domingo, 30 de agosto de 2015

Falta de incentivo atrapalha pesquisas sobre plantas medicinais | O POVO

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Problemas com financiamento, falta de material e manutenção de maquinário são dificuldades que atrasam as conclusões das pesquisas com plantas medicinais, segundo o relato dos estudiosos. O cenário adia o conhecimento sobre os usos corretos de algumas espécies e prejudicam acesso a essas informações pelos pacientes.

“É preciso ampliar os investimentos para a área”, assevera a professora Mary Anne Bandeira, da UFC. Para ela, o atraso pode prejudicar, inclusive, o conhecimento das ervas do País. “É uma forma de se ter domínio sobre as nossas plantas, evitando que pessoas de outros países se adiantem nas pesquisas sobre elas”, comenta.

A professora Laíse Andrade, coordenadora do Laboratório de Etnobotânica e Botânica Aplicada (Leba) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), também diz que enfrentou dificuldades nas pesquisas. Ela se dedicou ao estudo de dez espécies de plantas usadas contra infecções urinárias em mulheres pela comunidade indígena Pankararu, no sertão pernambucano. Durante a pesquisa, precisou interromper o trabalho por burocracias e problemas estruturais.

“Os equipamentos têm manutenção muito cara. Quando quebra algum, a pesquisa também para, aguardando o reparo”, diz a professora. A burocracia, segundo a pesquisadora, atrasou a conclusão da pesquisa. O motivo foi o atraso na autorização para ter acesso à comunidade estudada, que demorou cerca de dois anos para ocorrer. “As leis de proteção são importantes, só não posso concordar com essa demora”, posiciona-se. (Rômulo Costa)

30.08.2015

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