sábado, 28 de dezembro de 2013

Curiosidades sobre o café - 2

Uma bebida saboreada há cerca de mil anos, o café sem dúvida possui uma série de curiosidades. Listamos abaixo algumas delas, juntamente com informações interessantes para aqueles que querem saber mais sobre esta bebida:

O QUE É O CAFÉ?

A palavra "café" vem do árabe Kahoua ou Qahwa (o excitante) e designa: o fruto do cafeeiro; bebida preparada por infusão de água quente com café torrado e moído; lugar público onde se tome café ou outras bebidas; cor café, um marrom escuro que lembra o grão de café torrado.

SAIBA MAIS SOBRE O PÉ DE CAFÉ
O café é uma cultura perene que é explorada por um longo período de tempo - pelo menos 25 anos. A semente de café é na verdade o mesmo grão que dá origem ao café torrado. A diferença reside no modo de colheita e dos cuidados posteriores. As sementes se originam apenas sos frutos maduros (cereja), que em seguida são lavados, despolpados (retirada da casca e da polpa) e finalmente secos até atingir 15 a 20% de umidade, quando então estarão aptos para o semeio.

O semeio ocorre entre abril e julho, colocando-se duas sementes por saquinho. Após 45 dias, aquela que tiver tido o melhor crescimento permanece e a outra é descartada. Quando as mudas têm três pares de folhas e um sistema radicular estabelecido, é feita a seleção e o plantio definitivo.

Existe uma série de atividades, chamadas de tratos culturais, que se realizam após o plantio e que vão se repetir todo ano. Um pé de café começa a produzir plenamente cinco anos depois de ter sido plantado. Ele produz em média 2,5 Kg de frutos por ano. Esses 2,5 Kg renderão 0,5 Kg de café verde (grãos), o que corresponde a cerca de 0,4 Kg de café torrado. A qualidade e sabor do café variam de acordo com a variedades da planta, clima, altitude e processamento do grão.

Depois do plantio, a florada é a fase mais importante do cafeeiro. Ocorre geralmente, entre Setembro e Novembro, podendo repetir-se por três ou quatro vezes durante esse período. Nessa época, cada galho da planta se torna um bouquet branco com cheiro de jasmim. As flores desabrocham numa só manhã, agrupadas em um pequeno feixe. Da flor resulta o surgimento do chumbinho, pequeno infrutência que vai desenvolver-se ao longo de 6 a 8 meses, transformando-se no grão de café.

O grão de café, com 10 a 15 mm de diâmetro, por 17 e 18 mm de altura, tem a cor vermelha quando maduro, por isso a denominação de grão "cereja. Este fruto contém dois grãos colados. O grão de café tem coloração cinza amarelado, variando segundo a região de produção, a maneira como é processado após a colheita.

O CAFÉ TORRADO
O café, para seu consumo, necessita obrigatoriamente ser torrado. Antes de torrados, os grãos são selecionados, passam por triagem e calibragem. O processo de torra consiste em submeter o grão à elevação progressiva e rápida da temperatura, fazendo com que sua umidade interna chegue a 3%. Durante o processo, os grãos são mexidos continuamente para que a torra seja uniforme. Esta fase é determinante na característica final da bebida, pois o grau de torra evidencia e/ou esconde muitas propriedades do grão.

Para cada cliente ou mercado consumidor, para cada tipo de café (variedade e preparo) há um grau de torra diferente. Esta é a marca registrada de cada empresa e seus diferentes produtos. Depois de torrado o café precisa passar por um processo de desgaseificação e, depois deste descanso, ele será moído ou apenas embalado (café em grãos) dependendo do tipo de utilização a que se destina.

1908: ALEMÃ SOLICITA PATENTE DO FILTRO DE CAFÉ*
O aparato e o filtro para fazer café inventados em 1908 (com uma foto de Melitta Bentz)

No dia 20 de junho de 1908, a dona de casa alemã Melitta Bentz entregou o pedido de registro de patente do porta-filtro e o respectivo coador de café descartável. Até então, só se conhecia o coador de pano.

Melitta Bentz entrou para a história como inventora do revolucionário método de fazer café usando um coador descartável. Em pouco tempo, a empresa que recebeu seu nome conquistou fama internacional.

O café tornou-se conhecido na Europa no século 17. Para prepará-lo, despejava-se água quente (cozida durante cinco minutos) sobre pó de café, colocado num recipiente com furos. Na virada dos séculos 19 para 20, usavam-se filtros de cerâmica ou de metal, mas estes freqüentemente tinham furos muito grandes ou muito pequenos. Também havia os coadores de pano, mas estes eram considerados anti-higiênicos.

Lata e mata-borrão

Aborrecida com a borra no fundo da xícara e o sabor amargo do café, Melitta Bentz começou a experimentar em casa. Aos 34 anos de idade, munida de martelo e pregos, fez pequenos furos no fundo de uma lata, sobre os quais colocou um pedaço de mata-borrão do caderno de seu filho.

Ainda insatisfeito com o resultado final, ela e o marido, Hugo Bentz (1873–1946), continuaram experimentando com outros tipos de papel, para que o líquido escorresse mais rápido. Além disso, aperfeiçoaram o recipiente que sustentava o filtro.

O resultado a agradou tanto que, em 20 de junho de 1908, ela apresentou o pedido de patente em Berlim. O registro de proteção foi oficializado em 8 de julho de 1908, na patente de número 347895.

Alguns meses depois, no dia 15 de dezembro, foi registrada a firma M. Bentz, em Dresden, com sede no próprio apartamento da família. A produção dos primeiros filtros ainda foi manual, mas logo seria terceirizada. Hugo Bentz deixou o emprego numa loja e dedicou-se à empresa da família.

Mudança para sede própria

Os dois filhos, Horst e Willi, faziam as entregas dos filtros e suportes de coador no comércio. Em 1915, a empresa, então já com 15 funcionários, passou para uma nova sede, dispondo de uma área de 200 metros quadrados reservados à produção.

Além de filtros de alumínio, em 1919 Melitta passou a fornecer também filtros de porcelana e de cerâmica fabricados por terceiros. Até meados dos anos 1920, haviam sido fabricados 100 mil filtros.

Para proteger-se de cópias, a partir de 1925 os pacotes de filtros passaram a ter as típicas cores dos produtos Melitta: verde e vermelho.

Em 1927, a fábrica mudou-se para Minden, na Baixa Saxônia, e dez anos mais tarde os filtros Melitta assumiram a forma que mantêm ainda hoje. Desde esta época, o corpo dos filtros tem a forma de "V", com os coadores correspondentes. Assim, o aroma pode expandir-se, sem a liberação excessiva de substâncias amargas.

Melitta Bentz nasceu em Dresden, em 31 de janeiro de 1873 como Amalie Auguste Melitta Liebscher, e faleceu em 29 de junho de 1950, aos 77 anos, em Holzhausen/Porta Westfalica, na Baixa Saxônia. (rw)

ALGUMAS FORMAS DE CONSUMO DO CAFÉ NO MUNDO

O café é, ao lado da cerveja, a bebida mais popular do planeta. Apesar da preferência, as suas formas de consumo são tão diversas, que podem fazer com que o consumidor mais desavisado tenha grandes surpresas. Veja como o café é consumido em alguns lugares do mundo:

- França: o produto, muitas vezes, é bebido juntamente com chicória;

- Áustria: pode-se beber o produto juntamente com figos secos, sendo que em Viena, a capital do país, é uma tradição o oferecimento de bolos e doces para acompanhar o café com chantilly;

- África e Oriente Médio: é comum acentuar o sabor do café com algumas especiarias, tais como canela e cardomomo, alho ou gengibre;

- Bélgica: o produto é servido com um pequeno pedaço de chocolate, colocado no interior da xícara, que se derrete quando entra em contato com o café;

- Itália: a preferência é pelo café expresso servido em xícaras pequenas;

- Grécia: o café é acompanhado por um copo de água gelada;

- Cuba: o café é consumido forte e adoçado, e em um só gole;

- Sul da Índia: o café é misturado com açúcar e leite e servido com doces;

- Alemanha: em algumas regiões é servido com leite condensado ou chantilly;

- Suíça: adiciona-se ao café um licor, o "kirsch";

- México: em muitos lugares, o café é oferecido gratuitamente e pode ser consumido em grandes quantidades. O chamado café americano, como é conhecido no México, é o mais consumido e é uma cópia do que se bebia até poucos anos nos Estados Unidos: aguado e com pouco sabor.

PORQUE O CAFEZINHO É CHAMADO DE BICA EM PORTUGAL?

Os primeiros expressos em Portugal foram vendidos no café A Brasileira, em Lisboa. Muitos clientes acharam o gosto do produto um tanto amargo. Para contornar o problema, a direção da cafeteria criou um slogan para atrair os clientes: Beba Isso Com Açúcar. A campanha deu certo e a frase ficou tão marcada que o uso das iniciais de cada palavra - bica - passou a ser sinônimo de cafezinho no país.

Fonte: Coffee Break
*Fonte: http://www.dw.de/dw/article/0,,3349042,00.html

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