7 de Agosto, 2012
A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade
Católica no Porto tem em marcha o projecto 'After', a fim de melhorar a
competitividade dos produtos alimentares tradicionais africanos e fomentar a
sua distribuição em empresas alimentares. Em causa está um estudo que contempla
10 produtos seleccionados, nomeadamente fermentados à base de cereais como
Akapan, Gowe, Kenkey e Kish, peixe salgado (Lanhouin) ou alimentos funcionais,
originários de plantas como Baobab, Hibiscus sabdariffa e Z. mauritiana, fruto
da árvore da Jujuba.
O projecto, co-financiado pela Comissão Europeia, promove a
partilha de conhecimentos entre parceiros africanos e europeus. Estão
envolvidos sete países africanos (Benim, Camarões, Egipto, Madagáscar, Senegal,
Gana e África do Sul) e quatro países da União Europeia (França, Portugal,
Itália e Reino Unido). Além da sua função como coordenadora da avaliação da
aceitação destes alimentos pelo consumidor na Europa, tanto no seu formato
tradicional como após melhoramento por reengenharia, a ESB é igualmente
responsável pela demonstração científica das propriedades nutricionais e dos
benefícios para a saúde dos produtos à base de cereais e bebidas.
Bebida africana obtida a partir da flor de Bissap já em estudo
Estudos sobre aceitação de bebidas tradicionais de origem
africana obtidas a partir da flor de Bissap, realizados pela Católica do Porto,
demonstram que a bebida poderá ser consumida ao longo do dia e maioritariamente
em casa. O número de compra previsto para este produto é de duas a três vezes
por semana. Este produto poderá também ser utilizado em gelatinas, iogurtes,
gelados, compotas, entre outras coisas.
Os investigadores portugueses sugerem que a bebida seja
vendida a 0,99 euros/litro e que tenha menos de 18 Kcal/100 ml, inserindo-se
assim no segmento light. Em Setembro, a Universidade Católica no Porto apoiará
o desenvolvimento deste estudo em Inglaterra e em França, utilizando novas
técnicas de análise aplicadas no estudo em Portugal, para aumentar a
representatividade do consumidor europeu
Bissap: no Brasil é conhecida como vinagreira, quiabo-roxo, caruru-azedo e rosele, por exemplo, e o seu nome científico é Hibiscus sabdariffa.
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