terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Milho, atacado por insectos, libera substâncias que atraem predadores desses insectos e alertam outras plantas a preparem defesas


Uma equipa de investigadores norte-americanos descobriu que o milho, ao ser atacado por insectos, liberta no ar substâncias químicas voláteis que atraem predadores desses insectos e alertam outras plantas a preparem defesas.

Essas substâncias, chamadas voláteis das folhas verdes, cheiram a relva cortada ou a folhas esmagadas, um aroma que ao ser libertado atrai os inimigos dos insectos que comem a planta.

O estudo, realizado por uma equipa chefiada por James Tumlinson, da Universidade do Estado da Pensilvânia, vem publicado na edição desta semana da revista Proceedings of the Nacional Academy of Sciences.

Esses compostos constituem também um sistema de aviso prévio a outras plantas próximas, segundo Tumlinson.

No estudo, os investigadores colocaram folhas danificadas num contentor com plantas de milho saudáveis. As plantas saudáveis começaram então a produzir ácido jasmónico, um químico defensivo normalmente produzido após um ataque de insectos.

Quando os insectos atacam as plantas saudáveis, estas foram capazes de produzir mais químicos defensivos, mais rapidamente e em maiores quantidades do que outras plantas não estimuladas pela exposição aos compostos voláteis, constataram os investigadores.

"Os voláteis verdes parecem actuar como uma vacina, activando o mecanismo defensivo, mas não até ao máximo da sua capacidade", disse Tumlinson.

"Se a planta não for atacada, não desperdiçará energia a produzir defesas. Todavia, se o for, a resposta será mais rápida e mais forte", acrescentou.
 
Em estudos anteriores, os cientistas já identificaram sinais de aviso químicos libertados por plantas de tabaco infectadas por germes e por árvores, salva e tomate atacados por insectos.

Data: 22.01.2013
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