sábado, 23 de abril de 2016

Erva-moura ou maria-pretinha nas calçadas de Taubaté, São Paulo


Erva-moura
Fotos: Marcos Roberto furlan

Texto

Kananda Silva Rodrigues – acadêmica de agronomia - UNITAU
Marcos Roberto Furlan – Engenheiro Agrônomo - UNITAU - FIC
Maria Beatriz da Silva Pereira – acadêmica de agronomia - UNITAU
Vitória Seles Oliveira – acadêmica de agronomia - UNITAU 

Nos campos e nos quintais, onde vegeta espontaneamente, normalmente não ultrapassa 0,80 m de altura. O exemplar da foto, desenvolvendo em local sombreado em uma calçada do município de Taubaté, ultrapassou 2,0 m de altura, mas utilizava a parede de um imóvel para conseguir se sustentar. Este e outros exemplares da espécie no mesmo local produziam flores e frutos verdes, mas ainda eram raros os frutos maduros, de coloração preta.

No Vale do Paraíba, onde está localizado Taubaté, além de erva-moura, é também conhecida como maria-pretinha. Ocorre o ano todo e, para muitos, considerada uma planta invasora ou daninha. Ainda é significativo o número de pessoas que a utilizam como alimento in natura na região.

Pertence à família Solanaceae, a mesma do tomate, da berinjela, das pimentas do gênero Capsicum, dentre outras espécies. Como é atacada pelas mesmas doenças do tomate e das pimentas, por exemplo, deve ser retirada quando estiver próximas destas, pois pulgões e outros sugadores podem atuar como transmissores da virose ao sugar a seiva da erva-moura infectada com o vírus e depois sugar as cultivadas citadas.

É denominada cientificamente por Solanum americanum. No Brasil é popularmente apresentada em diversas denominações, como, por exemplo, maria-preta, maguarágua, aguaraquiá, araxixu, caaxixá, caraxiocu, caraxixá, caraxixu, erva-de-bicho, erva-mocó, erva-moura, guaraquim, guaraquinha, pimenta, pimenta-de-cachorro, pimenta-de-galinha e pimenta-de-rato. Nativa das Américas, sendo comumente vista em quase todo o território brasileiro. 

Uso medicinal da erva-moura 

Como exemplo da utilização dessa planta de modo medicinal, é indicada para pitiríase versicolor, feridas e úlcera (a partir do uso tópico das folhas contusas), inflamações, furúnculos, queimaduras, eczema, acne, por exemplo. Para o uso interno, é utilizada no tratamento de amigdalite, asma, anemia, gastrite, úlcera gástrica e até mesmo para crises hepáticas. Todos esses usos existem a partir da sabedoria popular, de modo que faz com que façamos a sua utilização de forma adequada e cautelosa. Ao utilizar qualquer planta com propriedades medicinais, o recomendado é que a planta colhida seja saudável e principalmente que a escolha seja correta, para obter os esperados resultados satisfatórios. 

Quanto aos seus princípios ativos, a planta apresenta solanina, rutina, asparagina, solamargina e também contém solasodina (0,1%). 

Referência:

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas. 2ª Edição, Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. 

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