sábado, 18 de agosto de 2012

Rio Grande do Sul: utilização de plantas medicinais na saúde animal é tema de tarde de campo


A saúde animal é um indicativo de sucesso no manejo e as plantas medicinais podem ser aliadas na prevenção, tratamento e controle de enfermidades nos animais, em especial no gado leiteiro. Na terça-feira (14/08), foi realizada uma Tarde de Campo, no município de Muliterno (RS), sobre esse tema. 

O evento, que foi realizado pela Emater/RS-Ascar, prefeituras de Muliterno, David Canabarro e Ciríaco, e Comunidade Santa Lúcia, contou com a presença de 115 pessoas.

De acordo com a médica veterinária, Márcia Brendler, que trabalha com fitoterapia e homeopatia há 10 anos e palestrou na abertura do evento, tanto a homeopatia quanto a fitoterapia permitem trabalhar em várias áreas na saúde animal, não só na parte curativa, mas também na preventiva. 

“Um grande problema que o produtor de gado de leite enfrenta na saúde de seus animais é a mamite. Com a homeopatia, temos conseguido resultados fantásticos a um custo muito baixo, sem resíduos no leite e sem danos ambientais”, explicou. Ela salienta que os produtores ainda são resistentes a esse tipo de tratamento. “Os produtores nos procuram como última alternativa, mas depois que começam a utilizar e vêem os resultados, eles retornam sempre”, disse. 

A produtora, Alice Volpato, que há 12 anos trabalha com a produção leiteira no município de Ciríaco, deu um depoimento sobre a sua experiência. Ela iniciou começou com a atividade, quando o filho entrou na faculdade e a família precisava ter uma renda mensal. Após seis meses que estava na atividade ela fez os cálculos e verificou que não estava sendo lucrativo. 

“Comecei a colocar na ponta do lápis e vi que não sobrava nada de pois que eu pagava a agropecuária e o veterinário. Aí pensei, ou vamos encontrar outra forma de produzir com menos custo ou vamos parar, porque para trabalhar de graça eu não sirvo”, lembrou. Foi então que lhe falaram de uma veterinária que trabalhava com homeopatia.

“Pensei que era a última tentativa. Hoje minhas vacas só são tratadas com homeopatia, só recebem picadas de vacina da febre aftosa. Está dando muito certo, o custo de produção neste sentido de medicamentos é muito baixo, não se descarta o leite, os animais não ficam estressados, nem doentes e as vacas ficam mansas. Na minha opinião, quem não entrar no ramo da homeopatia está trabalhando para as empresas que produzem os remédios”, avaliou. 

Ela acrescentou ainda a importância de o leite não ser descartado. “Quantas vezes eu chorei por ordenhar 30 litros de uma vaca e ter que colocar o produto fora, porque estava no período de carência dos remédios”, finalizou. A propriedade de Alice tem 12 hectares, o plantel é de 18 vacas, sendo 11 em lactação. A produção média é de 28 litros/vaca/dia.

Oficinas - Após a palestra, o público participou de oficinas realizadas por extensionistas da Emater/RS-Ascar. A primeira oficina foi sobre higienização dos equipamentos de ordenha, com a médica veterinária Giovana Rosa da Costa e a engenheira agrônoma Ana Clara Vian. 

Elas falaram sobre limpeza e desinfecção, o uso de detergentes e a importância da água quente no processo de limpeza. Além disso, falaram sobre o uso de plantas como o alecrim, a erva-mate, a carqueja, o confrei e a macela com bases para o preparo de desinfetantes.
A elaboração de pomada para mamite foi ensinada na oficina realizada pela extensionista da Emater/RS-Ascar, Ana Cassol, que demonstrou como preparar o produto com base em plantas como malva, bardana, mil-em-ramas, sabugueiro, carqueja e outras.

Já a extensionista da Emater/RS-Ascar Odete Finck apresentou plantas que podem ser utilizadas no controle de ectoparasitas como carrapatos e pulgas, como erva-de-santa-maria, cobrina e grimpas. 

A última oficina foi sobre sabão bactericida em líquido e em barra, realizada pelas extensionistas Sônia Reginato de Oliveira e Teresinha Fusiger. O sabão líquido, que pode ser uma alternativa ao detergente neutro utilizado diariamente na limpeza dos utensílios de ordenha, pode ser feito à base de carqueja, alecrim, erva-de-bugre, mil-em-ramas, tançagem e sabugueiro.

