultura, mas ainda depende pesquisas e investimento nos atuais programas de melhoramento das espécies potencialmente promissoras.

A questão é delicada e polêmica, em termos de economia global baseada na exportação de produtos agrícolas e enfrenta resistências na agroindústria e na indústria agroquímica. Os autores do estudo destacam que grãos perenes poderiam ampliar a capacidade dos agricultores em sustentar as bases ecológicas de suas colheitas.

Ao mesmo tempo, poderiam oferecer uma proteção e um estímulo adicional à plena utilização de terras marginais, em risco de serem degradadas pela produção anual de grãos.

“As pessoas falam sobre a segurança alimentar”, diz John Reganold, professor e pesquisador da Washington State University (WSU). “Isso é apenas metade do problema. Precisamos falar tanto da segurança alimentar e do ecossistema.”

Os grãos perenes, dizem os autores, têm períodos de crescimento maiores do que as culturas anuais e suas raízes são mais profundas, o que permite às plantas tirarem o maior partido da precipitação. Suas raízes maiores, que podem chegar de 3 a 4 m. de profundidade, reduzem a erosão, são mais eficientes em relação ao aproveitamento dos nutrientes no solo, ao mesmo tempo em que tendem a sequestrar maior quantidade de carbono da atmosfera.

Por serem perenes também exigem menos passagens de equipamentos agrícolas e menos herbicidas. Em termos comparativos, os grãos anuais podem desperdiçar cinco vezes mais água que as culturas perenes e 35 vezes mais nitrato, um nutriente importante para as plantas, que pode ‘migrar’, a partir de campos, para os cursos d’água, contaminando a água potável e criando “zonas mortas” em águas de superfície.

“O desenvolvimento de versões perenes, de nossa produção de grãos, resolveria muitas das limitações ambientais das culturas anuais, ajudando a alimentar um planeta cada vez mais faminto”, diz Reganold.

A pesquisa para o desenvolvimento de grãos perenes está em curso na Argentina, Austrália, China, Índia, Suécia e Estados Unidos.

Os autores afirmam, ainda, que as pesquisas em grãos perenes poderiam ser aceleradas com mais recursos, pesquisadores, terra e tecnologia em programas de melhoramento. Defendem um esforço de pesquisa semelhante ao atualmente despendido na base biológica de combustíveis alternativos.

Increased Food and Ecosystem Security via Perennial Grains
Science DOI: 10.1126/science.1188761

* Com informações de Eric Sorensen, Washington State University

EcoDebate, 06/06/2014

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Anvisa: 38% dos serviços de alimentação têm padrão sanitário considerado ideal

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem (5) que 38% dos estabelecimentos de alimentação avaliados pelo órgão foram classificados na categoria A e, portanto, mantêm um padrão sanitário considerado ideal.

Ao todo, 1.921 serviços de alimentação em 26 cidades, incluindo 11 das 12 cidades-sede (exceto Salvador), passaram voluntariamente pela inspeção – 41% deles foram classificados na categoria B, 15% na categoria C e 6% como pendentes.

Em relação aos serviços de alimentação localizados em 11 dos 12 aeroportos das cidades-sede (exceto o de Manaus), 53% foram classificados na categoria A, 39% na categoria B, e 6% na categoria C. Dois por cento foram qualificados como pendentes.

A gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, ressaltou que os números desta edição são melhores do que os índices divulgados anteriormente. Em relação ao total de serviços de alimentação avaliados nos dois ciclos, 49% melhoraram, 40% se mantiveram no mesmo patamar e 11% pioraram.

Em relação aos 241 estabelecimentos que constavam como pendentes, 9% passaram a ser classificados na categoria A, 38% na categoria B e 28% na categoria C. Outros 25% permanecem como pendentes.
“O projeto mostra para os cidadãos, para o consumidor, o resultado da inspeção da vigilância sanitária”, disse Denise. “Muitas vezes, o consumidor não sabe o resultado dessa inspeção”, completou.

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, avaliou que a estratégia visa a atacar “algo que já preocupava” – o risco associado ao consumo de alimentos durante períodos como a Copa do Mundo, quando a maioria das pessoas se alimenta fora de casa e em estabelecimentos comerciais.

“Essa ação torna o olhar da vigilância sanitária muito mais frequente e dirigido e possibilita que o próprio consumidor exerça o papel de vigilância”, destacou

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o projeto de categorização dos estabelecimentos de alimentação representa uma oportunidade de fazer o processo de qualificação da vigilância sanitária de maneira diferente. “Temos hoje mais segurança, mais qualidade”, disse. Segundo ele, o governo estuda a possibilidade de universalizar o projeto.

