domingo, 15 de junho de 2014

Plantas medicinais na cosmética - II

Texto de: 

Marina Belão Pereira - Tecnóloga em Estética 
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo 

Aloe vera na cosmética 
http://en.wikipedia.org/wiki/Aloe 

A babosa apresenta no parênquima de suas folhas mucilagem com ação cicatrizante, antibacteriana, antifúngica, antiiflamatória e antivirótica proporcionadas pela presença de antraquinonas como aloenina, barbaloína e isobarbaloína em sua composição química. (FALEIRO et al., 2009) 

Segundo Gala-Garciá (2005), a babosa tem papel na ativação dos macrófagos e sua capacidade fagocitária e, consequentemente, na resolução da inflamação. De acordo com Lindena e Neuendorff (2006), os preparados de A. vera refrescam, tratam e acalmam as zonas irritadas. Eles estimulam o manto ácido protetor natural da pele e ativam a circulação cutânea. 

Domínguez et al. (2006) citam que a A. vera é amplamente utilizada em lesões cutâneas, principalmente pelo seu poder emoliente calmante exercido. De acordo com os autores, a babosa contém os minerais, os aminoácidos e os polissacáridos que estimulam o crescimento e regeneração de células de tecido. A babosa tem seu uso conhecido há séculos, e, atualmente, tem sido empregada em cosmética na produção de xampus e, principalmente, no tratamento de queimaduras (ALMEIDA et al., 2006). 

Semenoff Segundo et al. (2007) comprovaram em suas pesquisas que o gel de babosa auxiliaria o processo de reparo por segunda intenção no dorso de ratos, não existindo dados clínicos de abscesso ou supuração, devido aos efeitos anti-inflamatórios, emolientes, epitalizantes, reguladores do sistema imunológico e hidratantes. 

Surjushe et al. (2008) afirmam que a babosa tem efeito hidratante e anti-envelhecimento, porque o mucopolissacarídeos ajuda na umidade de ligação na pele, estimula o fibroblasto que produz as fibras de colágeno e elastina, tornando a pele mais elástica e menos enrugada. Também tem efeitos coesivos nas células epidérmicas descamação superficial unindo-as, o que suaviza a pele. Os aminoácidos também suavizam as células da pele endurecida e zinco age como um adstringente para fechar os poros. 

O uso tópico da babosa desempenha o papel de fornecer mais oxigênio, aumentando a vascularização e a quantidade de colágeno para que a cicatrização aconteça (RAMOS; PIMENTEL, 2011). 

Portanto, a espécie deve ser usada como fitocosmético, desde que seja recomenda por profissional capacitado, tendo em vista as necessidades adequadas de dosagens e de formas de aplicações.

Referências

ALMEIDA, M. S; BRITO, A. C.; PEREIRA, D. A.; ROCHA, A. N.; CABRAL, S. N.; SILVA, A. B.; SOUZA, M. F.; AMARAL, C. L. F. Viabilidade e Germinabilidade Política em Acessos de Babosa, Aloe vera (L.) Buem. F., do Banco de Germoplasma de Plantas Medicinais da UESB. Sitientibus Série Ciências Biológicas, v. 6, n. 1, p. 40-41. 2006.

DOMÍNGUEZ, I. R.; GUTIÉRREZ, O. S.; LÓPEZ, O. R.; NARANJO,M. F. Beneficios del Aloe vera L. (sábila) en las afecciones de la piel. Rev Cubana Enferm. V.2, n.3, p. 1-4, 2006.

FALEIRO , C. C.; ELIAS S. T. H.; CAVALCANTI L. C.; CAVALCANTI A.S.S. O extrato das folhas de babosa, Aloe vera, na cicatrização de feridas experimentais em pele de ratos, num ensaio controlado por placebo. Natureza on line, v. 7, n. 2, p. 56- 60, 2009.

GALA-GARCÍA, A. Avaliação antimicrobiana in vitro e da resposta do complexo dentinopulpar in vivo após capeamento direto com Aloe vera L. em ratos. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2005. Dissertação (Curso de Mestrado em Odontologia), Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

LINDENA, J.; NEUENDORFF, C. E-book Aloe vera – curar, cuidar, anti-envelhecimento. Luedinghausen Rademann. 2006.

RAMOS, A. P.; PIMENTEL, L. C. Ação da Babosa no reparo tecidual e cicatrização. Braz J Health, São Paulo, v.1, p. 40-48, 2011.

SEMENOFF SEGUNDO, A.; BOSCO, AF.; MAIA, D.; RIBEIRO, RV.; AGUIAR, EBH.; ROCATTO, GEGD.; CIRILO, DM.; BUZELLE, SL.; SEMENOFF, TADV. Influencia do Aloe vera e própolis na contração de feridas em dorso de ratos. Periodontia, v 17, n.01- março, 2007.

SURJUSHE, A.; VASANI, R.; SAPLE, D. G. Aloe vera: a short review. Indian Journal of Dermatology, v. 53, n. 4, p. 163-166, 2008.

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