Para a produtora Lucimari Toffilo, as informações repassadas no evento foram ótimas. O que mais lhe chamou a atenção foi o procedimento dos utensílios de ordenha, mas o sabão é a primeira coisa que vai pôr em prática. 

Ela ressaltou que já reduziu o problema de mamite nos seus animais porque já usa a homeopatia. Para Aloir Mognon, também produtora do município de Muliterno, o sabão e a limpeza da ordenhadeira foram destaques. “Valeu a pena ter vindo”, disse.
(Fonte: Emater/RS-Ascar - Regional de Passo Fundo)

Data: 16.08.2012

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Produtos veterinários homeopáticos e fitoterápicos


Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsável pela regulamentação de produtos veterinários, os fármacos são classificados como produtos químicos, biológico, biotecnológico ou de preparação manufaturada.

Existem diversas regulamentações legais que classificam estes produtos, que devem fornecer melhorias para os animais ou seu habitat, exigindo-lhes uma série de obrigatoriedades de acordo com sua natureza.

Eles passam por diversos testes e provas, a fim de garantir qualidade, estabilidade e segurança ao produto, para que possam ser licenciados como de uso veterinário.

Em relação aos produtos veterinários homeopáticos e fitoterápicos, a legislação possui alguns pontos diferentes dos demais fármacos.

Os produtos de uso veterinário homeopáticos não são registrados no MAPA, pois ainda não se dispõe de uma regulamentação específica para tais, mas exige-se o cadastrado deles.

Assim como não existe norma específica para produtos fitoterápicos. Mas, se o produto em questão tiver a finalidade de ação profilática ou terapêutica, este deve seguir todas as normas para registro de um produto de uso veterinário, conforme legislação pertinente.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Adaptação: Revista Veterinária

Santa Catarina: Farmácia Escola em Chapecó inicia manipulação de medicamentos


A Farmácia Escola Unochapecó é uma empresa, que disponibiliza serviços ambulatoriais, medicamentos e produtos manipulados para a comunidade de Chapecó e região. Sua estrutura possibilita na prática o aprendizado dos estudantes do curso, com o auxílio de profissionais formados.

Com essa proposta, a Farmácia Escola iniciou o processo de manipulação de medicamentos fitoterápicos. Segundo a coordenadora, professora Valéria Mokfa, as manipulações são de medicamentos alopáticos, fitoterápicos produzidos de plantas medicinais e dermocosméticos.

- O processo é realizado por farmacêuticos e estagiários na área, que também realizam estágios obrigatórios de conclusão de curso e vivenciam a rotina de trabalho de uma farmácia - indica a professora.

Sobre os fitoterápicos, a coordenadora informa que a farmácia possui um convênio com a Prefeitura Municipal, através do Projeto Fitochapecó. Com essa parceria, os medicamentos são disponibilizados nas unidades municipais de saúde e podem ser adquiridos com receita médica.

Entre eles estão chás de malva, melissa, camomila, sene, alcachofra, erva-doce. Também são manipulados fitoterápicos como pomada de confrei, creme de calêndula, xarope de guaco, pomada orabase de camomila, cápsulas de espinheira santa e hipericum, gel e creme de arnica.

A coordenadora orienta que a solicitação dos produtos manipulados deve ser feita com antecedência e devem ser retirados na Farmácia Escola.
- Esses produtos são benéficos, pois atendem todas as especialidades médicas, dependendo da necessidade, além de prescrições de odontólogos, solicitação de produtos estéticos e para fisioterapia - indica Valéria.

Serviços

Implantada em 2003, a Farmácia Escola Unochapecó, oferece a comunidade, serviços farmacêuticos como verificação de pressão arterial, controle de glicose capilar e aplicação de medicamentos injetáveis.

O horário de atendimento é de segunda-feira à sexta-feira das 8h às 12h e das 13h15 às 18h15h e nos sábados das 8h às 12h.

Por Juliano Zanotelli
Data: 17.08.2012
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Composto extraído de planta medicinal pode combater câncer


Equipe de pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, demonstrou que uma droga derivada de uma planta aplicada na medicina tradicional chinesa é capaz de ajudar a combater o câncer de próstata. A pesquisa, a ser publicada na revista Molecular Endocrinology, sugere que o Celastrol, extraído da espécie Tripterygium wilfordii, atua como um agente anti-inflamatório e antioxidante potente no organismo.

Trabalhos anteriores mostraram que a droga é conhecida por suprimir a atividade de uma proteína chamada p23. Agora, os pesquisadores descobriram que p23 desempenha sozinha um papel fundamental na forma como os tumores de próstata são alimentados pelo hormônio masculino testosterona.

"Drogas que bloqueiam p23, como o Celastrol, mostraram eficácia no tratamento de diversas doenças, tais como artrite e asma, ou seja, essa pesquisa já é um passo mais perto da prática clínica. A próxima etapa será testar os efeitos dessas drogas em células de câncer de próstata em laboratório", afirma a líder do estudo Charlotte Bevan.


Anteriormente pensava-se que p23 apenas trabalhava lado a lado com outra proteína chamada HSP90 para ativar a resposta hormonal dos tumores de próstata.


Segundo os pesquisadores, estes resultados fornecem uma rota alternativa por meio da qual os cientistas podem atingir o câncer de próstata.
Eles afirmam ainda que p23 tem um papel muito mais definido nessa doença do que HSP90, o que significa que as drogas que atacam a proteína poderiam, potencialmente, ter menos efeitos colaterais que os inibidores de Hsp90.

"Esperamos que estes resultados possam levar a melhores opções de tratamento para homens com câncer de próstata", concluem os autores.
 
Data: 18.08.2012
Foto: www.lookfordiagnosis.com

Amapá: Governo inaugura laboratório de produção de fitoterápicos do Iepa


O governo do Estado, por meio do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), vem fortalecendo as estruturas de pesquisa do Instituto. Muitos espaços estavam em condições precárias por falta de investimentos e manutenções.

Nesta segunda-feira, 20, às 9h30, mais um espaço da instituição será inaugurado pelo governador Camilo Capiberibe, o Laboratório de Produção de Fitoterápicos. A cerimônia acontecerá no Auditório Waldemiro Gomes, do Museu Sacaca.

Em função da legislação que entrou em vigor e para atender as exigências da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), às quais o Iepa precisou se adequar, o Projeto do Laboratório de Produção de Fitoterápicos foi totalmente reformulado, recebendo plena readequação, a qual foi executada durante aproximadamente um semestre.

A obra realizada alterou a estrutura física, em termos de espaços, número de ambientes, equipamentos e mobiliários, recursos humanos qualificados e especializados (contratação de farmacêuticos e pesquisadores na área de Fitoterapia), para que possibilite mais qualidade aos serviços e benefícios a toda a população.

“O Laboratório é a realização de um grande sonho. Depois de tantos anos trabalhando aqui, a sua inauguração com essa estrutura é muito importante para mim, como profissional, e principalmente para toda a população, que será atendida com mais qualidade”, destaca a farmacêutica do Iepa, Cléia Lamarão, que trabalha na instituição desde 1995.

O Laboratório de Produção de Fitoterápicos do Iepa está concluído com um determinado padrão que vai garantir a qualidade de seus produtos. Aguarda apenas a expedição da licença de funcionamento, cujos procedimentos estão em fase de conclusão.

De acordo com a responsável do Controle de Qualidade do Iepa, Leila Pires, já foram realizadas várias reuniões junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a apresentação da documentação exigida, que é necessária para a expedição do certificado e registro desses fitoterápicos.

Angela Andrade e Graça Viana Jucá/Iepa

Data: 17.08.2012


Workshop de Métodos Quantitativos em Etnobotânica


WORKSHOP DE MÉTODOS QUANTITATIVOS EM ETNOBOTÂNICA

Período de realização: 23 e 24 de Agosto de 2012
Coordenação: Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins
Organização: MSc. Isanete Geraldini Costa Bieski

Instituições promotoras: Fazenda do Cerrado e Laboratório de Farmacologia da UFMT

Docente: Prof. Dr. Ulysses Paulino Albuquerque
Local: Faculdade de Medicina da UFMT
Cidade: Cuiabá, MT
Período de inscrição: 06 a 17 de agosto de 2012 (para inscrições pagas, as inscrições ocorrem até o dia 22 de agosto)

Requisitos: graduandos, pós-graduandos e profissionais de Biologia, Farmácia, Enfermagem, Medicina, Biomedicina, Química, Agronomia, Engenharia Florestal e áreas afins com interesse em botânica, etnobotânica, etnobiologia, etnoecologia, etnomedicina, etnofarmacologia e farmacologia.

