Milhões de pessoas dependem das florestas. Foto: IRIN/Charles Akena
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou nesta terça-feira (3) a primeira edição do relatório “O Estado dos Recursos Genéticos das Florestas do Mundo”, que traz informações sobre a conservação, gestão e uso sustentável das árvores das florestas e os recursos genéticos de outras plantas lenhosas.
Com dados de 86 países, o documento pede ações urgentes para melhor gerenciar a diversidade genética das florestas e assim assegurar a sobrevivência dos benefícios que elas proporcionam.
“As florestas fornecem alimentos, bens e serviços que são essenciais para a sobrevivência e o bem-estar de toda a humanidade”, disse o diretor assistente da FAO para o manejo florestal, Eduardo Rojas-Briales. “Esses benefícios todos contam com a salvaguarda do rico estoque da diversidade genética florestal do mundo – o que está cada vez mais em risco”, acrescentou.
O relatório diz que metade das espécies florestais regularmente utilizadas por países estão ameaçadas pela conversão das florestas em pastagens e terras agrícolas, pela exploração excessiva e os impactos das mudanças climáticas.
Entre as principais ações solicitadas pelo relatório estão a gestão e coleta de dados sobre recursos florestais mais intensificada. Enquanto as espécies de árvores existentes no mundo são estimadas entre 80 mil a 100 mil, apenas 2.400 – cerca de 3% – são ativamente gerenciadas para os produtos e serviços que prestam.
Os dados mostram a ausência de informações e conhecimento insuficiente sobre a importância dos recursos genéticos florestais por parte dos países. Segundo a FAO, isto pode ser traduzido muitas vezes em políticas nacionais “parciais, ineficazes ou inexistentes”.
“Os governos precisam agir e implementar o Plano de Ação Mundial para Recursos Genéticos das Florestas. A FAO e sua Comissão estão prontos para orientar, apoiar e auxiliar os países na conservação e uso sustentável dos recursos genéticos das florestas”, acrescentou a responsável pela área na FAO, Linda Collette.
Fonte: ONU Brasil
EcoDebate, 05/06/2014
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