terça-feira, 11 de março de 2014

Greenpeace lança desafio Detox a grandes marcas da alta moda

“The king is naked”. A saga do pequeno rei que se recusa a usar roupas tóxicas (© Greenpeace/Andrea Massari)

Greenpeace contra roupas de marca tóxicas: poluentes liberados durante a produção

[Por Cristina Curti, para o EcoDebate] Greenpeace se mobiliza contro o “luxo tóxico” que afeta crianças de todo o mundo. A organização ambientalista aponta o dedo contra grandes nomes da alta moda depois de encontrar produtos químicos tóxicos em camisetas, casacos e sapatos.

Neste primeiro relatório do título Inglês “The king is naked” (adaptado para o italiano em “Pequena história de uma mentira fora de moda” ), Greenpeace International revela que colocou sob a lupa 27 peças do vestuário infantil de oito famosas marcas : Dior, Dolce & Gabbana, Giorgio Armani, Hermes, Louis Vuitton, Marc Jacobs , Versace e Trussardi compradas entre maio e junho de 2013 em lojas próprias ou de revendedores autorizados na Itália, França, China, Hong Kong , Rússia, Suíça, Dinamarca, Taiwan e Reino Unido; as amostras foram enviadas para o laboratório Greenpeace pesquisa localizado na Universidade de Exeter (Reino Unido) e , em seguida, enviados para laboratórios independentes e credenciados.

No resultado das análises ficou evidente que essas marcas usaram uma ampla gama de produtos químicos perigosos seja para a saúde humana e para o meio ambiente, em particular modo, 16 dos 27 produtos ( 59 % ) – excluindo os produtos de Trussardi – foram positivos para uma ou mais substâncias químicas perigosas como etoxilatos de nonilfenol – NPE , ftalatos, compostos perfluorados (PFCs) e antimônio.

“A maior concentração de nonilfenol foi detectada em umas das bailarinas Louis Vuitton fabricadas na Itália e vendidas na Suíça , enquanto a maior concentração de PFCs foi encontrada em uma jaqueta de Versace, acrescentando que, cinco dos produtos analisados – dois Dior , dois Trussardi e um Hermes – o país de fabricação não era impresso na etiqueta, um sinal de falta de transparência” disse uma porta voz da associação.

As análises apontam também que os mesmos produtos químicos perigosos são utilizados na fabricação de roupas vendidas em lojas de departamento, demonstrando assim a infundada convicção da excelência e exclusividade que são os pilares para a venda dos produtos de alta moda.

O desafio internacional contra o uso de substâncias tóxicas usadas no mundo da moda foi lançado em fevereiro de 2013 porque algumas dessas substâncias quando lançadas nos cursos de água durante o ciclo de produção ou durante a lavagem têm a capacidade de se acumular nos organismos vivos, interferir com o sistema endócrino e perpetuar no ambiente.

Sucessivamente a esta constatação foi lançado um desafio de “limpeza” á 15 grandes marcas de alta moda, apenas Valentino respondeu ao compromisso de efetivamente remover esses produtos químicos perigosos de produção têxtil, recentemente, a Burberry também se comprometeu com o projeto Detox.


Nota 2: Acesse o site e assine a petição por uma moda livre de substâncias tóxicas perigosas.

Por Cristina Curti, Analista ambiental, curti.cristina@hotmail.it, para o EcoDebate, 11/03/2014

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