terça-feira, 7 de junho de 2016

Frugivorismo: você conhece os benefícios e riscos de uma dieta a base de frutas?

Foto: EBC

Nutricionista explica o que é uma dieta frugívora e quais são os benefícios e malefícios para o organismo.

Viver alimentando-se só de frutas pode parecer loucura para alguns, mas para outros isso é uma realidade. Para quem não sabe, existe uma dieta que é justamente a base de frutas frescas. É a chamada dieta frugívora. Para complementar a busca pelo emagrecimento são incluídas hortaliças como: brócolis, couve manteiga, alface, abobrinha entre outros. Além disso, o cardápio conta também com frutas oleaginosas (castanhas do Pará, castanha de caju, nozes, amêndoas).

Para a nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, nessa dieta o detalhe está no preparo dos alimentos. Todos são minimamente processados, quase todos são consumidos na sua forma in natura. Sem cozimento nenhum. Alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leites são excluídos totalmente.

CARDÁPIO

Vegetais tenros como alface, aipo, brotos verdes, flores, funcho, espinafre, rúcula, brotos de leguminosas entres outras folhas agradáveis ao paladar e levemente doces: são ricas em fibras, vitaminas e minerais. Agradáveis ao paladar mesmo sem passar por processos de cozimento;

Frutas vegetais (tomate, pepino, pimentões, quiabo, abobrinha, chuchu, berinjela, cenoura, beterraba): algumas delas, como o tomate e o pepino, são classificadas como frutas, por isso recebem esse nome. De modo geral são ricas em licopeno, vitamina A e fibras;

Vegetais crucíferos (aspargos, brócolis, couve de Bruxelas, repolho, couve-flor):o brócolis e couve de Bruxelas são boas fontes de cálcio vegetal. Os demais ricos em fibras;

Frutas (banana, caqui, jaca, fruta do conde, figo, abacaxi, laranja, limão, tangerina, kiwi, mamão, manga, uva, maça, amoras, mirtilos, morango) e frutas secas: todas são fontes de carboidratos, fibras, vitaminas, principalmente C, minerais como o potássio e antioxidantes com como resveratrol;

Frutas oleaginosas (nozes, amêndoa, avelã, macadâmia, castanha do Pará, pecan, pistache, pignoli, amendoim): fontes de gordura do “bem” monoinsaturada e polinsaturada. Protegem o coração;

Sementes (abóbora, girassol, gergelim): fontes de gordura monoinsaturada;

Frutas ricas em gordura (abacate, coco verde, azeitonas): são fontes de gorduras boas (monoinsaturadas) que combatem o colesterol. Além de apresentarem vitaminas como vitamina E de antioxidantes;

Cereais (milho) e leguminosas (ervilhas, feijões todos apenas quando recém colhidos e jovens): fonte de proteína de valor biológico, ferro e fibras;

Cogumelos comestíveis: fontes de proteínas.

Todas as categorias dos alimentos citados devem fazer parte do hábito alimentar diário.

BENEFÍCIOS

Devido ao grupo de alimentos que faz parte da dieta e o fato do seu consumo ser sem processos de cocção, a dieta passa a ser uma rica em fibras e pobre em gordura saturada, sódio. Para Patrícia Cruz, em um primeiro momento pode-se afirmar que é uma dieta de proteção para doenças cardiovasculares e crônicas não transmissíveis. Por outro lado, ao longo prazo ela pode trazer deficiências de outros nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo como: proteínas, ferro, vitamina B12, cálcio.

ALERTA

Para a nutricionista, a dieta não pode ser tida como saudável por pregar uma restrição severa. “Não há necessidade de indicar esta dieta a um grupo da população específica. Pois, por ser muito extremista, excluindo grupos de alimentos, a médio e longo prazo, isso pode acarretar deficiências nutricionais importantes.” – explica.

in EcoDebate, 07/06/2016

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