Segundo a Organização Mundial de Saúde, drogas são produtos lícitos ou ilícitos, que afetam o funcionamento mental ou corporal do indivíduo e que podem causar intoxicação ou dependência.
Classificam-se em:
a) depressoras – barbitúricos, ansiolíticos, opióides naturais (morfina, ópio, codeína), sintéticos e semi-sintéticos (heroína, metadona);
b) estimulantes – anfetaminas, cocaína,cafeína;
c) alucinógenas- vegetais – (mescalina, maconha, psilocibina, trombeteira) e sintéticos (LSD,êxtase, anticolinérgicos);
d) outros: – álcool, tabaco.
O abuso de drogas parece estar ligado ao instinto humano de procura do prazer a qualquer custo. Entre os adolescentes, predisposição genética associada a fatores ambientais e história familiar pode levar ao abuso.
Fatores envolvidos no uso de substâncias psicoativas entre adolescentes:
• uso de outras drogas
• alcoolismo paterno, materno ou entre irmãos
• história familiar de alcoolismo
• uso de álcool, tabaco ou drogas pelos pais
• história familiar de comportamento anti-social
• crianças vítimas de abuso ou maus tratos
• pais com pouca “paternagem”
• relacionamento pobre com os pais
• uso de droga pelo irmão, melhor amigo ou colegas
• mau rendimento escolar, pouco interesse pela escola
• rebeldia e alienação
• autoestima baixa
• comportamento antissocial precoce
• psicopatologias, depressão em particular
• traços característicos negativos (falta de empatia, mentiras) para com os outros, favorecendo gratificação imediata
• necessidade de procurar sensações, insensibilidade a castigos
• experiência precoce de tabaco e álcool
• dependência prévia a álcool ou outras drogas
• desorganização comunitária
• comportamento delinquente
• baixa religiosidade
• atividade sexual precoce
Quando suspeitar que meu filho está usando?
Indicadores do uso de drogas na adolescência:
• Físicos: episódios de amnésias, sintomas de abstinência, “acidentes” frequentes, reações tóxicas agudas (vômitos, confusão mental, convulsões, dores abdominais), perdas de peso inexplicáveis, hipertensão, olhos vermelhos, irritação nasal, tosse crônica, dor torácica, ferimentos na pele frequentes e inexplicáveis.
• Escolares: queda do rendimento escolar, aumento do número de faltas, déficits de memória e concentração, problemas disciplinares.
• Legais: acidentes, amigos com história criminal, atividades criminais.
• Familiares: conflitos pais/filhos, afastamento das atividades da família, desaparecimento de dinheiro ou objetos da casa.
• Psicológicas e comportamentais: depressão, irritabilidade, reações de pânico, paranoia, promiscuidade, má higiene, insônia.
O que fazer quando suspeitar?
Na suspeita do uso de drogas, álcool ou tabaco, os pais devem consultar seu pediatra e juntos irão definir se a criança ou o adolescente:
• experimentou, porém não utiliza;
• utiliza e os problemas vinculados ao uso começam a aparecer;
• não consegue parar de usar (dependência) e há problemas sociais e de saúde.
Comentários finais
Não há um tratamento isolado que seja apropriado para todas as pessoas; o tratamento deve ser de fácil acesso, atendendo às múltiplas necessidades do indivíduo e não tão somente o uso da droga. A terapia individual e/ou de grupo e outras terapias comportamentais são componentes essenciais, muitas vezes, associados a medicamentos.
Links interessantes:
• Livro: Crianças e Adolescentes em Segurança – SBP – Editora Manole, 2013
• http://www.unodc.org – United Nations Office on Drugs and Crime
• http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/centro-atencao-psicossocial.html – Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Álcool e Drogas 24 horas
• http://www.imesc.sp.gov.br/infodrog.htm – INFOdrogas
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Relatoras:
Dra. Renata D Waksman
Dra. Tania M R Zamataro
Departamento Científico de Segurança da SPSP
Publicado em 17/09/2014.
photo credit: Phil Date | Dreamstime Stock Photos
Este blog não tem o objetivo de substituir a consulta pediátrica. Somente o médico tem condições de avaliar caso a caso e somente o médico pode orientar o tratamento e a prescrição de medicamentos.
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