quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Genética e fatores ambientais influenciam na evolução infantil

SPSP 
O desenvolvimento das necessidades biológicas e psicológicas do ser humano começa na fecundação e segue por toda a vida. Entretanto, é nos três primeiros anos que o cérebro evolui com maior intensidade. Segundo o Dr. José Gabel, do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), cuidados e estimulação precoce têm fortes impactos e são fatores decisivos na transição de uma criança para a idade adulta, tanto na progressão de suas habilidades de aprendizagem quanto na capacidade de controlar suas emoções.

Confira um roteiro da evolução média da criança até os dois anos. Entretanto, o Dr. Gabel ressalta: “o descompasso da criança à linha do tempo não quer dizer que há problemas, mas é importante que seja periodicamente avaliada pelo pediatra, que é o profissional capaz de perceber irregularidades”.

Primeiro mês
Deitado de costas, já ajeita a cabeça para respirar melhor. Suas atividades são predominantemente reflexivas e a sua percepção visual é satisfatória apenas de perto. Já a mãe é reconhecida pelo aroma.

Segundo ao quarto mês
Nessa idade começa a sugar o polegar e a reproduzir sons, como tosse e riso. Também emite vocalizações mais prolongadas e fica imóvel ao ouvir uma voz conhecida. Reage ao seu nome e responde virando a cabeça. Nessa fase, a mãe é reconhecida visualmente.

Quinto mês
Senta-se com apoio e mantêm as costas retas, assim como segura objetos e interage com eles. A criança imita gestos, sabe o momento de chamar a atenção e ri ao brincar.

Sexto mês
Permanece sentado, ainda com apoio, por um longo tempo. Distingue rostos estranhos de familiares, além de modular suas emissões vocais para imitar a mãe.

Sétimo mês
Fica sentado sem apoio por alguns momentos, arrasta-se e desloca-se do lugar.

Oitavo mês
Participa mais ativamente das brincadeiras, como a de esconde-esconde, e troca sinais com adultos. Começa a morder nessa fase.

Nono mês
Fica parado sozinho em pé e se segura. Começa a engatinhar. Geralmente, é nesse período que articula a primeira palavra, de duas sílabas, e reage corretamente a palavras familiares: pega e me dá, por exemplo. Passa a reconhecer seu nome e os dos familiares.

Décimo e décimo primeiro mês
Age intencionalmente e utiliza brinquedos de encaixar. Além disso, tenta imitar os sons que ouve e compreende proibições.

Um ano
Tem bom equilíbrio sentado e começa a andar, seguro pela mão. Repete gestos e emite, no mínimo, três palavras diferentes.

Um ano e três meses
Autonomia: anda sozinho, ajoelha-se, sobe escada com os quatro membros e bebe líquidos sem ajuda.

Um ano e seis meses
Senta-se em cadeiras sozinho, sobe e desce escadas segurando-se no corrimão, salta sobre os dois pés e realiza atos coordenados complexos, bem como desenhar rabiscos espontaneamente.

Dois anos
Maior equilíbrio e chama-se pelo próprio nome. Comunica-se com gestos e atitudes, principalmente com outras crianças. Constrói frases de duas palavras e usa o ‘não’ sistematicamente.

“Para identificar possíveis problemas, é essencial a ida frequente ao pediatra e realizar observações comparativas entre crianças da mesma idade, que devem ser valorizadas e pesquisadas quando necessário”, explica Dr. Gabel. Dentre os sinais de alerta estão: dificuldade em interagir com outras pessoas, movimentos estereotipados, pouco contato visual e irritabilidade.

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Texto produzido pela assessoria de imprensa da SPSP.

Publicado em 22/01/2015.
photo credit: lavaki | pixabay.com

Este blog não tem o objetivo de substituir a consulta pediátrica. Somente o médico tem condições de avaliar caso a caso e somente o médico pode orientar o tratamento e a prescrição de medicamentos.

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