sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Pesquisa estuda as características do óleo do gengibre-amargo

Postado em 31/01/2013
Na Amazônia, há uma diversidade de plantas medicinais que despertam interesses dos estudantes. (Foto: Reprodução)

A busca de cura por meio de plantas medicinais é comum desde os tempos mais remotos da humanidade. No Brasil, a prática é herança das populações indígenas. Na Amazônia, há uma diversidade de plantas medicinais que despertam interesses dos estudantes e pesquisadores que querem ampliar seus conhecimentos científicos sobre determinadas espécies. É o que explica a estudante do 6º período do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Pricylla Barbosa da Silva.

A estudante está desenvolvendo uma pesquisa que tem como título ‘Controle de qualidade do óleo essencial de Zingiber zerumbet (L.) Smith. (Zingiberaceae) cultivada em Manaus’. O estudo conta com a orientação da professora e química farmacêutica Fernanda Guilhon Simplício e recebe apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) por meio do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic).

De acordo com a estudante, a pesquisa tem por objetivo estudar as características físico-químicas do óleo essencial dos rizomas de Zingiber zerumbet, erva de origem asiática e conhecida popularmente como Gengibre-amargo, maracás ou gengibre-ornamental.

Ela explica que o óleo essencial dos rizomas de Zingiber zerumbet é amplamente utilizado com fins medicinais, culinários e ornamentais em todo o mundo. A erva tem como principal componente a substância ativa sesquiterpeno zerumbona, que vem chamando a atenção da comunidade científica pelo seu expressivo potencial anti-inflamatório, antirretroviral e antitumoral, comprovado em diversos estudos.

“Acredito que temos muito a pesquisar sobre o assunto, para que futuramente possamos produzir medicamentos com qualidade a partir de nossas plantas”, ressaltou.

Segundo Silva, o trabalho está realizando análises de acordo com as normas da Farmacopeia Brasileira, o que inclui várias etapas, como a coleta e a identificação da amostra, preparação e análise sensorial da matéria-prima, rendimento, determinação do pH, densidade relativa, viscosidade, índice de refração, índice de rotação ótica, determinação da solubilidade em etanol, teor de resíduo seco, teor de umidade, quantificação da zerumbona, cromatografia e a análise dos resultados verificando a influência positiva ou negativa das variáveis temperaturas, umidade relativa e disponibilidade hídrica em cada item.

“Com essa pesquisa esperamos contribuir para os estudos voltados ao desenvolvimento de produtos industrializados a partir do óleo essencial dos rizomas de Zingiber zerumbet”, disse.

A pesquisa, com duração de um ano, iniciou em agosto e tem previsão para terminar em julho de 2013. A pesquisadora ressalta a importância do apoio recebido por parte da Fapeam no desenvolvimento do trabalho. “Sem esse apoio financeiro por parte da FAP, que tem contribuído muito para a pesquisa científica no Amazonas, não seria possível adquirir materiais importantes para a realização da pesquisa”, concluiu.

SOBRE O PAIC

O Programa de Apoio à Iniciação Científica do Amazonas, desenvolvido pela Fapeam em parcerias com instituições de ensino e pesquisa no Amazonas, consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas institucionais, estudantes de graduação interessados no desenvolvimento de pesquisa em instituições públicas e privadas do Amazonas.

Fonte: Agência Fapeam, por Rosa Doval.

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