segunda-feira, 6 de abril de 2020

Cajá-manga no Vale do Paraíba, SP

Texto: 
Isabella Paiva Rossi Ribeiro. Acadêmica de Medicina veterinária - UNITAU 
Marcos Roberto Furlan. Engenheiro agrônomo e Professor - FIC e UNITAU 

No campo se destacam os cajazeiros com os seus frutos amarelos. Possuem aproximadamente 8 metros altura e no mês de março, no Vale do Paraíba, propiciam uma farta colheita, a qual será utilizada para produção de sucos e geleias. 

Por ser difícil de descascar, galinhas e outros animais têm dificuldade em consumir. No entanto, as folhas são usadas como alimento do bicho-da-seda. 

Além de cajá-manga, também é conhecida por cajarana e cajá-anão, dentre outros nomes populares. Seu nome científico é Spondias dulcis Forst. (sinonímia S. cytherea), e pertence à família Anacardiaceae, a mesma do caju e outras espécies conhecidas como cajás. Não é uma espécie nativa, mas se desenvolve muito bem no Brasil. Sua origem é a Polinésia. 

Além de consumo como alimento principalmente na forma de doces, fornece madeira para carpintaria. Possui amplo uso na medicina tradicional, com indicações, como, por exemplo, flores, casca e raízes antidiarreicas e folhas para prisão de ventre e problemas digestivos, mas esses usos ainda não foram comprovados cientificamente. No entanto, sua ação antioxidante já é bem definida experimentalmente. 

Algumas pesquisas recentes sobre o cajá-manga:

Extrato etanólico de de S. dulcis, em ensaios pré-clínicos demonstraram potencial para ser utilizado como composto preventivo contra danos ao DNA causados ​​por indutores (ARAÚJO et al., 2019).

Verificado o potencial dos oligossacarídeos da pectina extraída de S. dulcis como nova fonte de medicamentos anti-Salmonella (ZOFOU et al., 2019).

Referências

ARAUJO, Caroline de S.; BRITO, Lorrane D.; TARIFA, Marina O.; SILVA, Nayara J. Farah da; RODRIGUES, Karoline S.; CAVALCANTE, Dalita G. S. M.; GOMES, Andressa S.; ZOCOLER, Marcos A.; YOSHIHARA, Eidi; CAMPAROTO, Marjori L.. Protective effects of bark ethanolic extract from Spondias dulcis Forst F. against DNA damage induced by benzo[a]pyrene and cyclophosphamide. Genetics And Molecular Biology, [s.l.], v. 42, n. 3, p.643-654, set. 2019. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1678-4685-gmb-2018-0038.

ZOFOU, Denis; SHU, Golda Lum; FOBA-TENDO, Josepha; TABOUGUIA, Merveille Octavie; ASSOB, Jules-clement N.. In Vitro and In Vivo Anti-Salmonella Evaluation of Pectin Extracts and Hydrolysates from “Cas Mango” (Spondias dulcis). Evidence-based Complementary And Alternative Medicine, [s.l.], v. 2019, p.1-10, 23 abr. 2019. Hindawi Limited. http://dx.doi.org/10.1155/2019/3578402.
Spondias dulcis
Fruto
Frutos sendo preparados para confecção de geleias e sucos

Fotos: Isabella Paiva Rossi Ribeiro











































































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