20 Janeiro 2013
Alunos do Projeto Rondon/Divulgação
Estudantes de Agronomia da IFSUL de Minas, de Muzambinho, prepararam para a população de Lagoa Grande, em Pernambuco, uma oficina sobre o conhecimento de plantas medicinais. A ação faz parte do Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa.
Formas de cultivo e como manusear a planta para produzir chás e xaropes foram pontos abordados na oficina. Os alunos trouxeram o conhecimento cientifico que foi incrementado com o conhecimento popular. Segundo o especialista em fitoterápicos, Dr. Jackson Guedes, professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), o conhecimento popular é o ponto de partida para quem pesquisa as plantas medicinais. “As pessoas trazem a planta e dizem para que serve. A partir dai, nós pesquisamos, comprovamos a eficácia da planta e indicamos a dose certa a ser administrada.”
Luciana Maria, moradora da cidade, foi uma das participantes mais ativa da oficina de fitoterápicos. A artesã cultiva em sua casa plantas que servem para vários tipos de sintomas. Segundo ela, o tratamento por plantas medicinais tem bons resultados e sua família sempre se tratou dessa forma. Para dor de estômago e azia, ela receita, por exemplo, o chá de boldo com a pimenta de macaco.
No município os rondonistas desenvolveram oficinas com outros temas como reaproveitamento de alimentos, design de recicláveis, saúde da mulher e cuidado com idosos. Os moradores participaram das oficinas e trocaram experiências. “A população tem respondido ao nosso chamado e retornado para as diferentes oficinas”, disse Clóvis Luciano, professor da Faculdade de Pato Branco.
Lagoa Grande fica a 710 quilômetros de Recife. Com aproximadamente 23 mil habitantes, o município se destaca na região pela produção de uva, manga e banana. Apesar do clima árido, a agricultura é viabilizada pela irrigação que vem do rio São Francisco.
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