Texto:
Leila de Araújo Borges Proença - acadêmica de agronomia - Faculdade Cantareia
Marcos Roberto Furlan - engenheiro agrônomo - Prof. UNITAU e Faculdade Cantareira
Dependendo da região, são denominados de carurus ou bredos. Os nomes no plural é porque existem mais de uma espécie com esses nomes, a maioria pertencente ao gênero Amaranthus, sendo as mais comuns: Amaranthus hybridus, A. retroflexus, A. viridis e A. spinosus.
Os carurus são utilizados tanto na alimentação de animais quanto na de seres humanos. São considerados ricos em ferro, daí a justificativa de combaterem a anemia.
Alguns carurus eram mais conhecidos pela população, principalmente para consumo em sopa de fubá. Com a ênfase atual sobre as plantas alimentícias não convencionais (PANCS), informações sobre o uso dos carurus na alimentação estão sendo resgatadas.
Ainda com relação à culinária, há espécies de Amaranthus que produzem grãos comercializados como amarantos (Amaranthus caudatus e A. cruentus). Outra espécie comestível e que produz até “pipoca” é o Amaranthus hypochondriachus. As sementes são utilizadas na confecção de farinhas e leites vegetais. Importante ressaltar que não contém glúten.
Como algumas espécies podem ter alto teor de oxalato de cálcio, se recomenda sempre o cozimento.
Nos arredores da horta é interessante manter os carurus, pois servem de alimento para besouros. Quando os carurus são arrancados, esses besouros atacam em maior intensidade as plantas cultivadas. Outra informação relacionada aos aspectos agronômicos, é que os carurus indicam solos ricos em matéria orgânica. No entanto, quando ocorre apenas caruru, o solo é rico em matéria orgânica mas está faltando alguns micronutrientes.
Do ponto de vista medicinal, são poucas as pesquisas sobre a aplicação dos carurus no tratamento de doenças, necessitando ainda de maior segurança para afirmar suas ações terapêuticas, tais como diuréticas e laxativas.
Foto: Amaranthus sp
Autoria: Leila de Araújo Borges Proença
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