Vagas:
20 vagas para profissionais e graduandos da UFMT - Gratuitas.
20 vagas para estudantes e profissionais de outras instituições -  Valor: R$ 100,00

Inscrição (via e-mail): isabieski19@gmail.com ou Lab.: (65) 3615-8862; Cel.:(65) 9633-1077; (65) 8118-1128 Contacto: Isanete Bieski


Programação - 23/08/2102
8:30 às 9:00 h
Abertura
9:00 às 9:30 h
Intervalo para o café
 9:30 às 11:30 h
Evolução e conceitos em etnobotânica
14:00 às 15:30 h
Base de dados em etnobotânica
15:30 ÀS 16:00 h
Intervalo para o café
16:00 às 17:30 h
Métodos qualitativos em etnobotânica
24/08/2012
8:00 às 9:30 h
Análises de dados em etnobotânica (mapas, gráficos e imagens)
9:30 às 10:00 h
Intervalo para o café
10:00 ÀS 11:30 h
Métodos quantitativos em etnobotânica (teórico)
14:00 às 15:30 h
Métodos quantitativos em etnobotânica (prático)
15:30 ÀS 16:00 H
Intervalo para o café
16:00 às 17:30 h
Métodos quantitativos em etnobotânica (prático)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Fruto do Cerrado pode ajudar no combate a doenças


Texto: Priscilla Borges , iG Brasília | 16/08/2012

Amêndoa do baru: fruto típico do Cerrado brasileiro pode ajudar na luta contra doenças crônicas

Uma castanha escondida dentro de um fruto do Cerrado pouco conhecido pelos brasileiros – o baru – pode ser uma grande aliada no combate a doenças crônicas e degenerativas.

Repleta de compostos com alto poder antioxidante, a castanha (ou amêndoa) do baru se mostrou, em pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB), eficaz para prevenir doenças como cardiopatias, aterosclerose, câncer, diabetes, Alzheimer e até mesmo o envelhecimento precoce.

Essas enfermidades estão diretamente ligadas ao estresse oxidativo das células. Um aumento excessivo na produção de radicais livres prejudica a estrutura das moléculas de DNA, carboidratos, lipídios e proteínas. Sem conseguir controlar esses radicais livres, as lesões celulares podem levar o corpo a desenvolver doenças.

“O estresse oxidativo é o maior responsável pelas doenças crônicas. Descobrimos que os princípios bioativos presentes na amêndoa do baru funcionam como protetores, por conta de suas ações anti-inflamatórias, antivirais, anticarcinogênicas e antimicrobianas”, explica Miriam Rejane Bonilla Lemos, a responsável pelo estudo. A pesquisadora ressalta que as propriedades nutricionais do baru já haviam sido estudadas, mas não as farmacológicas.

Os óleos da amêndoa do baru são tão ricos em ômega 3, 6 e 9 com ácidos graxos insaturados (81%) quanto os peixes, recomendados para quem quer uma dieta saudável. Além disso, a amêndoa é rica em vitamina E, que também tem função antioxidante e ajuda na imunidade do corpo, e compostos fenólicos (como ácidos gálicos, cafeicos e elágicos) que têm ações anti-inflamatórias e antivirais.

“O baru faz parte de um patrimônio genético riquíssimo sob o ponto de vista medicinal, porém pouco estudado. É também um grito de alerta contra a destruição do Cerrado”, comenta Miriam.

A pesquisa

Mirian deu continuidade a um estudo iniciado pelo grupo de pesquisa da professora Egle Machado Siqueira, durante o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UnB, sobre 18 frutos do Cerrado. Nos testes feitos para avaliar os potenciais nutricional e físico-químico dos alimentos, o baru foi o que mais se destacou, porque é rico em minerais, ferro e zinco. A partir daí, a pesquisadora iniciou outra etapa do estudo, dessa vez com ratos.

Dividindo os animais (todos submetidos a estresse oxidativo) em dois grupos, Mirian deu ração à base de amêndoas de baru, que contêm compostos antioxidantes, para apenas um grupo de animais. O que os pesquisadores perceberam é que os que tinham ingerido o alimento tiveram seus órgãos (fígado,coração e baço) protegidos das ações do estresse, responsável por inúmeras doenças. O outro grupo, que recebeu uma alimentação comum, apresentava sinais de lesões nesses órgãos.

Depois disso, Mirian decidiu ir para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde fez graduação e trabalha, para concluir as análises sobre as substâncias do baru ao lado do co-orientador Rui Carlos Zambiazi, do Laboratório de Cromatografia. As conclusões do estudo levaram à publicação de artigo científico na revista Food Research International-Elsevier. A atividade antioxidante da amêndoa do baru foi comprovada em laboratório.