As inspeções do projeto de categorização foram feitas pelas vigilâncias locais, com o apoio da Anvisa. As cidades participantes definiram os estabelecimentos que participaram de acordo com critérios locais, como rotas turísticas, circuitos gastronômicos e áreas de lazer.

Por Paula Laboissière, da Agência Brasil.

EcoDebate, 06/06/2014

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Cadastro Ambiental Rural – CAR no Código Florestal, Lei 12.651/2012, artigo de Antonio Silvio Hendges

[EcoDebate] O Cadastro Ambiental Rural – CAR faz parte do Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente – SINIMA e se constitui de um registro público eletrônico obrigatório para todos os imóveis do país. Tem como objetivo integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, formando uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combater o desmatamento.

A inscrição dos imóveis no CAR exige dos proprietários, possuidores ou responsáveis diretos a identificação, a comprovação da propriedade ou posse, as plantas georreferenciadas dos perímetros dos imóveis, das áreas de interesse social e/ou de utilidade pública, dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanentes, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e das Reservas Legais com memoriais descritivos e a indicação das coordenadas geográficas correspondentes. O CAR não é considerado juridicamente como título para reconhecimento de propriedade ou posse dos imóveis rurais cadastrados.

O Decreto 7.830/2012 estabelece o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR e as normas do Programa de Regularização Ambiental – PRA dos imóveis rurais previstos no Código Florestal – Lei 12.651/2012. A inscrição no CAR é obrigatória para todas as propriedades e posses rurais com natureza declaratória e permanente, as informações são responsabilidades dos declarantes que incorrem em sanções administrativas e penais quando parcial ou totalmente falsas. As informações devem ser atualizadas periodicamente ou quando acontecerem alterações nos domínios ou posses. Os órgãos ambientais podem vistoriar os imóveis para verificação das informações e compromissos assumidos, inclusive solicitando documentos que comprovem as declarações em qualquer tempo.

As pequenas propriedades rurais ou posses rurais familiares, ou seja, aquelas utilizadas através do trabalho pessoal dos agricultores ou empreendedores rurais familiares, áreas com até quatro módulos fiscais com atividades agrossilvopastoris, comunidades indígenas e tradicionais, por exemplo, quilombolas, possuem procedimento simplificado para inscrição no CAR, com a identificação dos responsáveis, comprovação das propriedades ou posses, croquis com os perímetros, Áreas de Preservação Permanentes e os remanescentes que formam a Reserva Legal. Nestes casos, os poderes públicos devem assegurar apoios técnicos e jurídicos necessários, assegurando a gratuidade e sendo facultado aos responsáveis utilizarem seus próprios meios para sua realização.

O prazo para inscrição no CAR é de um ano da sua implantação através da Instrução Normativa 02 do Ministério do Meio Ambiente publicada em 09 de maio de 2014, que dispõe sobre os procedimentos para a integração, execução e compatibilização do Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR e define os procedimentos gerais para a implantação do Cadastro Ambiental Rural – CAR.

Referências:
- Lei 12.651/2012, artigos 29 e 30;
- Decreto 7.830/2012;
- Instrução Normativa 02/2014 do Ministério do Meio Ambiente.

Antonio Silvio Hendges, Articulista do EcoDebate – Professor de Ciências e Biologia – Pós Graduação em Auditorias Ambientais – Assessoria em Sustentabilidade e Educação Ambiental –www.cenatecbrasil.blogspot.com.br

EcoDebate, 06/06/2014

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Uvaia


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Grupo da USP levanta volume de dados inédito sobre o Pantanal

05/06/2014
Imagem do Pantanal processada por computador integra pesquisa realizada no Instituto de Geociências que busca definir subdivisões internas para o bioma (IGc/USP)

Por Fabio Reynol

Agência FAPESP – A maior planície alagável do mundo é um dos mais complexos biomas para se delimitar fronteiras e definir suas subdivisões internas. Levantar dados e estabelecer critérios para esse mapeamento foram alguns dos desafios de um trabalho de pesquisa liderado pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc/USP) que se debruçou sobre os quase 200 mil quilômetros quadrados do Pantanal Mato-grossense.

