quarta-feira, 4 de julho de 2018

Segurelha: condimento e medicinal

Texto:
  • Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo - Professor - Faculdade Cantareira e Universidade de Taubaté - UNITAU.
  • Letícia Fonseca do Pinhal - Ciências Biológicas - bacharelado UNIP - Universidade Paulista.
Ainda pouco conhecida no Brasil, mas famosa em alguns molhos franceses como uns dos "bouquet garni", a segurelha (foto) pertence ao Gênero Satureja e à família Lamiaceae. Por ser tão desconhecida aqui pela maioria da população, pode ser classificada como planta alimentícia não convencional.

Nativa do Mediterrâneo, na Europa é usada desde a antiguidade na culinária, onde faz parte, por exemplo, em tempero para carnes devido ao seu aroma, proveniente de seu óleo essencial. É uma planta interessante para ser cultivada em vasos ou jardineiras devido à sua altura, que alcança no máximo 40 cm. Cada "galhinho" pode gerar muda. Mas exige incidência de luz direta.

Também se destaca como medicinal. Popularmente, a segurelha é consumida na forma de infuso para problemas digestivos, como expectorante, cicatrizante e contra cólicas.
Quanto às pesquisas, Millezi et al. (2014) citam que seu óleo essencial possui carvacrol, cimeno e timol, os quais são responsáveis por sua ação antibacteriana contra a Staphylococcus aureus e Escherichia coli, bactérias relacionadas à diarreias e náuseas. Leandro (2015) observaram que os flavonoides encontrados na segurelha, possuem  ação antioxidante testada em patas de ratos, e anti-inflamatório testado na úlcera dos ratos.

Referências

LEANDRO, Raquel. Avaliação do potencial anti-inflamatório, antioxidante e antimicrobiano de extratos de segurelha, salsa e coentros. Faculdade de Ciências e tecnologia, Universidade Nova de Lisboa. Setembro de 2015. https://run.unl.pt/bitstream/10362/16083/1/Leandro_2015.pdf acesso em: 03 Jul. 2018.

MILLEZI, A.f. et al. Caracterização química e atividade antibacteriana de óleos essenciais de plantas condimentares e medicinais contra Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, [s.l.], v. 16, n. 1, p.18-24, mar. 2014. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1516-05722014000100003.

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