Agora, os estudos vão continuar no pós-doutorado. O poder de cura e prevenção de doenças de cada um dos fitoquímicos do baru será analisado. Câncer e doenças infectocontagiosas como a aids estão na mira da pesquisadora.

“Existem estudos em pacientes soropositivos que mostram que os ácidos gálico e elágico (encontrados no baru) podem inibir a ação do agente agressor do HIV quando ligado ao receptor CD4, interferindo nos sintomas e melhorando o quadro desses pacientes sob o ponto de vista imunológico”, explica.

Como usar

Formada em veterinária e mestre em engenharia e ciência de alimentos, Mirian evita “prescrever” o baru como medicamento. Apesar de resultados promissores, ela explica que os dados são preliminares. Miriam lembra, no entanto, que as amêndoas podem fazer parte de uma dieta saudável.

“Estudos têm mostrado que comer entre 50g e 100g de amêndoas de baru diariamente garante a ingestão de minerais, vitaminas e proteínas importantíssimas para o organismo. Com essa quantidade, agora sabemos que estamos garantindo compostos fitoquímicos importantes no combate a doenças”, diz.

A pesquisadora ressalta, no entanto, que a amêndoa do baru tem um alto valor energético (cerca de 600 kcal em 100g). Por isso, é importante não abusar. Além disso, para que todo o potencial nutricional e farmacológico do baru seja aproveitado, é preciso torrar ou cozinhar a castanha – ela não pode ser ingerida crua.


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Sergipe: Servidores da Saúde recebem plantas medicinais


A distribuição de mudas de plantas medicinais como hortelã, manjericão, alecrim, chás de ervas e sessões de massoterapia marcaram a manhã desta sexta-feira, 10, na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os trabalhadores do município foram convidados a experimentar práticas integrativas e complementares em saúde. Na ocasião, o Núcleo de Projetos Inovadores (Nuprin) da SMS lançou a logomarca do trabalho desenvolvido para implantação de serviços como fitoterapia, terapia comunitária, massoterapia, homeoterapia e práticas corporais no Sistema Único de Saúde (SUS) em Aracaju. 

A referência técnica do Nuprin em práticas integrativas e complementares, Kátia Menezes de Aragão destacou que há um ano o município de Aracaju investe nessa ferramenta de prevenção e promoção da saúde. “Hoje, apresentamos a logomarca que sintetiza a essência dos trabalhos pautados em técnicas da medicina milenar chinesa. Em julho, demos outro passo importante quando iniciamos a primeira turma do curso de massoterapia para instruir até 30 profissionais da Rede de Atenção Básica”, disse Kátia. Ela acrescentou que com o cumprimento das metas e do planejamento estratégico, logo muitas unidades de saúde da capital terão condições de ofertar essas técnicas para a população. 

As ações visam alinhar a atuação do município com a portaria Nº 971, de 3 de maio de 2006 do Ministério da Saúde que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. “Práticas corporais, terapia comunitária, massoterapia são cuidados preventivos que podem proporcionar impacto positivo na saúde física e emocional. As técnicas relaxam e estimulam a adoção de hábitos mais saudáveis”, enaltece a secretária municipal de Saúde, Stella Maris Moreira. 

Aprovação 

Na manhã de hoje, ao chegar ao trabalho os servidores da Saúde tiveram uma bela surpresa: a tenda florida e repleta de mudas e objetos artísticos montados pelo Nuprin. Até a secretária-adjunta, Eurides Rosa de Carvalho experimentou uma sessão de massagem. “Começar o dia de maneira harmônica, confraternizando com os amigos e colegas de trabalho é excelente”, elogiou. 

Isabel Cristina Andrade, servidora lotada na Vigilância Sanitária Municipal também aprovou a ação. Ela ganhou uma muda de camomila para plantar no jardim de casa. “Além de bonita, a planta é muito boa para a saúde. Todos os dias, tomo um chá de camomila antes de dormir. Agora, com a muda vou poder experimentar o chá de forma ainda mais natural”, diz. 

Poesia 

Durante a intervenção, a técnica do Nuprin, Chenya Coutinho declamou uma poesia sobre farmacocinética, que são as etapas que um medicamento passa no organismo: absorção, distribuição, biotransformação e excreção.

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Pernambuco: Vale do São Francisco terá programa de "farmácias vivas"


O Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido (CPATSA), unidade pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vai iniciar o desenvolvimento de um projeto para o estabelecimento de um Programa de Farmácias Vivas na região do Vale do São Francisco.

