JC e-mail 4914, de 18 de março de 2014
Compostos isolados da planta demonstraram bons resultados em casos de câncer de próstata, mama e rim
O bacopari boliviano (Garcinia achachairu), uma fruta comestível de origem boliviana, muito apreciada e produzida em solo catarinense, pode ser uma nova esperança no combate ao câncer. Pesquisadores do curso de Farmácia e do programa de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), divulgaram artigo em que apontam que compostos isolados da planta demonstraram bons resultados in vitro contra várias linhagens celulares cancerígenas analisadas, especialmente em casos de próstata, mama e rim.
O estudo está sendo capitaneado por pesquisadores da Univali que integram a Rede Iberoamericana de Investigações em Câncer (Ribecancer). A Rede, que tem apoio do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), estabelece colaborações multidisciplinares de estudos sobre o câncer e seu controle, com foco na descoberta de novos agentes terapêuticos a partir da biodiversidade terrestre e marinha iberoamericana.
"Testamos vários extratos de diferentes partes da planta e encontramos os melhores resultados com os galhos, sendo isoladas e identificadas duas substâncias raras da classe das xantonas que parecem ser as responsáveis pelo efeito biológico evidenciado", explica Rivaldo Niero, um dos pesquisadores responsáveis pela pesquisa. Ele alerta, no entanto, que, embora os resultados sejam muito promissores, ainda exige-se cautela em relação ao uso desta planta em humanos, em função da necessidade de estudos sobre os possíveis efeitos tóxicos. Segundo Valdir Cechinel Filho, coordenador da rede Ribecancer, e pesquisador da Univali, o estudo deverá continuar, em parceria com o Centro de Investigação em Câncer da Universidade de Salamanca, na Espanha, em modelos in vivo, para elucidar os mecanismos de ação dos princípios ativos evidenciados.
Mais informações: (47) 3341-7557, com Valdir Cechinel Filho, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura (Proppec), da Univali e coordenador da Rede Ribecancer.
(Assessoria de Comunicação e Marketing da Univali/SC)
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