segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fitoterapia na veterinária - VI

Resultado muito interessante obtido na pesquisa dos acadêmicos do curso de veterinária da UNIGUAÇU Angélica Aparecida Chuede; Eduardo Roberti; Fernanda Müller Monte e Suelen Pires de Brito, orientados pela Professora e Médica Veterinária Claudia R. Viera Rocha Coeli.
Aproveito também para parabenizar e destacar o apoio e a forma de trabalhar com produtos naturais do Espaço Zen - Reabilitação de Animais.

Aromaterapia atuando em distúrbios de comportamento em cães

Introdução
O presente trabalho relata o uso da Aromaterapia em problemas de comportamento em cães,com a administração de óleos essenciais.   .Problemas de comportamento como agressividade em cães atualmente é comum devido ao estresse do cotidiano. O adestramento é uma das técnicas utilizadas, mas nem sempre apresenta sucesso,podendo-se então tratar através de Terapias Complementares. A Aromaterapia foi o tratamento de escolha, pelo apurado poder olfativo dos cães. Aromaterpia é um ramo da fitoterapia; de determinadas plantas aromáticas é extraído seu óleo  que pode ser aplicado isoladamente ou em combinação com outros óleos , dependendo de cada caso.. Foram utilizados óleos essenciais de Lanvandula angustifolia que possui   propriedades calmantes, anti-bacterianas, anti-sépticas e anti-espasmódicas e Anthemis nobilis   um agente calmante que auxilia no estresse e  no sono.

Objetivo
Este trabalho tem como objetivo aplicar como tratamento em distúrbios de comportamento canino as Terapias Complementares, usando a técnica  de Aromaterapia.

Material e método
No Hospital Veterinário Linus Brauchner, no município de União da Vitória - Pr foi atendido um animal, macho da espécie canina ,inteiro, SRD, chamado Zeus, de idade 6 anos, com aproximadamente 35 kg.
A queixa era de que o cão atacava os animais da casa e da vizinhança, chegando algumas vezes a matar suas vítimas, era extremamente agressivo e agitado.
Optou-se por usar uma terapia complementar, no caso a Aromaterapia, utilizando-se de óleo essencial de Lavandula angustifolia, administrando duas gotas em região cervical do paciente e pelo uso do mesmo óleo   na água de beber, na proporção de 5 gotas de óleo em dois litros de água.

Resultados
Depois de duas semanas de tratamento, ocorreu uma melhora de comportamento do animal. Optou-se então por manter a Lavandula angustifolia em região cervical e mudar o protocolo, trocando a Lavanda por Camomila romana (Anthemis nobilis) na água de beber.
Uma semana após, o animal apresentou visível melhora de comportamento, vindo à obedecer os comandos de seus donos.
A proprietária relata que o animal estava mais sonolento, porém a agressividade diminuiu bruscamente. O animal está sendo monitorado, e pode-se observar que ele está mais obediente. Foi recomendado a castração do animal.

Referencial teórico
Quando um cão manifesta comportamento de agressividade, apresenta uma condição de insatisfação por meio de alguns sinais.  Os animais possuem personalidades diferentes; e vários podem ser os motivos de mau comportamento.  O hormônio testosterona também é determinante em cães mais bravos, portanto machos não castrados têm maior tendência à agressividade do que os castrados.
A aromaterapia é um ramo da fitoterapia que vem demonstrando sucesso em tratamentos com animais,
Os óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, portanto é de suma importância que seja prescrita por um médico veterinário especialista.
A Lavandula angustifolia tem como propriedades terapêuticas calmante, digestivo, anti-bacteriana, anti-séptico e anti-espasmódico. Pode ser usada como terapia calmante. A parte da planta utilizada são as flores.
Anthemis nobilis é vulgarmente conhecida como camomila romana, camomila, maçã chão, camomila inglês; é uma planta perene encontrada em campos secos e em torno de jardins e campos cultivados. A planta é usada para alimentos de sabor, em  perfumes e cosméticos, sendo muito popular na aromaterapia, pois é um agente calmante para acabar com o estresse e auxiliar o sono.

Conclusão
Conclui-se que o uso da aromaterapia é satisfatória em tratamentos com animais. Pode ser prescrita no tratamento das mais variadas patologias e desequilíbrios.
Apesar de proporcionar bem-estar sem aparentes efeitos indesejados deve ser empregada com cautela e de preferência prescrita por um profissional especializado, no caso um Médico Veterinário, que saberá verificar  as contra indicações,  dosagens corretas e  melhores vias de administração. O tratamento em questão apresentou sucesso, e o animal apresenta comportamento mais dócil, resultando em qualidade de vida e equilíbrio geral.

Referências
PRICE, Shirlei Aromaterapia e as Emoções. 2ª  Edição - Editora Bertrand Brasil; 2006.
TEIXEIRA, Sérgio Medicina Holística. 2ª  Edição - Editora Campus; 2003.
SHWARTZ, Creryl Quatro Patas Cinco Direções. 1ª Edição - Editora Icone; 2008.

3 comentários:

  1. Foi muito bom poder fazer os trabalhos, poder ver o resultado de uma terapia que as vezes não é tão valorizada, pela falta de conhecimento na área. A área é muito interessante e o bom é não desistir do animal e sim buscar novas terapias alternativas para que a sua cura não seja tão invasiva e que haja uma colaboração do proprietário para que ele possa perceber o quanto é importante a sua dedicação no tratamento. Queri agradecer também ao professor Furlan por nos apoiar divulgando o nossos trabalhos, é um orgulho imenso. Muito obrigado!

    Angélica Ap. Chuede

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  2. Caro prof Furlan...
    agradeço a divulgação dos trabalhos. O intuito é divulgar as tecnicas naturais, e mostrar que se obtem resultados satisfatorios, proporcionando qualidade de vida aos animais.
    eu e meus alunos agradecemos a confiança.
    grande abraço.

    MV Claudia R V Rocha Coeli

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  3. Parabéns para todos, e eu que agradeço o empenho de vocês, e a qualidade do trabalho. Abraços.

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