A ideia é instalar hortas medicinais, a partir do cultivo de diferentes espécies nativas e exóticas, e doar mudas para as comunidades locais. O projeto conta com recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 82,6 mil, oriundos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), administrado pelo Banco do Nordeste.

“O reconhecimento do potencial terapêutico das plantas medicinais nativas ou exóticas tem levado à busca por alternativas de tratamento seguras e eficazes, que proporcionem à população de baixo poder aquisitivo o acesso seguro a medicamentos e tratamentos adequados de saúde”, afirmou a coordenadora da pesquisa, Ana Valéria Vieira de Souza.

Segundo ela, no Estado de Pernambuco, ainda não existe um programa de Farmácias Vivas. Porém, o uso de plantas medicinais é uma realidade em diversos municípios há mais de 10 anos, sendo as espécies aroeira (Myracrodruon urundeuva), baraúna (Schinopsis brasiliensis), umburana de cheiro (Amburana cearensis) e alecrim do mato (Lippia gracilis), as mais utilizadas pela população.

Na primeira fase da pesquisa, será feito um levantamento das espécies que compõem a lista do RENISUS, que é a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do Sistema Único de Saúde (SUS). Juntamente com esse banco de dados científico, será organizado um banco de dados com informações populares, de natureza etnobotânica ou etnofarmacológica, por meio de um Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) com diferentes comunidades rurais.

Em seguida, serão instaladas duas coleções de plantas medicinais, sendo uma no Campo Experimental de Bebedouro, da Embrapa Semiárido, no município de Petrolina (PE), e outra na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro (BA). As coleções funcionarão como um horto de plantas medicinais, onde serão realizados cultivos de exemplares da flora regional e das espécies exóticas. “Também está prevista a instalação de dois hortos em locais diferentes, a fim de atender o maior número possível de interessados em cultivar e/ou difundir o uso de plantas medicinais na região”, adiantou a pesquisadora Ana Valéria.

Na segunda fase de execução do projeto, serão desenvolvidas atividades para o cultivo das plantas medicinais que constituirão as “farmácias vivas” nas comunidades e o controle de qualidade dos produtos obtidos. A manutenção das plantas e todo o manejo adequado serão acompanhados por um engenheiro agrônomo, a fim de garantir o cultivo orgânico e o controle de pragas e doenças sem produtos químicos.

Participam do projeto sete pesquisadores das unidades da Embrapa Semiárido (CPATSA), Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) e Agroindústria Tropical (CNPAT), além da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Todos possuem doutorado nas áreas de biotecnologia vegetal, fitotecnia, botânica, farmácia e desenvolvimento territorial.

Durante o período de 36 meses de execução do projeto, serão realizados cursos, palestras e aulas didáticas, além de mobilização de agentes multiplicadores. A expectativa dos pesquisadores, após a conclusão de todas as etapas, é viabilizar a instalação de uma pequena oficina farmacêutica para a elaboração de formulações fitoterápicas que poderão ser distribuídas nas comunidades. 
Fonte: Banco do Nordeste


Data: 12.08.2012
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Alagoas: Sesau irá criar APL da Saúde com foco na Fitoterapia


Com o intuito de introduzir a fitoterapia na Atenção Básica, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) irá criar um Arranjo Produtivo Local (APL) para incentivar o cultivo de plantas medicinais, realizar o manejo, manipulação e transporte, além de transformá-las em medicamentos fitoterápicos. O projeto, que contará com a parceria da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), do Serviço Brasileiro das Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), terá o investimento de R$ 1,4 milhão.

A iniciativa, segundo o projeto remetido ao Ministério da Saúde (MS), representa um programa inédito em Alagoas, e tem o objetivo de reduzir os custos com medicamentos fitoterápicos para os municípios, além de trazer eficácia no tratamento de pacientes atendidos no Programa Saúde da Família (PSF). O governo do Estado pretende estimular a agricultura familiar, por meio dos Arranjos Produtivos Locais, por meio do projeto que também irá sensibilizar os agricultores para que passem a cultivar plantas medicinais, que irão incrementar a renda familiar mensal, já que elas serão compradas para a fabricação dos medicamentos fitoterápicos.

