Centenas de produtos farmacêuticos a base de cannabis já estão à venda e vem fazendo maravilhas na medicina. Da neurologia à oncologia, milhares de médicos receitam cannabinóides para seus pacientes. Efeitos surpreendentes estão sendo observados no combate a epilepsia, tumores no cérebro, esquizofrenia, AIDS, problemas gastrointestinais, depressão, náusea, dores crônicas e muitos outros.
A indústria farmacêutica está a todo o vapor: só a brtânica GM Pharmaceuticals produz 200 toneladas de flores de cannabis (buds) anualmente.
Os resultados mostram que estas drogas são mais eficazes do que fármacos similares, além de terem muito menos efeitos colaterais.
Mas qual é a razão química para tanto sucesso da maconha?
Bem, em nosso organismo as células possuem receptores cannabinóides – complexos proteicos transmembrânicos que se ligam a moléculas lipofílicas tal como os cannabinóides extraídos da maconha. O nosso próprio organismo produz naturalmente alguns cannabinóides (chamados de endocannabinóides), tal como a anandamida e o 2-araquidonoilglicerol. Este grupo de moléculas da maconha age sinergeticamente com os endocannabinóides, dando origem às diversas funções fisiológicas já detectadas.
Embora a planta ainda seja proibida no Brasil, alguns fármacos extraídos da maconha estão sendo lentamente liberados. Infelizmente, todos são importados: a pesquisa fitoquímica ou farmacêutica com a cannabis é proibida no país.
Nos US, muitos estados já admitem a venda da planta para uso medicinal e recreacional. O mesmo vem acontecendo na Europa. E são justamente americanos e europeus os laboratórios que, agora, ganham muito dinheiro vendendo fármacos cannabinóides para o mundo inteiro, incluindo o Brasil.
ARTIGO: excelente Review sobre o uso clínico da maconha.
Canal Fala Química
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