Onças são apreendidas em operação do Ibama. Foto: Divulgação/Ibama
Proibida no País desde os anos 1960, a atividade reduziu a população de várias espécies de animais e elevou o risco de desequilíbrio ambiental
O período entre os anos 1930 e 1960 é chamado de “época da fantasia” em muitas partes da Amazônia. “Fantasia” eram as peles de felinos exportadas para o mercado da moda norte-americano e europeu. Só a venda de pele das espécies mais exploradas – que incluíam jacarés, peixes-boi, veados, porcos-do-mato, capivaras e ariranhas – movimentou cerca de US$ 500 milhões (em valores atuais) durante o auge desse comércio. De 1904 a 1969, algo em torno de 23 milhões de animais silvestres de ao menos 20 espécies foram mortos para suprir o consumo de couros e peles. Esses dados, apresentados em um artigo publicado em outubro na revista Science Advances, referem-se apenas ao que ocorreu nos estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas.
O biólogo André Antunes, primeiro autor desse trabalho, calculou o número de animais abatidos no período ao combinar as informações disponíveis nos registros comerciais e portuários com as anotadas nos chamados manifestos de carga, relações detalhadas dos materiais transportados pelos navios que partiam do interior da Amazônia para o porto de Manaus.
Veja o texto na íntegra: Revista Fapesp
Do Jornal da Ciência / SBPC, in EcoDebate, 29/11/2016
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