Fonte da foto e artigo completo: http://agencia.fapesp.br/15297
Velha conhecida da medicina popular, a planta Physalis angulata demonstrou em testes clínicos potencial para se tornar uma grande aliada de pessoas com pele sensível ou intolerante a cosméticos, que podem desenvolver dermatites. Em pesquisa realizada pela empresa Chemyunion Química – fabricante de matérias-primas para a indústria cosmética e farmacêutica – o extrato concentrado do vegetal mostrou ação anti-inflamatória equivalente à da hidrocortisona, mas sem os efeitos adversos dessa última.
Enquanto o uso prolongado de corticoides tópicos prejudica a formação de colágeno e torna a pele mais fina e suscetível a lesões, os ativos da P. angulata estimulam a produção dessa proteína e a regeneração celular. “Mesmo pessoas com pele normal podem se beneficiar do efeito antienvelhecimento do extrato”, disse Márcio Antônio Polezel, diretor industrial da Chemyunion.
Também conhecida como camapu, juá, balãozinho ou saco de bode, a P. angulata está presente no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste brasileiro, mas se concentra principalmente na Amazônia. Há muito tempo é usada em chás e infusões no combate à asma, hepatite, malária, reumatismo e também como diurético e analgésico.
Nos anos 1970, cientistas descobriram que substâncias existentes na planta, batizadas de fisalinas, possuíam ação anti-inflamatória. Estudos posteriores sugeriram que as fisalinas poderiam também ser uma arma contra o câncer, a tuberculose e a doença de Chagas.
Com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), a Chemyunion começou a investigar em 2006 plantas da biodiversidade que tinham efeito semelhante ao dos corticoides e viu na P. angulata uma boa candidata.
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