quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Notícias de Portugal: Investigadores do Porto estudam bebida de origem africana


7 de Agosto, 2012
A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto tem em marcha o projecto 'After', a fim de melhorar a competitividade dos produtos alimentares tradicionais africanos e fomentar a sua distribuição em empresas alimentares. Em causa está um estudo que contempla 10 produtos seleccionados, nomeadamente fermentados à base de cereais como Akapan, Gowe, Kenkey e Kish, peixe salgado (Lanhouin) ou alimentos funcionais, originários de plantas como Baobab, Hibiscus sabdariffa e Z. mauritiana, fruto da árvore da Jujuba.

O projecto, co-financiado pela Comissão Europeia, promove a partilha de conhecimentos entre parceiros africanos e europeus. Estão envolvidos sete países africanos (Benim, Camarões, Egipto, Madagáscar, Senegal, Gana e África do Sul) e quatro países da União Europeia (França, Portugal, Itália e Reino Unido). Além da sua função como coordenadora da avaliação da aceitação destes alimentos pelo consumidor na Europa, tanto no seu formato tradicional como após melhoramento por reengenharia, a ESB é igualmente responsável pela demonstração científica das propriedades nutricionais e dos benefícios para a saúde dos produtos à base de cereais e bebidas.

Bebida africana obtida a partir da flor de Bissap já em estudo

Estudos sobre aceitação de bebidas tradicionais de origem africana obtidas a partir da flor de Bissap, realizados pela Católica do Porto, demonstram que a bebida poderá ser consumida ao longo do dia e maioritariamente em casa. O número de compra previsto para este produto é de duas a três vezes por semana. Este produto poderá também ser utilizado em gelatinas, iogurtes, gelados, compotas, entre outras coisas.

Os investigadores portugueses sugerem que a bebida seja vendida a 0,99 euros/litro e que tenha menos de 18 Kcal/100 ml, inserindo-se assim no segmento light. Em Setembro, a Universidade Católica no Porto apoiará o desenvolvimento deste estudo em Inglaterra e em França, utilizando novas técnicas de análise aplicadas no estudo em Portugal, para aumentar a representatividade do consumidor europeu


Bissap: no Brasil é conhecida como vinagreira, quiabo-roxo, caruru-azedo e rosele, por exemplo, e o seu nome científico é Hibiscus sabdariffa.



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