Link:
http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/baixo-custo-e-pouco-valor-nutricional-sao-receita-de-ultraprocessados/
04/01/2018
Número especial da Public Health Nutrition tem artigos sobre classificação de alimentos desenvolvida por pesquisadores da USP, incluindo a categoria ultraprocessados, de que os biscoitos industrializados são exemplo – Arte sobre fotos /
Salgadinhos, refrigerantes e biscoitos: alimentos ultraprocessados feitos com ingredientes de baixo custo e pouco valor nutricional – muito açúcar, sódio, aditivos e sal. Produzidos com o intuito de serem “irresistíveis” e consumidos facilmente, esses alimentos oferecem riscos à saúde ao promover a obesidade, diabete e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação.
Estudos sobre esses produtos e sua influência na saúde humana foram apresentados na revista científica Public Health Nutrition (volume 21, 2018), editada pela Sociedade Britânica de Nutrição. O número especial é dedicado à classificação criada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP sobre o grau de processamento industrial de alimentos.
“É uma proposta metodológica que tem impacto no primeiro mundo”, afirma o professor Carlos Augusto Monteiro da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e membro do Nupens. Para ele, os artigos confirmam a hipótese sobre os ultraprocessados não serem saudáveis. Mais do que isso, o professor acredita que a classificação possui dimensão política, pois confronta a indústria alimentícia, que insiste em negar os malefícios desses alimentos à saúde.
A maioria das embalagens dos ultraprocessados verificados em um estudo na Austrália, por exemplo, trazia declarações nutricionais enganosas e os apresentava como “saudáveis”, apesar da alta prevalência de adição de açúcares adicionados e do questionável valor nutricional. Para a autora do estudo, o grau de declarações inadequadas ou imprecisas presentes é preocupante, particularmente em embalagens destinadas a atrair crianças.
Origem
A classificação denominada “Nova” foi proposta pela primeira vez em um artigo publicado em 2009 pela mesma revista. Desde então, vem sendo utilizada em estudos sobre sistema alimentar, dieta e saúde, em documentos técnicos de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-Americana de Saúde, na orientação de políticas públicas em alimentação e nutrição e na construção de guias nacionais para a promoção da alimentação saudável e sustentável.
O conceito é fruto do projeto temático Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países e se divide em quatro classificações. A primeira categoria é composta de alimentos in natura, que devem ser a base da alimentação, como frutas e hortaliças. O segundo grupo é formado por ingredientes relativos à preparação culinária, o óleo, sal e açúcar, por exemplo. Já o terceiro são os alimentos preparados com adição de sal, açúcar ou outras substâncias do grupo dois, são eles: queijo, pães, legumes em conserva, entre outros. A última categoria se refere aos ultraprocessados.
.
Estudos sobre esses produtos e sua influência na saúde humana foram apresentados na revista científica Public Health Nutrition (volume 21, 2018), editada pela Sociedade Britânica de Nutrição. O número especial é dedicado à classificação criada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP sobre o grau de processamento industrial de alimentos.
“É uma proposta metodológica que tem impacto no primeiro mundo”, afirma o professor Carlos Augusto Monteiro da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e membro do Nupens. Para ele, os artigos confirmam a hipótese sobre os ultraprocessados não serem saudáveis. Mais do que isso, o professor acredita que a classificação possui dimensão política, pois confronta a indústria alimentícia, que insiste em negar os malefícios desses alimentos à saúde.
A maioria das embalagens dos ultraprocessados verificados em um estudo na Austrália, por exemplo, trazia declarações nutricionais enganosas e os apresentava como “saudáveis”, apesar da alta prevalência de adição de açúcares adicionados e do questionável valor nutricional. Para a autora do estudo, o grau de declarações inadequadas ou imprecisas presentes é preocupante, particularmente em embalagens destinadas a atrair crianças.
Origem
A classificação denominada “Nova” foi proposta pela primeira vez em um artigo publicado em 2009 pela mesma revista. Desde então, vem sendo utilizada em estudos sobre sistema alimentar, dieta e saúde, em documentos técnicos de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-Americana de Saúde, na orientação de políticas públicas em alimentação e nutrição e na construção de guias nacionais para a promoção da alimentação saudável e sustentável.
O conceito é fruto do projeto temático Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países e se divide em quatro classificações. A primeira categoria é composta de alimentos in natura, que devem ser a base da alimentação, como frutas e hortaliças. O segundo grupo é formado por ingredientes relativos à preparação culinária, o óleo, sal e açúcar, por exemplo. Já o terceiro são os alimentos preparados com adição de sal, açúcar ou outras substâncias do grupo dois, são eles: queijo, pães, legumes em conserva, entre outros. A última categoria se refere aos ultraprocessados.
.
Classificação alimentar apresenta os grupos de alimentos: in natura; ingredientes para preparação culinária; e alimentos com adição de sal, açúcar e outras substâncias, categoria da qual fazem parte como subgrupo os ultraprocessados – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
A publicação traz 26 artigos assinados por pesquisadores de universidades e centros acadêmicos de vários países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Líbano e Uruguai.
Os artigos publicados na revista Public Health Nutrition podem ser conferidos no site Cambridge Core.
Com informações da Assessoria de Comunicação da FSP
A publicação traz 26 artigos assinados por pesquisadores de universidades e centros acadêmicos de vários países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Líbano e Uruguai.
Os artigos publicados na revista Public Health Nutrition podem ser conferidos no site Cambridge Core.
Com informações da Assessoria de Comunicação da FSP
Nenhum comentário:
Postar um comentário