terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Fiocruz inicia projeto com o Movimento de Mulheres Camponesas

17 Dezembro 2013
Com o objetivo de estimular a articulação de alianças, parcerias e o fortalecimento da Rede de Experiências, Tecnologias e Inovação em Saúde (Retisfito) e ainda formar lideranças para a Gestão Participativa da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo e da Floresta, a Fiocruz realizou uma oficina com o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

O evento realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, no Jardim Ingá, município goiano localizado a 30 km de Brasília, contou com a participação de lideranças de todas as regiões do país, representantes do Ministério da Saúde e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, dois parceiros no projeto.

No evento, a coordenadora do projeto com o MMC, Joseane Costa, apresentou a proposta da RetisFito, que permite o compartilhamento de práticas, ações, iniciativas e conhecimentos tradicionais acerca das plantas medicinais, que tenham por finalidade o enfrentamento de problemas nos campos da saúde e ambiente, com foco no Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo Joseane, o projeto com o MMC vai contribuir para a implementação das políticas nacionais de plantas medicinais e fitoterápicos e de práticas integrativas e complementares.

Questionada sobre a regulamentação do uso das plantas medicinais, Josiane relatou que ainda existem barreiras a serem vencidas. “Temos avançado na regulamentação, mas ainda não há proibição quanto à prescrição dos fitoterápicos”, disse a coordenadora.

A agricultora Noemi Krefta disse sobre a importância do resgate da cultura camponesa, do cultivo e uso das plantas medicinais e da autonomia da mulher. “As mulheres sempre foram as responsáveis pela preservação dos conhecimentos acerca das plantas medicinais. Temos que resgatar as sementes crioulas, lutar contra os agrotóxicos e defender as plantas medicinais. Não dá pra separar a produção de alimentos da promoção da saúde”, destacou.

Essa foi a primeira oficina realizada com o MMC de uma série programada em 21 estados. De acordo com a coordenadora executiva do projeto, Sheila Lima, as oficinas regionais servirão para pontuar as especificidades e necessidades dos municípios indicados para a execução do projeto.

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