domingo, 14 de dezembro de 2014

Ensaio farmacológico da Luffa operculata

Rebeka Alves Caribé, Karen Pena de Souza Cavalcanti, Ivone Antonia de Souza, Elisangela Christhianne Barbosa da Silva, Evandro Valentim da Silva, Flávia Cassia Maria dos Santos
Natural Resources, Aquidabã, v.3, n.2, Set 2013.

Resumo

O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades e tão antigo quanto à espécie humana. Luffa operculata cong é nativa da America do Sul especialmente do Brasil, podendo ser encontrada amplamente distribuída em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará. Trata-se de uma planta angiosperma e dicotiledônia da família cucurbitaceae, popularmente conhecida como buchinha, cabacinha, purga-de-jalapa e purga-dos-paulistas. Sendo empregada na medicina popular tradicional principalmente para sinusite, rinite e como descongestionante nasal. O trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda, atividade farmacológica (antitumoral em roedores) e microbiológica do extrato bruto etanólico de Luffa operculata Cong. Foram realizados ensaios de toxicidade aguda por via intraperitoneal com observações comportamentais para efeitos depressores do Sistema Nervoso Central. A DL50 determinada por via intraperitoneal foi 3,3 mg/kg considerada muito tóxica. Na avaliação antitumoral de Luffa operculata Cong frente ao sarcoma 180, células tumorais foram implantadas em camundongos Swiss (Mus musculus) fêmeas sadias. Os animais divididos em grupos de seis, foram tratados com solução fisiológica 0,9% metotrexano (10 mg/kg) e extrato bruto etanólico de Luffa operculata Cong nas doses de 0,3; 0,6 e 1,0 mg/kg. Os animais tratados com a maior dose do extrato obtiveram índice de inibição significativo de 61,7% quando comparado com grupo controle. Para os animais tratados com metotrexato (10 mg/kg) a inibição foi de 95,4 %. Na análise microbiológica foram realizadas avaliação da atividade antimicrobiana da Luffa Operculata Cong contra espécies bacterianas e fúngicas da origem clínica da coleção. Os ensaios foram realizados, através do método de difusão em meio sólido, incubados em temperatura de 35 °C durante 7 – 14 dias para espécies fúngicas. Os resultados demonstram que o extrato da Luffa operculata cong apresenta atividade antimicrobiana contra Staphylococcus epidermidis, Candida albicans, e Candida tropicalis. Embora seja considerada muito tóxica a Luffa operculata apresentou inibição tumoral em neoplasias malignas em tumor de tecido conjuntivo com perspectivas para novas investigações em outros processos neoplásicos.

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