Texto
Janaína dos Santos Carvalho - acadêmica de engenharia agronômica - UNITAU
Marcos Roberto Furlan - professor e engenheiro agrônomo - FIC e UNITAU
Em Salesópolis, Estado de São Paulo, é comum encontrar em boa parte do ano, principalmente em solos bem cuidados, uma planta de caules ruivos que nasce em carreirinha, conforme a descrição de Guimarães Rosa no conto "Sarapalha", em "Sagarana". Nesta região, essa planta é denominada, quase que exclusivamente, por beldroega ou "berdroega" (Foto).
Foto. Portulaca oleracea.
Autoria: Janaína dos Santos Carvalho
No seu nome científico Portulaca oleracea, a menção no epíteto específico (oleracea) de que é uma planta comestível e cultivada em hortas. Além de beldroega, é possível encontrar em outras regiões, outros nomes populares para essa espécie, como, por exemplo, bredo-de-porco, caaponga, erva-gorda e salada-de-nego.
De origem duvidosa (Ásia ou Europa), no Brasil se adaptou em quase todo o seu território. Apesar de se espalhar na terra, pode ser que encontre exemplares de beldroega com até 0,5 m de altura, segundo a literatura. É do mesmo gênero da onze-horas (Portulaca grandiflora), mas as flores amarelas da beldroega são bem menores que as flores das variedades desta espécie. Em comum às diversas variedades de P. grandiflora, as folhas carnudas de formato oval e com coloração verde brilhante.
Na agricultura, a beldroega é indicadora de solo fértil bem estruturado, com bom teor de matéria orgânica e com boa capacidade de reter umidade.
Como alimento, é considerada uma PANC (Planta Alimentícia Não Convencional), sendo consumida em saladas, refogados, omeletes e sopas. O consumo cru deve ser evitado para pessoas que tenha pressão alta, deficiência de ferro ou tendência a formação de cálculos renais, devido aos altos teores de ácido oxálico.
No ilustração, as indicações medicinais, características nutricionais e a respectiva referência.
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