quinta-feira, 31 de julho de 2014

FAO quer ação global urgente para proteger degradação do solo

Agência da ONU preocupada com a "saúde" das fontes limitadas de solo no mundo, pois 33% já estão a sofrer danos; objetivo é garantir que gerações futuras tenham comida, água e energia suficientes.
Maneio sustentável do solo.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, pede ação urgente para melhorar a "saúde" das fontes limitadas de solo no mundo.

O objetivo da agência é garantir que gerações futuras tenham comida, água e energia suficientes. A vice-diretora da FAO destacou que o "solo é a base para a produção de alimentos, combustíveis e fibras".

Conferência

De acordo com Maria Helena Semedo, o ritmo atual da degradação do solo está a ameaçar a capacidade das necessidades das futuras gerações.

Em Roma, representantes de governo e especialistas discutem o assunto na reunião Parceria Global do Solo, num encontro de três dias. Os líderes já apoiaram uma série de medidas para proteger os recursos do solo, por meio de regulamentação adequada e investimentos.

Segundo Semedo, países e sociedade civil precisam comprometer-se para colocar o plano em prática. A vice-chefe da FAO afirma que é preciso vontade política e investimentos para "salvar" os solos.

Futuro

Na conferência, foi destacado que 33% do solo mundial está a sofrer degradação de moderada a alta, devido à erosão, diminuição de nutrientes, acidificação, urbanização e poluição química.

Com o crescimento da população, que deve passar de 9 mil milhões de pessoas em 2050, haverá 60% de aumento na demanda por alimentos, o que só irá sobrecarregar mais ainda os recursos da terra.

A FAO afirma que algumas partes de África e da América do Sul oferecem possibilidades de expansão agrícola. Neste sentido, inovações tecnológicas e políticas precisam incluir comunidades e ensiná-las como proteger os recursos naturais.

A agência da ONU acredita ainda que o maneio sustentável do solo também irá gerar um impacto positivo na mudança climática, por meio do sequestro de carbono e na redução de gases de efeito estufa.

*Apresentação: Eleutério Guevane.

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