Repórter: Josenildo Torres
Data: 15.08.2012
Link para texto completo:

Esalq realiza exposição sobre guia de plantas medicinais e aromáticas


15/08/12 

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP promove a exposição de cerca de 230 espécies de plantas medicinais e aromáticas. A mostra foi montada em forma de um guia ricamente ilustrado com 200 espécies do horto. Parte do acervo da ecposição é do professor Walter Radamés Accorsi, do Departamento de Ciências Biológicas (LCB) da Escola.
A visitação ao Museu e Centro de Ciências, Educação e Artes ocorre entre 27 de agosto e 12 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 08 às 11 horas e das 13 às 17 horas. A entrada é gratuita.

Serviço


Exposição de plantas medicinais e aromáticas
Local: Museu e Centro de Ciências, Educação e Arte
Data: entre 27 de agosto e 12 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 08 às 11 horas e das 13 às 17 horas.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Plantas Medicinais - Repórter ECO 06/11/2011

Plantas medicinais utilizadas na medicina etnoveterinária praticada na Ilha do Marajó

Jornada de Plantas Medicinais na Terapia e na Nutrição

Jornada de Plantas Medicinais na Terapia e na Nutrição
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Auditório Armando Guebuza
Lisboa, 04 de Outubro de 2012

http://fcts.ulusofona.pt/index.php/eventos/simposios/details/62-Jornada%20Plantas

Índia aumenta exportações de plantas medicinais

Nova Delhi, 13.ago.2012

A Índia se consolidou como o segundo maior exportador mundial de plantas medicinais depois da China ao aumentar em 137% suas vendas ao exterior nos últimos cinco anos. O Departamento de Ayurveda, Yoga e Naturopatia, Unani, Siddha e Homeopatia (AYUSH), indicou hoje que o país tem cinco mil 62 variedades de plantas medicinais, das quais exporta 460, 178 delas em grandes quantidades (mais de 100 toneladas métricas por ano).

O comércio mundial (desses rubros) foi de sete mil 592 milhões de dólares em 2011, com uma participação de um bilhão, 329 milhões por parte da China, e uns 790 milhões pela Índia, disse Anil Kumar, secretário do AYUSH. Subordinado ao Ministério de Saúde, esse departamento promove nacional e internacionalmente os sistemas de medicina indianos.

A medicina tradicional indiana ou ayurvédica toma da natureza os elementos necessários para um bom tratamento. Na Índia existem centenas de hospitais que seguem seus métodos.

No ocidente, desde a década de 80, há um interesse crescente pela utilização do ayurveda, o que se reflete no surgimento de numerosas associações e instituições que seguem este sistema médico e oferecem tratamento, aulas e cursos de capacitação.

http://www.prensalatina.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=535093&Itemid=1

Recuperação de áreas degradadas e nascentes na agricultura familiar

Fitoterápicos produzidos em parceria com a comunidade são apresentados na SBPC Jovem


Agência Brasil
  
SÃO LUÍS – Plantas medicinais e sabedoria popular são os ingredientes de uma das exposições da SBPC Jovem, feira que apresenta trabalhos científicos de estudantes de todo país, na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O Programa de Fitoterapia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é apresentado por jovens universitários do curso de farmácia e utiliza plantas da flora maranhense para produção dos medicamentos fitoterápicos.

“Trata-se de terapia alternativa, aplicada ao alívio de doenças. Aproveitamos os saberes que a comunidade já tem e pesquisamos a melhor forma de produzir os medicamentos e produtos fitoterápicos”, explicou a estudante Marina Cristine Maranhão.

A partir do costume dos índios canelas de gargarejar infusão de casca de romã para curar problemas de garganta, a coordenadora do programa, Terezinha Rêgo, iniciou um trabalho que resultaria na tintura de romã (Punica granatum). O produto é vendido por R$ 50 e distribuído gratuitamente à comunidade que participa do programa trocando informações. “Essa é a nossa forma de retribuir o conhecimento que recebemos”, disse Marina.

A essência de cabacinha é o carro-chefe da produção e usado para tratamento de sinusite e rinite. O medicamento é produzido por meio da infusão do fruto da cabacinha (Luffa operculata) em álcool. Além dele, mais 53 produtos fitoterápicos são produzidos e comercializados. De acordo com Marina Maranhão, a cabacinha é uma das poucas plantas que não é colhida na própria horta da universidade. 

O Ministério da Saúde coordena a implementação, o monitoramento e a avaliação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que estabelece as ações para as diretrizes da política nacional que leva o mesmo nome. Em fevereiro de 2009, o ministério divulgou a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus), com plantas que apresentam potencial para gerar produtos. Entre as espécies que constam na relação estão a alcachofra (Cynara scolymus), a aroeira da praia (Schinus terebenthifolius) e a unha-de-gato (Uncaria tomentosa), usadas pela sabedoria popular e confirmadas cientificamente para distúrbios de digestão, inflamação vaginal e dores articulares, respectivamente.

