segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Comparação entre os teores de oxalato de cálcio em espécies denominadas de espinafre

Quando se faz referência ao nome espinafre, a denominação científica é essencial tendo em vista que há mais de uma espécie com essa referência. A mais famosa, em todo o mundo, é a Spinacia oleracea (foto 1), de origem asiática e se destacou pelo estímulo ao consumo nos Estados Unidos no século passado.
Foto 1: Spinacia oleracea

No Brasil é mais consumida a plantas do gênero Tetragonia (Foto 2), mais conhecidos como espinafre-da-nova-zelândia. É de fácil cultivo, e encontrada em boa parte do país. Além dos nomes em comum, as espécies possuem teor considerável de oxalato de cálcio, fator antinutricional.
Foto 2: Tetragonia tetragonioides

De acordo com Rocha (2009), o ácido oxálico é formado nas plantas pela oxidação incompleta de carboidratos ocasionada pela ação de fungos ou bactérias. Em altas concentrações, o ácido oxálico pode facilitar a formação de cálculos renais, devido a formação de sais insolúveis de cálcio após ser absorvido pelo organismo, ou antes da absorção, devido à reação do cálcio da dieta.

O teor do oxalato depende da parte da planta consumida. Com relação aos espinafres, pesquisas indicam maiores teores no espinafre do Gênero Spinacia.

As folhas são as que apresentam as maiores concentrações e ambas as espécies denominadas por espinafre. Na pesquisa realizada por Rocha (2009), o espinafre-da-nova-zelândia forneceu 10,8g por100g de matéria seca. Já no caso do espinafre verdadeiro, apresentou 25% a mais de oxalato. 

Alguns estudos indicam o contrário, mas deve ser levado em conta alguns fatores como as formas de cultivo, os dados serem reportados em vista da matéria fresca, e a impossibilidade de garantia dos mesmos teores de água para ambos (ROCHA, 2009). 

Referência:

ROCHA, Sílvia Regina Santos. Procedimentos e Avaliação Química de Parâmetros de Interesse Nutricional de Espinafre Comercializado na Bahia, Dissertação (Mestrado em Ciências Naturais-Química) – Universidade Federal da Bahia, Bahia. 2009. Disponível em:

Texto: Wasllana Wanda R. Guimarães - Acadêmica de Nutrição - UNITAU

Coordenação: Prof. Marcos Roberto Furlan

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