quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O consumo de ultraprocessados também está associado a menor desempenho acadêmico

Fonte: Take Part - Traduzido por Ana Maria Thomaz Maya Martins - Quarta-feira, 14 de Setembro de 2016 


A maioria dos pais já conhece os efeitos, associados ao ganho de peso, que a alimentação regular em redes de fast food traz para seus filhos (basta perguntar para o McDonald’s como andam as vendas do McLanche “Feliz”). Mas uma nova pesquisa sugere que a obesidade é apenas um dos efeitos da alimentação não saudável. Parece que os ultraprocessados estão estão prejudicando a saúde física e corporal das crianças e também o desempenho acadêmico.

“A pesquisa tem foco na relação entre consumo alimentar e a epidemia de obesidade infantil”, diz Kelly Purtell da Universidade do Estado de Ohio, que liderou a pesquisa recentemente publicada no “Clinical Pediatrics”. Kelly diz ainda que encontrou evidências científicas que associam o consumo de alimentos das redes de fast food a um menor rendimento acadêmico.

A pesquisa foi realizada em 8.544 escolas americanas, com crianças de 10 anos que deveriam responder com qual frequência elas faziam refeições em redes de fast food, como McDonalds, Pizza Hut, KFC e Burger King. A frequência de consumo foi associada às notas de matemática, ciências e leitura. 

Crianças com o hábito de consumir alimentos das redes de fast food diariamente tinham notas piores que as demais. Em ciências, por exemplo, os consumidores diários de fast food chegaram a apresentar até 4 pontos a menos que aqueles que nunca consumiram fast food.

Sabe-se que nos Estados Unidos, o maior consumo de ultraprocessados está associado a famílias de baixa renda, que na maioria das vezes não dispõe de recursos para ajudar as crianças a melhorarem seu desempenho escolar. Mas os pesquisadores foram cuidadosos com variáveis que podiam levar ao erro, como indicadores socioeconômicos, prática de atividade física e tempo gasto assistindo TV.

A pesquisa mostrou ainda que:

- 52% das crianças comem ultraprocessados mais de 3 vezes na semana;

- 10% consomem esses alimentos entre 4 e e 6 vezes na semana;

- 10% consomem ultraprocessados diariamente

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