Autoria da resenha: Aline Aparecida Oliveira Silva - Pedagoga - Acadêmica de Nutrição
STORCKL, Cátia Regina; NUNESI, Graciele Lorenzoni; OLIVEIRA, Bruna Bordin; BASSO, Cristiana. Folhas, talos, cascas e sementes de vegetais: composição nutricional, aproveitamento na alimentação e análise sensorial de preparações. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cr/v43n3/a8413cr6971.pdf. Acesso em: 23 set 2016.
O artigo de Cátia Regina Storckl, Graciele Lorenzoni Nunesi e Bruna Bordin Oliveira, estuda a composição de folhas, talos, cascas e sementes de vegetais, visando o aproveitamento total de frutas e hortaliças na alimentação.
Foi destacado o alto desperdício de alimentos no Brasil, o qual poderia alimentar 35 milhões de pessoas, fato que também influencia diretamente a economia e os problemas sociais do país.
As partes não aproveitáveis dos alimentos poderiam ser utilizadas enfatizando o enriquecimento alimentar, diminuindo o desperdício e aumentando o valor nutricional das refeições, pois talos e folhas podem ser mais nutritivos do que a parte nobre do vegetal como é o caso das folhas verdes da couve-flor que, mesmo sendo mais duras, contêm mais ferro que a couve manteiga e são mais nutritivas que a própria couve-flor. (SOUZA, 2007).
O trabalho desenvolvido se estrutura em resumo, introdução, material e métodos, resultados e discussão, considerações finais e referência. Nos material e métodos utilizados, foram apresentados os alimentos do estudo: moranga, batata inglesa, chuchu, espinafre, couve-flor, beterraba, cenoura, banana, manga e melão, além do procedimento utilizado para a higiene e manipulação dos mesmos. Também foram desenvolvidas 13 receitas utilizando as folhas, cascas, talos e sementes das frutas e hortaliças. A análise sensorial foi realizada por meio do teste de aceitação dos provadores baseando-se na escada hedônica que variou de gostei muito até desgostei muito.
Nos resultados e discussão ressaltou-se o teor de calorias, carboidratos, proteínas, minerais, fibras e polifenóis nas aparas de frutas e hortaliças in natura, e, consequentemente, foi analisado os mesmos elementos, no entanto em preparações elaboradas.
A partir dessas análises, os autores perceberam que na parte "não-utilizável" dos alimentos foram obtidos índices nutricionais maiores em relação ao padrão, principalmente em se tratando da fibra alimentar.
Portanto, é fundamental que conheçamos a composição nutricional de cada alimento, incluindo o que consumimos de fato até as partes que jogamos no lixo, pois estas podem ter mais valores nutricionais agregados ao alimento. Com isso, melhoraríamos os cardápios e dietas proporcionando benefícios à saúde das pessoas, além de diminuir os desperdícios e reduzir os custos de cada alimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário