Cactácea é a principal fonte de alimento dos rebanhos, principalmente nos longos períodos de estiagem. Além da produtividade, pesquisa desenvolvida no Insa também analisou a qualidade do solo após o plantio.
Pesquisador João Macedo Moreira trabalha na pesquisa sobre a produtividade da palma forrageira. Crédito: Instituto Nacional do Semiárido
Uma pesquisa desenvolvida no Instituto Nacional do Semiárido (Insa) comprovou a viabilidade do plantio da palma forrageira na região, o que confirma sua importância como principal fonte de alimento dos rebanhos, sobretudo nos longos períodos de estiagem. O estudo analisou a produção e a absorção de nutrientes no cultivo de três variedades de palma nos municípios de Condado e Riachão, no sertão da Paraíba. Um ano após o plantio, as duas cidades registraram uma produção de 3,5 mil quilos e 1,5 mil quilos de palma por hectare, respectivamente.
“Os agricultores ficaram bastante motivados, porque viram que é possível produzir a palma ali. A pesquisa nos deu condição de levar informações a partir da base científica”, afirmou o pesquisador João Macedo Moreira, pós-graduando em ciência do solo pela Universidade Federal da Paraíba.
Ele ressaltou ainda que o plantio da palma exige cuidados específicos, pois é uma cultura que retira uma grande quantidade de nutrientes do solo, o que também foi analisado na pesquisa. Em Condado, por exemplo, a massa seca acumulou cerca de 1,325 kg de Carbono (C), 20 kg de Fósforo (P) e 391 kg de Potássio (K). As quantidades retiradas são consideradas bastante elevadas, principalmente para Fósforo e Potássio.
“Em uma situação sem reposição de nutrientes, será reduzida drasticamente a fertilidade do solo. Portanto, para que sejam apresentadas condições de fertilidade de solo ideais para o cultivo de palma, é de fundamental importância o conhecimento dos principais nutrientes demandados por essa cultura.”
Até o ano passado, o Insa já havia distribuído 2,7 milhões de mudas da palma para pequenos produtores rurais pelo Projeto de Revitalização da Palma Forrageira. O projeto começou em 2012 com a implantação de 26 campos de pesquisa e multiplicação da palma. A expectativa é que 5 milhões de mudas sejam distribuídas aos agricultores do semiárido.
Fonte: Insa
in EcoDebate, 07/07/2016
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