A Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) apoiou um projeto de pesquisa que ensina os alunos da rede municipal e estadual em Alegre a lidar com plantas medicinais. O projeto, coordenado pela professora Lenir Porfírio, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), foi selecionado em um dos editais do Programa de Iniciação Científica Junior (PICJr).
A professora explica que, desde começou a dar aulas, constatou o interesse de alunos em participar de projetos de pesquisa e extensão voltados para a região em que residem. Ela iniciou, então, um processo de resgate ao conhecimento sobre plantas medicinais.
“Nós identificamos que na área urbana de Alegre as pessoas preferem ir à farmácia e tomar remédio, enquanto na periferia da cidade e nos distritos, as pessoas utilizam plantas medicinais. A maioria das pessoas acredita que as plantas não fazem mal, e o nosso projeto serve para esclarecer que a planta ou a dose errada podem sim ser prejudiciais à saúde”, detalhou.
Lenir Porfírio conta que, por meio do projeto, as informações sobre terapias alternativas com plantas medicinais estão chegando à população com mais segurança. Os alunos que fazem parte da pesquisa aprendem e participam do processo da colheita, seleção, secagem e embalagem das plantas medicinais.
“Agora estamos ensinando os alunos a utilizar estas plantas de diferentes formas, ensinado a extrair e preparar óleos essenciais, para uso experimental e medicinal”, explicou a coordenadora, que creditou a evolução do projeto e a aquisição de equipamentos ao apoio financeiro da Fapes.
Como resultado deste projeto, a coordenadora aponta não só os produtos usados em experimentos de alunos de iniciação científica e mestrado, mas o aprendizado, tanto com plantas medicinais, como com a metodologia científica. Segundo ela, os bolsistas prepararam seminários e trabalhos para apresentação em congressos e em outras Universidades.
“O apoio da Fapes é de total importância, pois conseguimos repassar o conhecimento científico sobre plantas medicinais e recurso para dar andamento ao projeto. Nós mostramos que o conhecimento das plantas medicinais pode agregar valor às atividades e possibilitar uma profissão aos jovens”, enfatizou.
Lenir adiantou que possui outro projeto com um grupo de alunos e tem interesse em produzir sabonetes, loção, xampu e repelentes com plantas medicinais. “Isso será fantástico, terei atingido meu objetivo principal, mostrar que em Alegre há potencial para diferentes tipos de indústrias e muito mais”, argumentou.
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