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Farmanguinhos/Fiocruz participa do 1º congresso internacional sobre Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
O estande de Farmanguinhos recebeu cerca de 500 pessoas ao longo dos quatro dias de evento (Foto: Alexandre Matos)
O Brasil é o país que mais oferece práticas complementares para a saúde: são 29 no total. Algumas são bem conhecidas (homeopatia, acupuntura, yoga, meditação, plantas medicinais e fitoterapia), outras ainda carecem de mais entendimento para vencer a barreira do preconceito, tais como constelação familiar, cromoterapia, imposição de mãos e ozonioterapia. Neste cenário, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) tem participado de discussões acerca da disponibilidade dessas terapias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Desta forma, a unidade participou do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Pública (Intercongrepics), realizado de 12 a 15/3 no centro de convenções Riocentro, na zona oeste do Rio. Organizado pelo Ministério da Saúde, o evento teve como objetivo ampliar o debate sobre a utilização e propagação dessas iniciativas nos sistemas nacionais de saúde, de modo a aprofundar o conhecimento e discutir os avanços alcançados a partir de sua incorporação, que tem sido uma das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Neste sentido, Farmanguinhos foi representado pelo seu Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS). A área propõe uma concepção inovadora de desenvolvimento de medicamentos da biodiversidade, na qual busca usar de maneira sustentável a riqueza natural do Brasil a partir de Arranjos Produtivos Locais (APLs). No encontro, que reuniu pesquisadores de 27 países, o Núcleo contribuiu com um estande, no qual pôde explicar aos visitantes o papel de Farmanguinhos e das RedesFito para disponibilização de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Coordenadora das RedesFito, Fabiana Frickmann considera que o Congresso foi uma experiência importante para Farmanguinhos, visto que, além das parcerias firmadas, várias atividades ganharam visibilidade nacional e internacional (Foto: Alexandre Matos)
“Ao longo do evento, recebemos cerca de 500 pessoas em nosso estande, no qual pudemos ofertar conhecimento sobre a fitoterapia brasileira, disponibilizando Revistas Fitos (540 exemplares distribuídos), folders (mais de 400), divulgação sobre o curso de Gestão da Inovação em Fitomedicamentos, dentre outras informações”, explicou a coordenadora das RedesFito, Fabiana Frickmann.
O NGBS coordenou a mesa temática sobre O papel das RedesFito no desenvolvimento das políticas de promoção da fitoterapia do Ministério da Saúde. Fabiana Frickmann ministrou a palestra introdutória. A mesa seguiu com apresentações de coordenadores dos biomas Mata Atlântica (RJ e SP), Caatinga e Cerrado. Eles abordaram as experiências como articuladores da formação dos APLs para a promoção da fitoterapia no SUS. A mesa foi moderada pela editora da Revista Fitos, Rosane Abreu.
O Congrepics foi considerado uma experiência importante para Farmanguinhos, visto que, além das parcerias formalizadas, várias atividades ganharam visibilidade nacional e internacional. “Integramos importantes parceiros às RedesFito, como empresários, médicos, pesquisadores, terapeutas, professores e alunos. Divulgamos Curso de Especialização em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos, que se mostrou muito atrativo para os profissionais das PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde). Além disso, atraímos a atenção do público para a Revistas Fitos, o que esperamos resultar em aumento na captação de novos artigos para a publicação”, avalia.
Além de participar da mesa temática, a colaboradora Amanda Valverde apresentou seu trabalho científico no qual revela os resultados da pesquisa sobre a introdução da fitoterapia no SUS do município fluminense de Paty do Alferes (Foto: Alexandre Matos)
O NGBS esteve também presente na exposição de trabalhos científicos. A colaboradora Amanda Valverde apresentou a pesquisa sobre a introdução da fitoterapia no SUS, que ela desenvolveu no município de Paty do Alferes (RJ). Dada a importância, o trabalho foi premiado em 2016 pelo Ministério da Saúde.
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