Por Redação
Cerca de 90 por cento da população angolana recorre à medicina tradicional para
a cura de várias doenças. A informação foi apresentada num estudo desenvolvido,
entre 2002 e 2011, pelo Centro de Botânica e pela Faculdade de Ciências da
Universidade Agostinho Neto (UAN).
Segundo a diretora do Centro, Esperança Costa, existem cerca de 37 mil espécies
de plantas no mundo, 70 por cento das quais têm efeitos terapêuticos. Em Angola
é possível detetar cerca de oito mil espécies, das quais 37 por cento
medicinais.
Esperança Costa comparou ainda os químicos utilizados nos laboratórios
farmacêuticos, que resultam na medicina moderna, com os extratos naturais
retirados de vegetais e adiantou que estes são 20 vezes mais potentes que os
manipulados em laboratórios. Segundo a diretora do Centro, Angola necessita de um laboratório que trate da
extração destes componentes vegetais, uma vez que dispõe de tantas espécies,
para que deixe de ser necessário recorrer-se ao estrangeiro.
Os resultados deste estudo, realizado entre 2002 e 2011, vão ser publicados num
livro, de lançamento marcado ainda para este mês.
Data: 10-08-2012
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