quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Tese aborda plantas medicinais e comunidades tradicionais no Vale do Juruena

Publicado em Notícias | 18/08/2015
Na manhã desta terça-feira (18), foi realizada a defesa de tese da pesquisadora e coordenadora técnica do Programa Etno-Fitos, Isanete Geraldini Costa Bieski, no auditório da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A pesquisa, intitulada "Etnofarmacopéia do Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazônia Legal - Brasil", consistiu em levantamentos, junto a comunidades locais, das principais plantas medicinais utilizadas em tratamento de enfermidades.

Sob orientação do professor Domingos Tabajara Martins, co-orientação do professor Ulisses Paulino Albuquerque e avaliação da banca composta pelos examinadores externos Ângelo Giovani Rodrigues (consultor técnico em Fitoterapia do Ministério da Saúde), Mary Anne Medeiros Bandeira (Universidade Federal do Ceará) e internos, Germano Guarim Neto e Maria Corette Pasa.

Ao longo de sua pesquisa, Isanete entrevistou 393 pessoas em sete municípios da região: Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Colniza, Cotriguaçu, Juína e Juruena. A faixa etária pesquisada foi entre 18 e 70 anos. “Por meio de práticas tradicionais, as plantas medicinais são utilizadas pela comunidade para tratar de diversas enfermidades, notadamente nos sistemas respiratório e digestivo”, comentou. Além das plantas (cuja coleta totalizou mais de mil amostras), foram pesquisados os hábitos e histórias de vida de cada um dos sujeitos.

A pesquisa também teve uma parte conduzida na University of Ottawa (Canadá). Durante quatro meses, a pesquisadora analisou dados quantitativos na perspectiva da etnobotânica.

Um dos principais legados da pesquisa é o registro e banco de dados de cada uma das plantas estudadas. “O termo farmacopeia é utilizado para definir a compilação de informações técnicas sobre nomenclatura de substâncias e medicamentos. Neste estudo, proponho a criação da etnofarmacopeia, por versar sobre conhecimentos e vivências da comunidade local”, concluiu Isanete.

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