O projeto “Subdivisão do Pantanal em áreas geológica e ambientalmente homólogas”, apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, coletou informações referentes ao período de 2001 a 2012 por meio de novas metodologias e tecnologias, gerando um imenso volume de informações sobre o bioma jamais reunido até então.

“Como é possível fazer um plano de manejo sem saber como cada área funciona? É muito importante conhecer os múltiplos pantanais que formam a região”, disse Teodoro Isnard Ribeiro de Almeida, professor do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental do IGc/USP e coordenador do projeto de pesquisa.

De acordo com Almeida, imagina-se comumente o Pantanal como uma planície de charcos. Embora seja de fato uma planície, trata-se de uma região de grande variabilidade ambiental e com amplas porções que sofrem ano a ano secas intensas. O cenário heterogêneo, complexo e dinâmico foi o alvo do trabalho que procurou elementos para embasar um ordenamento das inúmeras fácies do Pantanal.

“Nossa proposta considerou tanto a vegetação quanto o meio físico para fazer essa classificação, além de apresentar uma descrição metodológica ampla e passível de ser reproduzida, que é uma premissa básica em ciência”, disse Almeida.

A pluviosidade da região varia entre 800 e 1.600 milímetros por ano e são as águas que caem nas terras mais elevadas a norte e a leste as principais responsáveis pela modificação da paisagem ao longo do ano e pelas enchentes.

Há áreas com índices de chuva quase tão baixos quanto os da Caatinga, como no oeste do Pantanal, perto de Corumbá (MS). Já em outras regiões pantaneiras, como ao norte da cidade de Aquidauana (MS), há milhares de lagoas de água doce vizinhas a lagos de água salobra. Entre Corumbá (MS) e Cáceres (MT), há lagos e charcos contínuos por mais de 150 km, em terrenos praticamente sem ocupação humana.

Pesquisadores estabelecem variadas divisões para o bioma, que vão de seis a 25 sub-regiões, o que torna difícil até a utilização de uma referência para trabalhos científicos. “Muitas vezes não dá para saber qual a subdivisão utilizada por um pesquisador”, comenta a bióloga Natasha Costa Penatti, que desenvolve seu doutorado no âmbito do projeto.

Penatti explica que é comum recorrer a diferentes mapas de solos, bacias hidrográficas, geologia, entre outros, e sobrepô-los tentando encontrar características comuns de certas regiões – o que dá margem a muita subjetividade na hora de estabelecer os limites de cada divisão. “Queremos estabelecer critérios mais objetivos para agrupar essas áreas”, disse.

A organização das informações está em andamento. Parte do trabalho será feita por programas computacionais que processam grande volume de dados, da categoria Self Organizing Maps (mapas auto-organizáveis), com o auxílio de um software oriundo da Austrália.

O grupo apresentou resultados preliminares em simpósios internacionais e submeteu recentemente dois artigos para publicação. Outros dois estão em fase de redação. A tese de doutorado de Penatti, programada para ser defendida em novembro deste ano, trará a proposta de divisão do Pantanal baseada nessa pesquisa.

Acompanhando o ciclo das plantas

O grupo usou como critério principal de diferenciação de sub-regiões a chamada fenologia da superfície da Terra (Land Surface Phenology ou LSP).

A fenologia pode ser definida como o estudo do ciclo das plantas (germinação, emergência, crescimento e desenvolvimento vegetativo, florescimento, frutificação, formação das sementes e maturação) ou dos eventos periódicos da vida da planta em função da sua reação às condições do ambiente.

“Percebemos que a fenologia seria um bom parâmetro porque as plantas respondem basicamente a todos os elementos do ambiente que queríamos observar: o tipo de solo, o clima, o meio físico e muitos outros”, disse Penatti.

A LSP distingue-se do monitoramento in situ das fases de plantas específicas, como floração ou brotação, por se basear em observações em escala global e regional da fenologia. Dados de sensoriamento remoto da LSP servem como indicadores biológicos fundamentais para detectar a resposta dos ecossistemas terrestres à variação climática.

As métricas fenológicas registram os fenômenos periódicos das plantas, como período de crescimento, verdor e senescência da vegetação de uma determinada área. Por meio de imagens de satélites, acompanha-se o desenvolvimento da vegetação ao longo de um ano. Apesar de não coincidirem com os eventos fenológicos tradicionais, as métricas obtidas pela LSP dão indicação da dinâmica do ecossistema.