A SBPC Jovem é realizada desde 1993 durante a reunião anual da entidade e acontece para aproximar a ciência e a escola, além de envolver a sociedade com a pesquisa científica.
Data: 26.07.2012

domingo, 12 de agosto de 2012

Notícias de Angola: estudo comprova que maioria da população utiliza plantas medicinais


Por Redação

Cerca de 90 por cento da população angolana recorre à medicina tradicional para a cura de várias doenças. A informação foi apresentada num estudo desenvolvido, entre 2002 e 2011, pelo Centro de Botânica e pela Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (UAN). 

Segundo a diretora do Centro, Esperança Costa, existem cerca de 37 mil espécies de plantas no mundo, 70 por cento das quais têm efeitos terapêuticos. Em Angola é possível detetar cerca de oito mil espécies, das quais 37 por cento medicinais. 

Esperança Costa comparou ainda os químicos utilizados nos laboratórios farmacêuticos, que resultam na medicina moderna, com os extratos naturais retirados de vegetais e adiantou que estes são 20 vezes mais potentes que os manipulados em laboratórios. Segundo a diretora do Centro, Angola necessita de um laboratório que trate da extração destes componentes vegetais, uma vez que dispõe de tantas espécies, para que deixe de ser necessário recorrer-se ao estrangeiro.

Os resultados deste estudo, realizado entre 2002 e 2011, vão ser publicados num livro, de lançamento marcado ainda para este mês. 


Data: 10-08-2012

Viveiro de plantas medicinais ajuda famílias carentes na zona Norte


No Mocambinho, zona Norte de Teresina, o Jardim Botânico abriu espaço para um viveiro de plantas medicinais. Há três meses, ele beneficia famílias carentes sem condições de comprar medicamentos para males que podem ser curados com ervas populares. Agora, o projeto vai abrir suas portas para orientar as pessoas sobre como trabalhar com essas plantas.

De acordo com Jaqueline Lustosa, diretora do viveiro, o local cultiva 24 espécies de plantas medicinais, entre elas hortelã, erva cidreira, cravo da índia, babosa, alfavaca, anador, boldo de goiás, vick e agrião, sendo os dois últimos os mais procurados.

O agrião, por seu poder anestésico, é usado por muitos para dores de dente, por exemplo. Outro procurado é o cravo de defunto. Há relatos de uma pessoa que afirma ter se curado de dengue com o chá da planta, mas não há comprovação científica disso.

Na próxima semana, o viveiro vai ministrar um curso de capacitação para quem quer trabalhar com plantas. São 20 vagas e a inscrição é gratuita. Jaqueline Lustosa pede apenas que os interessados levem garrafas pet e caixas de ovo. As aulas serão na quinta e sexta-feira, dias 9 e 10, mas novas turmas devem ser abertas em razão da procura.


Em agosto, o viveiro vai promover também o "chá das 5", com a própria comunidade. Outra ação que envolvia os moradores era a distribuição de mudas, que será retomada somente após o período eleitoral.

Geísa Chaves (especial para o Cidadeverde.com)

Fábio Lima (da Redação)
Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com
Data: 05.08.2012

Santos vai distribuir medicamentos fitoterápicos de graça

Espinheira-santa, alcachofra, isoflavona de soja, unha-de-gato e guaco. A partir deste mês, esses remédios fitoterápicos ficam disponíveis na rede de saúde de Santos.

A Prefeitura adquiriu 28.480 unidades dos medicamentos, que fazem parte do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde.

A espinheira-santa é indicada para indigestões e para auxílio no tratamento de gastrite e úlcera. Já a alcachofra é receitada para pessoas com disfunções no fígado e intestino. A isoflavona de soja é recomendada para mulheres com sintomas de climatério (fase entre o período fértil e o não reprodutivo). Em casos de inflamações de artrite reumatoide e osteoartrite, a unha-de-gato pode ser receitada. Já o fitoterápico guaco é para pacientes com gripe, infecções na garganta e rouquidões.

Os medicamentos serão disponibilizados gradualmente nas unidades de saúde. Os remédios fitoterápicos compõem um método de tratamento caracterizado pela utilização de plantas medicinais, em diferentes preparações, sem a utilização de substâncias ativas isoladas.


Link:
Data: 11.08.2012

Foto: Uncaria tomentosa (en.wikipedia.org)