Após catalogar mais de cem variedades de plantas com propriedades medicinais da Caatinga, pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido (Insa) pretendem disponibilizar essas informações na internet.
Para coletar os dados sobre as espécies, os cientistas viajaram por mais de 30 mil quilômetros e entrevistaram mais de 200 integrantes de comunidades tradicionais e quilombolas em Pernambuco.
O catálogo em construção vai reunir plantas usadas como anti-inflamatórios, cicatrizantes e antibióticos.
Além de divulgar informações científicas, a ideia é preservar o conhecimento desenvolvido nessas comunidades. Hoje, 60% do mercado farmacêutico mundial produz medicamentos de base biológica, movimentando quase US$ 60 bilhões.
Assim, com o domínio sobre as propriedades terapêuticas dessas plantas é possível gerar renda e emprego com a constituição de uma cadeia produtiva a partir dessas espécies.
“Essas plantas do bioma Caatinga são as menos estudadas na sua biodiversidade. Ele é o menos protegido legalmente. O que a gente quer mostrar é que existe uma riqueza de compostos bioativos ainda não explorada”, disse a coordenadora do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Márcia Vanusa da Silva.
Depois de aplicados os questionários sobre as plantas, elas foram encaminhadas para laboratórios para serem analisadas características como a atividade biológica, a dosagem e a toxicidade. (Portal Brasil).
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