Texto: Engenheiros agrônomos Beatriz Garrido Boffette e Marcos Roberto Furlan
As regiões Norte e Nordeste do Brasil são ricas em frutíferas nativas e também receberam outras introduzidas de outros estados ou de diferentes, como o abricozeiro. Esta espécie ficou tão famosa na região, que acabou recebendo o nome abricó-do-pará, o que gera confusão, assim como o coco-da-bahia, que é asiático.
O abricozeiro pertence à família Clusiaceae e possui a denominação científica Mammea americana. Cavalcante (1991) observa que foi introduzido na Amazônia Brasileira no início do século XIX, sendo inicialmente cultivado no Jardim Botânico da capital da Província do Pará para ser utilizado na arborização de ruas. Segundo o autor, somente em 1980 surgiram os primeiros pomares da frutífera.
Os frutos do abricozeiro possuem formato de drupas globosas e volumosas. Possuem até 18 cm de diâmetro, peso com até 1,0 kg e com uma a quatro sementes. A sua casca é rugosa, com cor pardo-alaranjada, A parte comestível é uma polpa brilhante e fibrosa, com coloração alaranjada e aroma perfumado. Pode ser consumido cru e também como conservas, doces e pastas.
Pesquisa relacionada ao seu potencial antioxidante
Os radicais livres, moléculas altamente instáveis, quando em excesso podem danificar diversas substâncias (proteínas, lipídeos, carboidratos e DNA), e por este motivo, precisam ser inativadas por meio de antioxidantes.
Muitas frutas nativas são consideradas como fornecedoras de substâncias com ação antioxidante. Quanto ao abricó, Vasconcelos (2015) verificou que o abricó possui quantidade significativa de ácidos graxos insaturados e de tocoferóis, contudo demonstra reduzida capacidade antioxidante, dependendo do método, e baixo teor de compostos fenólicos.
https://en.wikipedia.org/wiki/Mammea_americana
Referências
CAVALCANTE, P. B. Frutas comestíveis da Amazônia. 5.ed. Belém: CEJUP, 1991.
VASCONCELOS, P. S. P. M. Compostos bioativos do abricó (Mammea americana), fruta da região amazônica brasileira. 2015. 143 f. Tese (Doutorado em Ciência de Alimentos) – Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.
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