quarta-feira, 18 de junho de 2014

Physalis peruviana, fisales-peruano

Informações do site:
Dados Botânicos

Nome Científico: Physalis peruviana L.;

Sin.: Alkekengi pubescens Moensch; Boberella peruviana (L.) E.H.L. Krause; Physalis edulis Sims.; Physalis pubescens L.;

Nome popular: fisales, phisalis, canapum, camapu, camarú, bucho-de-rã, joá-de-capote, tomate-capucho, mata-fome, alquequenje;

Família: Solanaceae;

Ocorrência: Perú;

Ciclo de vida: Perene;

Luminosidade: Sol pleno;

Irrigação: 2 vezes por semana;

Clima: Tropical e subtropical;

Floração: Ano todo, primavera e verão, principalmente.

Dificuldade: Baixa.

Physalis ou, simplesmente, fisales, é um sub-arbusto peruano da família do tomate, da batata, berinjela e do tabaco, que, quando cultivado, atinge até 2 metros de altura. A ramagem é espalhada, geralmente prostrada, pubescente, isso é, com uma pequena penugem recobrindo ramos e folhas, principalmente as mais jovens.

As folhas são ovaladas de ponta elíptica atenuada, com nervuras impressas, partindo do limbo em direção às bordas e ramificando-se no caminho umas em direção às outras, como se formassem uma teia. As flores são amarelo-creme, com manchas negras ou roxo-escuras no interior da corola, normalmente viradas para o solo.

A penugem dos ramos e das folhas, mais a mancha no interior da flor são uma das chaves para se diferenciar essa espécie da Physalis angulata L., planta comum nos quintais do norte e nordeste brasileiro e tida como nativa por alguns – ver Plantas medicinais no Brasil, de Harri Lorenzi, 2a. edição. Nenhuma das duas, no entanto, são naturais do Brasil, sendo, porém, subespontâneas em algumas regiões do país.

O fruto é redondo, laranja ou amarelo, envolto por uma capsula membranosas verde na fase inicial e seca, amarronzada, de textura semelhante a um papel fino. Essa cápsula é capaz de proteger o fruto e conservá-lo por até duas semanas (quando mantida intacta) após a colheita.

Etimologia

O nome physalis provém da palavra grega para “bexiga” e refere-se mais provavelmente ao formato do fruto, embora muito o atribuam a cápsula que o envolve. De toda forma, essa estrutura está presente em todos os frutos das mais de 50 espécies americanas de fisales. 
Usos culinários, medicinais e cultura andina
Detalhe da flor do fisales. à diferença do P. angulata o peruviana possui essas manchas no interior das pétalas. Fotos de Dagmar Laus

Embora todas as culturas andinas possuam um nome próprio específico para essa fruta, há pouca evidência de que ela tenha sido cultivada em larga escala, nem que tenha sido modificada em novas variedades. Alguns afirmam ter sido esse arbusto obrigatório nas residências e/ ou jardins internos dos palácios incas, estando, inclusive, vinculada a sua culinária tradicional.

Além do consumo in natura, a fruta é usada para fazer doces e geleias, ou também na preparação de molhos para saladas e carnes.

Na medicina tradicional dos povos andinos e amazônicos, tanto o Physalis peruviana quanto o P. angulata são usados no tratamentos de inflamação na bexiga, males do fígado. Para tanto, emprega-se a infusão das folhas. Outras propriedades fitoterápicas e compostos presentes nas plantas desse gênero têm sido descoberto e alavancado a fama do fisales mundo afora.

Em 1989, o National Academies Press (Imprensa da Academia Nacional de Ciências, dos EUA) publicou um relatório de uma comissão consultiva externa em inovação tecnológica, que indicava espécies andinas que poderiam reforçar e reinventar o mercado consumidor e o cultivo de plantas comestíveis mundial. O texto ficou conhecido como Lost crops of the Incas (As colheitas perdidas dos Incas, em uma tradução literal) e o fisales era uma das frutas mais recomendadas pelo relatório.

Data: 12.06.2014

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