A equipe de Almeida utilizou tecnologias modernas de sensoriamento remoto, uma vez que os satélites atuais permitem coletas em períodos de tempo menor – diferença importante quando se trabalha com áreas dinâmicas.

Antes, até o fim dos anos 1990, o satélite Landsat, da agência espacial norte-americana Nasa, fornecia um panorama formado por imagens coletadas a cada 16 dias. A fim de cobrir todo o Pantanal com imagens sem nuvens eram necessários registros realizados ao longo de dois anos.

Hoje, o sensor MODIS, de dois satélites da Nasa, produz imagens diárias que, combinadas em séries de 16 dias, formam mosaicos (chamados composite images) com os melhores pixels (pontos) selecionados de cada imagem captada. Eles evitam, sobretudo, pontos encobertos por nuvens.

“Numa região dinâmica como o Pantanal, ao longo de um ano você obtém situações bem diferentes para um mesmo local, o que dificulta a montagem de mosaicos de imagens”, disse Penatti. A tecnologia anterior, explica ela, limitava o detalhamento dos resultados.

Para esse projeto, foram utilizadas 276 destas imagens compostas do MODIS, produzidas de 2001 a 2012. Foram 12 anos de observação, cada um com 23 composite images.

Após adquiridas, as composites foram tratadas com um software que, além de suavizar as imagens, gera gráficos que permitem extrair métricas fenológicas a partir das datas em que ocorrem as modificações sofridas pela vegetação ao longo do ano, como início e fim da estação de crescimento.

O programa ainda fornece a intensidade desse processo. São obtidas 11 diferentes métricas relativas ao desenvolvimento da vegetação. Os dados ainda são comparados a outros fatores como chuva, inundação, seca, tipo de vegetação, entre outros.

As informações sobre pluviosidade foram fornecidas pelo satélite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM); as variações no armazenamento total de água foram captadas pelo Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE); e a evapotranspiração mensal foi obtida pelo MODIS (produto MOD16A2). Os três satélites são da Nasa.

Outro parâmetro que compõe o estudo é a neotectônica – a observação e o estudo dos movimentos tectônicos atuais. O Pantanal é uma região tectonicamente ativa, com terremotos recentes de até 4 graus na escala Richter. A formação da região está relacionada à pressão da placa Sul-Americana, onde está o Brasil, contra a placa de Nazca, sob a cordilheira dos Andes. Foi o movimento entre essas duas placas tectônicas que fez a região baixar e formar o Pantanal, há cerca de 2,5 milhões de anos.

‘Uma caixa de areia gigantesca’

O trabalho também foi complementado por amostras de solos coletadas em duas campanhas de 15 dias cada em dois anos diferentes. Foram reunidas 218 amostras georreferenciadas coletadas em pontos de interesse mapeados por sensores remotos.

O material foi submetido a análises de granulometria e fertilidade. Essa atividade, durante a qual foram percorridos mais de 4 mil quilômetros, serviu ainda para checar o registro espectral das imagens de satélites e verificar a que tipo de granulometria elas correspondiam.

A granulometria, ou o tamanho dos grãos que compõem os solos, é um dos elementos-chave para entender a dinâmica da vegetação pantaneira, explica o professor. A enorme depressão que começou a se formar na região há cerca de 2,5 milhões de anos vem desde então sendo preenchida por sedimentos em grande parte arenosos.

Embora uma enorme porção do Pantanal seja inundada todos os anos, como em uma caixa de areia gigantesca, grande parte da região não consegue segurar água durante o longo período de estiagem, pois os sedimentos e os solos que a recobrem são porosos e permeáveis.

Há também regiões mais argilosas, que permanecem úmidas por mais tempo por ter solos pouco permeáveis. Ao mesmo tempo, outras áreas de solos arenosos permanecem úmidas após as inundações enquanto áreas vizinhas, de solos similares, secam completamente. Nesse caso, pequenas diferenças de relevo explicam o fenômeno, sendo que parte delas se deve a movimentos tectônicos recentes.

Boa parte do Pantanal é formada por oito depósitos de detritos arenosos que formam imensos cones chamados de megaleques fluviais. “Com 250 quilômetros de diâmetro, o megaleque do Rio Taquari, no Pantanal, é o maior do mundo”, disse Almeida.

Charcos, savanas, florestas e áreas imensas de predominância de uma única espécie vegetal são aspectos de uma paisagem multifacetada e contrastante. “Não há um Pantanal único, são diversos 'pantanais' com características próprias que podem ser delimitadas”, disse o professor da USP. 

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