sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Endometriose: substâncias do meio ambiente aumentam casos em adolescentes

Ginecologista diz que não há estudos concluídos mas substâncias químicas, contaminação da água e alimentação podem explicar a doença
Útero alterna / Flickr / CC

O programa Cotidiano discutiu a endrometriose, que é uma das principais causas da infertilidade. O ginecologista e chefe do Ambulatório de Endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto do Rio de Janeiro, Marco Aurélio Pinho de Oliveira, explica que a endometriose é uma doença muito frequente: uma em cada 4 mulheres no período fértil vão ter essa doença.

O endométrio é um tecido que está dentro do útero, que cresce durante o período menstrual e é eliminado durante a menstruação, mas ocorre que boa parte passa pelas trompas e cai na barriga, todo mês. Esse endométrio dentro da barriga por um longo tempo vai grudando e acaba levando a dor, a infertilidade e a doenças graves, como nódulo intestinal e de bexiga.

Segundo o ginecologista a questão é que a endometriose vem ficando mais frequente e mais grave nos últimos 15 anos, “o que parece estar acontecendo é que o sistema imunológico das meninas que começam a menstruar aos 12 anos, não está conseguindo eliminar esse tecido por algum motivo. Provavelmente há uma interação do meio ambiente com esse genes que faz com que determinada mulher com característica genética mais propícia, venha a desenvolver uma doença mais séria em menos tempo”, explica.

Por isso, segundo o médico, questões do meio ambiente podem ter influência como: crescimento industrial, contaminação da água e do ar e da própria alimentação também. Marco Aurélio Pinto cita também substâncias como a dioxina, o bisfenol A, os ftalatos, parabenos e outros.

O ginecologista orienta que precisa ser feito o diagnóstico e um dos tratamentos é a pílula de uso contínuo.

Saiba mais sobre este assunto nesta entrevista ao Cotidiano, com a jornalista Rejane Limaverde, naRádio Nacional de Brasília.

Fazer o download do arquivo MP3 clicando aqui.

in EcoDebate, 13/08/2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário