23 Dezembro 2013
Dezembro é um mês de confraternizações e festas e, junto com os festejos, vem o excesso de comidas, doces e bebidas. Após os exageros do ano novo, as pessoas costumam querer correr atrás do tempo perdido, ou das calorias ganhas. E, para ter o controle do quê e da quantidade do quê se come, é preciso conhecer as informações nutricionais dos alimentos. Você sabe interpretar um rótulo ou tem o hábito de fazê-lo? Siglas como %VD e informações colocadas por “porções” acabam confundido quem quer conhecer o valor nutricional dos alimentos.
É preciso ter sempre em mente que a “porção” é, na maioria das vezes, uma fração do alimento que se compra e %VD (Valores Diários) é a porcentagem do nutriente necessário para uma dieta de 2.000 kcal. Por exemplo, se um produto apresenta, em uma porção, 15% de V.D. para carboidratos significa que a porção (pode ser uma colher de sopa ou uma fatia do produto) possui 15% do carboidrato necessário por um dia, no caso de uma dieta de 2.000 kcal. Ao lado da “porção” tem a quantidade em medidas caseiras, geralmente vem como xícara de chá, colher de sopa ou algo que dê para medir em casa.
Mesmo com a medida sendo por porções e a comparação feita com uma dieta fixa de 2.000 kcal, é possível saber se um produto é muito ou pouco saudável. “Podemos comparar um produto com outro. É bom conhecer essas medidas para comparar. Por exemplo: qual produto tem mais fibra? Qual tem mais gordura ou carboidratos?”, diz a nutricionista e coordenadora da Atenção à Saúde do Servidor (CAS) do Ministério da Saúde, Raquel Franz. Para saber as porcentagens de determinado nutriente relacionado a uma dieta específica é preciso fazer um calculo rápido e adaptá-la a qualquer dieta.
“Deve-se preferir alimentos com muita fibra e escolher os com baixo teor de gorduras. Principalmente a gordura trans, que não possui recomendações da quantidade segura para ingerir”, sugere Raquel Franz. Ela lembra que se deve, ainda, preferir alimentos com menos de 10% de V.D de gordura saturada. “Os alimentos com alto teor de fibra são tão importantes quanto à quantidade de calorias para quem quer emagrecer. Além de ajudar quem é diabético”, garante a nutricionista. É bom evitar comer muita farinha branca ou refinados, pois eles têm pouca fibra.
Orientações para consumo saudável - Para informar a população de como se interpreta os rótulos das embalagens e saber o valor nutricional deles, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde têm um manual de Orientação dos Consumidores – Educação para um Consumo Saudável. Diabéticos, hipertensos, pessoas com colesterol e/ou triglicerídeo alto e com doença celíaca – intolerantes ao glúteo – devem sempre estar atentos aos rótulos das comidas.
A assistente social Carla Sene de Freitas, depois que aprendeu a ler rótulos, sempre checa os alimentos. “O rótulo é mais para ter uma consciência sobre o que se come. Saber se tem muito sódio ou gordura e comparar os alimentos. Qualquer produto eu olho”, conta Carla. “Todo mundo tem preocupação com peso, mas só olha as calorias e esquece os outros nutrientes. Às vezes o produto é mais calórico, mas é mais saudável, pois tem mais fibra e menos sódio que outro produto, e isso influencia na hora de manter o peso”, argumenta.
É importante que se observe sempre a lista de ingredientes para checar, por exemplo, quais os açúcares que o produto possui. Essa lista vai estar sempre em ordem decrescente, ou seja, primeiro vem o ingrediente mais presente na comida até o de menor quantidade. Além dos ingredientes e da validade dos produtos, é essencial observar a tabela nutricional.
Conheça o que significa cada informação do rótulo dos alimentos:
Valor energético – Energia necessária pelo corpo a partir dos carboidratos, gorduras e proteínas. São as famosas calorias (kcal) que o alimento contém.
Carboidratos – Fornecem energia para as nossas células, porém, quando não utilizado, é armazenada em forma de gordura. Portanto, devemos atentar para a porcentagem do valor energético e para a quantidade de carboidratos presente nos alimentos.
Gorduras Totais – Elas ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. É a soma de todos os tipos de gorduras presente no alimento.
Gordura Saturada – É a gordura de origem animal, portanto devemos evitar os alimentos com grande quantidade.
Gordura Trans – Está presente em maior quantidade nos alimentos industrializados e é uma gordura que o organismo não necessita. Não consta na porcentagem de Valores Diários (%VD) porque não é preciso consumi-la na dieta.
Fibra – Ajuda a diminuir o colesterol ruim e a glicemia, além de manter o bom funcionamento do intestino e emagrecer. Preferir alimentos com alto teor de fibras.
Sódio – Devemos evitar alimentos com alto teor de sódio. Ele está presente nos alimentos industrializados e no sal de cozinha. Melhor preferir alimentos com baixo teor de sódio.
Produtos Diet – São feitos para pessoas com condições específicas, retirando algum ingrediente ou o deixando em quantidades insignificantes. Por exemplo, comida sem açúcar para diabético, alimentos restritos em lactose para quem tem intolerância à lactose ou alimentos isentos de glúten para quem tem doença celíaca.
Produtos Ligth – São aqueles produtos que apresentam algum nutriente ou valor energético em quantidade reduzida quando comparado a um alimento convencional. Existem valores definidos para poder considerar um alimento light. Por exemplo, o iogurte tem que ter 30% a menos de gordura para ser considerado light.
Ferro, Cálcio e Colesterol – Apesar de não serem itens obrigatórios na tabela nutricional, eles são importantes e quanto mais informação melhor.
Conheça também o guia para uma alimentação saudável do Ministério da Saúde.
Lucas Leon / Blog da Saúde
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Eu e meu esposo compramos um pão integral visconti sempre comparamos desce mas ultimamente esse pão ele esta muito adocicado até mesmo porque meu esposo é diabético porque será essa mudança
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